CINEMAS POEIRINHAS, por Helio Ribeiro.
Nesta
postagem vamos excursionar por plagas desconhecidas pela maioria dos visitantes
deste SDR. E nos depararemos com uma série de cinemas de rua, daqueles que o
povo se encarregou de chamar de "poeirinhas". O Rio de Janeiro teve centenas de cinemas de rua, muitos deles
autênticos poeirinhas. A penosa seleção foi feita por mim, e posso
ter classificado dessa maneira algum cinema que não a mereça. Neste caso, o
comentarista que discordar sinta-se à vontade para me contestar com veemência.
Chegou
a hora de os visitantes da Zona Norte se apresentarem e darem sua valiosa
contribuição à postagem.
Onde
possível, o Luiz abrilhantou cada foto com os dados obtidos no famoso livro da
Alice Gonzaga, "Palácios e Poeiras".
Apertem
os cintos porque a viagem vai ser longa. Comecemos.
OBS: depois que recebi a excelente postagem do Helio, a quem mais uma vez agradeço a contribuição,. fui ao excepcional livro da Alice Gonzaga, "Palácios e Poeiras (que recomendo muito a todos os interessados na história dos cinemas cariocas), e complementei algumas informações. Alguns dos cinemas citados foram grandes salas de exibição em sua época.
1) Cine Anchieta (antigo Cine Tropical, inaugurado em 1947)
Endereço: Estrada Marechal Alencastro
Guimarães nº 4211
Bairro: Anchieta
Inauguração: 11/07/1955
Fechamento: 09/04/1978
Capacidade: 280 lugares
Moisés M. Marinho foi um dos
frequentadores deste cinema. Conta que assistiu muitos filmes e fez muitas
bagunças neste cinema. Ele foi aluno do ginásio, nos anos 60, do Colégio
Pereira Mendes, e diz que hoje Anchieta está irreconhecível.
2) Cine Beija-Flor / Madureira 3
O "Beija-Flor" em foto de 1958.
Já como "Madureira 3" em foto de 1994.
Endereço: Rua Lopes nº 169, renomeada
Rua Antônia Alexandrina nº 167 e Rua João Vicente nº 15.
Bairro: Madureira
Inauguração: 1915
Fechamento: 21/09/1986
(transformou-se no cine Madureira 3)
Capacidade: 710 lugares (1937), 480
lugares (1960)
Alice Gonzaga conta que em meados do século XX, na parte da Central do Brasil, Madureira era o subúrbio mais beneficiado, pois tinha nada menos que quatro cinemas bem instalados (Alfa, Beija-Flor, Coliseu e Madureira).
3)
Cine Bruni Méier (antigo Cinema Méier de 15/11/1919 a 06/11/1963)
O antigo cinema Méier.
Endereço: Rua Amaro Cavalcanti nº 105
(antigo nº 25)
Bairro: Méier
Inauguração: 07/11/1963
Fechamento: 16/01/1977
Capacidade: variou em 450 e 650
lugares.
OBS: A partir de 17/01/1977 voltou a
ser Cine Méier. A partir de 01/07/1981 voltou a ser Bruni Méier.
Na década de 60 a palavra “Bruni” era
tratada como sinônimo de cinema. O padrão de suas salas era “jovem”, com “conforto
moderno”. Em uma década 12 cinemas “Bruni” foram inaugurados, alguns
aproveitando salas antigas, como o do Méier.
4) Cine Comodoro
Endereço: Rua Haddock Lobo nº 145
Bairro: Tijuca
Inauguração: 17/07/1967
Fechamento: 02/11/1988
Capacidade: 816 lugares.
Cheguei a ir a esse cinema umas poucas vezes. Numa delas, assisti à ópera-rock "Tommy", do conjunto "The Who". Numa outra, fui enganado pelo anúncio de jornal, entrei para ver um determinado filme, e quando percebi após os trailers começou a passar o nefando "Independência ou Morte", com Tarcísio Meira. Saí muito "pê" da vida do cinema. Paguei ingresso à toa.
5)
Cine Guarabu
Foto
tirada em 1982.
Endereço: Rua Sargento João Lopes nº
826
Bairro: Ilha do Governador
Inauguração: 20/04/1950
Fechamento: 14/05/1982. Depois Studio
Ilha de 11/06/1982 a 25/11/1984
Capacidade: 380 lugares
Os antigos comentaristas do “Saudades
do Rio” dizem que o fusquinha era do Celsão, o “Manitu”, fã incondicional da
Lucelia Santos.
6) Cine Guaraci
Foto
tirada em novembro de 1982.
Endereço: Rua dos Topázios nº 56
Bairro: Rocha Miranda
Inauguração: 10/02/1954
Fechamento: 03/01/1989
Capacidade: 1.379 lugares
Alice Gonzaga cita o Cine Guaraci
como “um palácio cinematográfico em grande estilo. A sala, uma das mais belas
da cidade, foi a única que combinou elementos de “art-nouveau” e “art-déco”.
7) Cine Irajá
Endereço: Avenida Monsenhor Félix nº
454
Bairro: Irajá
Inauguração: 1941
Fechamento: 12/06/1983
Capacidade: 1146 lugares
Segundo Alice Gonzaga, Vital Ramos de Castro, o mais bem
sucedido dos exibidores independentes, caracterizou-se por fazer cinemas de
fachadas simples, cujo padrão era uma suavização do "art décô",
trabalhando em cima de figuras geométricas básicas.
Não posso deixar de transcrever relatos do prezado “Irajá” a respeito deste cinema:
“A primeira lembrança é de entre os anos de 1949 a 1953, quando
o Cine Irajá ainda possuía tela quadrada e eram projetados filmes em preto e
branco como “O Monstro da Lagoa Negra”, “Roy Rogers’, ‘Zorro’, desenhos
animados do Mickey, chanchadas da Atlântica e a Atualidades Atlântica. Entre os
filmes brasileiros marcou-me o Tico-Tico no Fubá, deixando-me para sempre um
grande gosto pela valsa Branca. Mas o mais marcante em todos esses anos, foram
as sessões das quintas e sextas feiras da Semana Santa. Nestes dias, revestido
de muita pompa e contrição, era exibida a Vida de Cristo, versão ainda do
cinema mudo e com baixa sequência de quadros, o que fazia as pessoas caminharem
aos trancos, como nos célebres filmes de Carlitos. A época um bairro
tradicionalmente católico, nossos pais praticamente nos impunham assistir este
filme. O pior é que, considerando ser um dia de comedida alimentação, não nos
deixavam levar pipocas ou balas para a sala de projeção. Para completar,
exigiam-nos um estado contrição durante toda a exibição.”
“A segunda lembrança se faz quanto da reforma do cinema em início de 1954. Mês de férias e o cinema fechado foi um assunto de grande protesto para a garotada, privada que estava das suas boas tardes de domingo. Mas a espera foi compensadora. No dia da reabertura a fila ultrapassava a linha dos trens da Rio D’Ouro, o que fazia uma estranha interrupção da mesma, pois logicamente ninguém ficou sobre os trilhos. Os bondes chegaram cheios de gente de Vaz Lobo e de trem muitos vieram de Vicente de Carvalho e Colégio. Para mim foi um delírio: O primeiro sinal, o segundo sinal e ao terceiro, com luzes coloridas piscando nos abajures de gesso laterais, a projeção da logomarca do novo tipo de filme, em Cinemascope, sobre as pomposas cortinas vermelhas. De imediato a abertura desta cortina e já sob os aplausos, assobios e alguns berros da garotada, a apresentação de “O MANTO SAGRADO”.”
“A terceira foi quando eu e um colega de muitas aventuras, após semanas de expectativa, desde que fora anunciada a sua exibição, projetamos ludibriar o porteiro do Cine Irajá e assistirmos um filme para nós ainda proibido. Ambos tínhamos então 17 anos e meio, e o filme, tremendamente censurado, era proibido a menores de 18 anos. O velho porteiro já nos conhecia de muitas e muitas vezes pagando meia entrada e provando ter mais de 14 anos. Compramos inteira para não ter que apresentar a caderneta escolar. Ao passamos pelo porteiro e já entrando na sala de projeção ouvimos dele apenas: “Rapazes, por que vocês pagaram inteira?”. Sentamos e aguardamos ansiosos ouvindo alguns dos sucessos de Frank Sinatra. Veio o primeiro sinal, o segundo, o terceiro, as luzes piscando, a projeção sobre a cortina vermelha e esta se abrindo e... Fogo no topo da cortina, as labaredas se propagando, o tumulto, o calor intenso. Na fuga da sala uma mulher berrava: “Isso aqui virou um inferno”. Após a chegada dos bombeiros de Campinho, sentados na calçada do outro lado da rua assistindo o trabalho de combate ao incêndio, lendo o grande cartaz do cinema, nos ríamos ao limite da dor de barriga. Título do filme: A Caldeira do Diabo.”
8) Cine Marajá (antigo Mignon Cinema, de 1911)
Foto
tirada em 16/09/1982.
Endereço: Rua Ana Néri nº 910
Bairro: Engenho Novo
Inauguração: 25/01/1951
Fechamento: 31/05/1970
Capacidade: 628 lugares
9) Cine Palácio Campo Grande
Endereço: Rua Augusto de Vasconcelos
nº 139
Bairro: Campo Grande
Inauguração: 12/08/1962
Fechamento: 30/09/1990
Capacidade: 1749 lugares
OBS: Consta ter sido o maior cinema do Rio de Janeiro. Segundo Alice Gonzaga, jornais do bairro assim escreveram: “Agindo como porta-voz da população local, diremos que a nova casa de diversões decepcionou a todos. Arquitetura primária, de mau gosto, com fachada bastante feia, o novo cinema ganhou o apelido carinhoso de “armazém”. As cadeiras são de madeira (...), pois o proprietário acha o público campo-grandense pouco evoluído para desfrutar de poltronas estofadas.”
10) Cine Regência
Foto
do início dos anos 1990
Endereço: Avenida Ernani Cardoso nº
52
Bairro: Cascadura
Inauguração: 06/01/1956
Fechamento: (ainda em funcionamento)
Capacidade: 690 lugares
O Cine Regência foi o ponto de
partida para a grande cadeia de Livio Bruni. Depois dele arrendou o Rivoli,
Royal e o primeiro Mello. Pouco depois aconteceu o inevitável consórcio com
outros pequenos exibidores independentes, necessário à alavancagem de uma
grande empresa.
11) Cine Santa Cruz
Foto
tirada em 1994.
Endereço: Rua Felipe Cardoso nº 72
Bairro: Santa Cruz
Inauguração: 1924
Fechamento: fechou em 1979, virou um
tempo evangélico, reabriu no início dos anos 1990 e fechou novamente no fim
desse mesmo período.
Capacidade: 288 lugares
12) Cine São Geraldo
Endereço: Rua Alfredo Barcelos nº 572
Bairro: Olaria
Inauguração: 23/03/1949
Fechamento: 04/1991
Capacidade: 381 lugares
Alice
Gonzaga não registra, mas um morador da região afirma que antes teve o nome de
Cinema Oriente, e após o fechamento do Cine São Geraldo, funcionou no local a
danceteria Kremlin, e após o fechamento desta, a Academia do Pagode.
13) Cine Todos os Santos
Foto
dos anos 1980.
OBS:
Era conhecido como "Todinho" ou "Metro Todos os Santos"
(haja pretensão!!)
Endereço: Rua Getúlio nº 18
Bairro: Todos os Santos
Inauguração: 31/07/1944
Fechamento: 29/01/1984
Capacidade: 474 lugares
Foi adquirido por Roberto Darze que, com a decadência da cadeia Bruni, apresentava-se como opção para compra ou arrendamento. Foi um grande exibidor, por uma época. Associou-se à Horus Filmes, famosa distribuidora de filmes eróticos. Conseguiu driblar a censura e firmar o gênero, atuando no Cineac Trianon desde meados da década de 60. Assim se difundiriam os impagáveis títulos...
14) Cine Vitória Bangu
Endereço: Avenida Santa Cruz nº 1745
(antiga Estrada Real de Santa Cruz nº 231
Bairro: Bangu
Inauguração: 26/07/1928
Fechamento: 16/08/1981
15) Cine Fluminense
O Cine Fluminense em seus primeiros tempos.
Endereço:
Campo de São Cristóvão nº 105 (antigo nº 69)
Bairro: São Cristóvão
Inauguração: 17/12/1916, fechado para
reformas e reaberto em 19/03/1932
Fechamento: 31/05/1981 (virou estúdio
de televisão).
Capacidade: 1.500 lugares
Sou obrigado a discordar da inclusão do Cine Comodoro nessa lista de "poeiras". O Comodoro era um cinema de bom nível, com poltronas confortáveis, e ótimo sistema de ar condicionado. Ficava em frente ao Madrid, do qual era concorrente. Faltam nessa lista o Cine Ideal na rua Barão do Bom Retiro em frente ao Colégio Pedro II e o Cine Santo Afonso na rua Barão de Mesquita.
ResponderExcluirRealmente, o Comodoro não era poeira. Neste eu vi Laranja Mecânica e Contatos Imediatos...
ExcluirPoeira, cinemas sem ar-condicionado, cadeiras de madeira, luz entrando na sala de projeção, só conheci o Pirsjá, o Ipanems, o Danúbio e o Leme.
ResponderExcluirUma curiosidade: não existem fotos disponíveis do Cine Santo Alfonso. Tenho pesquisado há longo tempo sem sucesso.
ResponderExcluirJoel.o cine Santo Afonso éra onde hoje é o Mundial. Não é?
ExcluirO Cine Palácio de Campo Grande era realmente enorme, mas o acabamento deixava mesmo a desejar. Vi vários filmes lá, mas este cinema demorava a entrar no circuito dos filmes mais badalados; quando os exibia o povo já tinha visto em outras salas, principalmente da Zona Sul/Centro. No final da vida passou a exibir somente pornôs.
ResponderExcluirQuanto ao Cine Vitória Bangu marcou a minha memória quando vi a minha musa Sandra Barsotti bem "a vontade" num filme em meados dos anos setenta.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirDepois de um roteiro de terror, uma postagem sobre cinemas.
Da lista, frequentei, mais ou menos vezes, o Beija-Flor / Madureira 3 nas duas versões e o Regência. Fora da lista, fui uma vez em um que havia em frente ao Mercadão de Madureira, na Edgard Romero, cujo nome não me lembro no momento, e em um outro, em Marechal Hermes, em 1985, o Cine Lux. Isso para ficar na zona norte. Não se encaixando na categoria "poeira", incluo os Madureira 1 e 2, e Art Madureira 1 e 2.
Para os demais da lista, acompanharei os comentários.
Bangu, Santa Cruz e Campo Grande são bairros da zona oeste "ocidental", antiga zona rural.
Não lembro se esse em frente ao Mercadão era o Astor, mas lembrei desse nome agora.
ExcluirAugusto, nesse "pedaço" de Madureira, acho que era o Bristol, embora o Astor também estivesse inserido por aí.
ExcluirBristol, mais um que tinha me fugido. Não lembro se já fui nele. Se for o em frente ao Mercadão, provavelmente sim.
ExcluirBom Dia ! Quando tinha 11/ 12 anos, minha diversão favorita era : Durante a semana, ao voltar da escola, soltar pipa ou jogar bolas de gude. Nas férias escolares gostava de ir até a estação que meu Pai estivesse trabalhando, para ver de perto os trens e seu funcionamento. Já aos Domingos era dia de cinema. Como sempre gostei de andar, cada Semana era um cinema diferente. Dos acima citados só não fui a três. Lembro ainda de mais alguns que ia de vez em quando. Roulien ( hoje fechado) , Cachambí ( hoje um sacolão), Mascote (hoje uma galeria de lojas),Para Todos ( hoje uma igreja) ,Vitória (no Jacaré) (não lembro mas tem alguma coisa funcionando lá), Rin Tin Tin (hoje um fabrica de letreiros luminosos) . Com toda certeza esqueci de citar alguns.
ResponderExcluirA título de curiosidade, o cine Fluminense, de São Cristóvão, como dito no texto, era a sede / estúdio do SBT no Rio. A emissora se mudou para um prédio no Centro nos últimos meses. Não sei se o prédio em São Cristóvão ainda tem alguma atividade.
ResponderExcluirO ex-comentarista Irajá falou sobre o filme "O Monstro da Lagoa Negra". Típico filme classe B, que eu assisti no cinema da igreja de Cosme e Damião, na rua Leopoldo, no Andaraí. Minha tia na época morava na rua Andaraí número 45 (ou 145). As sessões de cinema eram no início da noite, em determinado dia da semana. Naquela noite, após ver o filme, fui dormir na casa dela. Mas quem disse que consegui? Qualquer barulhinho eu achava que era o monstro entrando no apartamento. Maior sufoco.
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. o Cine Comodoro não deveria ser classificado como um cinema poeira, era bem confortável e bem equipado.
ResponderExcluirDos cinemas listados acima, como já falei acima o Comodoro não deveria fazer parte da lista, os outros, acho que só fui ao Bruni Meier onde assisti Lucio Flavio, os demais não conheci.
Se a série continuar, poderia incluir os cinemas do Centro da Cidade e da Zona Sul, estes eu conheci a maioria.
Dos postados hoje só fui no Cine São Geraldo em Olaria, uma vez quando ainda criança, na década de 60.
ResponderExcluirA informação dos mais velhos na época é que o Cine Oriente era outro, na mesma rua, só que do outro lado da linha da Leopoldina (lado de cima), numa construção bem antiga bem. Pela internet vi que ainda estaria lá, agora como sede de uma escola de samba, a Independentes de Olaria, de cores azul e branco como o clube da Rua Bariri.
Nenhum dos filmes em cartaz nas fotos de hoje eu assisti em sala de cinema. Vi Luz del Fuego na TV à cabo. Posso até ter assistido Os Vagabundos Trapalhões, na Globo, quando meus filhos eram pequenos, mas são tantos os filmes dos Trapalhões que não sei dizer qual é qual.
Nesse cinema da igreja de Cosme e Damião eu assisti aos seriados "Flash Gordon no Planeta Marte" e ao "Flash Gordon no Planeta Mongo". Hoje seriam risíveis, pois foram feitos na década de 1930.
ResponderExcluirNa praça Saens Peña havia o famoso Tijuquinha (1909/1966), famoso poeirinha da área. Hoje é um shopping. E no fundo de uma pequena galeria no início da rua Desembargador Isidro tinha o Britânia/Studio Tijuca (1963/1981). O primeiro não cheguei a frequentar, mas o segundo, sim.
ResponderExcluirLembro que no primeiro encontro de namoro com minha primeira esposa, em agosto de 1975, eu fiz hora no Britânia enquanto esperava que ela terminasse de dar aula numa escola da área.
É o Shopping 344. O Tijuquinha tinha a vitrine de cartazes em madeira. Foi inaugurado dois anos antes da Praça Saens Pena. Eu me lembro que após a desativação se transformou em um Shopping de frutas.
ExcluirSe a memória não me falha, a nave espacial do Flash Gordon aterrissava numa espiral descendente, soltando fagulhas pela traseira. Maior barato, na época.
ResponderExcluirTambém me lembro de ter ido com meu padrasto a um poeirinha na rua Haddock Lobo, perto da Machado Coelho, ver um filme passado na África. Não sei se era do Tarzan. Num determinado momento, um tigre saltava sobre o herói. Mas deu pra notar perfeitamente que jogaram uma pele de tigre sobre ele. Kkkkkkk
ResponderExcluirE o fundo musical, que nunca esqueci, tinha como refrão as palavras "Tanganika iarabô, Tanganika" (ou assim me parecia), repetido várias vezes.
Hélio se chamava Cine Haddock Lobo, ficava ao lado da Vila onde a minha esposa morava quando era criança.
ExcluirMinha rota de cinemas nos anos 1970 e 1980: Madureira, Olaria e Tijuca. Às vezes no Centro e raríssimas na Zona Sul. Tudo antes dos Shoppings Centers.
ResponderExcluirMas como o assunto é Poeira, existia um chamado Carmoli, que ficava na Av. Brás de Pina com Av. Vicente de Carvalho, na região da Praça do Carmo. Eu passava em frente quando era criança, mas nunca entrei nele. Era Proibido!!
Em Braz de Pina, na Rua Itabira, em frente a estação de Trens, havia o Cine Santa Cecília, que depois virou Igreja Universal. Não sei se poderia classificar como "Poeira", mas há grandes chances.
ResponderExcluirE no bairro de Vista Alegre havia um "Poeira", na Estrada da Água Grande, próximo ao Restaurante 401. O Cine Vista Alegre. Abriu em 1965 e fechou em 1978, da Empresa de Cinemas River Ltda.
ResponderExcluirNinguém falou do Cine Roma na rua Mariz e Barros. Era um "poeira" que ficava nos fundos da Igreja de Santa Therezinha. Não tinha ar condicionado. Um outro cinema não citado foi o Bruni Tijuca na rua Major Ávila 455. Ficava na galeria do edifício recém construído e foi inaugurado em 1964. Não confundir com o outro Bruni Tijuca inaugurado em 1968, funcionava nos fundos da galeria do prédio inaugurado na mesma época, e que fica na esquina da Conde de Bonfim com General Roca. Não sei se os dois cinemas chegaram a funcionar simultaneamente ou o primeiro deixou de funcionar após a inauguração do segundo. Nenhum dos dois era "poeira".
ResponderExcluirBoa tarde!
ResponderExcluirIa ao Cine Guarabu quando criança, principalmente para ver o Festival Tom e Jerry aos domingos de manhã. Tentou retornar em 1982, com filmes dos circuitos grandes (Tootsie, Guerra nas Estrelas, Danton, O Retorno de Jedi etc.), além de instalar ar condicionado, começar a substituir as cadeiras de madeira por poltronas estofadas, mas parece que não deu certo: algum tempo depois passei em frente e vi alguns cartazes de filmes eróticos.
Creio que o Prof. Jaime Moraes tem uma foto do Cine Itamar, também na Ilha, na Freguesia, que funcionou até pelo menos até 1969 (final do meu curso científico no Mendes, às vezes dava para gazetear lá). Janelas grandes eram abertas através de cordas entre as sessões, para ventilar a sala. Um cartaz abaixo da tela advertia: "De ordem da Polícia - É proibido fumar!".
E, nos anos 60, fui muito ao " Cine São Sebastião" na Ilha. Explico: para angariar dinheiro e dar continuidade à construção da nova Igreja de São Sebastião tiveram a ideia de passar filmes no salão. Missa e catecismo de manhã, filme à noite. Lá assisti Molokai, a Ilha Maldita, Esse Sargento é de Morte, Os Três Garimpeiros e vários outros, quase todos em preto e branco.
Como colaboração, menciono alguns cinemas de rua do meu tempo de jóvem, idos de 65, perto do Largo do Estácio onde eu morava:
ResponderExcluir1 - Cine Colombo, situado a alguns metros do Meretrício (zona) na rua Pinto de Azevedo( bem significativa o nome da rua), 2- Cine Haddock Lobo( onde hoje fica ou ficava a Auto Modelo da WW), 3- Cine Avenida, ficava na esquina da Paulo de Frontin com rua Haddock Lobo, 4 - Cine Madrid ficava junto ao Bar Divino, encontro da Jovem Guarda e enfrente ao Cine Comodoro aqui mostrado. De todos esses o único que possuia ar condicionado e poltrona estufada era o Madrid.
Meu caro Menezes, em nome da boa escrita e em defesa do vernáculo, eu tenho que chamar sua atenção sobre o texto de seu comentário no trecho que menciona que o cinema Madrid ficava "enfrente" ao cinema Comodoro. O correto seria em frente.
ExcluirMenezes, o Comodoro também possuía ar condicionado e poltronas estofadas.
ExcluirGrande Lino, recebido e anotado sua observação.
ExcluirQuanto ao Corretor Ortográfico seu comentário está lavrado em Ata. Quanto aos agradecimentos, esses serão feitos pelo meu Assessor de assuntos aleatórios Sr.Conde Di lido a quem passo a palavra.
Dos cinemas antigos, só lembro de ter ido ao Paratodos no Méier. Meu pai levou eu e meu irmão para ver "Uma Cilada para Roger Rabbit". Aposto que só nos levou, pois ele gostava de desenho animado. rsrsrs
ResponderExcluirEstou preparando um roteiro turístico chamado "Do Sagrado ao Profano". Na altura da Haddock Lobo com a Matoso, comento sobre os cinemas antigos, o Madrid, Comodoro e o Cinema Avenida.
Tive a oportunidade de entrar no Comodoro, acho que as cadeiras são de madeira (já faz um tempo que entrei no local).
O legal é ver toda a estrutura antiga do cinema intacta: balcão superior, o palco onde ficava a tela, a sequência das cadeiras, o piso antigo da entrada (acredito que seja o original), etc.
Lembro de ter lido em algum lugar também que o primeiro cinema da região ficava no número 10 da rua Haddock Lobo.
No lugar do Comodoro tem Igreja Universal e o nome do cinema ainda está no alto da entrada da galeria. Cliquei no link dela nesse local no Maps e apareceram fotos do hall de entrada e de uma porta lateral onde é possível ver lá dentro poltronas aparentemente bem estofadas.
ExcluirQuanto ao n°. 10 da Haddock Lobo nem um vestígio de construção antiga, infelizmente o trecho inicial do lado par foi ao chão e agora tem novas construções.
Menezes e Lino Coelho ==> o poeirinha que citei no filme sobre a África era mesmo o Haddock Lobo, conforme vocês escreveram, porque eu lembro de ser ele situado onde depois veio a Auto Modelo.
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