Acervo Maximiliano Zierer |
Acervo Manolo Conde
Ocupando uma área total
de 114.169 m2, o Forte de Copacabana foi inaugurado em 1914, sendo então
considerada a mais moderna praça de guerra da América do Sul.
Construído em forma de
casamata, com 40.000 m2 de área e 12m de espessura em suas paredes externas, o
Forte contava com canhões alemães Krupp, alojados em cúpulas encouraçadas e
móveis. Dotado de usina elétrica própria, depósitos de víveres e munição,
refeitório, cozinha, alojamentos e enfermaria, serviu como unidade de
Artilharia e foi palco de acontecimentos importantes de nossa história, como o
"Dezoito do Forte".
Atualmente abriga o Museu
Histórico do Exército, aberto diariamente à visitação pública.
Estas fotos, outrora
mostradas ao saudoso General Miranda, geraram a seguinte resposta:
"Ilustre Sr. Gerente
do sítio Saudades do Rio, comovido, vejo encherem-se os olhos de lágrimas e
redobrada é a honra por ver fotos dos tempos em que os companheiros de farda
tinham admirável espírito cívico e porte moral invejável, algo em falta no
momento atual.
Quando já não se veem
manifestações, em tempo, de certo e especial respeito e instinto de conservação
para com os marcos artísticos ou repletos de tradição, é um deleite ver a
memória da cidade aqui exposta diariamente.
Lamento o quanto foi
impiedosamente destruído para construir, muita vez, um novo sem alma e sem
estilo. Por isso, nossa cidade encontra-se desfalcada de muitas construções (e
de tradições, como as paradas militares do Dia da Pátria), que poderiam
refletir e documentar fases de épocas pretéritas ou manifestações do
belo".
Para quem não se lembra, o
General Miranda se notabilizou, não só pela sua inteligência, mas pela
extraordinária bravura: tomou parte na FEB que participou do assalto á Abadia
de Monte Cassino (1944), enfrentando forças muito superiores àquelas que
comandava.
Ao longo de sua gloriosa carreira, exerceu os lugares de instrutor
de esgrima, diretor das oficinas de reparação de automóveis do Exército, vogal
do Conselho Central da Cruz Vermelha Brasileira e do Pró-Sanatório dos
Sargentos Tuberculosos dos Exércitos de Terra e Mar. Fez parte do júri para as
provas especiais de aptidão, para a promoção ao posto de major, dos capitães
taifeiros.
Em meados dos anos 50, combateu ardorosamente os insurretos do
General Lott, o que lhe valeu uma curta detenção no Forte de Copacabana (punição
que se revelou, mais tarde, injusta).
Entre outras condecorações, é Comendador
da Ordem de S. Gregório Magno (classe militar) com que Sua Santidade João XXIII
o agraciou. É autor de várias obras sobre assuntos bélicos, em que se destaca
uma monografia muito interessante sobre o "Canhão Vickers de Seis
Polegadas da Artilharia de Costa". Por seu elevado nível moral e
intelectual, este distinto morador da Rua Sorocaba, é figura sempre lembrada.
PS: o triste fim do
General Miranda não merece ser revivido nesse momento. O culpado até hoje está foragido
naquela estranha cidade do Sudeste.
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Conforme já mencionou o prezado Zierer as obras de construção do Forte foram iniciadas em 5 de janeiro de 1908, sob a coordenação do Major Arnaldo Pais de Andrade, na presença do então presidente da República, Afonso Pena, e do Ministro da Guerra, Marechal Hermes da Fonseca.
ResponderExcluirAs peças vieram desmontadas da Alemanha, em cinco mil caixotes, transportadas por navios e desembarcadas num cais especialmente construído para esse fim no local, onde os seus restos podem ser vistos até hoje.
A obra foi inaugurada como Forte de Copacabana em 28 de setembro de 1914 pelo então Presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca.
A fortaleza foi considerada, à época, a mais moderna praça de guerra da América do Sul e um marco para a engenharia militar de seu tempo.
Ao contrário do que muitos acreditam, a Igrejinha de Copacabana só foi demolida após a construção do Forte. Ela foi desapropriada por um decreto do dia 20 de março de 1918 e demolida no mesmo ano.
A imagem de Nossa Senhora de Copacabana foi recolhida pela família Tefé à sua residência em Corrêas, Petrópolis. O fundador e a data em que a Igrejinha foi edificada ficaram perdidos no tempo. Sabe-se apenas que era antiqüíssima. Já em 1732 o bispo frei Antônio de Guadalupe, estando a ermida em ruínas, ordenava consertos no seu telhado, paredes e alpendres.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirEstive pelo menos duas vezes no forte para a exposição dos carros antigos. Isso há quase dez anos.
Há um engano no texto: A batalha de Monte Cassino ocorreu em Janeiro de 1944, bem antes da FEB chegar ao teatro de operações na Europa, o que ocorreu em Agosto de 1944. O gerente deve estar se referindo à Batalha de Monte Castelo, que foi iniciada em Novembro de 1944.
ResponderExcluirNo tempo em morei no Edifício Egalite eu via a rotina da Alvorada no Forte. Naquele tempo as atividades militares eram intensas, hoje em dia "deixam a desejar". Nunca fui e nunca seria militar mas acho que as rotinas cívico-militares deveriam voltar ao nível que tinham no passado. Falta aos jovens referenciais patrióticos que possam influir positivamente em suas vidas, não deixando que esse espaço seja ocupado por funkeiros, sertanejos, travestis, traficantes, pagodeiros, e toda a sorte de gente "de má catadura". Não é sem razão que viver no Brasil se transformou no pior dos pesadelos...
ResponderExcluirImpressionante a fotografia do canteiro de obras!
ResponderExcluirEste comentarista conhece bem o Forte de Copacabana, onde o Veteran Car do Rio de Janeiro realizou muitas vezes a sua exposição anual. Sempre em torno de 7 de setembro, era uma festa de muita presença popular e permitia inúmeras fotografias lindíssimas, com a moldura da paisagem fabulosa.
A pracinha da fortificação foi palco do mais badalado coquetel, organizado pela Aquim Eventos, sob um luar glamuroso. Não esqueço da satisfação de um menino de 3-4 anos, finlandesinho e louríssimo, filho de grande amigo, que ao ver a banda Charles Rio e Seus Niterois, ao vivo, foi se aproximando do cone do saxofone, com um sorriso de orelha a orelha. Absolutamente enfeitiçado, o saxofonista, o Pete do Canto, pois era Peter de batismo e só tocava no canto, foi reduzindo a força do sopro para que não estragar a festa do pequeno.
Os casais se deleitavam na amurada da alameda, vendo aquela vista perolada que começa no Leme e termina no seu pé. Como nota dissonante da amurada, a justificar toda uma alegre festividade, uma lacraia mordeu o assento traseiro de uma senhora expositora, fato dolorido e gritado, mas prontamente medicado.
Anos depois desta festa, em 1998, a exposição deixou o local por razões meio burocráticas e meio climáticas, pois os vendavais e temporais de setembro costumavam trazer dissabores. Mas era o máximo!
Caro Roberto, essa é uma das lembranças mais carinhosas, sobre o encantamento total do meu filho Robby. Ele estava feliz em estar com você, e todos os amigos do pai, no famoso encontro do Veteran Car Club do Rio de Janeiro. Para ele também, foi inesquecível a banda e o lugar mágico do Forte de Copacabana. Obrigado pelo carinho e citação desse momento maravilhoso de um garotinho loirinho, que dançou, riu e se divertiu muito.
ExcluirEstive no local apenas uma vez e gostei muito...A cantilena do general é sempre um espanto!!!!
ResponderExcluirÉ um lugar aprazível com vista deslumbrante para orla de Copacabana e do outro lado para o mar aberto do Atlântico.
ResponderExcluirNos últimos anos abriu uma Colombo que por sinal nos tempos recentes era e ainda é um bom programa para tomar chá as 17 horas. Creio que a Turma do SEMPRE esteve reunida no local.
Até o famoso homicida italiano já foi extraditado da Bolívia para a Itália e o assassino do General Miranda continua abrigado na estranha cidade do Sudeste?
ResponderExcluirAs coberturas em arco dos labirintos do forte são, teoricamente, para maior resistência aos impactos de bombas.
ResponderExcluirObs.: realmente a FEB ainda estava em treinamento no Brasil durante a Batalha do Monte Cassino, mas consta que oficiais brasileiros estiveram neste confronto, provavelmente como observadores, à convite dos americanos.