A primeira igrejinha do Posto 6, em Copacabana, foi a que ficava onde hoje é o Forte de Copacabana. Com a sua demolição, para a construção do Forte, foi construída, muito tempo depois, uma capela pertinho do Forte, na Rua Francisco Otaviano em frente ao prédio do Cassino Atlântico, depois da TV Rio, que é a que se vê nesta foto de George Gafner, obtida no site Jornal de Copacabana.
Esta igrejinha foi parcialmente inaugurada em outubro de 1954. Foram múltiplos os eventos para arrecadar fundos para a conclusão da igrejinha. Peças de teatro, jantares, espetáculos musicais. Entre eles incluiu-se a “avant-première” do filme “Comandos do Ar”, com James Stewart, que foi fotografado segurando um panfleto da igrejinha, em Hollywood.
Vê-se a grande cruz de
madeira trazida do Aterro do Flamengo onde havia sido realizado o Congresso
Eucarístico internacional em 1955 (há uma foto desta cruz toda iluminada, mas não consegui achar no meu acervo. Quem a tiver, favor enviar). Do lado esquerdo da foto vemos o altar onde
eram realizadas as missas ao ar livre pelo padre Antonio Lemos Barbosa. Do lado direito da
foto vemos um pedacinho do QG do 3º Grupo de Artilharia de Costa que lá está
até hoje.
Quem visitar o Forte de
Copacabana poderá facilmente identificar um grupo de casas que começa no QG e
termina na "quadra de esportes" usada hoje como estacionamento. Estas
casas ocupam hoje o espaço desta foto. Eram casas de oficiais que serviam no
Forte quando ainda era uma guarnição do Exército Brasileiro.
Aos domingos era
celebrada a "missa das crianças" às 8h. Depois da missa, dava tempo
de sobra para ir ao Metro-Copacabana assistir à sessão especial de Tom &
Jerry, às 10 horas, apenas no 1º domingo de cada mês.
Esta capelinha de Copacabana teve sua
construção iniciada em 1953 pelo General Osório Alves, comandante da Artilharia
da Costa, tendo a pedra fundamental sido lançada em agosto de 1953, quando a
igreja recebeu de volta a imagem de N. S. de Copacabana. Ficava na Rua
Francisco Otaviano nº 5. Seria a sede da Capelania da Artilharia de Costa da 1ª
Região Militar.
Em reportagem do “Correio da Manhã” se
pode ler: “A igreja, visível de toda a extensão da Praia de Copacabana, dará um
toque de espiritualidade e manterá a lembrança das tradições cristãs. Embora
capela militar, dará acesso ao público. Foi construída em terreno militar. Uma
missa foi realizada em 08/12/1953, dia da Imaculada Conceição, com a capela em
construção.
Para a capela foi trasladada a histórica
imagem de N.S. de Copacabana, em cortejo motorizado saindo da Igreja de Santa
Cruz dos Militares para o Posto 6.
A devoção a N.S. de Copacabana,
originária das regiões andinas, nasceu em antigo templo incásico, em
substituição ao culto indígena. A fama dos milagres da “Virgem do Lago”,
rapidamente se espalhou pela América e Europa, facilitada a sua devoção no
Brasil quando Portugal esteve sob domínio espanhol, de 1580 a 1640.
Diz a tradição que a imagem venerada no
Arpoador tenha chegado ao Brasil antes de 1600, sendo certo que a primeira
Igrejinha já existia antes de meados do século XVII.
Quando se construiu o Forte de Copacabana, no governo
do Marechal Hermes, foi a secular igreja demolida, sendo a imagem transferida e
só em meados do século XX localizada. Encontrava-se no Castelo de São Manuel,
em Corrêas, tendo pertencido às famílias Fonseca e Teffé e ultimamente à do Sr.
Silverio Ceglia, que gentilmente a cedeu às autoridades, tão logo soube da
iniciativa de reconstrução da Igrejinha. A empresa proprietária do Castelo São
Manuel cedeu também às autoridades um altar e a pia batismal, que serão
colocados no novo templo.
O local da nova Igrejinha será à entrada
do Forte, na quadra de basket-ball e ao lado da sede da Artilharia de Costa.”
Em meados dos anos 70 foi transferida,
por estar em área militar, para perto de uma escola municipal, na Rua Francisco
Otaviano nº 99, onde está hoje a Igreja da Ressurreição.
O Ministério do Exército tinha interesse na mudança de local da Igrejinha, porque esta ficava ao lado do Comando. Houve, então, um acordo: o Ministério cedia à paróquia o terreno onde foi erguida a atual igreja e a paróquia devolvia o terreno onde estava a Igrejinha.
A construção se deu em tempo recorde: iniciada em 1973, foi inaugurada em maio
de 1975. O nome da igreja foi escolhido pelo então pároco, D. Eduardo:
Ressurreição, marco fundamental da Igreja de Cristo.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirMais um dia acompanhando os comentários. Só estive algumas vezes no forte. Sobre a igreja nada posso acrescentar.
Essa igrejinha era muito simpática. A cruz ficava iluminada à noite com muitas lâmpadas.
ResponderExcluirLembro que o exército queria trocar o terreno perto do forte pelo terreno onde está a igreja atual mas houve muita resistência. A questão demorou muito tempo a ser resolvida.
Além da arquitetura dessa Igreja da Ressurreição ser bastante curiosa, no interior da nave durante as missas e por trás dela, é possível ouvir galos cantando. E repetindo um comentário que fiz aqui há tempos, digo que a cidade possui uma inacreditável quantidade de templos católicos, uma herança da colonização portuguesa. A partir dos últimos anos do Século XX essa religiosidade da população católica diminuiu sensivelmente. Entretanto com o "boom" das igrejas evangélicas, a fé cristã passou a ter novos adeptos e a quantidade de denominações dessas "igrejas protestantes" no Rio chega a quase quinhentas. FF: A guerra do tráfico em Jacarepaguá já dura 15 dias e a situação está cada vez mais caótica na região. Localidades como a Gardênia Azul, Rio das Pedras, Muzema, e até Curicica, que eram dominadas pela milícia, estão sob ataque do comando vermelho. Como já era previsto que isso iria acontecer a partir de Janeiro, o tráfico de drogas se prepara para "vôos mais altos", já que possui forte apoio político e logístico para essa empreitada.
ResponderExcluirEsta igrejinha é do tempo da TV Rio. Ambas eram ícones de uma Copacabana mais tranquila e feliz. Um tempo que não volta mais.
ResponderExcluirFF: o governador deu entrevista louvando a si próprio pelo combate à milícia mas não falou sobre o combate aos traficantes. A guerra de Jacarepaguá já dura anos e não se vislumbra solução.
Aliás só novRio ainda se usam “teresas” para fugir de presídios de segurança máxima. E a responsável como punição proíbe os presos. de ver televisão. Alegam falta de luz. O gerador não funciona, os guardas ninguém sabe onde estavam, o telefone fixo quebrado e os celulares bloqueados. Um escárnio.
Segundo fontes sigilosas, a tal "teresa", a falta de energia, e os "trocentos" argumentos pífios que tentam justificar essa fuga absurda, nada mais são do que uma estratégia de "diversão" para tirar do foco a realidade dos fatos, uma espécie de "boi de piranha", pois segundo tais rumores, os presos fugiram "pela porta da frente".
ExcluirE a concessionária de energia negou ter havido falta de luz naquele horário. Cada vez mais a coisa fede.
ExcluirTem comentarista neste espaço com informações privilegiadas, ao que parece. Está sabendo mais do que os veículos oficiais de informação.
A informação "limpa e honesta" não é uma unanimidade nos veículos de informação, principalmente naqueles que fazem parte da "velha imprensa". Não é novidade que o tráfico de drogas corrompeu grande parte do "Estado Brasileiro, está presente e atuante em vários segmentos da sociedade e da "máquina pública", e para isso ocorrer é preciso que a imprensa seja "devidamente aparelhada ou silenciada". Uma pessoa bem informada pode enxergar "além da linha do horizonte". Pouquíssimos jornalistas sérios sérios e comprometidos com a verdade são vistos na "tv aberta", e muitos são "cancelados" (um termo jurídico absolutamente inexistente) ou mesmo exilados por serem honestos em seu mister. Pouca gente tem acesso a informativos como Carta Capital, O Antagonista, Brasil Paralelo, e muitos outros. Jamais um cidadão que busca um conteúdo jornalístico honesto terá seu objetivo atendido em um tv aberta. Nelas o bandido será sempre "um suspeito" e um morador de "comunidade" terá sempre a "palavra final". E voltando à "guerra do tráfico", já existem conflitos na área de Curicica e a região da Merck é "terra de ninguém".
ExcluirAo contrário de que alguns órgãos afirmam, Vila Sapé não é Curicica, apesar de ser bem próximo. Ainda fica na Taquara. O fenômeno inverso também acontece, especialmente na região "olímpica"...
ExcluirA estratégia do tráfico é bem clara e pretende ocupar a Tijuquinha, a Muzema, Rio das Pedras, a Gardênia Azul, a Curicica, e estender seus domínios até a Rocinha, já que possui uma "base avançada" no Morro do Banco no Itanhangá. Resta saber se terá "fôlego" para tal, já que dependerá da manutenção da sua "rede de alianças" e também da "real disposição" das forças estaduais em pôr um fim nessa guerra. Há muitos interesses políticos, eleitorais, e financeiros nesse "jogo sujo".
ExcluirOnde existia um espaço era erguida uma igreja para "marcar o território", fosse igrejinha ou igrejão. O tio Macedo sacou bem esta ideia e saiu fazendo as suas; depois outros "concorrentes" seguiram montando também as suas.
ResponderExcluirÀs vezes eu fico pensando, se a quantidade de igrejas representasse realmente a espiritualidade e os bons conselhos o Brasil seria um dos países menos violentos no mundo.
A missa das seis de domingo era a mais concorrida no final dos 50 e começo dos 60. Nossa turma raramente ia, preferia ficar de longe espiando o movimento. Em um desses domingos estávamos em frente ao Edifício Mamoré, nosso ponto na esquina de Joaquim Nabuco com N S de Copacabana, quando chegou Dona Maria Saldanha de Freitas, irmã do João Saldanha e mãe do Bebeto de Freitas. " Hoje vocês perderam uma das mais bonitas missas. Todas as concorrentes ao Miss Brasil estavam lá, tendo algumas até recolhido as contribuições". Foi justo no ano da Angela Vasconcelos...
ResponderExcluirSegunido a linha do do comentário do Wagner Bahia, em 1977 Edir Macedo, um bancário e praticante de religiões de matiz africano, pregava o Evangelho na Praça existente no Jardim do Méier. Vinte e cinco anos depois era já era um dos homens mais ricos do mundo, dono de igrejas em 135 países, um canal de televisão, uma gravadora, dezenas de empresas, e com inúmeros parentes com assento no Congresso Nacional. Como chegou a tal patamar? Os néscios acreditam que isso se deve a um "milagre de Deus", mas a estória é outra e não cabe "por hora" aqui...
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Não conheci a igrejinha, nem conheço a igreja da Ressureição, conheço o Forte de Copacabana, já estive lá visitando tanto o Forte, como numa exposição de carros antigos, na época em que meu filho ainda era criança. Acho que a última vez que estive no Forte foi durante as Olimpíadas no Rio.
ResponderExcluirFF. A criminalidade no Brasil e principalmente no Rio, nunca será resolvida, a demagogia da própria população contribui para que a situação cada vez se agrave mais. Infelizmente o Brasil se tornou um País que o crime compensa, a impunidade impera, a conivência e associação ao crime de quem deveria investigar, julgar e prender os criminosos, impedem que a violência seja contida pelas entidades responsáveis.
Concordo com vc, geral quer se dar bem e depois reclama. Somente o discordo sobre "o país se torno" sempre foi assim, a corrupção, bandidagem, enriquecimento fácil sempre esteve presente na nossa história.
ExcluirSobre milícia e tráfico é isso o consumidor não se coloca como parte do problema. Não é o viciado quem sustenta o "movimento" e sim o usuário de fds.
Sou a favor de liberar as drogas quem tiver mais de 18 e quiser ficar doidão que fique. Ao menos não vai ficar na mão de traficantes. É assim com o álcool que faz um mal semelhante.
Você está falando sério? E existe algum sistema público de saúde que suporte as consequências de uma liberação de drogas? Com uma declaração como essa, vejo que você não pode ser levado a sério.
ExcluirLiberação, não. Legalizar.
ExcluirO termo "legalização" pode confundir, já que legalizar não trata de liberar o uso indiscriminado de drogas, mas sim de regulamentar sua produção e/ou distribuição.
Quem levou o panfleto para o James Stewart?
ResponderExcluirFoi só o panfleto ou uma comissão foi pessoalmente?
A primeira igreja estava lá antes dos militares, eles que "invadiram" primeiro o território dos religiosos.
ResponderExcluirNão conheci a segunda igrejinha. E não foi por falta de oportunidade, já que fui ao Posto 6 algumas vezes na década de 60. Nunca prestei atenção na atual, que pela fotos só não parece totalmente uma agência bancária porque tem uma torre de sino.
Seriam as desgraças do Rio (e de seu estado) uma maldição de Cunhambebe, com mais rigor que o Montezuma na América do Norte?
ResponderExcluirPagés Tupinambás, Tamoios e Goitacases enviando espíritos vingativos para circular por boa parte do território fluminense?
Assisti algumas missas em banquinhos de madeira compridos. Era simpática a Igreja e o hábito de ir a Missa aos domingos era de toda a familia, enchia. Habitualmente ia Igreja São Paulo Apóstolo na Rua Barão de Ipanema e depois as vezes comia um chuvisco no Ponto de Encontro.Mais uma vez Luiz capricha na pesquisa, o que é bom para quem lê, mas também para quem garimpa. a boa sensação de um "achado" (trouvaille nos tempos de Curso Infantil) é indescritível,
ResponderExcluirEu caro GMA, quando você publicou "assisti algumas missas" foi no sentido de "ir a algum lugar": "assisti à algumas missas", e nesse caso a crase é obrigatória"
ExcluirFrancamente.
ExcluirComo pode ser "à" antes de uma palavra no plural?
Isto sem falar no erro ao digitar o que deveria ser "Meu".
Por favor, leia Mateus 7, versículo 5: "Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás ver com clareza para tirar o cisco do olho de teu irmão."
Esse Corretor Ortográfico não é confiável. No caso do comentário do GMA, o correto é "Assisti a algumas missas...". Com preposição mas sem crase.
ExcluirAcabei de ler o livro "Os Senhores do Crime", subtítulo "As Novas Máfias Contra a Democracia". Apesar de ter sido escrito em 1998 e se restringir à criminalidade na Europa, o que fica claro no livro é o domínio cada vez maior do crime, cujo combate é dificultado pelas legislações locais e pelo predomínio financeiro e tecnológico das organizações criminosas.
ResponderExcluirDe 1998 para cá, certamente a situação piorou. Ao contrário do que gostaríamos de crer, o crime compensa. E muito. Só depende do nível dele.
Hélio, depois que vi filmes como "O Poderoso Chefão", "O Senhor das Armas" e sobre a vida de Pablo Escobar, li e assisti relatos de grandes traficantes como o Beira Mar e outros, a conclusão amarga que me passou foi justamente o contrário: o crime não compensa. O cara vive numa tensão extrema, seja devido a perseguições da polícia, de traidores e de chantagistas. Há muitos poucos momentos em que se consegue curtir toda a grana amealhada. E ainda tem as ameaças aos membros da familia, etc. E quando vai pra prisão, então, é uma vida nula que se resume apenas em ver o tempo passar em meio às barbaridades do cárcere. Talvez um ou outro tenha se "dado bem", mas certamente é um percentual muitíssimo pequeno.
ExcluirSei lá, contudo, contudo, é melhor estar sempre fora disso tudo.
O Hélio tem razão quando diz que "só depende do nível do crime". Os grandes criminosos não precisam se esconder, pois são "pessoas públicas e bem conhecidas". Além disso possuem imunidades legais e são unidos por um "cipoal de alianças" bem sedimentadas com "seus iguais" (leia-se rabo preso), o que lhes a certeza da impunidade e as "mãos livres" para suas ações. Com uma arma de altíssimo poder letal (a caneta), os grandes criminosos podem mudar os destinos de uma nação. Quem pensa que bandidos como Fernandinho Beira-Mar, moram em favelas, e possuem aparência tosca e inculta está muito enganado, pois são "buchas" que servem apenas para encher presídios e dar "uma satisfação à sociedade".
ExcluirA situação está muito complicada. Existem muitas igrejas e rezar pode ajudar para que tudo melhore.
ResponderExcluirMais uma ótima aula sobre a igrejinha e a igreja que foram construídas nessa região de Copacabana.
ResponderExcluirFui várias vezes ao Forte, um passeio barato, cultural e turístico pelo local e pela bela vista que proporciona.
Não lembro se a igrejinha foi mencionada quando fiz a visita guiada pelo Forte.
Obs 1) Hoje teremos o 3° turno de Lula X Bolsonaro, nas eleições do Senado e na Câmara. Por incrível que pareça, o Google cravou ontem a vitória de Marinho, aliado do Bolsonaro, contrariando as pesquisas preliminares.
Obs 2) No caso da "fuga do presídio"... a velha máxima ainda é a mais segura para descobrir a verdade: Follow the Money!!