Mais uma foto garimpada pelo Nickolas, desta vez da Cinelândia no início dos anos 60.
O Rio dava a impressão de uma cidade organizada e civilizada.
A boa notícia desta semana quanto a este local foi o término das obras da Biblioteca Nacional, com a recuperação da fachada. Ficou bonito.
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O conjunto de prédios da Cinelândia não merecia os 3 espigões que plantaram lá. Deveriam ser demolidos, com o Othon, demolição sugerida ontem aqui no SDRL. O carrinho creme e preto, em primeiro plano, se destaca dos Fuscas que já povoam as ruas cariocas. Trata-se de um Nash Rambler, 1950-52, conversível, embora a armação das janelas permaneça no lugar com a capota abaixada. Muitos carros na Europa utilizavam este modelo de teto, mas acho que é o único americano que eu conheço assim. Ainda se vê muitos carros com pneus de banda branca, até uma Rural (!!).
ResponderExcluirConcordo com o Biscoito. O conjunto do teatro Municipal, BN e MNBA merecia uma melhor sorte, pois lembram a época áurea da Avenida.
ResponderExcluirO sorveteiro da Kibon devia vender bastante aí.
Bom dia.
ResponderExcluirBoa notícia. Fui poucas vezes no prédio em si, já em reforma. Vou mais no anexo com acesso pela Rua México.
Com relação à foto, em se tratando do Nickolas, fico em dúvida se é original ou mais uma colorização dele.
Ainda muitos importados na cena,mas além da fuscas e da rural,vejo uma Kombi e um carro que parece uma Vemaguete.
ResponderExcluirInicio dos anos 60. Foi o início da decadência. Nessa época minha mãe me levava ao pediatra a alguns metros do local da foto, no Edifício Darke. Saltava do lotação no Largo da Carioca e a visão era semelhante. Meu pai tinha um escritório no Edifício Itu, de onde era possível ver o entra e sai do Tabuleiro da baiana, primeiro dos bondes, e depois dos Trolley-bus. Muitas mulheres usavam luvas e não se via homens mal vestidos. A quantidade de carros estacionados é uma visão surreal para os dias de hoje. O prédio da Justiça Federal realmente destoa harmonicamente do conjunto mas o que no Brasil melhorou nos dias de hoje em relação ao passado?
ResponderExcluirMeu tio Mario Gonçalves, pediatra, tinha consultório no Edifício Darke. Coincidência.
ExcluirAntes que as "Grandes Tormentas" se abatessem sobre a Nossa Cidade.... o Rio era assim !!!
ResponderExcluirPerfeita a colocação. É a total inversão de valores. Registre-se una exceção positiva na região: o VLT. A sua circulação dá uma impressão, ainda que ilusória, de país civilizado. E meio fora de foco: Não bastasse a violência na cidade, a notícia de que o transporte público em parte da zona oeste se transformou em "BRTráfico" pode parecer risível, mas é uma triste constatação. Sao 23 estações desativadas porque foram ocupadas e depredadas pelo tráfico, deixando milhares de pessoas sem transporte entre Campo Grande e Santa Cruz. Foram milhões de Reais gastos e jogados fora. Como sempre, as desculpas dadas por políticos, muitos deles "associados ao crime organizado", são as mais estapafúrdias, uma delas era a de que não é o trafico e sim a milícia que ocupou as estações. É como o cidadão que alertou o amigo que o filho dele era viado. Virou-se então o outro indignado e disse que era uma mentira: "Limpe sua boca, meu filho não é viado, é homoafetivo". E isto é Brasil. ..
ExcluirAnte a magnificência do prédio da Biblioteca Nacional o prédio da ABI ficou meio acanhado.
ResponderExcluirBela colorização esta do Sr. Nickolas, a Biblioteca Nacional, juntamente com os prédios, do Teatro Municipal e o Museu de Belas Artes, são o que restou da Paris Carioca da Av. Central e Cinelândia, talvez inclua aí o prédio do Amarelinho como outro sobrevivente. Outra saudade que me dá são os automóveis multicoloridos daquela época, fugindo do monótono de hoje, preto, prata, cinza e branco.
ResponderExcluirMuita coisa ficou mais colorida de 1960 para cá, menos, claro, o clássico Vasco x Botafogo: fotos, TV, filmes (principalmente os produzidos no Brasil). E os estacionamentos fizeram o caminho oposto, eram "a cores" e ficaram em preto e branco.
ExcluirFuscas, Kombis, Vemaguete, Rural e até um Candango (ou Land Rover?), indicam que a foto é de um tempo que eu já começava a circular pela Cidade, ainda muito pequeno, puxado pelas mãos firmes de minha mãe. Sacrifício eram as paradas nas lojas de roupas e sapatos. Bom mesmo era loja de brinquedos e, claro, lanchonete. Na Cinelândia só os cartazes, frequentar cinema mesmo só nos bairros. Já no Passeio, logo depois de dobrar a esquina do Odeon, chamava a atenção na vitrine de um estúdio, o álbum que "passava" as páginas sozinho.
ResponderExcluirMe lembro do Cinema Rei em Acari. Havia filmes infantis aos Domingos. Ficava na Avenida Automóvel Clube onde depois funcionou a fábrica Formiplac, e agora funciona o hospital Raul Gazolla. Em frente, na calçada de terra, passavam rente à entrada os trens da Rio D'Ouro levantando poeira e fazendo um barulho ensurdecedor. O cinema fechou em 1965 e deixou os moradores da região sem opção. Não tinha ar condicionado e as cadeiras não eram estofadas.
ExcluirAUGUSTO, seu comentário foi inadvertidamente apagado. Desculpe.
ResponderExcluirOs carros fora dessa matiz do branco ao preto desvalorizam mais. Achava que isso era lenda, mas depois vi que era verdade quando tive que vender um de cor grená, que ainda por cima era de origem francesa; quase "casei" com o dito cujo.
ResponderExcluirVamos lá, de novo...
ResponderExcluirNo início dos anos 60 o estrago já estava feito. A Ilha da Fantasia do Cerrado já estava inaugurada, a um custo de construção exorbitante e para alimentar um ego e o bolso dos amigos empreiteiros mineiros, financiadores de campanha. Foi o começo do rodoviarismo, em detrimento das ferrovias, que sofreriam o golpe fatal anos mais tarde. Essa dependência rodoviária pagou seu preço agora.
Sobre o "BRTráfico" o trecho da Cesário de Melo não deveria ter sido feito, pois já existia um corredor servido por ônibus comuns que funcionava a contento. Mas vieram de novo um ego e os empreiteiros financiadores, a reboque de um projeto eleitoreiro, e deu no que deu...
Por favor, Dr. D', não apague este comentário desta vez, pelo menos não inadvertidamente...
Boa noite.
ResponderExcluirRealmente o comentarista Augusto tem razão. Aquele corredor não precisava ser feito, assim quiseram Cabral e Paes. Muita gente ganhou dinheiro com uma obra de péssima qualidade e superfaturada. As depredações se devem a uma escória "mal nascida" e oriunda das infinitas favelas da região. Mas o "domínio do tráfico" também é "repartido" com a milícia, já que ambos os grupos criminosos dominam enormes currais eleitorais na região. O pior de tudo é que "supõe-se" que esse "domínio" exercido é de interesse de políticos da região. É um chorrilho de crimes que são cometidos e que a intervenção militar saberá conduzir a situação com eficiência ...
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