Hoje revisitamos o
saudoso “ARQUEOLOGIA DO RIO”, o famoso e saudoso blog do “Francês”, M. Rouen de
Michelin, de Mont-de-la-Veuve, remanescente das tropas de Villegaignon no
projeto da França Antarctica.
Esta primeira foto é de fevereiro
de 1952, foi colorizada pelo Conde di Lido e mostra a saída em família e amigos
de uma rua do Leblon para conhecer o final do Recreio dos Bandeirantes e suas
praias.
No primeiro plano temos um
Citroën onde estão amigos dos pais do nosso M. Rouen, depois temos o próprio,
muito jovem e precoce, já com uma Rouanette, filha destes amigos.
Em seguida, o 2º Citroën
11 BL, com pneus Michelin modelo X na dimensão 145x400, onde vemos o Rouenzão
pai, como sempre verificando água e óleo.
Amantes de Citroën,
verifiquem que o 2º Traction Avant possui duas entradas de ar laterais no capot
tipo "quebra vento" e não diversas fendas de entrada como nos modelos
mais novos (como o da frente por exemplo).
Nesta rua tranquila e repleta de casas e edifícios de três andares do Leblon, vemos o Rouenzão que nos olha e minha irmã Rouenzinha. O seu amigo completa o óleo do motor enquanto que a Mme. Dupont, esposa M. Dupont, opina sobre a quantidade de óleo a ser colocada. “Um pouquinho mais Chéri !”. “Cuidado para não pingar óleo na tampa dos tuchos!”.
E vamos embora para o
Recreio, a viagem é longa e o tempo não está bom.
Mais adiante, do outro
lado da rua parece um Kaiser.
Estamos em 1952, Rouenzão,
com um ano de Brasil, sai pela Rodovia Rio-São Paulo (Rodovia Pres. Dutra) que
ainda não foi duplicada e enguiça na altura de Pindamonhangaba. Ele somente
conseguiu falar o nome desta cidade depois de 3 lições de “Português sem
mestre” !!!).
Ia para Sampa nomear um
revendedor para as Suspensões Gregoire que se adaptavam ao veículo acima. Anos
mais tarde ele vem a ser o diretor da Citroën até a sua aposentadoria.
(Foto de Mme. Rouen-mãe)
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirHoje o tempo também não está muito bom. Bem nublado e ventos moderados. Pessoal da praia deve estar menos aglomerado.
O francês ainda bate ponto eventualmente no grupo.
Hoje é dia do cliente e do nutrólogo. Não sei a diferença com relação ao nutricionista... Minha irmã se livrou de se chamar Maria das Dores.
FF: hoje é aniversário do Grêmio/RS e quem quiser acompanhar alguns jogos da Libertadores que eram do SporTV vai ter que coçar o bolso.
Em tempo, já teve queda de árvore na Estrada das Canoas.
ResponderExcluirNaquele tempo o Leblon era um "fim de mundo". Ainda existem prédios de apartamentos semelhantes ao da foto. Mas não moraria em um apartamento desses atualmente. E já que estamos falando de Leblon, ontem eu vi no Facebook um anúncio de um apartamento de quarto e sala na Bartolomeu Mitre com 50 M2, piso de madeira, boa cozinha, box blindex, etc, pelo módico valor de R$ 260.000,00. O anúncio é real, o apartamento é real, e não é anúncio falso. Mas observando a "paisagem da janela", observei uma indefectível parede de tijolo marrom que é inconfundível: a Cruzada São Sebastião. Alguém se habilita?
ResponderExcluirUma aventura o passeio até o Recreio daqueles tempos.
ResponderExcluirA Via Dutra até sua duplicação em meados dos anos 60 era assustadora.
Aliás o famoso cantor Francisco Alves morreu na mesma rodovia, no mesmo ano e no mesmo município do enguiço do Sr. Rouenzão.
Em 1969 meu pai levou-me e a meu primo em um passeio ao Recreio dos Bandeirantes pela Avenida Sernambetiba. Um verdadeiro "Sertão". Bem diferente da atualidade. Era comum as famílias realizarem esse tipo de passeio. Hoje em dia esse "sertão" foi deslocado para regiões mais degradadas. Hoje o Recreio e Barra são "Top de linha", mas as Vargens e Curicica são os "sertões", da mesma forma que o Leblon e São Conrado foram no passado. Qual será o "sertão de amanhã?"
ResponderExcluirHoje existe uma paranóia preconceituosa com os carros franceses; os atuais queridinhos dos brasileiros são os japoneses Toyota e Honda, mesmo os japas colocando os preços lá no alto e oferecendo bem menos recursos nos carros. A Renault ainda briga bravamente, com a linha do Sandero; Citroen e Peugeot se continuarem nessa pegada irão fechar as portas.
ResponderExcluirOuvi dizer que o Citroën tinha o cárter muito baixo e desprotegido, e era comum um impacto em vias esburacadas parti-lo e o óleo vazar. Não sei se era verdade.
ResponderExcluirEm 1957 eu, meu irmão e uma tia fomos até Sampa na boleia de um caminhão Mercedão 1952, dirigido por um amigo de família, caminhoneiro da empresa 1001 (nada a ver com a empresa de ônibus atual), com sede em São Caetano do Sul. Saimos da Tijuca por volta das 17 horas, dormimos não sei onde e chegamos a Sampa por volta das 10 horas da manhã do dia seguinte.
ResponderExcluirEsse Citroën Traction Avant foi um carro produzido por mais de 20 anos. Figurinha fácil nas fotos de época de todo Brasil. Quem for ao interior do Uruguai vai ver alguns ainda rodando no dia a dia.
ResponderExcluirCitroens, Renaults, e Peugeauts são carros adequados para estradas europeias mas frágeis para estradas brasileiras. Carros americanas eram mais adequados. As estradas do antigo Estado do Rio eram quase inexistentes e muitas das das ruas do Distrito Federal eram macadamizadas.
ResponderExcluirReconhecidamente, os melhores carros do mundo são produzidos na seguinte ordem: Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos e Japão. E só.
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