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sábado, 14 de janeiro de 2023

DO FUNDO DO BAÚ - JOGOS

 JOGOS, por Helio Ribeiro

Hoje vamos voltar no tempo e relembrar alguns dos jogos existentes na nossa infância, muitos dos quais nunca saíram de linha. Lembrando que naquela época dispúnhamos de espaço para os folguedos, fosse por morarmos em casas com quintal, fosse por podermos brincar na rua ou, eventualmente, em alguma praça próxima. Muitos dos jogos antigos, que eram realizados ao ar livre, não poderiam ser usados atualmente, eis que a moradia padrão é um "apertamento" e é totalmente proibitivo brincar na rua, seja por causa do trânsito, seja por falta absoluta de segurança. Uma opção é o playground dos edifícios, quando possível.

Mas certamente as crianças e adolescentes de hoje não se interessam por nenhum desses jogos. A moda é matar adversários em videogames, com bastante sangue espirrando para todo o lado. Ou usar armas de air soft ou paint ball, também para "matar" adversários. Matar, matar... Sinal dos tempos.

Voltemos agora ao passado. Peço desculpas pelo tom pessoal que costumo sempre dar a meus relatos. Naturalmente, essa é apenas uma amostra dos jogos da época.

1) Tamborete


Esse era um clássico. Quem não teve ou não brincou com esse jogo não teve infância. 

Luiz: Eu, depois de ganhar vários, passei a detestar. Não sei o que era pior, jogar com a peteca ou com a bola.

2) Corrida de cavalinhos

A versão mostrada na foto já estava modernizada em relação àquela com a qual brincávamos, em que a pista de corrida era de papelão. Os cavalos corriam em raias e avançavam de acordo com pontos obtidos jogando um dado.


Luiz: a do meu irmão era assim. Os cavalinhos corriam numa pista e se movimentavam por vibração da mesma. A vibração se devia a uma manivela única, que ficava na cabeceira da pista e era rodada. Havia macetes para ganhar: modificar a posição das pernas dos cavalos para dar mais equilíbrio, rodar a manivela mais rápido ou mais devagar, etc.

3) Pega-varetas


Também um clássico. Na minha casa, sentávamos à mesa minha mãe, meu padrasto, minha tia, minha prima, meu irmão e eu, jogando o pega-varetas. Lembro que a vareta preta era a mais valiosa. Se não me engano, valia 35 pontos. 

Luiz: além da habilidade era preciso sorte. Se, na sua vez, a vareta preta ficasse fácil de retirar, a vitória era quase certa. Ótimo para treinar coordenação motora.

4) O Céu é o Limite


Jogo baseado no programa de TV homônimo, apresentado por J. Silvestre, e que fazia estrondoso sucesso na década de 1950.

Foi meu sonho de consumo, mas era caro. Quando cursei a quarta série primária, a professora da minha turma, dona Marina, cada mês comprava do próprio bolso um brinquedo para os dois primeiros colocados nas provas. Num desses meses, o brinquedo para o primeiro era justamente esse jogo. Todo mês eu disputava com a colega Cármen Lúcia a primeira colocação. Naquele mês, fui o segundo colocado e meu  brinquedo foi um jogo de boliches de madeira, mostrado mais abaixo nesta postagem. Fiquei frustrado.

Como jamais tive o jogo, não consigo descrevê-lo em detalhes. Mas lembro que havia perguntas e respostas e um fio com plugs nas pontas: um era introduzido no orifício da pergunta e o outro tinha de sê-lo no orifício da resposta correta. Se isso acontecesse, uma luz se acendia.

Luiz: jogo muito interessante, pois acabávamos decorando a resposta. O jogo tinha várias cartelas perfuradas, cada uma com um tema diferente. Porém, quando descobrimos que havia uma relação fixa entre o orifício da pergunta e o o da resposta correta, bastou decorar estas posições para acertar todas as perguntas, independentemente de saber ou não a resposta.

5) Batalha Naval


Também um clássico. Quantas e quantas vezes joguei esse jogo, com meu irmão e meu padrasto. Às vezes jogávamos os três ao mesmo tempo, cada um com duas folhas, uma para cada oponente. 

Luiz: depois de jogar muito na infância, reencontrei o jogo nos plantões noturnos do Pronto-Socorro. Na falta de pacientes, às vezes jogávamos batalha naval.

6) Ludo, Ludo Real, Moinho e Xadrez Chinês


Mais um clássico. Dificilmente se acha alguma criança da época que desconhecia esse jogo. 

Luiz: joguei muito Damas e Ludo com este tabuleiro. Nem sabia como jogar os outros jogos.

7) Monopólio / Banco Imobiliário


Dois jogos muito conhecidos e bem parecidos. No meu caso, eu tinha o Monopólio. Acho que o Banco Imobiliário foi lançado posteriormente. O problema desses jogos é que eram intermináveis. Dificilmente se conseguia levar o adversário à bancarrota.

Luiz: deste tipo de jogos o que eu gostava era o "War".

8) Resta Um



Não era tão conhecido assim. Para quem não o jogou, no início os pinos eram arrumados como na foto. Depois você ia comendo os pinos um a um, como se faz no jogo de damas, e ao final deveria restar apenas um pino, justamente no buraco central, que na foto está vazio. Não era fácil conseguir isso. 

Luiz: logo aprendi a tática. Desafiado recentemente, na primeira tentativa deixei dois, mas ao repetir, deixei um no meio. Para alegria dos meus netos ensinei a eles como fazer.

9) Bolas de gude


Quem não tinha? Havia vários jogos usando-as, como búrica, triângulo, etc. Alguns exigiam solo de terra, como o de búrica. As bolas de gude podiam ser de três tamanhos, sendo que as maiores eram chamadas de "bolão" e as menores, de "olhinho".

Era um jogo muito propenso a confusões, quando um jogador resolvia pegar as bolas de gude do outro, na marra ou usando artifícios. Eu mesmo confesso ter feito isso com um colega menor, de nome Antônio José, cujas bolas de gude ficavam dentro de uma lata. Disfarçadamente, eu derrubava a lata, as bolas se esparramavam e eu aproveitava para pegar algumas e botar no bolso. Que vergonha, Helio Ribeiro! Vai ter de se explicar com o vermelhinho, após a morte.

Lembro algumas falas típicas dos jogos de bola de gude, como "Marraio!", significando que quem a disesse primeiro seria o último a jogar, na primeira rodada do jogo. Outra fala era "Feridor sou rei!", significando que se a bola de gude dele atingisse a de outro jogador, aquele assumiria um papel principal no jogo (não lembro qual). Tinha também "Acompanha!", que tinha de ser proferida logo após o "Marraio!", e quem a disesse seria o penúltimo a jogar na primeira rodada. Será que errei nas descrições? Se o fiz, por favor me corrijam.

Luiz: joguei muito na praça do Bairro Peixoto.

10) Jogo de botão


Também um clássico. Podia ser jogado em tabuleiros especialmente desenhados para tal, ou então em cima de qualquer mesa. Durante minha infância jogamos na mesa da sala de visitas, que não era usada. Desenhávamos com giz as marcações do campo. Depois de adulto, comprei duas mesas apropriadas, uma grande e outra pequena, e fazíamos torneio no terraço lá de casa.

Meu irmão e eu tínhamos botões de times comprados e botões feitos ou conseguidos por nós. Lembro que ganhamos botões dos seis principais times da época: Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco da Gama, América e Bangu. Apesar de termos feito ocasionalmente botões a partir de casca de coco (os chamados "coquinhos") ou com plástico derretido em forminhas metálicas de empada, minha preferência eram as chamadas "vidrilhas", tampas plásticas de relógio de pulso, que eu conseguia nos relojoeiros do SAARA. Meu time era composto de aproximadamente 70 vidrilhas, cada uma delas devidamente numerada e pintada de prateado. A foto abaixo mostra alguns dos meus craques.

Luiz: os melhores botões que tive foram presente de minha madrinha. Segundo ela, foram feitos de chifre de boi, por presidiários.

Os goleiros eram de caixa de fósforo, preenchidas com chumbo derretido, pregos ou qualquer material que as deixasse pesadas. Depois eu os encapava com pedaços diferentes de maços de cigarro. Meus goleiros eram muito bonitos, modéstia à parte. A foto abaixo mostra dois deles. Tenho quatro até hoje guardados.

Luiz: realmente são bonitos. Os meus, feitos do mesmo modo, no final eram encapados com umas fitas-durex coloridas, vendidas nos anos 50/60.

As bolas podiam ser as que vinham com os times comprados, ou então miolo de pão, papel metálico de maços de cigarro ou dados pequenininhos.

Também confeccionávamos taças, usando como material a parte aluminizada dos maços de cigarro, como forma a extremidade de cabo de vassoura e como base uma moeda.

Disputávamos Copas do Mundo, usando como fonte um atlas geográfico para escolher os países que fariam parte do certame, o qual durava muito tempo. 

Luiz: as de miolo de pão eram as melhores. Usava também as embalagens metálicas que cobriam as tabletes de chocolate.

11) Autorama


Jogo caro, sonho de muitos meninos. Houve várias versões dele ao longo dos anos.

Luiz: sonho de consumo que nunca tive. Mas tinha um amigo americano, cujo pai foi transferido para trabalhar no Brasil, que tinha um enorme. Constantemente era convidado para brincar lá na casa dele.

12) Boliche


Como citei no jogo "O Céu é o Limite", acima, este foi o tipo de jogo de boliche que ganhei da professora. Parece exatamente igual a ele.

Luiz: parece de boa qualidade. O meu era vagabundérrimo: todo de plástico, a bola era muito leve e não se conseguia dar direção.

13) Víspora


Esse era um jogo que envolvia toda a minha família, usando grãos de milho ou de feijão para as marcações. Jogávamos minha mãe, tia, tio, padrasto, meu irmão e eu. Meu tio cantava os números através de gírias, que já escrevi uma vez aqui no SDR mas que vou reescrever, aquelas de que me lembro:

1- começou o jogo

2 - Duque de Caxias

3 - orelha de porco

4 - quatrino que lambe los pintos

5 - quina

6 - pingo no bojo

7 - machadinha

9 - pingo no pé

10 - despe-te e cai n'água (que eu entendia como dez pintim cai n'água)

11 - um atrás do outro

12 - dúzia

13 - número da sorte (ou do azar)

14 - com as trouxas na cabeça

15 - quinzena

18 - ronco do porco

22 - dois patinhos na lagoa

24 - viado

29 - distrito de Madureira

33 - idade de Cristo

44 - dois bicudos não se beijam

55 - dois portugueses atracados

66 - noventa e nove (os distraídos comiam mosca)

69 - de lá para cá como de cá para lá

77 - duas machadinhas

88 - óculos de padre Inácio

90 - terminou o jogo

 Luiz: outro clássico. Precursor do bingo.

14) Jogo de Preguinho

Luiz: Tomei a liberdade de acrescentar o "jogo de preguinho" ou "dedobol", uma das minhas grandes diversões. Jogado com uma moeda, cada jogador tinha direito a um "chute", com a finalidade de fazer o gol, que era a saída de bola do tabuleiro pela meta adversária. Havia que conhecer o caminho para tiros diretos e com usar a tabela com a lateral do campo ou com algum dos pregos.

15) Iô-Iô


Luiz: Não via muita graça neste brinquedo, mas admirava a habilidade de colegar, que faziam muitos malabarismos com ele.


--------------------  FIM  DA  POSTAGEM -------------------

 

 


38 comentários:

  1. Eram bons tempos e foram muitas ocasiões me divertindo com esses jogos.
    Mas não há como negar que os jogos eletrônicos, ainda mais por permitirem jogar junto com os amigos, são uma atração e tanto.
    FIFA, Fortnite, GTA, Call of Duty, Minecraft, são fascinantes.
    Cada época tem a própria história.

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  2. Bom Dia! Uma de minhas irmãs ganhou de natal um jogo de tamboretes. Mas a alegria foi pouca. Durante a semana não podiam jogar. De manhã fazer os "trabalhos de casa" para a escola e de tarde ir para a mesma. Naquela época tinha aulas também aos sábados. Sobrava o domingo, que depois da missa era livre para brincar. Com os tamboretes nem pensar, pois na época tínhamos um vizinho muito chato,que achava que domingo era dia de descanso e queria silêncio. Por várias vezes reclamou do barulho que os tamboretes faziam. Em uma de suas reclamações ele pegou meu de mau humor, que lhe disse : Vamos fazer uma troca, Eu não deixo mais que minhas filhas façam barulho com os tamboretes e você faz essa porra dessa tua cachorra ( policial) parar de latir a noite, pois a noite foi feita para dormir e não para ouvir latidos.

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    1. Mestre Mauro Xará, quando tinha casa de praia, tinha alguns cachorros e a noite quando eles escutavam algum barulho na rua passavam um bom tempo latindo, tinha um vizinho que quando isso acontecia reclamava com o meu caseiro. Seu Júlio (caseiro) sempre respondia para ele, para não ficar preocupado, pois os cachorros dormiam durante o dia.

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  3. Bom dia, Dr. D'.

    Hoje não seria a postagem sobre os chocolates? Acho que o gerente deixou muita gente com água na boca semana passada...

    Como não tem chocolate hoje, vamos de jogos. Praticamente todos que aparecem na lista eu joguei ou vi jogarem, mas poucos eu tive. Aproveitava mais os dos outros colegas ou parentes.

    Vamos por partes, como faria Jack...

    1) não tive os tamboretes, mas joguei peteca principalmente com meus irmãos;

    2) esse só vi na tv, em programas infantis, como o Bozo, na então TVS;

    3) joguei muito, tinha em casa;

    4) esse estou conhecendo hoje, mas vi versões de até outros programas de perguntas, mas raramente joguei;

    5) joguei muito e tive até recentemente (relativamente falando) folhas de um bloco como o da figura;

    6) faço minhas as palavras do gerente;

    7) joguei Banco Imobiliário, mas, como dito, quase nunca terminava a partida. Sempre alguém era chamado para voltar para casa e o jogo ia ficando desfalcado. Sempre joguei nas casas dos outros.

    8) tive e jogava frequentemente. O medo era perder algum pino daqueles. Não cheguei a decorar o método de resolução. Ganhava algumas vezes e perdia a maioria;

    9) essa era uma unanimidade, jogava búlica ou triângulo na escola, no recreio, claro, ou na vila perto de casa. Tinha uma coleção variada de cores e tamanhos. Alguns jogavam com bilhas de metal e na maldade quebravam as bolas de gude das outras crianças. Conheci até algumas garotas que também jogavam;

    10) esse nunca tive, não lembro ter jogado mas alguns colegas tinham mesa e times de botão, jogando de vez em quando;

    11) novamente faço minhas as palavras do gerente. Muito caro, assim como o Ferrorama. Não lembro ter brincado. Vi anos mais tarde, pistas para jogar pagando em alguns shoppings;

    12) só conheci a versão em plástico. Joguei muito pouco;

    13) conheci como "bingo" e joguei muito pouco também.

    Depois eu vou me lembrando de outros jogos.

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  4. Dos que não estão na lista, tenho em casa (herdado do meu irmão) um tabuleiro de xadrez. Tenho também dois jogos de dominó. Um de madeira, com os pontos na cor branca, e outro de plástico, com os pontos coloridos, cada quantidade com sua cor específica.

    Não sei se aplica à postagem, mas tenho vários conjuntos de baralhos temáticos. Tive também jogos temáticos de Super Trunfo e similares.

    Não tive futebol de botão, mas fazia "corridas de chapinhas" em "pistas" desenhadas a giz no chão ou com ripas de madeira colocadas enfileiradas, simulando um circuito.

    Vou voltar à medida que for lembrando outros.

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  5. Já cantei víspora com equações matemáticas simples, fui expulso da brincadeira.

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  6. Faltou uma grande "estrela" entre os jogos de tabuleiro: "War", o jogo da estratégia. FF: Hélio, hoje de manhã ao passar pelo desvio existente em razão da "obra de igreja" que já dura quase um ano na Alexandre Calaza, resolvi saltar do carro para observar a razão de tanta demora. Através do grande buraco aberto eu pude observar que os trilhos de bonde que foram o motivo desse transtorno continuam lá, apesar de estarem enferrujados. O buraco mostra o ponto em que a linha singela se abre em duas quase na esquina da Ângelo Bittencourt. A obra está bem adiantada e os trilhos não foram retirados. Pelo que dá para perceber é que a obra tinha sido interrompida por divergência$ entre a Prefeitura do RJ e a empresa responsável. Que motivo$ seriam e$$e$? Dudu não perde tempo...

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  7. Muito bons os relatos, com detalhes perfeitos, no caso do jogo nr 4 eu tive com outro nome: Cérebro Eletrônico. Na caixa havia um andróide jogando sentado, com um terminal em cada mão . Acho que era o original, já que era anterior ao programa do J.Silvestre.

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  8. Tomei a liberdade de acrescentar, entre muitos existentes, dois brinquedos que fizeram parte de minha infância/adolescência.

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  9. Desses jogos de infância os que eu mais gostava era o Batalha Naval e Damas. Achava o Tamborete chato e Pega Varetas sempre acabava em brigas. Embora eu gostasse de futebol, eu achava o Jogo de Botões também chato.
    Mas o que eu gostava mesmo era de bola de gude; sempre gostei de brincadeiras de "mira" e, modéstia a parte, eu era "crack" no gude. Cheguei a ter 700 bolas que eu guardava numa grande lata e que minha mãe me ajudava a esconder para evitar a ação dos "gatos". Lembro-me bem dum dia que eu e um outro amigo rival jogamos um triângulo casado "aos duzentos". Meu amigo jogava com uma "maceta", que era um bolão feito com massa de vidraceiro e eu joguei, vejam só, com uma bola bem leve que era de laço de "maria chiquinha" da minha irmã. Ele preferiu usar a tática de arrancar as bolas do triângulo e eu de tentar mata-lo na melhor oportunidade, e parece que fiz o certo. Quando ele "deu mole" e se aproximou mais um pouco eu me concentrei e lancei um "teco" certeiro. Foi inesquecível a sensação de recolher aquelas 400 bolas do enorme triângulo...

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    1. Como era o nome da bola de rolamento?

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    2. Anônimo, chamávamos de "bilha", seja qual fosse o tamanho. Eu particularmente não gostava, achava muito pesada, extremamente polida (o que fazia escorregar do "gude", ainda mais se estivesse um pouco molhada) e não dava muita precisão para dar "teco".

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  10. A vareta preta valia 50 pontos. A confusão era quando "bulia" nas varetas.

    Na Batalha Naval, joguei muito em papel no colégio, depois passei a jogar no computador, com bons gráficos e barulho de explosões.

    Na bola de gude eu era mais zarolha do que mirolha. No chão de terra em que jogávamos, eu prefiria rodar pião.

    O meu time de botão era o Vasco Campeão de 1974, com Dinamite e Jorginho Carvoeiro no ataque.

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  11. Eu joguei também o dedobol, mas se bem me lembro já era adulto. Não me lembro se existia na minha infância e adolescência.

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  12. Permita-me o Luiz fazer alguns comentários, sem o intuito de crítica e sim de esclarecimento.

    1) eu fiz dois pares de postagens semelhantes, mas não iguais. Um par era composto de guloseimas / chocolates e o outro por brinquedos antigos / jogos, que eu chamaria de folguedos.

    2) no primeiro par, guloseimas era tudo o que costumávamos comer exceto chocolates, que constituíam o segundo componente do par.

    3) no segundo par, brinquedos antigos eram aqueles com que as crianças podiam se entreter isoladamente, e jogos aqueles que exigiam mais de uma criança.

    Até hoje, o Luiz postou guloseimas e jogos. Houve assim uma "quebra" dos pares, já que todos esperavam para hoje a postagem sobre chocolates. Assim, ficou o Luiz com uma bananosa na mão: na semana que vem, ou vai dar sequência postando brinquedos antigos e deixando chocolates para o fim, ou vai postar chocolates e quebrar a sequência dos folguedos.

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    1. Helio, são tantas as postagens que nem reparei que eram dois pares. Achei estranho hoje, pois não vi o Poliopticon. Achei que não estava por uma alteração sua. Mas deve estar na outra série.

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    2. Sim, o Poliopticon está na outra postagem do par de folguedos.

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  13. Mais um detalhe: ioiô em considerei como folguedo individual, ou seja, que a criança podia jogar sozinha. Por isso ele não estava na postagem de jogos, e sim na de brinquedos antigos, ainda não publicada.

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  14. Não coloquei o War porque só o conheci já quando adulto, na década de 1970. E não coloquei dominó porque o considerei jogo mais para adulto do que para crianças.

    Quanto aos tamboretes, eu jogava com peteca e não com bolas. Nem sei se o que tive apresentava essa opção.

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  15. Quanto a jogos de botão, disputávamos Copas do Mundo, escolhendo países a partir de mapa escolar. Eu tinha minhas preferências, e não me perguntem por que. Eram assim distribuídas:

    1) Américas do Norte e Central ==> Canadá, Nicarágua, Costa Rica.
    2) América do Sul ==> Uruguai, Equador, Peru.
    3) Europa ==> Áustria, Suíça, Noruega, Dinamarca, Rússia, Romênia.

    África, Ásia e Oceania ==> não tinha nenhuma preferência.

    Fazendo jus à minha inata rejeição ao Brasil, quando por sorteio eu tinha de defender esse país, costumava fazer corpo mole para perder a partida e eliminar o Brasil.

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    1. Muita gente pensa como você. O Brasil é um caso perdido.

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    2. Tô com Hélio e não abro.

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  16. Um jogo, já de adulto, que eu considero um dos mais bem bolados da face da Terra é o chamado vetorama, jogado com folha de papel quadriculado, sendo a pista desenhada a caneta, à vontade dos jogadores. Não dá para descrever aqui o modo de jogar, por ser um pouco complexo.

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  17. Também deixei de fora, por serem jogos mais recentes ou mais voltados para adultos, o Detetive, Interpol, Master, xadrez e jogos de baralho. Considero o Interpol também um excelente jogo. Não se parece nem um pouco com o Detetive, que também é muito bom. Master é para quem tem base cultural, senão vai levar surra.

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  18. Um outro jogo excelente para adultos é o Desconfio. E o melhor de todos, nesse grupo de jogos de palavras, é o que chamo de Dicionário (no mercado tem outro nome). Eu amo jogá-lo, porém exige pelo menos 5 pessoas e não é fácil arranjar isso.

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  19. Na segunda metade da década de 1970, ao final do expediente no IBGE jogávamos Desconfio. E na década seguinte, já na VARIG/Cruzeiro, jogávamos Dicionário. Foi quando conheci este jogo.

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  20. Nunca tive saco para jogar damas tradicional. Preferia a damas invertida, em que o jogador que ficasse com peças ao final da partida era o perdedor, e não o vencedor. Então, durante a partida você fazia de tudo para o adversário comer suas peças.

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  21. Voltei depois da inclusão dos outros dois jogos / brinquedos. Ainda tenho alguns ioiôs da Coca-Cola. Era um problema achar a fieira quando arrebentavam. Cheguei a improvisar com barbante, mas claramente não era a mesma coisa.

    O dedobol conheci nessa versão clássica, sendo que alguns colegas conseguiam construir a sua própria versão caseira. Salvo engano mais tarde chegaram a vender uma versão em plástico, mas essa nunca joguei.

    Como também foi lembrado, joguei o War, mas poucas vezes. Minhas missões geralmente eram complicadas e ficava tentando conquistar os territórios descritos na carta. Não gostava do War 2.

    Sobre o dominó, joguei muito mais quando era criança, com algum parente...

    PS: não sei se o Aquaplay se encaixa como jogo ou brinquedo. Ou ambos...

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  22. Nossa! Mais uma postagem que mostra como eu estou ficando velho. 😂

    Jogo do Preguinho, pega vareta, ludo, bolinha de gude e jogo de botão me trouxeram lembranças maravilhosas da minha infância.

    Gostava muito de jogar botão e participei de muitas Copas do Mundo como o Hélio.

    Augusto tb lembrou de jogos maravilhosos da minha infância.
    Super Trunfo e corrida de chapinhas são um clássico da década de 80.

    Não vi carrinho de rolimã. Deve estar na continuação.

    FF: Menezes se puder responder a minha pergunta na postagem de ontem, ficarei agradecido.

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  23. Excelente postagem!!! (aguardo ansioso chocolates e folguedos)

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  24. Boa noite Saudosistas. Meu brinquedo predileto era a bola, mas alguns dos brinquedos mostrados, também tive alguns que gostava muito de jogar, botão, vispora, bola de gude, batalha naval, os outros jogos joguei poucas vezes mas não achava graça nenhuma. O autorama, comprei um para o meu filho quando ainda era bem pequeno, montei, botei para funcionar, começamos a brincar e o meu filho logo abandonou, mais tarde ganhou outro da madrinha no Natal, esse eu acho que ele nunca chegou a tirar da caixa, ambos depois foram doados para uma creche. Aliás meu filho nunca foi apegado a brinquedos ou qualquer outra coisa, todos os anos antes do Natal ele fazia um seleção de brinquedos que nós doávamos para essa creche.

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  25. Faltou o pião, joguei duas vezes na minha vida e achei sem graça, já vi craques fazendo coisas incríveis com o pião, mas requer muita paciência e dedicação, não tenho uma nem outra.

    O que eu gostava mesmo era de jogar pingue-pongue.

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  26. Eu sempre quis ter um desses trens elétricos escala HO importados que eram vendidos na Hobbylândia, mas nunca tive sucesso. Eram pequenas locomotivas e vagões de diversos modelos. Não tenho visto mais esses trenzinhos.

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  27. Por volta de 1960 o embaixador alemão morava no meu prédio. Era apaixonado por trens. Alugou uma sala no alto do prédio, de uns 20 metros quadrados e montou uma ferrovia, onde ficava horas "brincando" com seus trens elétricos. Eram vários, que passavam por pontes, túnes, estações.

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  28. Sobre o comentário do Helio às 15:06, eu conhecia o jogo com outro nome:
    Corrida Vetorial.
    Na pista desenhada sobre o papel quadriculado (o maior possível, geralmente folha dupla tipo caderno de prova) os "carros" eram vetores, e acelerava-se / desacerelava-se aumentando ou diminuindo o módulo do vetor, sendo permitido somente aumentar ou diminuir um quadradinho por jogada, da mesma maneira que mudava-se de direção subindo ou descendo a "ponta" do Vetor também somente um quadradinho por jogada.
    Joguei um bocado nos intervalos de aulas no Fundão.

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    1. Isso mesmo. Era esse o jogo. Depois de algum tempo, mudamos uma regra: era permitido dar uma freada violenta, podendo diminuir em 2 quadradinhos a ponta do vetor.

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  29. Não comentei ontem, mas postagem primorosa. Resgate do tempo em que se divertia com tranquilidade e alguma inocência. O desafio hoje é transplantar para o meio imaterial alguns desses jogos, o que em muitos casos é facilitado pela tecnologia.

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