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terça-feira, 5 de junho de 2018

CENTRO


 
A foto 1 é de 1965, no Campo de Santana. Vemos um caminhão blindado da Casa da Moeda escoltado por caminhonete e jipe da PM repleto de policiais. Não sei para onde se dirigiam.
Pelo menos há até poucos anos, não sei se ainda continua, saía um comboio da Av. Rio Branco, perto da Rua dos Beneditinos, por volta do meio-dia, acompanhado por vários veículos policiais. A informação era que se dirigia para a Casa da Moeda em Santa Cruz.
Este comboio saía de um dos poucos prédios sobreviventes da Av. Rio Branco, situado na esquina da Visconde de Inhaúma (foto 2). É o prédio que serviu à Caixa de Amortização, depois foi sede provisória do Ministério da Fazenda (1934/1943), abrigando inclusive o gabinete do Ministro, e na década de 60 é finalmente absorvido pelo Banco Central. Hoje, no local, funciona o Departamento de Meio Circulante (Mecir) e o dístico “Caixa de Amortização” foi substituído por “Banco Central do Brasil”.

21 comentários:

  1. Lembro bem dos comboios na Avenida Rio Branco, onde eu trabalhava no 25. Parava tudo, sirenes de moto, de veículos de escolta e dos Scania abóbora (todo Scania é abóbora?) que chegavam em boa velocidade, pelo meio da pista desimpedida. Na foto do Campo de Santana, uma Pick-up Jeep de uso militar, um Dodge e, atrás do caminhão, um Skoda da safra 48-51. Não identifiquei o local, apesar da construção que aparece ao fundo e da quantidade de trilhos.

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  2. Interessante a foto de uma rotina inviável para os dias atuais. Hoje em dia essa rotina acontece com o uso de carro forte fortemente escoltado. Se fosse como no tempo da foto, um bando armado de fuzis atacaria o carro da P.M, mataria os policiais, e fugiria com o dinheiro para alguma favela controlada por algum deputado estadual. Em 65 o Rio ainda "aspirava" ser uma cidade européia mas seu destino foi tornar-se uma típica "cidade africana"...

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  3. Acho que na primeira foto estão passando bem em frente da faculdade de Direito ao lado do SouzaAguiar. O comboio da Rio Branco bloqueava todo o quarteirão da Rio Branco.
    O prédio da Caixa de Amortização é bonito. Pena que a maior parte da Avenida tenha vindo abaixo.

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  4. Não me recordo bem,mas em 65 acredito que as escoltas já estavam de olho nos guerrilheiros,que volta e meia estavam firmes nas agências bancárias e correlatos,ou não?A pratica só aconteceria mais tarde?
    Hoje os carros fortes são bem diferenciados e parece que os guerrilheiros foram para outros postos mais cômodos ...Não deixa de ser um espanto!!!!

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    1. Se tinha alguma guerrilha urbana em 1965 ela não foi divulgada. Facções organizadas só a partir de 1969, antes foram uns poucos ataques isolados. Ou então fora das cidades.

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  5. Bom dia.

    O trânsito parece estar na contramão (em relação aos dias de hoje) na primeira foto. O homem está com uma bengala na mão direita, mas também parece carregar uma muleta na esquerda. Também acho que estão passando perto do Largo da CACO. Qual seria aquele prédio da direita da foto?

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  6. Parece que a história se repete. Quanto aos Scania sempre vinham na cor abóbora.

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  7. Belletti, não era bem assim. Em 1965 ainda estávamos na "fase branda" do governo militar. Uma bomba que explodiu no Bruni Flamengo em 12 de Novembro de 1964 foi o único atentado terrorista ocorrido no Rio de Janeiro antes que a esquerda começasse a radicalizar em 1968. Após a morte do "garçom" Edson Luís e da "passeata dos cem mil" ocorridos naquele ano é que o terrorismo exacerbou suas ações. Os assaltos a banco, também chamados de "expropriações", se tornaram mais frequentes naquele ano. Portanto na época da foto, "ainda" não havia essa preocupação. FF. Mais uma tentativa desesperada da Rede Globo para caluniar o governo militar acaba sendo patética quando um "documento da CIA" afirma que o Geisel "tinha conhecimento" de que havia corrupção em se governo. Ora, é possível que houvesse, afinal vivemos no Brasil, mas nada que se compare ao "tsunami de esterco" que nos assola, seja na política, seja na moral, seja na vida cotidiana. Por acaso nos toma por néscios?

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  8. Certamente o comboio iria para a Caixa de Amortização para ser distribuído, ou então para o Banco Central da Av. Pres. Vargas.

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  9. O rapaz de bengala e muleta, não lembro de ter visto alguém usando esses dois recursos ao mesmo tempo, devia estar se dirigindo ao Souza Aguiar.
    O caminhão baú de dinheiro estava bem "malhado", será que já teria sofrido uma prensa pela s ruas da cidade?
    Seja casa de amortização ou de meio circulante, entendo que o local mostrado na foto 2 é para o dinheiro que vem e que vai para as agências de bancos, movimento que deve ter diminuído bastante depois que adotaram a utilização da rede mundial de computadores.

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  10. Boas explicações do Paulo Roberto e do Joel com relação aos assaltos a bancos pelos guerrilheiros.É que em 65 estava mais ligado no futebol e Marcial,Silva,Escurinho,Garrincha,Gerson eram figuras carimbadas.A outra turma s[ó fui tomar mais conhecimento depois de 70 naquela chamada guerrilha do Araguaia.

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  11. Peralta, o implicante5 de junho de 2018 às 11:41

    Tia Nalu sempre que vai ao banco precisa de escolta.

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    1. Peralta, ó implicante maledicente, a pobre e alquebrada tia Nalu só vai ao banco para pagar contas. Escolta, só se for para garantir o pagamento das dívidas...

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  12. Há cerca de um ano atrás, era inadmissível "neste sítio" qualquer comentario simpático ao regime militar, sendo seu autor execrado solenemente. Hoje em dia as manifestações favoráveis a uma intervenção militar tomam as ruas e tal intervenção não só é admitida como desejada por enorme parcela de brasileiros. Civilizados debates ocorrem aqui. Bom sinal, já que contra fatos não há argaumentos.

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  13. Não sei como o gerente aceita a fotografia do torturador maior da ditadura como identificação do comentarista Joel Almeida. É uma ofensa a todos os democratas, mas enfim.

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    1. O gerente é que é um verdadeiro democrata.

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  14. Boa noite a todos. A foto mostra a entrada do Campo de Santana bem em frente ao Largo do C.A.C.O., embora não dê para observar corretamente na fotografia, nesta época o Campo de Santana, não estava cercado com as atuais grades, nem tinha os atuais portões. Não sei que de que dia é esta foto de 1965, porém uma coisa eu tenho certeza, depois das 17:00h, eu estava batendo uma pelada, que reunia os alunos que saiam do Colégio Tiradentes, Souza Aguiar e Rivadavia Correia. Bons tempos.

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  15. É no mínimo irônico a direita criticar a Globo de hoje, depois de tantos serviços prestados por ela ao regime de 64. Realmente "os tempos são outros" e o Roberto Marinho não manda mais.

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  16. O local é no Campo de Santana, em frente à Faculdade de Direito da UFRJ. O prédio antigo é da Odontoclínica Central do Exército, ao lado do Hospital Souza Aguiar. O caminhão blindado com certeza saía da Casa da Moeda, que na época ficava no Campo de Santana, onde hoje está o Arquivo Nacional, e devia estar seguindo para o prédio do Banco Central na Av. Rio Branco, antiga Caixa de Amortização, da segunda foto. Dali, até hoje, o comboio de caminhões que vem da Casa da Moeda seguem para o Aeroporto do Galeão, para distribuição.

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