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quarta-feira, 26 de maio de 2021

LEME

Vemos o trecho da Praia do Leme antes de ali ser construído o "Caminho dos Pescadores", de onde se tem um belo panorama de toda a Praia de Copacabana.



O Leme junto ao Forte. Depois da estação de bondes/bar da Brahma neste local funcionou de 1945 até a década de 1970 a Sociedade Pestalozzi.

Sempre foi um risco o mar batendo nestas pedras do Leme. Um caso famoso, embora não único, foi o do marido da bailarina Ana Botafogo, Graham Bart, que morreu após ser colhido por uma onda.

Na década de 1970, no lugar da Sociedade Pestalozzi foi construído o Edifício Regina Feigl Regine Feigl, na Av. Atlântica nº 270, que vemos em foto de meu amigo Manolo, logo após sua inauguração. Acho que o arquiteto foi Bertoldo Pogrebinschi.  A construção tem 3 andares de garagem e era um dos mais altos de Copacabana à época.  

 

18 comentários:

  1. O Leme sempre foi o "primo pobre" de Copacabana. Por que essa diferenciação? O Leme nunca teve o "prestígio e o glamour" que o Posto Seis e outros locais possuem.

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  2. O Leme ainda é, acho, um simpático apêndice de Copacabana. Os moradores que conheço se orgulham do bairro. Visto do mar , a favela é um trecho considerável na área do bairro. Constatado que não existe uma livraria na área. Pelo que vi há pontos finais de ônibus , o que aumenta a frequência da praia fds. Parece opção de qualidade de vida. Salvo engano, as Baita e Mozaks ainda não atacaram as casas que restam.

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  3. Olá, Dr. D'.

    Passei pouco pelo Leme. Fui uma vez no teatro que havia na Princesa Isabel, há mais de vinte anos. Minha mãe trabalhou um tempo como babá no bairro, assim que chegou ao Brasil, por volta de 1955.

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  4. Nos últimos anos parece que os moradores do Regina Feigl mandaram blindar suas janelas.

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  5. Desta vez discordo do colega Joel. Em minha opinião, Copacabana, sim, é uma espécie de "primo pobre" do Leme. O Leme é um bairro muito mais exclusivo, mais residencial, com menos comércio e por consequência, menos pessoas transitando pelas ruas e o principal quesito é a qualidade do banho de mar. Sempre reparo quando da divulgação da balneabilidade das praias cariocas e o mar do Leme quase sempre é o indicado como o mais limpo. Enfim, é um bairro muito simpático.

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    1. Mauro Marcello, as favelas da Babilônia e do Chapéu Mangueira de certa forma são fatores de preocupação e de desvalorização do Leme. Cito como exemplo o bairro de Charitas em Niterói que era a "menina dos olhos" das praias urbanas da cidade, mas a favela do Preventório cresceu assustadoramente e a região acabou se desvalorizando. Se você assistiu ao filme Tropa de Elite I os fatos se passam no Chapéu Mangueira e na Babilônia. Não deve ser fácil você ter nos fundos do prédio vizinhos "tão belicosos". Mas não foi sempre assim. Se você assistiu "Orfeu Negro" de 1959, cujas cenas foram filmadas no Chapéu Mangueira percebeu que a realidade era bem diferente...

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    2. Favela e desvalorização andam semore juntas. Conjunto residencial tipo Minha Casa, Minha Vida, idem.

      Só defende favela e assemelhados quem não tem uma perto de casa.

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    3. Perfeita sua definição, e contra fatos não há argumentos. Se queremos um país melhor em todos os sentidos a primeira ação é abolir a hipocrisia. Como dizia meu pai, colocar "panos quentes" só vai agravar o problema. Para pessoas como os comentaristas "deste sítio" que em sua maioria estão prestes ou já "dobraram o Cabo da Boa Esperança" e tem uma larga experiência de vida, um muro serve para delimitar e proteger espaços físicos, nunca para "ficar em cima dele". Fica o registro.

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    4. Grande parte das cenas do filme de Marcel Camus foram rodadas no Morro da Babilônia e não no Chapéu Mangueira. Algumas foram no morro do Pasmado. https://www.anf.org.br/em-noite-de-homenagem-babilonia-exibe-orfeu-negro/

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  6. Aqui tem comentarista que se arvora em conhecer bem vários trechos dessa praia considerada, se não a mais, pelo menos uma das mais famosas do planeta. Apesar de ter vivido muitos anos no Centro do Rio desde os anos '50 que vou a essa região, seja frequentando trechos variados da praia, seja como músico na noite de tempos que não voltam mais. Hoje, depois de morar em cinco endereços diferentes de Copacabana (agora moro muito perto do Hotel Copacabana Palace) estou à vontade para opinar. Para quem não conhece é necessário entender que não existe uma Copacabana, mas sim "Copacabanas", pois cada quarteirão tem suas características. Se incluirmos nesse raciocínio o bairro do Leme, que por óbvio tem esse nome por sua posição geográfica em relação à Copa, podemos entender as diferenças.

    É notório que os tempos são outros mas ainda cabem algumas comparações. Por exemplo: Na região onde moro o trecho é considerado nobre, pelo fluxo de turistas que, em tempos normais, são atraídos pelo mais famoso hotel do país. A segurança maior é resultado desse interesse. Na região da r. Siqueira Campos, e adjacências, o comércio e o metrô indicam um movimento maior de pessoas. O trecho do Lido é uma região popularesca, com grande oferta de comércio e serviços, além de sua tradição boêmia, ressalvadas as atuais condições pandêmicas. O chamado Posto Seis marcou sua presença pela existência do comércio de peixes, um trecho calmo de praia, seus confortáveis imóveis e, até certa época, por suas atrações artísticas e uma certa veia boêmia (foi o local da primeira boate de strip tease do Rio) e até abrigou um cassino e emissora de TV. Esses são apenas alguns exemplos de trechos desse famoso e populoso bairro.

    Quanto ao Leme a história é diferente. Eleito como residência por uma grande maioria de artistas dos anos '50/60, tornou-se referência da vida boêmia da zona sul nos anos que se seguiram. Ao se tornar um celeiro de figuras excêntricas e curiosas terminou por criar o folclore de que seria o local com "a maior quantidade de malucos por m2". Em minha opinião, ao contrário do que alguns julgam, o Leme perdeu sua maior característica de ser local provinciano, a ponto de receber o apelido de "praia oba-oba", referência ao hábito de todos se cumprimentarem durante o banho de mar. As ditas "comunidades" que cercam o bairro (Babilônia e Chapéu Mangueira ) também exerceram uma certa influência na degradação e aumento da população circulante. Todavia, o Leme ainda é considerado o melhor local para um relaxante banho de mar, mas fica a sugestão: dê preferência aos dias úteis.

    Por último um registro. É perceptível o atual esvaziamento do bairro com menor circulação de pessoas e até um certo aspecto de tristeza, ou algo parecido, que tomou conta da região, consequência dos dias que vivemos. Basta olhar em direção aos prédios da orla e verificar, durante o horário noturno, a quantidade de imóveis com as luzes apagadas. Presume-se que seus moradores foram para outras localidades, talvez fugindo da pandemia. Talvez.

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  7. No quesito favela, o que vale para boa parte do Leme vale também para uma grande parte de Copacabana.
    Então os outros quesitos citados pelo Mauro Marcello podem desempatar a favor do Leme.

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  8. A Igreja de Nossa Senhora do Rosário no Leme, tendo imagens de cachorros com tochas em 4 colunas em homenagens a São Domingues, é um charme só.

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  9. Não sei porque os portugueses não "batizaram" Copacabana inicialmente como "barra" e não Sacopenapan, visto que, geograficamente falando, trata-se de uma barra da baía. Talvez a Ponta do Leme segmenta essa característica; de qualquer forma a Praia Vermelha, do outro lado do morro, poderia também ser "barra" e não recebeu essa denominação. Do lado de Niterói, a ponta de Jurujuba segmenta para Piratininga, que também não se tornou "barra". Enquanto isso, a Barra da Tijuca, um mero estuário de pequenas lagoas, teve esse nome consagrado.

    Nessa questão da desvalorização imobiliária por conta da proximidade com a favela, curiosamente os centros de vários bairros da Zona Oeste estão relativamente longe das favelas. Carobinha, a favela mais próxima do centro de Campo Grande, por exemplo, fica a uns dez quilômetros. No Centro da cidade, ZS e ZN, as favelas estão praticamente dentro do perímetro do centrão (não confundir com os políticos fisiologistas da câmara/senado...) rsrsrs

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  10. Sempre achei que podiam prolongar esse caminho do Leme até a praia vermelha na Urca, seria ótimo para os turistas e cariocas. Lógico que deveria fechar a noite.

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  11. Algumas vezes aqui eu afirmei que em breve viveríamos um "Soweto às avessas". Esse dia já chegou faz tempo. Quantos de vocês iam passear aos domingos em Petrópolis, Teresópolis, ou Friburgo, e voltavam à noite? Quantos de vocês namoravam à noite no São Conrado, no Alto da Boa Vista, ou assistiam a "corridas de submarino" no Arpoador? E por que não se faz mais isso hoje em dia? A resposta é de fácil compreensão. Quem pode transitar despreocupadamente pala Avenida Brasil ou pelas linhas Vermelha e Amarela? Isso significa que vivemos limitados e tolhidos em espaços cada vez mais exíguos e distâncias ínfimas. Essa sensação de aprisionamento e de cerceamento que é uma realidade para nós é semelhante à realidade que havia na África do Sul na região de Soweto nos anos 60. Só que os "prisioneiros somos nós"...

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    1. Concordo, o Rio está sitiado, milicias, traficante e tudo mais. Não adianta se trancar em condomínio s de luxo, carro blindado e tudo mais, a cidade real chega e incomoda. Pior só vejo piora nada que modifique o problema.

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  12. Boa noite. Do Leme saudades do PUB, da boate do Meridien, dos Restaurantes Da Brambini, Shirley e os problemas é igual ao resto de todos os lugares do Rio de Janeiro.

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  13. Lino, salvo engano, o Shirley ainda está funcionando. Um amigo esteve lá há pouco tempo. A lamentar, o fechamento do tradicionalíssimo Restaurante El Cid, na Rua Min. Viveiros de Castro, 15, próximo à Av. Princesa Isabel onde era servido o famoso filé a francesa.

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