Total de visualizações de página

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

IPANEMA - CASTELINHO - BARRIL 1800

 O Barril 1800 era um bar de Ipanema, na Av. Vieira Souto nº 110, na esquina com Rainha Elizabeth. Era onde funcionava inicialmente o “Mau Cheiro”, frequentado por motoristas e trocadores do ônibus 12, o “General Osório” e pelo pessoal do posto de gasolina da Shell. A cerveja era geladíssima e a pedida era uma porção de camarão lixo. Depois, por pouco tempo, virou o “Balaio” e, em 1965 virou Bar Rio, uma casa de “shows” e restaurante.  Mais adiante adotou o nome de Barril 1800.

Esta arte feita pelo Rouen mostra a exata localização do Barril 1800. 

Foto de Douglas Garcia. Aqui podemos ver o Barril 1800, tradicional restaurante da orla de Ipanema.

À direita vemos o terreno onde ficava o famoso Castelinho, bar-restaurante que deixou saudades em muitos. Foi demolido em 1980. À esquerda, na esquina da Rua Rainha Elizabeth com Vieira Souto e Gomes Carneiro, vemos o Posto Shell, que acabou em 2006.

Do acervo do Tumminelli vemos uma imagem da caixa de fósforos de propaganda do Barril 1800.


Esta propaganda da Varig foi famosa durante algum tempo. Na década de 60 o Barril 1800 ainda era quase exclusivo dos ipanemenses, mas foi descoberto pelos turistas e foi perdendo a clientela antiga.

A fachada do Barril 1800 foi se alterando com o passar do tempo. E os prédios altos passaram a aparecer por Ipanema. 


O LP de Lana Bittencourt, da década de 60, tinha as seguintes músicas (a entrada era pela Rainha Elizabeth):

01 – Medlley: - A voz do povo (Luiz Vieira - João do Vale) / - O neguinho e a senhorita (Noel Rosa de Oliveira-Abelardo da Silva) / - É um só (Gaya) / - Acender as velas (Zé Keti) / - Zelão (Sergio Ricardo) / - Nega maluca (Evaldo Ruy-Fernando Lobo) / - Implorar (Kid Pepe-Germano Augusto-Gaspar) / - Arrependimento (Cristóvão de Alencar-Silvio Caldas) / - É bom parar (Rubens Soares) / - Me deixa em paz (Monsueto-Airton Amorim) / - Está chegando a hora (Rubens Campos-Henricão)

02 - Castigo (Dolores Duran)

03 - Ma vie (A. Barrière) / - Au revoir (Vidalin-Becaud)

04 - Come te no c'e nessuno (Vassalo - Migliacci) / - Io che amo solo te (Endrigo) / - Amore scusami (Pallavicini-Mescoli)

05 - Perseguição (Adelino de Souza - Carlos da Maia)

06 - Summertime (Heyward - Gershwin) / - Singin' in the rain (Brow-Freed) / - More (Ortoloni-Ciorciolini-Oliviero) / - My funny valentine (Rodger-Hart).

Neste "anexo" do Barril 1800 funcionaram o Jazzmania e também o Mistura Fina, depois que foi desalojado da Lagoa.


Um aspecto da região, acho que em fotografia do Rafael Netto. Foi no Barril 1800 que aconteceu o primeiro encontro presencial dos comentaristas do "Saudades do Rio". Foi um sucesso. E ainda fomos contemplados, estupefatos, com uma marcha-a-ré de 50 metros da tia Lu, em alta velocidade.


Propaganda do Opala em frente ao Barril 1800.


Esta foto é do tempo em que neste endereço funcionava o Astor, um bar paulista, meio "chic", que não teve vida longa.


Imagem do Google Maps mostrando o Bar Boa Praça que atualmente ocupa o endereço do antigo Barril 1800.






16 comentários:

  1. Me lembro bem do Castelinho, que mesmo tendo sido demolido há mais de 40 anos continua sendo ponto de referência. O "Mau cheiro" não é do meu tempo, mas ao Barril 1800 muitas vezes eu fui.

    ResponderExcluir
  2. Bom dia e Feliz Ano Novo, Dr. D'.

    Este é o meu primeiro comentário do ano, esperando ser o primeiro de muitos...

    Área fora da minha jurisdição, ficarei acompanhando os outros comentários.

    Vários estabelecimentos comerciais davam caixas de fósforo como brindes e muitas pessoas colecionavam, assim como chaveiros. Anos depois estas mesmas pessoas sofriam com enfisema pulmonar e outras sequelas. Eram "outros tempos".

    ResponderExcluir
  3. Fiquei curioso sobre como foi esse primeiro encontro presencial dos comentaristas do SDR. O Luiz poderia contar, pois trocamos figurinhas diariamente por aqui, nos “conhecemos” e nunca nos vimos.
    Depois do final do Castelinho o Barril se sustentou por algum tempo, mas foi decaindo até ser vendido, quando Ipanema se copacabanizou. Sortudos foram os que conhecemos aquela Ipanema dos anos dourados.

    ResponderExcluir
  4. Na foto da propaganda da VARIG, vê-se um Opel Olympia 1967. Até pode ser Kadett, mas aposto no Olympia.

    ResponderExcluir
  5. O termo "copacabanização" utilizado no comentário das 07:53 é um tanto "vago", e seus efeitos são bem mais danosos à sociedade do que pode parecer. A própria Copacabana sente atualmente "na pele" os efeitos desse termo. Que o digam seus moradores.

    ResponderExcluir
  6. Cesar, já nos "conhecíamos" pelos comentários diários no fotolog.net. O Decourt e o Tumminelli conheci numa exposição sobre Copacabana que eles fizeram dentro da estação Copacabana do Metrô.
    Acho que foi o JBAN quem sugeriu um chope.Lembro que lá estiveram a Mme. Frusca, o JBAN, tia Lucia Simões, tia Denise, acho que o Conde, o Rouen e o Rafael Netto. Foi um sucesso. Logo depois tivemos um malfadado chope no Alcazar, onde conhecemos a Dra. Evelyn e o Derani. Chegaram depois o Menezes, o Lino, a Milu, a Nalu, o FlavioM. Tia Lu começou a organizar uns almoços numa casa magnífica no Alto da Boa Vista. O RIchard conheci num chope no Downtown. No Belmonte a tia Alcyone, levada pelo Lavra e o Candeias. Não lembro a ordem exata. Na festa de premiação do primeiro "Sherlock Holmes" havia mais de vinte, entre eles o GMA e o Mauroxará. O AG nunca apareceu fisicamente. Devo er esquecido alguns. O primo Bouhid, a Alice, também foram aos chopes.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Na premiação do Sherlock eu não pude ir devido a problemas pessoais. Comecei a frequentar este espaço em 2016. Figuras homéricas passaram por aqui...

      Excluir
  7. Trecho que praticamente não conheço, mas muito citado na imprensa de outrora.
    Marcos Tamoio foi um malfeitor para Ipanema.

    ResponderExcluir
  8. Ano novo, vida nova.
    Ou é melhor esperar o carnaval passar para recomeçar?

    ResponderExcluir
  9. Bom dia Saudosistas, desejo ao gerente do nosso bar Dr. Luiz D' e a todos os saudosistas diários do SDR um feliz ano de 2023.
    Fui algumas vezes ao Barril 1800, antes de casar, logo não vou ao local a mais de 40 anos. Ficarei acompanhando aos comentários.

    ResponderExcluir
  10. Bom dia ! Feliz 2023, Cariocas! Redondezas bem diferentes, como ir de carro até o retorno do Arpoador, o Pier, os bares e boates da época na Praça General Osório. O fato é que o bar resiste, sendo o último imóvel baixo (2 andares) da Vieira Souto. Boa ideia um encontro presencial do SdR. Outro dia, numa reunião de turma do Colégio passamos no telão do bar as fotos da turma. Tem uma foto da Hildegard Angel posando de modelo em frente ao Castelinho.

    ResponderExcluir
  11. O nome Mau Cheiro se devia a um terreno baldio do outro lado da Rainha Elizabeth. No bar Mau Cheiro dos anos 50 os policiais das Rádio Patrulha sempre paravam sua viatura em frente ao bar para tomar um cafezinho, acho eram caminhonetes Ford. Uma vez o Paulo Cachaça, da nossa Turma do Mamoré do Posto Seis, estava voltando a pé para casa no meio da madrugada debaixo de chuva pela Vieira Souto quando entrou pela Rainha Elizabeth e viu uma viatura dos policiais parada com a chave na ignição. Não pensou duas vezes: entrou, ligou o carro saiu dirigindo. Largou a viatura na esquina de N S de Copacabana com Júlio de Castilhos e foi a pé para casa, umas duas quadras depois.

    ResponderExcluir
  12. Esta turma do Candeias era fogo. Sempre subiam na marquise do cinema Miramar e trocavam o letreiro do filme para algo impublicável.

    ResponderExcluir
  13. O Bar Boa Praça até que estava bonito até que por alguma razão fecharam a varanda e removeram as decorações no segundo andar.

    Eu acho que bem naquele ponto do lado da calçada da praia tem um verdadeiro mau cheiro proveniente do cano do emissário que leva o esgoto in natura para ser despejado a um quilômetro e meio da orla.

    No projeto, os estudos indicaram que para as correntes levassem o esgoto para o alto-mar, o emissário deveria ter dois quilômetros e meio, a consequência da redução de um quilômetro faz com que o esgoto volte a orla. :(

    ResponderExcluir
  14. Ia muito ao Barril na década de 70 com meu pai, nas décadas de 80 e 90, já adulto, ia muito no bar. Fui também ao JazzMania que ficava no andar decima. Bom, fui uma vez no Astor e não gostei, devolvi a porção de bolinho de bacalhau. No Boa Praça, ainda não fui.

    ResponderExcluir