O início da Av. Rio
Branco com o prédio da Casa Mauá. Por esta foto constatamos que a projetada “Paris
Tropical” era apenas fachada. Uma avenida cenográfica, que vista do chão
impressiona, mas os telhados denunciam que por dentro e por cima o estilo era
outro. Este foi um dos motivos do não tombamento pelo IPHAN em 1937, que
evitaria a derrubada dos prédios, o que só aconteceu com o INEPAC, mas já era
tarde e poucos sobraram. Foi feito até um concurso de projetos de fachadas que
orientou a arquitetura que foi implantada. Veja os telhados de Paris das
construções da época. Lúcio Costa e os muitos detratores da avenida usaram este
argumento e citaram Buenos Aires, que tinha uma cidade bem mais europeia que a
nossa. Para eles, Passos fez uma escolha errada, já que a arquitetura pombalina
e neocolonial nada fica a dever e em alguns aspectos até supera os franceses e
espanhóis. Penso que este grupo foi muito rigoroso nas críticas e poderiam ter
preservado as construções. Mas não foi o pensamento da época. O IPHAN foi
criado em 1937 e só tombou construções coloniais, neocoloniais e neoclássicas.
Avenida Rio Branco, no Centro,
na década de 1950, época dos veículos importados. Trecho entre a Ouvidor e a Sete de Setembro. Do lado direito, o grande prédio moderno
é o Clube de Engenharia, do lado dele a Associação dos Empregados do Comércio.
Do outro lado, quase em frente a eles, o Ed. Guinle. À esquerda vemos uma das
partes do gigantesco prédio do Jornal do Commercio e, com certeza, o listrado é
o do JB.
Lotações Mercedes, ambulância GM, um clássico Ford Tudor Sedan, modelo 1949, um GPV dos anos '40 e um típico táxi Chevrolet, estão na "comissão de frente" nesta imagem de uma Av. Rio Branco sem os atropelos de hoje. Lá atrás seria um "Camões" (12)? E, à direita, um burro-sem-rabo.
Início da década de 50. Vemos um cruzamento da Avenida Rio Branco. Podemos observar o prédio onde
funcionou o Jornal do Brasil e, lá no fundo, o Hotel Avenida. Os trajes dos transeuntes diferem totalmente dos trajes atuais no centro da cidade.
Colorização do Nickolas em foto da Getty. Vemos a esquina da Rio Branco com Presidente Vargas Segundo "obiscoitomolhado" temos Chevrolet que não acaba mais. Tirando o Mercury grená e um estranho veículo esverdeado, ao lado do lotação amarelo, parece tudo GM, incluindo o que parece ser um Opel, na pole position. A esquina onde há trilhos seria a Buenos Aires? E o sentido, só para a Praça Mauá? Me lembro que, da Nilo Peçanha em direção à Praça Mauá, havia duas mãos, mas não de todo o tráfego pra lá. O primeiro prédio à esquerda ainda está lá hoje, é da esquina de Avenida Rio Branco. Tem duas janelas largas e 4 estreitas, inconfundível. A primeira esquina é Alfândega e a do trilho é mesmo a Buenos Aires. Cheguei a pegar esse prédio que deu lugar ao Manhattan Tower, ainda na década de 80.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirComecei a frequentar o centro e a avenida a partir de 1985. Não lembro se vi a Casa Mauá, mas, com certeza vi a construção do RB1. O mesmo vale para o Manhattan Tower. Lembro da construção, mas não do prédio anterior, talvez da demolição.
A primeira foto é anterior à abertura da Presidente Vargas.
O canteiro central foi retirado nos primeiros anos da década de 40.
ResponderExcluirHá algo de errado com a descrição da foto 2. A não ser que o sentido da via tenha mudado ou que os prédios do Clube de Engenharia e da Associação dos Empregados tenham mudado de lado, pois atualmente ambos são do lado direito no sentido da via (da Pça Mauá para o Aterro), ou mais provavelmente a foto está espelhada.
ResponderExcluirO sentido da via mudou em alguma época. Não sei informar quando mas há várias fotos mostrando tráfego nos dois sentidos da Rio Branco, mesmo depois da retirada do canteiro central.
ExcluirLembro bem que no final dos anos 40 e pouco adiante, que era possível estacionar junto ao meio fio na Av Rio Branco.
ResponderExcluirAos sábados , quando bancos e comércio funcionavam normalmente até meio- dia, era comum irmos " à Cidade" para as compras, e meu tio ia estacionando o Ford 1934 junto as lojas...
Ir "à cidade" como sinônimo de ir ao Centro era uma expressão altamente difundida, pelo menos na Zona Sul. Será que perdura até hoje ou já caiu em desuso?
ExcluirMeus pais usavam a expressão sempre e eu ainda uso, mas tenho 67 anos, então ...
ExcluirA variação era "ir ao centro".
Meus filhos tenho certeza que nunca usaram.
Acho que - assim como por exemplo a expressão "mais velho(a) do que a Sé de Braga, que também "herdei" de meu pai e muitas outras - cairam em desuso.
Cáspite !
Ninguém mais vai "à cidade", nem sabe onde fica a Esplanada, a Montenegro ou o Castelinho. A Sloper, a Sears ou o Art-Palácio.
ResponderExcluirIapetec, Ipase, Novacap, SAPS, são hieróglifos. Rabo de peixe só na peixaria.
Quem responderia corretamente à pergunta: Como vai, como vai, como vai, vai, vai?
E o que era a música ciclâmen? Ou "fogo paulista" e "rabo-de-galo"? Nem mesmo sabem o que era "samba em Berlim".
Dura lex, sed lex, no cabelo só ......
Meu chapa, é fogo na jaca. O xaveco é pichar os barnabés.
Nem Já-Já, nem Ton-Bon, só Chica-Bon.
E pegar um LP e colocar na virola. Quem sabe o macete para falar de graça no telefone público?
No tempo do Ariri, sócio da Light, no maior vai da valsa, dar o beiço, mocorongo, dormiu de touca, dormiu no ponto.
Mudou tudo.