Continuamos a série da Rua Bambina com as fotos em P&B, dos anos 30/40, de Dinah Soares da Costa Pinheiro e que foram cedidas ao JBAN. As fotos coloridas, de 2008, são do Rafael Netto, o Rafito. O fotógrafo continua no mesmo ponto da Rua Bambina (bem no meio da rua) e agora tira uma foto para cada lado (a 90 graus do eixo da rua), mostrando a calçada e seus imóveis.
Vemos
nesta foto o lado ímpar da Rua Bambina. O açougue pertencia a parentes de Raul
Bastos, casado com Angelina dos Santos Bastos e pai da Dra. em Física Nuclear,
pelas Universidades de Bruxelas e Paris, Wilma dos Santos Bastos, aposentada
pela CNEN.
Vê-se ao lado do prédio do açougue a barbearia, onde cortava os meus cabelos. Ao lado ficava a Leiteria Aliança que se estendia até a esquina da Rua Visconde de Ouro Preto. A Leiteria confrontava-se com a Farmácia Ouro Preto, cujo gerente era o pai da Ilka Soares (que ali morava), do lado da Rua Visconde de Ouro Preto.
Aqui
vemos o local da primeira foto documentado pelo Rafael Netto em 2008. Conta
ele: Sem grandes modificações e razoavelmente preservadas, as duas construções
permanecem lá e têm suas características preservadas pela APAC. A casa da
esquerda são os fundos do Mercadinho Bambina, no número 86 da Visconde de Ouro
Preto, construção comercial com poucas portas laterais irregulares, atualmente
todas fechadas, mas mantendo os vãos visíveis. A van está descarregando
mercadorias para o estabelecimento.
Já a casa da Bambina nº 73 não sei o que abriga atualmente, mas preserva grande
parte do trabalho em serralheria, inclusive as grades nas arcadas que não se veem
na foto. Infelizmente o aspecto foi ferido com a construção de uma marquise e
destruição das portas originais, algo muito comum nos sobrados comerciais do
Rio.
Aspecto do local em imagem do Google Maps atual.
Vemos
nesta foto o lado par da Rua Bambina, onde ficava a Padaria e Confeitaria Flor
de Botafogo, no nº 80, e que foi a primeira padaria de Botafogo. A foto é da década
de 30/40. Essa padaria era do avô de D. Dinah, Albino Soares da Costa, a qual
foi inaugurada nos idos de 1920.
Conta D. Dinah que seu pai faleceu em 1941 e seu avô em 1945. Lembra ela, com
saudade, dos pães que lá eram feitos, os doces, os biscoitos (rosquinha
amanteigada) - não existem iguais. Lá tudo era feito com manteiga da melhor
qualidade e ovos. O avô não admitia usar margarina e anilina como hoje usam. A
moto era do pai dela, que sofreu um grave acidente na "Curva da
Amendoeira". As fotos foram tiradas pelo pai com uma
máquina KODAK caixote.
A família de D. Dinah morou no nº 82, ao lado da padaria. Muitos anos depois ali funcionaram os estúdios da Atlântida.
Esta é a
foto feita pelo Rafael Netto em 2008, do lado par da Rua Bambina. Ali ficava a Padaria
Flor de Botafogo, segundo a D. Dinah a primeira do bairro, inaugurada na década
de 1920. A casa funcionou como padaria até há poucos anos, e depois que a loja
fechou, permanece abandonada. Ao fechar já havia se tornado uma "padaria
moderna" como outras na região. O aspecto atual da construção vem da
reforma que o estabelecimento sofreu para adotar esse perfil.
Completamente descaracterizada, pouca coisa na casa remete à original,
praticamente só as quatro colunas que dividiam a fachada, mantidas apenas na
parte de cima.
Os vizinhos da antiga padaria também se foram há muito tempo, do lado esquerdo
havia até a década de 80 uma construção industrial estilo "pé-palito"
que pertencia à Atlântida Cinematográfica, depois da demolição, o terreno
permanece vazio e usado como estacionamento. Do outro lado há um edifício
provavelmente dos anos 60 que abriga há muitos anos a Livraria Atheneu,
referência na área médica.
Aspecto do local em imagem do Google Maps atual.
Boas comparações através das fotos do mesmo local por décadas. As fotos da dona Dinah são típicas do Botafogo antigo e o trecho não tem os atuais edifícios altos do bairro.
ResponderExcluirEu imaginava que a primeira padaria do bairro fosse na Voluntários na esquina da Real Grandeza.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirContinuo hoje acompanhando os comentários.
Em tempo, em 2008 alguns telefones fixos ainda tinham sete dígitos (ou deixaram de atualizar a placa, para incluir o 2...). Os celulares há muito já tinham oito e agora têm nove...
ResponderExcluirO motel Bambina que fica aí perto é muito bom assim como o Samaritano. Não tem um posto da incompetente guarda municipal por aí também?
ResponderExcluirAcho este trecho feio.
O prédio da Guarda Municipal é do mesmo lado da rua do motel,
Excluirrelativamente perto deste e de uma concessionária Volvo.
Bom Dia ! Vi na foto onde está o taxi uma pichação igual a que tem no meu muro. No Eng.Novo também tem uma. O sujeito gosta de andar.
ResponderExcluirPichação é a praga moderna. Nenhuma cidade pode ser considerada bonita se as construções são pichadas.
ExcluirAlém das tradicionais bicicletas com cesto de pão, a Padaria Flor de Botafogo podia utilizar a motocicleta.
ResponderExcluirSe precisasse de uma cópia de chave era só entrar na porta ao lado.
Sobre o casarão de ontem, fiquei em dúvida se não é o mesmo da escola, com alterações nos elementos decorativos e esticado verticalmente na foto antiga. No caso o fotógrafo estaria em posição diferente.
Para que mesmo serve a Guarda Municipal além de falar no celular?
ResponderExcluirAnônimo, além de falar no celular o guarda municipal sabe extorquir e bater em ambulantes, se esconder para multar motoristas, e fi$calizar ferro-velho clandestino.
ExcluirHoje jogou gás de pimenta na zona oeste. Deixe de reclamar.
ExcluirO Brasil está parado.
ResponderExcluirFique curioso sobre a professora citada no texto e descobri no Google uma tese dela chamada "Uma introdução a reatores rápidos e IV geração" por Wilma dos Santos Bastos do
ResponderExcluirInstituto de Engenharia Nuclear / CNEN
RESUMO Num cenário de aumento de demanda por energia, sobretudo nos países em desenvolvimento, e de crescente interesse na redução de emissão de poluentes originados pela utilização de combustíveis fósseis, os reatores nucleares de IV Geração surgem como proposta e desafio. Entretanto, a busca de novas tecnologias e inovações se faz imperativa, traduzindo uma enorme evolução, não só nos projetos conceituais, como também no ciclo do combustível para, num cenário de economia aberta, torná-los mais competitivos. Dentre os reatores de IV Geração, os Reatores Rápidos se configuram como aqueles que mais atendem a tais exigências e serão, sem dúvida, os reatores em evidência num futuro próximo. Keywords: IV generation fast reactors, liquid-metal fast reactors, nuclear reactors challenge.
Nessa Rua está a casa que o FHC morou quando criança, mesmo bem deteriorada deveria virar um museu.
ResponderExcluirA prefeitura estava por vender o prédio da GM, não sei se conseguiram, da Comlurb em Botafogo já rodou. Alguém levou lógico.