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terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

ALTO DA BOA VISTA - AV. EDISON PASSOS

As fotos de hoje mostram a Av. Edison Passos, antiga Estrada Nova da Tijuca. Quando o Prefeito Henrique Dodsworth resolveu melhorar o seu calçamento e retificar o traçado em alguns pontos, impôs-se a necessidade de ampliar o plano inicial, surgindo uma via completamente nova, construída em ótimas condições técnicas. Um dos grandes responsáveis por sua construção foi Edison Passos, então Secretário de Viação.


 Foto enviada pelo prezado Carlos Paiva. O nome da praça é?

Esta fotografia, de 1959, foi enviada pelo Pfau, a quem o "Saudades do Rio" agradece. Vemos, talvez, um Hudson e uma caminhonete Dodge. 

Conta nosso prezado Menezes; "Quando aqui cheguei em 1956, nos instalamos na Usina da Tijuca que, acostumado ao sertão nordestino, foi um paraíso. Clima ótimo, pássaros cantando pela manhã e um cheiro de fumo no ar - a fábrica Souza Cruz de cigarros era pertinho. O cheiro não incomodava, pois não era de fumaça mas sim de fumo curtido. 

Mas o bom mesmo era que nos finais de semana meu pai nos levava no bonde "Alto da Boa Vista" até este local da foto. Lembro-me bem. Minha mãe trazia uma toalha, comida, doces, etc. e ficávamos até o final da tarde brincando. Tudo sem medo."


Esta fotografia, de 1966,  mostra o bonde modelo "Rita Pavone", da linha do Alto da Boa Vista.Foi assim apelidado em homenagem à cantora italiana que fazia grande sucesso na época. Este tipo de bonde rodou apenas na linha Alto da Boa Vista, entre 1965 e 1967. Eram fechados nas laterais, com disposição interna semelhante aos ônibus e ostentavam duas portas (entrada e saída). A linha de bondes "Alto da Boa Vista" fazia o trajeto Praça da Bandeira, Mariz e Barros, São Francisco Xavier, Largo da Segunda-Feira, Conde de Bonfim, Praça Saenz Peña, Conde de Bonfim, Edson Passos, Estrada Velha da Tijuca, Mussu, Edison Passos, Praça Afonso Vizeu, Alto da Boa Vista. A fotografia foi enviada por Helio Ribeiro.

Foto do início da década de 40. Esta curva fechadíssima fica ao lado da antiga sede campestre do S.E.M.P.R.E., na mansão Rodrigo Octávio. 

Aí perto, nos idos dos 70, havia o chamado "Motel das Estrelas". O carro, talvez esteja esperando o reboque do Touring para terminar a descida.


Foto publicada pelo Tumminelli, do acervo de Beatriz Silvino. A família dela, no final dos 50, documentou um passeio pelo Alto da Boa Vista. O carro é um Mercury Convertible, six-passenger, 1950. Hoje em dia seria arriscadíssimo parar para uma foto assim.


Churrascaria Costa do Sol na Av. Edison Passos 4517, Alto da Boa Vista, telefone 268-8357, em foto dos anos 70. Lembram dela?

O anúncio, publicado no Guia Rex, dizia: "Churrascaria Costa do Sol, no melhor clima do Rio. Carne estabulada. Salões independentes para festividades, com capacidade para 1500 pessoas. O melhor churrasco do Rio - Música ao vivo. Estacionamento próprio."

Nos anos 80, virou o "Pub" Robin Hood. 


 

25 comentários:

  1. Outro dia li a história do reflorestamento deste local pelo major Archer. Impressionante.
    É um lugar lindo, privilegio de uma cidade, mas anda perigoso de se frequentar.
    Tive uns colegas que faziam pegas de carro por aí numa época que tinha um público grande assistindo, mas eu nunca fui.

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  2. Bom dia, Dr. D'.

    Aula bem interessante. Como sempre, aprendendo alguma coisa. Algumas vezes ia do centro para a zona oeste pelo Alto para aproveitar a vista e o "clima de montanha".

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  3. Agora, além do "Onde é?", temos o "Qual é o nome?".

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  4. Bom dia Saudosistas. Na correria para levar minha sogra no médico. O Alto da Boa Vista era o melhor bairro da zona norte para se morar, além do clima, da floresta, suas belas casas e mansões, um belo local para morar, também para quem passava de automóvel era um colírio ver além das belas paisagens estas belas residências. Porém com a invasão e a ocupação de áreas que antes eram de floresta e a construção irregular de residências, com a formação de grandes favelas e o domínio do tráfico nestas localidades, transformaram o bairro transformando o local de alto risco e consequentemente na desvalorização dos imóveis ali construídos.

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  5. Em verdade a Avenida Edison Passos foi inaugurada em 1938 com o nome de Avenida Tijuca, conforme placa de bronze que pode ser vista no início da Avenida junto ao Posto nota 10. Em homenagem ao IV Centenário da Cidade do Rio de Janeiro, os bondes fechados e pintados com as cores da CTC circularam a partir de Janeiro de 1965 na linha do Alto da Boa Vista simultaneamente com os de modelo antigo pintados de verde e ostentando o número da linha 67. O temporal que desabou na cidade em 10 de Janeiro de 1966 interrompeu provisoriamente o funcionamento da linha. Quando foi restabelecido o tráfego a linha voltou a funcionar com alterações no trajeto. O itinerário passou a ser "circular", já que o bonde já não chegava à Praça da Bandeira e seu trajeto passou a ser o seguinte: Volta: Praça Afonso Vizeu, Avenida Edison Passos, Conde de Bonfim, Rua Uruguai, Barão de Mesquita, São Francisco Xavier, Largo da Segunda-feira, e Conde de Bonfim. Um novo temporal ocorrido em Janeiro de 1967 fez com que novamente o trajeto fosse alterado e ficasse limitado entre o Largo da Usina e o Alto da Boa Vista. Em Dezembro de 1967 o que restou da linha foi erradicado em definitivo. No Largo da Usina ainda pode ser visto o "rodo" que serviu de retorno durante o último ano de funcionamento da linha.

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  6. Muitas vezes meus pais me levaram ao Alto da Boa Vista de bonde, mas curiosamente no Rita Pavone só andei uma vez.

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  7. Carne estabulada deve ficar macia. Se o gado também for, então, será um sucesso!
    O talvez Hudson e camionete Dodge estão perfeitos. Na foto da Kombi, vemos um Mopar 57, Plymouth Fury, quase certamente. Eu gostei muito da linha Mopar a partir de 55. Os modelos 57-59 ficaram um pouco too much, mas na época, foram o máximo.
    E o conversível Mercury é 1950 mesmo. Quase igual ao 49, mas tem suas identificações.

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  8. Bom Dia ! Faz tempo que não vou para essas bandas. Sempre que passava por essa estrada , gostava de ver as borboletas grandes , azul em dois tons (não sei se ainda existem por lá). Depois da linha Amarela , mesmo com pedágio, para mim é melhor.

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  9. Presenciei a circulação do bonde Rita Pavone, quando morei na casa de meus avós maternos, em 1966 e vinha da zona sul diariamente com meus pais pela Alto da Boa Vista.

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  10. Muitas vezes no passado estacionei o carro na reta de Aguas Férreas ou na curva do "s" para "tirar o atraso" em tempo de "vacas magras", em uma época em que a quantidade de carros parados lá era absurda e o local era bem seguro. Hoje em dia ninguém mais se atreve a estacionar por lá, com exceção de praticantes de rituais umbandistas. Mas o restaurante existente na Praça Afonso Vizeu é de boa qualidade e a pizza servida lá é excelente.

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  11. Passeios pelo Alto da Boa Vista só quando criança com meus pais, incluindo caminhadas pela floresta. Depois dessa época só mesmo passei de passagem.
    Em algum "fundo de baú" tenho foto da família em frente a uma das igrejas e da cachoeira.

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  12. As fotos 1 e 2 mostram o mesmo local, em ângulos diferentes. Ao que me consta, aquele refúgio não tem nome.

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  13. Quando frequentei o Alto da Boa Vista, nos anos 1980, só lembro de existir o Pub & Danceteria Robin Hood, onde fui algumas vezes. No inverno, era comum ficarmos na Praça Afonso Vizeu tomando umas batidas antes de entrar na Robin Hood. Subíamos pela Tijuca. Nessa época era comum o estilo Dark de se vestir: roupas escuras e as meninas de maquiagem gótica. Algumas bandas de rock nacional tocavam lá, antes da projeção nacional. E lembro de ter visto grupos de motociclistas subindo o Alto nas possantes Harley-Davidson. Um barato!!!

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  14. Embora tendo morado na Tijuca durante 23 anos, raramente fui ao Alto. Só me lembro de um piquenique, talvez na década de 1950. E uma vez meu pai, motorista de praça, nos levou até lá, mas o carro ferveu na subida da serra. Era um Chevrolet Fleetmaster, acho que ano 1947 ou por aí.

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  15. No famigerado Rita Pavone só me lembro de ter andado uma vez, já à noite, no ano de 1966, quando fui colocar um despacho numa encruzilhada.

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  16. Quanto a andar no bonde 67, na planície, raramente o fiz. Ele servia para eu ir ao colégio, porém preferia o 60 - Muda x Marquês de Abrantes, que circulava mais vazio. Só pegava o 67 se eu estivesse atrasado e o 60 não chegasse. E mesmo assim, só na ida ao colégio. Na volta, nunca.

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  17. Em 1965 eu morava em Botafogo e apesar de estudar no Instituto de Educação, não era sempre que vínhamos à Tijuca. Em uma dessas vezes e após insistência, minha mãe resolveu levar a mim e a meu primo para andarmos no "Rita Pavone". Ficamos no ponto da São Francisco Xavier no Largo da Segunda-feira um bom tempo, pois da Praça da Bandeira só vinham bondes de modelo antigo. Afinal surgiu um Rita Pavone vindo da Mariz e Barros e acabamos embarcando na novidade. Quando o bonde chegou próxima da Curva do "S', o motorneiro resolveu parar a viagem porque um "cidadão" passou mal e vomitou no bonde. Como o bonde era fechado e era verão, o ambiente ficou insuportável, e o cheiro era muito forte. O bonde foi "evacuado" e seguiu viagem até a garagem do Alto da Boa Vista para passar por uma, enquanto ficamos sob um sol forte até que um outro bonde retornasse do Alto. Não é preciso dizer que o bonde que retornou do Alto da Boa Vista "não era um Rita Pavone". Apesar de depois desse fato eu ter visto muitas vezes um Rita Pavone circulando, nunca mais tive oportunidade de viajar em um deles.

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  18. Os "pegas" na descida do Alto eram famosos, creio que em fins da década de 1970. Era perigoso você se ver no meio deles. Uma vez um colega, que dirigia no autódromo por diversão, se encontrou nessa situação: um carro do "pega" colou na traseira dele, mas ele desceu sem deixar o cara passar a frente.
    E uma vez eu vinha descendo com meu bravo Chevette e um Puma colou na minha traseira, desde o fim da descida e ao longo de toda a rua São Miguel. Quando entramos na rua Pinto Guedes, que eu sabia estar parcialmente em obras, dei passagem para ele num ponto em que à frente havia um monturo de entulho. Era noite, o cara não percebeu, o Puma entrou no monturo e deu um salto no ar. Sifu.

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    1. Os "pegas" aconteciam invariavelmente às Sextas-feiras, e a Policia Militar "metia a borracha" nos assistentes. Muitos eram levados para a velha 19 D.P da rua Jose Higino. A maioria era de "filhinhos de papai" e se livrava de maiores consequências. Mas houve casos em que os presos foram autuados por "Vadiagem", o que naquela época poderia custar três meses de xilindró. No final dos anos 70 o problema foi resolvido da seguinte maneira: às Sextas-feiras à noite a PM interditava parte da pista, fazendo o trânsito de descida seguir pela Estrada Velha enquanto o de subida seguia pela Edison Passos. Nos cruzamentos fazia um sistema "pare e siga".

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  19. A reforma no bonde 10 na foto 4 ficou bem estranha. O bonde não é bidirecional e mostra as portas de entrada e saída do lado esquerdo. Não dá para ver se também existem portas do lado direito. Vou passar a bola para o Hélio...

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  20. FF: cidade em estágio de alerta por causa da chuva. Vários bolsões de água espalhados por bairros e pelo centro. Trens aguardam ordem para prosseguir viagem.

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    1. Atualizando, uma das vias interditadas é a Avenida Edison Passos. A Niemeyer também..

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  21. Muita chuva ! mais de uma hora chovendo muito forte. Av Suburbana totalmente parada.

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