Ontem, conversando com um amigo sobre o acidente em que faleceu um surfista brasileiro de 47 anos em Nazaré, Portugal, este amigo disse que recentemente havia conversado com o Ricardo "Bocão", antigo surfista.
"Bocão" lhe contou que estava há uns dois meses em Nazaré para um evento profissional, quando foi convidado a surfar uma onda lá. Não queria, mas insistiram muito e ele foi. Contou que a sensação é inacreditável e de dar muito, mas muito medo. "Você olha para cima e vê um paredão de água, olha para baixo e vê outro paredão, você só quer sair de lá, pelo lado, antes que venha outra onda".
A filha do Gabeira, Maya, quase morreu por lá, antes de se tornar recordista mundial de surfe em ondas gigantes. É coisa de louco!
As fotos de hoje, das revistas "Manchete" e "A Cigarra", lembram os anos 60, quando o surfe explodiu no Arpoador.
As meninas também aderiram ao surfe.
As primeiras pranchas eram enormes, de bico quadrado, com
dois metros de comprimento e pesavam trinta quilos - isto por volta de 1947,
quando apareceram no Rio.
O desfile das meninas enfeitava o Arpoador dos anos 60.
Em meados dos anos 60 o galã e surfista Arduino Colasanti organizou o primeiro campeonato de surfe no Arpoador. Fernanda Guerra ganhou na categoria feminina.
As pranchas de 64/65/66
pesavam em torno de 10 quilos. Tinham sua alma em poliuretano e o revestimento em fibra de vidro.
Estas pranchas chegavam a ter 3 metros de comprimento.
As melhores pranchas eram as americanas - Bing, Hobie, Gordon & Smith e Hansen, entre outras.
No campeonato ja citado, Roberto Lustosa ganhou na
categoria de Juniors enquanto Alexandre Bastos venceu a categoria Seniors. Na foto, à esquerda, acho que é o Arduino.
No Arpoador há dias em que o mar está para principiantes. Mas nem neste tive chance de subir numa prancha de surfe. Limitei-me, quando garoto, a pegar "jacaré" de "peito" ou com pranchas de madeira compradas na "Casa da Borracha", ao lado do "Mercadinho Azul" ou na "Lojas Balnéa", na esquina da Domingos Ferreira com Santa Clara, ambas em Copacabana.
Quem sabe se na próxima encarnação não tenho chance como surfista?
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirHoje é um dia ideal para os surfistas, quando o tempo não está firme. Só cuidado com os alertas de ressaca. Ficaria só na areia, contemplando as "gatinhas". Se nem consigo nadar, imagina surfar...
Hoje, mais tarde, o Roberto Dinamite será enterrado em Duque de Caxias, sua terra natal. Impressionou a variedade das figuras do futebol presentes no seu velório. Alguns adversários em campo, mas amigos fora dele. Zico sendo aplaudido em São Januário...
As fotos lembram o Rio na época em que fazia sol e dava praia.
ResponderExcluirAgora só chove.
Os anos 60 foram de grande transformação no Rio e o Arpoador foi um dos lugares mais marcantes. O surfe, a geração dourada, a bossa nova e os Beatles, minha adolescência, parecia que o mundo era só felicidade como dizia Vinicius. Bons tempos, com poucas preocupações.
Quanto às fotos foi uma surpresa saber que a revista A Cigarra abordava outros assuntos. Eu achava que era uma revista de moda para mulheres.
Circula pela internet um video em que Roberto parabeniza Zico ainda nos vestiários após uma conquista do Flamengo. E Zico fala da honra de ter recebido a camisa do Roberto. Que exemplo: adversários e não inimigos.
ResponderExcluirNa minha opinião os praticantes do Surf pertencem a um segmento que nunca retratou a realidade brasileira. Com raríssimas exceções, a classe de surfistas vive em uma "bolha" na qual as maiores preocupações se resumem em se "vai fazer sol", "se vai ter onda", e se a "erva será suficiente. Seu universo é limitado entre o Rio, Saquarema, e as praias do Havaí. Até mesmo o estereótipo clássico do surfista com cabelos longos "parafinados" não condiz com a realidade tupiniquim.
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Eu até pegava uns jacarés de peito, mas nunca me atrevi a subir numa prancha, meu negócio com esportes era só o futebol. Gostava de assistir aos campeonatos de surf nos anos 70, cheguei a ir a Saquarema para assistir uma etapa do Campeonato Mundial de Surf, hoje quando passa na TV eu assisto algumas etapas do campeonato.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirNunca subi ou tentei subir em uma prancha, meu negócio era jacaré de peito no posto 2 em Copacabana ou no Arpoador.
Fui a Nazaré em uma viagem a Portugal, visitei o Forte onde - no portão - há um grande cartaz que explica detalhadamente a formação da onda no "canhão da Nazaré", o canyon submarino ali existente.
Como era maio, o mar estava completamente "flat", uma calmaria total.
No inverno, com as tempestades no Atlântico, o bicho pega ...
Bom Dia ! Apesar de de vez em quando ir a Saquarema, nunca me interessei em ver surfistas.
ResponderExcluirNos anos 60 e 70 eu não atravessei a "fronteira" do Posto 6 para além pela orla marítima e não presenciei esse período na Praia do Arpoador
ResponderExcluirO que vi há pouco tempo foi um documentário sobre o "pier" de Ipanema em 1972, que tanto agradou os surfistas em termos de ondas e, além deles, muitas outras tribos pela elevação da areia proporcionada pela obra, que impedia a visão de quem passava pela Vieira Souto.
Surfei entre 14 e 18 anos. Tenho amigos de minha faixa etária que surfam até hoje. Esporte muito legal e hoje olímpico. O estereótipo do surfista não é bom, mas é uma grande industria, inclusive com parques de ondas artificiais em SC e SP. Fiz curso de botinho. Adoro o mar. Costa brasileira pouco explorada. Fazendas marinhas poderiam dar alimentação farta. A área da vela tem a Volvo Ocean Race (confiram). O problema é que amigos que tem veleiros já foram assaltados em portos. No meu aniversário aluguei pequeno veleiro com marinheiro na Marina da Gloria e fui até o Arpoador, só "no pano" , sem motor. Conheci razoavelmente o litoral, assim como o interior (alguém já foi a Nhecolandia, no MS?). País rico em diversidade de ecosistemas. Podia ser muito melhor explorado..
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