Total de visualizações de página

segunda-feira, 5 de julho de 2021

CANECO 70

Inaugurado em 03 de junho de 1971 na Av. Delfim Moreira nº 1026, na esquina da Rua Rainha Guilhermina, no Leblon, o “Caneco 70” fez sucesso por mais de 30 anos. Em 2006 fechou as portas quando foi comprado pela construtora CHL para dar lugar a mais um edifício no Leblon. 

À época de sua inauguração a estação telefônica ainda era a 247, mudando após para a 294. Este anúncio do JB destaca as qualidades do local. Era realmente um bom local para um tranquilo chopinho e bate-papo.


Em foto de Gyorgy Szendrodi, de 1971, vemos o “Caneco 70”, ainda na sua primitiva forma, que por décadas foi um dos mais agradáveis lugares de se beber um chope na orla de forma tranquila, sem ser importunado por tocadores de música, vendedores de bilhete de loteria, etc. Só quem entrava no bar era o famoso “Funéreo”, vendedor de rosas que rodava todos os bares do Leblon com sua cesta de rosas que, segundo a lenda, eram colhidas no São João Batista.

Especialistas com olhos de lince identificaram na foto uma Alfa Romeo Giulia 1600, anos 60, um Opel Kadett anos 60, um TC Azul, alguns Opala e um carro azul e branco talvez um  Plymouth 58 dos modelos mais simples, talvez um Savoy ou Belvedere. Ainda há  um carro azul com teto branco atrás do FNM 2150 branco que deve ser um Chevy 56. Também um Fusca vermelho (1º carro à esquerda da foto, estacionado na calçada em frente ao Karman-Ghia).

Já em fase de demolição, em foto do Rafael Netto, vemos o painel comemorativo dos três primeiros campeonatos mundiais conquistados pelo Brasil.

Em outra foto do Rafa vemos o “Caneco 70” já com as portas fechadas.


 Em foto do Rouen vemos o “Caneco 70” em 1979. Ali pontificava o gerente Pontes, mais conhecido como “Tancredo”. Na semana que precedeu ao fechamento houve uma chopada de despedida do pessoal dos FRA – Fotologs do Rio Antigo. Naquela noite desabou um temporal digno do 5º ato de Rigoletto, como diria Nelson Rodrigues. Compareceram apenas dois comentaristas do “Saudades do Rio”, além de duas intrépidas tias que ali comentavam – não seria uma “chuvinha” que iria atrapalhar a ida delas.

A dúvida é se este Puma é um que ficou vermelho de vergonha do próprio estado e hoje em dia desfila todo garboso por aí, com um francês ao volante, depois de uma bela plástica.

18 comentários:

  1. Olá, Dr. D'.

    Confesso que passei algumas vezes pelo estabelecimento nos anos 90 e 2000, mas nunca tive o interesse em entrar. O referido trecho era somente de passagem.

    Essas postagens tardias aos domingos serão a regra?

    ResponderExcluir
  2. Mais uma esquina agradável da orla que sucumbiu aos espigões.
    Toda vez que vejo um FNM desses dá um lamento; o Brasil poderia ter a sua própria marca de automóveis. Teria essa marca, localizada no estado do Rio, acabado por alguma força corporativa dos industriais paulistas?
    Vendo um indivíduo ali com a camisa canarinho, dá saudades de uma época que se podia vestir essa camisa sem passar vergonha, ou ser confundido com um demente.

    ResponderExcluir
  3. om dia a todos. Cheguei a ir algumas vezes tomar chope no Caneco 70, era o ponto de encontro da rapaziada, quando íamos jogar pôquer no apartamento do meu amigo Nenem, que morava na Rainha Guilhermina.

    ResponderExcluir
  4. Lembro com carinho do famoso Caneco 70, palco dos encontros domingueiros de minha família, entre 1999 e 2006. O patriarca fazia questão de reunir os cinco filhos e seus respectivos e respectivas, além de amigos que chegavam sem marcar e eram sempre bem vindos em nossa grande mesa. Algumas vezes ficávamos em uma mesa próxima a essa parede com a Jules Rimet, à esquerda da entrada do salão. Eu saía da rede em Ipanema de bicicleta e lá chegava sabendo que seria uma tarde alegre e regada a muitos chopes claros e escuros, desfrutando principalmente da presença de meus saudosos pais. Na terceira foto, nos primórdios do Caneco, pode-se observar no alto, o Cinema Miramar na esquina da Rua General Artigas, onde morávamos, bem como a calçada da orla, ainda composta por grandes placas de cimento, antes das obras para a aplicação das pedras portuguesas, troca das luminárias e a retirada do gramado entre as pistas, originando o estacionamento de carros na diagonal em ambas as pistas, acabando deste modo, com o estacionamento na calçada da praia. Grande Caneco 70!

    ResponderExcluir
  5. O Puma prateado não é Rouen; a traseira dele é alta...

    ResponderExcluir
  6. Fui muitas vezes tomar meus chopes por lá, gostava da varanda do segundo andar. Acho que ali funcionava antes a sede do Clube Leblon. Alguém poderia confirmar?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Nos meus alfarrábios consta como endereço do Clube Leblon a Av. Delfim Moreira 316, em frente ao Posto 10.

      Excluir
    2. Eu conheci o extinto Clube Leblon, sediado à Rua Venâncio Flores, na quadra entre as Ruas Dias Ferreira e Avenida Ataulfo de Paiva, mais perto da primeira. Lá fiz aulas de judô com o professor faixa preta, conhecido como Paulinho entre 1969 e 1970. Este clube tinha somente uma quadra de futebol de salão ao lado da sede que possuía três andares, sendo no primeiro o restaurante. Acho que foi demolido em 1973.

      Excluir
  7. Fui poucas vezes, a maioria delas nos anos 80. Era fácil estacionar e a companhia era agradável. Em uma das vezes um flanelinha quis me extorquir antecipadamente e "acabou com a minha noite", mas teve a resposta merecida dentro dos limites da Lei.

    ResponderExcluir
  8. Não era o meu "point" favorito mas fui algumas vezes nesse bar/restaurante. Quanto ao Puma é um GTS, 1976, também conhecido como "rabo de pato", chassi de Brasília, provável propulsor "careta" 1.6 com dupla Weber 32, rodas não originais. O meu era um Spider branco, 1972, todo original.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Se nao me engano em 76 a Puma ainda utilizava o chassis do KG

      Excluir
    2. Para dirimir a dúvida sobre o chassis do Puma GTS 1976: https://pt.wikipedia.org/wiki/Puma_GTS

      Excluir
    3. Ainda por cima tinha uma buzina FIAMM, 02 cornetas..??...rsrs

      Excluir
  9. Frequentei bastante nos anos 70 e começo de 80, direto da praia ou mesmo como programa noturno. Sempre com turma grande, muita diversão. Mas todos admitem que a conta vinha sempre marretada, rolava uma grande discussão até que o garçom cortava o "se colar".

    ResponderExcluir
  10. O Puma 76 utilizava chassi de Brasília.

    ResponderExcluir
  11. Na metade dos anos 80, quem morava na parte de cima e tinha um estúdio de gravação era o cantor Renato Terra.

    ResponderExcluir