Total de visualizações de página

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

TREVO DAS FORÇAS ARMADAS






Temos hoje fotos do Trevo das Forças Armadas, conjunto de viadutos que foram sendo construídos em diversas etapas e que exercem papel fundamental no trânsito do Centro.

Os viadutos ficam no final da Presidente Vargas na confluência para a Praça da Bandeira, a Francisco Bicalho e a Paulo de Frontin.

Conta o Decourt: "a região hoje conhecida como trevo das Forças Armadas, era conhecida apenas como Ponte dos Marinheiros, numa remissão histórica à primitiva Aguada dos Marinheiros, onde os navios entravam pelo mangal de São Diogo a fim de se reabastecer das águas até então límpidas do Rio Comprido que desciam pelas fraldas do Maciço da Tijuca, sendo irmãs das do Rio carioca, outra aguada importante, essa virada para a parte sul da cidade.

Com o progresso e a expansão da cidade para São Cristóvão, foi construída na região uma ponte ultrapassando o rio na altura de uma das pistas da atual Av. Pres. Vargas (pista sentido Zona Norte), no leito da antiga rua Senador Euzébio, conhecida por muitos anos por caminho ou estrada do Aterrado ou das Lanternas, lanternas estas que iluminavam toda a via, e que possui duas versões, uma oficial e outra maldosa. A oficial é de padre Perereca, onde as lanternas penduradas em postes ora pintados de vermelho, ora de branco, serviam de aviso para que os veículos não se desviassem do caminho e caíssem dentro do mangue que cercava ambos os lados da estrada. A outra, oficiosa e bem maldosa, nos é dada por Vivaldo Coroacy:  ue D. João VI além do medo do escuro, tinha muito medo de ali ser emboscado, nas voltas do Paço rumo a Quinta quando a noite caía. Bem, essa versão tem um que de verdade, quando passamos a conhecer melhor quem foi dona Carlota Joaquina.

A primeira versão da ponte foi construída pelo grande Marquês do Lavradio e reformada e ampliada por D. João VI. Nos seus primórdios contava com um posto da guarda que com cancelas fechava aquela entrada da cidade. Foi por ela que os corsários de Duclerc invadiram a cidade vindo de Guaratiba.

A ponte antes de Pombal também servia de limite das terras da cidade com a dos jesuítas.

Com o passar dos anos, a regularização dos mangues primeiro por Mauá, na atual Pres. Vargas, e posteriormente com Passos na Francisco Bicalho, novas pontes foram surgindo, principalmente após a criação do largo do Matadouro atual praça da Bandeira.

 No governo Lacerda, a ligação Centro-Zona Norte-Zona Sul, foi implementada com a Radial Oeste e o Túnel Rebouças juntando-se com a Pres. Vargas ficando seu ponto chave justamente na região da velha Aguada dos Marinheiros e seu velho tecido urbano se mostrava incompatível com as novas exigências.

Decidiu-se então construir um conjunto de grandes viadutos que foram sendo realizados durante os anos 60 e 70."





16 comentários:

  1. Quando passo na região considero mais confuso que teorema de Pitágoras. Se não fosse as placas estaria perdido e algumas vezes tive que fazer retorno do retorno.Felizmente não tenho dirigido no Rio ....Gostei das novidades especialmente padre Perereca,após um dia em busca do sapo...

    ResponderExcluir
  2. Acho interessante como alguns automóveis guardam tantas características que é possível reconhecê-los, mesmo à boa distância. Na foto 2, destaca-se uma camionete Chevrolet Amazonas, aí de 62, 63, que foi uma pré-Veraneio.
    Junto a ela há dois carros não-identificáveis e mais atrás um DKW-Candango e, bem longe, uma Rural-Willys 59. Na outra pista, dá para se perceber um Fusca e uma Kombi. Dito isso, o biscoito volta para a lata. De amanteigados.

    ResponderExcluir
  3. Bom dia, Dr. D'.

    Mais uma aula do Decourt, que, aliás, bateu ponto ontem na página de leitores do Globo, comentando sobre o embróglio do prefeito contra a LAMSA.

    ResponderExcluir
  4. Bom Dia! É estranho como ainda não apareceu um Deputado com projeto para mudar o nome deste complexo de viadutos para TREVO DOS BANDIDOS ARMADOS.

    ResponderExcluir
  5. Bolsonaro tá nervoso+++
    Casal Garotinho tá saindo?+++
    Tem milagre de Jesus?+++

    ResponderExcluir
  6. Bom dia a todos.
    Não sabia que havia tido uma senador Eusébio nessa parte da cidade. A senador Eusébio que conheço fica no Flamengo.
    Talvez esse padre Perereca seja uma figura irreal do imaginário popular.

    ResponderExcluir
  7. Volta e meia, algum carro "cai" no mangue. Antigamente virava manchete nos jornais. Um deles foi uma vizinha, a bordo de seu TL verde, provavelmente em finais dos anos 1970, que mergulhou no Canal do Mangue. Perdi minha"carona" pro colégio, já que ela levava seus dois filhos para o mesmo local. Foi bom, de certa forma, pois passei a ir de ônibus ao Colégio, com aquela sensação de liberdade.

    Tempos depois, o antigo TL foi substituído por uma Variant azul. Tempos em que o carros eram mais coloridos...

    ResponderExcluir
  8. Na verdade foram pouco mais de quatro anos, entre 1964 e o final de 1968, para a conclusão do complexo de viadutos. O primeiro deles a ser concluído foi o sentido centro-Praça da Bandeira e com muitas linhas de bonde ainda ativas. Na verdade todo o eixo da Praça da Bandeira foi alterado, já que antes da construção o sentido das pistas em direção ao Centro foi "entortado para a Direita", pois o viaduto está literalmente "em cima" da garagem de bondes da Light, já que a antiga pista de rolamento antes da conclusão dos viadutos era em linha reta. Eu tenho algumas fotos raras nas quais os bondes circulam entre andaimes e canteiros de obras.

    ResponderExcluir
  9. Nos anos 50 meu pai nos levava para Teresópolis passando pela pequena ponte que aparece na primeira foto. Era a única do local, lembro que no sábado de manhã era uma missão épica conseguir driblar o trânsito e atravessar a ponte.

    ResponderExcluir
  10. A primeira foto é "um prato feito" para os comentaristas, já que há muitos pontos a serem analisados. Para começar, podemos ver do lado direito a fábrica do Açúcar Pérola, o Complexo ferroviário de Praia Formosa, o bar "Porreta", a ausência da futura "rodoviária Novo Rio", e a ponte de acesso da Rodrigues Alves em direção à Avenida Brasil. Ao centro e à esquerda dá para ver os pátios ferroviário de Alfredo Maia, Barão de Mauá, e o campo do São Cristóvão na rua Figueira de Melo. Como se vê, muita coisa se perdeu...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A rua Gotemburgo, atrás do S. Cristóvão FR, aparece na primeira foto, mas o campo ficou de fora.
      O local ainda é utilizado pelo time do São Cri-Cri.

      Excluir
  11. Lugar feio,poluído e decadente que nem a modernidade salvou.Sou Do Contra.

    ResponderExcluir
  12. O galpão com três cumeeiras (galpão trigêmeos siameses), onde hoje tem terminal de ônibus próximo à Novo Rio era da Cia. Siderúrgica Nacional.
    Na última foto, no alto à direita, seriam os prédios da Joaquim Palhares em construção? Parece uma única construção.

    ResponderExcluir
  13. Ainda na foto número 1 e em primeiro plano, chama a atenção o enorme vazio no lugar do casario existente na rua Elpidio Boa Morte. Nada sobrou da finada rua. Nela existiam sapatarias de "gosto popular" onde era possível comprar sapatos a baixo custo. O fato é que TAMBÉM a Praça da Bandeira e arredores foram "passadas a fio de espada" em mais um infame "bota abaixo".

    ResponderExcluir
  14. AVISO AOS NAVEGANTES: por problemas técnicos o blog não está subindo a foto.

    ResponderExcluir
  15. Saudades, pois morei na Rua Mesquita Júnior lado direito da Presidente Vargas sentido Francisco Bicalho

    ResponderExcluir