CONCESSIONÁRIAS DE VEÍCULOS,
por Helio Ribeiro:
Esta
postagem é sobre algumas das dezenas de concessionárias de veículos existentes no
Rio de Janeiro em décadas passadas. Obviamente, não é uma relação completa. Faltam
muitas delas, como Besouro, Auto Industrial, Ótima Veículos, Sedan, Mesbla, Tianá,
Reiguá, Borgauto e muitas outras.
Algumas
concessionárias tiveram vários endereços, fosse por mudança, fosse por terem
filiais. Não me preocupei em levantar todos, para não tomar espaço com
informação irrelevante. Mas alguns endereços eu citarei, por terem alguma
importância no texto.
Foi
difícil determinar o motivo e a data de encerramento das atividades de quase
todas. Quando tive sucesso, estará citado.
As
marcas representadas pelas concessionárias da postagem são as seguintes.
1) CHINDLER ADLER
(originalmente CHINDLER & ADLER)
Concessionária
Chevrolet
A
referência mais antiga que encontrei dessa concessionária foi no jornal Diário
Carioca, edição de 12/02/1933, com o endereço rua Figueira de Mello, 313, como na
foto abaixo. Houve uma certa confusão nessa pesquisa, porque havia uma
alfaiataria e uma concessionária com esse mesmo nome em Salvador.
O
carro do anúncio acima tinha incríveis 60 HP de potência. Ei-lo abaixo:
O
mesmo jornal, em 15/01/1937, anunciou a inauguração de nova filial da Chindler
& Adler na rua Salvador Correa (atual avenida Princesa Isabel) número 88,
no Leme. Na ocasião, foi apresentado do público o Chevrolet Master 1937,
mostrado abaixo.
Para
minha total surpresa, em 11/02/1937 o mesmo jornal publicou um anúncio da
concessionária do qual constava o endereço de uma sub-agência na Praça do
Engenho Novo, 26. Aqui perto de casa. Quem diria!! Atualmente é um posto de
gasolina. Mas a partir da edição de 24/01/1938 esse endereço já não constou
mais. Teve vida curta.
Em
05 de outubro de 1955 a sede da empresa passou a ser rua São João Batista,
número 64, em Botafogo, como mostra o grande anúncio abaixo.
O
anúncio abaixo já indica o novo endereço.
Em
1971 a Chindler Adler comprou a concessionária Amendoeira, cujo endereço era
rua General Polidoro 316, e ali se instalou. Quando conheci a Chindler Adler,
em 1974, ela ficava exatamente nesse endereço, bem em frente ao cemitério São
João Batista, perto da esquina com a rua Real Grandeza. Foi lá que comprei meu
primeiro carro, um Chevette ano 1974. Na época havia filas e pagamento de
pedágio para se conseguir um carro zero km. Aí li na Quatro Rodas uma pessoa
comentando que havia conseguido comprar um carro na Chindler Adler, sem
pagamento de pedágio. Fui até lá e fiz o pedido. Demorou algumas semanas, mas
não tive de pagar nada por fora.
Hoje
o local é ocupado pela concessionária Renault do grupo Leauto. Não consegui uma
boa foto da mesma.
2) GASTAL.
Concessionária Willys Overland
OBS 1: Boa parte do texto desse item foi obtido
no site www.rioquepassou.com.br.
OBS 2: Desisti de pesquisar na Biblioteca
Nacional pelo nome "Gastal S.A" porque o mecanismo de busca
selecionava tudo que tivesse as palavras "gastar" ou
"Gastão". Vinham milhares de páginas de jornais. Apenas de vez em
quando aparecia algo ligado à empresa e não àquelas palavras.
A Gastal S.A. foi uma concessionária de grande
importância no início da indústria automotiva brasileira. Primeiro porque desde
o início dos anos cinquenta ela foi a responsável pela importação dos Jeep's ao
Brasil, chegando até mesmo a colocar em prática uma linha de montagem dos
componentes que chegavam em partes, no modelo de importação CKD. Segundo porque,
com a implantação efetiva da Willys Overland do Brasil, a Gastal S.A. prestou
sua colaboração, dedicando-se a partir de então a revender os produtos da WOB.
A
referência mais antiga encontrada foi no jornal Correio da Manhã, edição de 16/04/1944,
com endereço de rua Mariz e Barros 821-B, na Tijuca, e nome Gastal & Cia.
Ltda como oficina mecânica. Seria a futura concessionária Gastal S.A.?
Abaixo,
propaganda da empresa no Correio da Manhã de 19/02/1950.
Já
no jornal Última Hora de 12/06/1951 ela
constou com o nome Gastal S.A., endereço rua Mayrinck Veiga 31, esquina com
Largo de Santa Rita. Tratava-se de um anúncio de jipes.
Outros
endereços foram encontrados para a concessionária, como Avenida Brasil, número
2298, e rua Voluntários da Pátria número 48. Abaixo, a instalação de Botafogo
em data não especificada.
O prédio da Avenida Brasil 2298, projetado por
Paulo Antunes Ribeiro em 1952, ganhou inúmeros prêmios por sua concepção
moderna de uma concessionária de veículos, dividindo muito bem o espaço,
escondendo as oficinas e captando a atenção dos passantes pelo grande desenho
em V ou em W, como muitos dizem, principalmente por ser uma concessionária
Willys. Com tons entre o bege, o bronze e o verde também chamavam a atenção
pela harmonia, conseguiu-se fazer um prédio bonito e racional em um terreno
irregular. Foto abaixo.
Estranhei
o o anúncio abaixo, publicado em 13/11/1959 no Correio da Manhã, por se referir
a um carro da Renault.
Abaixo
uma foto do salão de exposição da Gastal, em 1961, obtida do site
antigosverdeamarelo.blogspot.com.
Em
algum momento da década de 1970 ou 1980 a Gastal encerrou as atividades. Nos anos 1980 o prédio abrigou uma loja
da DPaschoal de pneus. No fim dos anos 1990 esse prédio ainda foi usado pela
concessionária Renault de nome La Rochelle, que não durou muito tempo. O prédio
abandonado foi então invadido e os invasores praticamente colocaram a
construção abaixo e fizeram mais barracos por trás do edifício. No domingo, 20
de junho de 2004, o prédio foi implodido pela prefeitura para construir um
viaduto de acesso à Linha Vermelha pela Avenida Brasil.
Concessionária Chevrolet
Iniciou as atividade em 1969, no bairro de Del
Castilho, como uma oficina autorizada. Abaixo, anúncio publicado na revista do
Automóvel Club do Brasil, em 1972.
A partir de 19 de setembro de 1975 passou a ser concessionária
Chevrolet, com loja no mesmo endereço do anúncio acima mas com sede na Estrada
Adhemar Bebiano 177 (antiga Estrada Velha da Pavuna), onde se localiza
atualmente. Fotos do endereço antigo e do atual.
Em 2003 foi inaugurada a segunda loja, em Cascadura; em 2005,
em Botafogo; em
2011, Barra da Tijuca e
em 2018, Nova Iguaçu.
A Simcauto ainda existe. Não se limita apenas à venda de
veículos, oferecendo produtos e serviços. A sede em Del Castilho conquistou
18 vezes o título de "Concessionária A", o mais importante prêmio
outorgado pela General
Motors (GM)
em reconhecimento à qualidade dos serviços oferecidos.
4) GUANAUTO VEÍCULOS S.A.
Concessionária
VW
OBS: O texto e as fotos a seguir são um resumo do publicado
no site www.autoentusiastas.com.br, em junho de 2020. É o texto mais longo
desta postagem, por haver ótima documentação da empresa na Internet.
A empresa iniciou as atividades em 16/06/1960, com o
nome Cia. Guanabara de Automóveis - Guanauto. O endereço era Avenida Brasil,
2153, bairro do Caju, hoje um posto de combustíveis. Foi uma das mais modernas
e maiores da América Latina e contribuiu bastante para a divulgação da marca
Volkswagen no Brasil.
Anúncio publicado no jornal Correio da Manhã, em 04/09/1960.
Abaixo, raro plástico decorativo da empresa.
Em 1962 mudou de donos e de razão social, renomeada
para Guanauto Veículos S.A. Em janeiro de 1963 mudou-se para a rua Bela 1223-D.
Foto abaixo.
Em 1965 as concessionárias Auto Industrial, Auto
Modelo e Guanauto criaram a União dos Revendedores e lançaram o "Consórcio
Facilidade", destinado à compra de carros novos, depois estendida para
motocicletas e trailers. Anúncio abaixo.
Em julho do mesmo ano foi inaugurada a nova e luxuosa
sede na Avenida Brasil 1304, ficando o prédio da rua Bela como oficinas. Foto
abaixo, publicada no Diário de Notícias de 04/07/1965. Hoje o local é um
terreno desocupado.
Para facilitar a vida dos clientes que trabalhavam no
centro da cidade, a Guanauto oferecia condução grátis para sua sede e oficina.
Anúncio abaixo publicado no Jornal do Brasil em 14/05/1967.
Não satisfeita, a administração da Guanauto, prevendo um
crescimento ainda maior para o início dos anos 1970, adquiriu um terreno de
mais de 7.000 m2 no Campo de São Cristóvão,
número 87, onde pretendia construir o que seria a mais moderna instalação de um
revendedor Volkswagen na Guanabara e quiçá no Brasil. Na
grande área adquirida estavam sendo construídos dois blocos de edifícios, um
deles com oito andares mais uma cobertura. Esta instalação abrigaria todos os
departamentos em um só lugar, diminuindo a perda de tempo com deslocamentos e
proporcionando mais conforto para clientes e funcionários. A inauguração estava
prevista para o início dos anos 1970.
Construída
essa nova sede, em junho de 1971 começou a transferência para ela, inaugurada oficialmente
em 05/08/1971.
Nos
anos seguintes a expansão da Guanauto continuou: em 1974 abriu uma filial em
Niterói; em 1979 passou a vender motos Honda, tendo construído até uma pista de
testes e treinamento; em 1989 inaugurou uma pequena filial na Barra da Tijuca.
Foi a primeira concessionária a abrir uma filial no bairro, a chamada Guanauto
Barra, situada na Avenida das Américas, 2550. Também ao longo do tempo
diversificou os tipos de veículos atendidos, inclusive atendendo outras marcas.
A
década de 1990 foi conturbada economicamente para o Brasil, e a abertura do
mercado para carros importados afetou profundamente o negócio da Guanauto e das
outras grandes concessionárias.
Os
anúncios da Guanauto rarearam e em 1998 ela fechou a filial da Barra da Tijuca.
No ano seguinte fechou a de Niterói, restando apenas a sede no Campo de São
Cristóvão.
Em
08 de julho de 2002 ela encerrou as atividades. O edifício-sede foi comprado
pela Caçula, uma empresa do ramo de papelaria, armarinho e confecção.
5) AUTO MODELO S.A.
Concessionária
VW
Tal como a Guanauto, citada acima, chegou a ser uma
das maiores concessionárias da América Latina. A primeira referência que
encontrei sobre a Auto Modelo foi a abaixo mostrada, na edição de 15 de julho
de 1948 do jornal Correio da Manhã, comunicando a inauguração, para dois dias
depois, da loja do Largo do Machado número 23 (na época chamado de Praça Duque
de Caxias).
Abaixo, foto sem data da filial do Largo do Machado.
O referido anúncio de inauguração dizia que a empresa
venderia automóveis novos da marca Renault, mas também compraria e venderia
usados de qualquer outra marca. E realmente, encontrei uma infinidade de
anúncios de carros usados Hudson, Chevrolet, Packard, etc.
Na edição do Correio da Manhã de 13 de abril de 1952
li a primeira referência da Auto Modelo como concessionária VW.
A primeira referência ao endereço rua Haddock Lobo
número 40 encontrei numa edição do jornal do Automóvel Clube de junho de 1960, citando
que as novas instalações seriam as maiores da América Latina, com 10.800 metros
quadrados e podendo atender a 300 veículos diariamente. Previsão de inauguração
para o início do ano de 1961.
O Correio da Manhã de 16 de maio de 1961 já mostrava
anúncio com aquele endereço.
Em 12 de novembro de 1962 foi inaugurada a filial da
Avenida Suburbana 7570, na época pertencente à subsidiária Abolição Veículos,
na qual a Auto Modelo tinha participação majoritária.
Como já citado antes, em 1965 as concessionárias Auto
Industrial, Auto Modelo e Guanauto criaram a União dos Revendedores e lançaram
o "Consórcio Facilidade", destinado à compra de carros novos, depois
estendida para motocicletas e trailers.
Em 29 de dezembro de 1967 o imóvel da subsidiária
Abolição Veículos foi incorporado ao ativo imobilizado da Auto Modelo.
Em 01 de março de 1996 a Auto Modelo teve deferido
pela 8a. Vara de Falências e Concordatas um pedido de concordata preventiva. Em
1997 o banco Bozano Simonsen comprou a Auto Modelo, então em dificuldades
financeiras.
Não consegui descobrir qual o desfecho do caso.
O prédio onde se situava a concessionária na rua
Haddock Lobo hoje é uma filial da American Pet. Foto abaixo.
6) ABOLIÇÃO VEÍCULOS S.A.
Concessionária
VW
A primeira referência que localizei a essa empresa
foi na edição de 10 de setembro de 1967 do jornal Correio da Manhã. Na época, a
Abolição Veículos estava situada na Avenida Suburbana, 7570 e estranhamente era
uma subsidiária da Auto Modelo S.A., como citei mais acima. A instalação tinha
3.300 metros quadrados, sendo 1.700 cobertos.
Em 29 de dezembro de 1967 esse imóvel foi incorporado
ao ativo imobilizado da Auto Modelo.
Para não fugir da moda, a Abolição Veículos também
fazia parte do chamado Consórcio-Cooperativa do Automóvel Club do Brasil. Vide
abaixo.
Em 1988 o grupo Abolição possuía sete revendas de
automóveis e caminhões, uma incorporadora e administradora de imóveis, uma
distribuidora de valores e uma agência de viagens, espalhadas pelo Rio, Minas e
Bahia.
Não consegui descobrir se a Abolição ficou vinculada
à Auto Modelo até o fim desta ou se em algum momento ela se tornou empresa à
parte. Mas hoje a Abolição faz parte do grupo AB.
Em dezembro de 1993, a situação das revendedoras
estava tão a perigo que várias delas ofereciam viagens a quem comprasse um
carro. Vide abaixo as promoções da Abolição.
Em julho de 1996 a empresa lançou sua home page, www.abolicao.com.br,
saindo na frente das demais autorizadas. E em início de novembro foi iniciado o
envio de mala direta para os emails de quem havia consultado o site da empresa.
Com o passar dos anos, montadoras de
automóveis, de caminhões e de motocicletas convidaram a Abolição a
representá-las e hoje ela oferece a seus clientes várias marcas de automóveis,
caminhões, ônibus e motos presentes no mercado brasileiro, como Volkswagen,
Honda, Nissan, Volvo, Harley-Davidson, Mercedes-Benz e MAN/Volkswagen Caminhões
e Ônibus.
Hoje a Abolição possui várias filiais, inclusive em
Niterói e Duque de Caxias.
Abaixo, foto atual das belíssimas instalações da
empresa na antiga Avenida Suburbana 7570.
Que trabalho deve ter dado toda essa pesquisa. Parabéns, Helio.
ResponderExcluirTive vários Fuscas comprados na Auto-Modelo. E um nessa União dos Revendedores que à época funcionava na São Clemente, numa enorme mansão perto da Prefeitura. Foi pelo sistema de consórcio, quando saiam dois carros por mês. Um por sorteio e outro por lance.
Tirei o meu por lance, no final do primeiro ano do consórcio.
No endereço da rua Mariz e Barros 821 funcionou a Pólux, uma concessionária Chevrolet e em imóvel contíguo funcionou a Crisauto, uma concessionária Volkswagen. Em frente à Pólux funcionou a Sedan, também uma concessionária Volkswagen. O galpão da Pólux foi demolido e em seu lugar existe um condomínio edilício. Em lugar da Sedan e de todos os imóveis daquele "correr de casas", inclusive a Agência Hugo, existe um outro condomínio edilício. Já no imóvel onde funcionava a Crisauto existe uma agência do Banco Itaú. Havia também a Gerauto, concessionária Chevrolet que funcionava na Rua Uruguai, onde atualmente uma concessionária "multimarcas".
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirTema fora da minha alçada. Vou acompanhar os comentários.
O prédio da Gastal só conheci a partir da DPaschoal e depois fechado, quando passava por ele. Devo ter acompanhado o processo de demolição.
Fora isso não me atraía o tema. No Campinho havia a Bittig (acho que era esse nome) na Cândido Benício. Acho até que ainda está lá.
Na rua Itapiru, no caminho do trabalho, havia a Vittori, da Fiat, que virou Prezunic.
A foto do "stand" da Gastal mostrando vários Jeeps, um Dauphine de teto com pintura diferenciada, e um Aero-Willys "bolinha" saia e blusa, é ótima.
ResponderExcluirTambém participei do consórcio da União dos Revendedores. Lembro da casa da São Clemente. Acho que era onde é hoje a Forever Living.
ResponderExcluirBotafogo é um bairro que tem muitas agências de automóveis.
A Auto-Modelo perto de casa era a que funcionou onde era a pedreira da Lagoa. Ali comprei uma Brasília, o que depois me deu muita dor de cabeça. Vivia desregulada.
Bom Dia ! Meu Pai comprou para mim um Dauphine na Gastal, Depois um DKW já emplacado taxi em um revendedor na rua S.Francisco Xavier. Hoje depois de ter vários carros, descobri que não vale mais a pena ter automóvel. Atualmente , para a cidade vou de trem ou metrô, e nas redondezas uber. Faz dois anos que não sou multado,não pago estacionamento,não gasto gasolina ,etc...
ResponderExcluirAcho que a procura por carros vai cair muito. O Mauro tem razão. Conheço jovens que nem tiram CNH. Bem diferente de antigamente quando todos queriam dirigir.
ResponderExcluirTive um Monza que levava na Simcauto da Estrada Velha da Pavuna, uma concessionária grande.
Meu filho de 28 e o outro de 23 anos nem cogitam em tirar a CNH. Só andam de Uber. Os argumentos deles são segurança, estacionamento, menos stress e, sobretudo, economia, pois não tem seguro, IPVA, manutenção e combustível. Consideram que isso tudo compensa a "comodidade" de se ter um carro. Acho que estou começando a concordar com eles...
ExcluirSim, é muito caro ter um carro. Tem muito jovem que não gosta de dirigir e prefere usar uber. Gasolina tem um preço muito alto e polui o meio ambiente.
ExcluirAs grandes montadoras tinham a venda de consórcios como uma das principais atividades. Consórcio era uma espécie de "poupança" em uma época em que "carro era um bem valorizado". Hoje em dia pouca gente se arrisca a investir em consórcio.
ResponderExcluirVoltei : Peço permissão ao Dr D . Tenho uma coleção de 10 LP de musicas clássicas mundiais, que com toda certeza não vou mais usar Caso alguém se interesse, hoje vou estar esperando.
ResponderExcluirHá algum tempo vem crescendo um movimento de aluguel de carro por um período maior, traduzido em benefícios para o motorista como despreocupação com gastos de manutenção mais pesada, a cargo da locadora.
ResponderExcluirÉ o meu caso. Tem mais de 2 anos que alugo carro mensalmente, minha única preocupação é renovar o contrato cada mês.
ExcluirNas paragens de "Big Field" existiam as concessionárias Del Cima (Chevrolet), Besouro e Distac (VW) e STP (Fiat)
ResponderExcluirMatéria de respeito, caprichada, merecia ser lida sem comentários... Mas de cara um nome me chamou atenção - Chindler & Adler. Sonoramente, me lembrou os Elevadores Schindler (grupo suíço) e que hoje ainda persistem como Elevadores Atlas-Schindler. Mas é apenas uma confusão mental da minha pessoa... Chindler sem o esse inicial, pensava que nunca tinha visto, mas vi.
ResponderExcluirNa matéria da Gastal, a foto da filial de Botafogo é de 59 até 61, que foi o período em que o Aero-Willys com friso em Z foi vendido. Nada a estranhar quanto ao anúncio da Renault, que vendeu a licença de fabricação do Dauphine para a Willys, uma parceria que começou com o Dauphine e terminou com o Del Rey, uma duração de quase 40 anos. Vou encaminhar a postagem de hoje a outros interessados no tema, pois a recuperação dos anúncios é de tirar o fôlego!
As grandes locadoras de veículos criaram uma espécie de segmento para a revenda dos veículos usados na locação. Dessa forma surgiram grandes lojas como a "Movida", situada na Rua Uruguai e onde no passado funcionou a Gerauto, uma concessionária Chevrolet. Particularmente eu nunca compraria um "seminovo" oriundo de locadora de veículo. Possuir um carro nessas condições é basicamente o mesmo que casar com uma ex-garota de prograna: "muita gente diferente dirigiu ". O desgaste do material é imenso e a vida útil é bem menor. Imagine-se adquirir um veículo 2020 ou 2021 com mais de 50.000 km.
ResponderExcluirEssa observação sobre as garotas de programa está ultrapassada. Hoje não dá mais para saber se a santinha virou o odômetro.
ExcluirAnônimo, você está enganado. Qualquer oficina possuí equipamento eletrônico que consegue aferir a quilometragem real e o adulteração pode ser processado criminalmente. E ainda que você ache seu argumento válido, eu afirmo: apesar de poder "zerar "hímem" do veículo, é a mesma coisa que "pedir a mão da noiva à dona do bordel".
ExcluirEspalhei aos quatro ventos esta matéria. Os elogios serão poupados ao autor para não inflar demasiadamente o ego do Helio.
ResponderExcluirEu escrevi que era um post IMPERDÍVEL. Pois bem, recebi este desventurado como leitor: "Não é isso. Não é imperdível pois perdeu (deixou de mencionar) STAR onde comprei meu primeiro fusca em 1969!"
Acho que vem mais..."Foi bom ver um anúncio da Gastal de 1956, onde aparece uma caminhonete Willys americana.
ResponderExcluirMeu pai tinha uma, com motor de 4 cilindros e dispositivo de roda-livre.
Ele foi ao Rio Grande do Sul com ela, no tempo em que em alguns trechos o caminho era precário."
Obrigado ao Dieckman e ao César pelas gentis palavras. Hoje é dia de faxina aqui em casa. Só à tarde poderei comentar.
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Antes de mais nada vou parabenizar o mestre Hélio Ribeiro pelo excelente trabalho de pesquisa sobre o tema.
ResponderExcluirQuanto as concessionárias conheci a grande maioria das que se localizavam na Tijuca, comprei alguns dos carros que já possuí na Auto Modelo, Polux, como podemos ver nesta pesquisa, concessionárias são um tipo de negócio bastante arriscado, principalmente pelos riscos oferecidos pela economia, longos períodos de resseção, aumentos dos preços dos combustíveis, variação do dólar, altas taxas de juros, bem como todas as regras e normas que estas empresas são obrigadas a cumprir junto aos fabricantes de automóveis.
O estiloso prédio da Willys na Av. Brasil chamava mesmo a atenção.
ResponderExcluirEstou interessado naquele Packard 1934, conversível indicado especialmente para foliões (agora só se for para o sábado de aleluia).
Vou ligar agora mesmo para a Auto Modelo.
Tenho que ficar atento ao estado de conservação dele, vai ver só dura os 4 dias equivalentes ao tempo de um carnaval.
Meu tio Fernando teve uma concessionária Fiat em 1979, a Toscana, na Estrada dos Bandeirantes. Na época o Lula comandou a greve dos metalúrgicos em São Paulo e a Fiat, localizada em Betim, era a única a produzir automóveis. Ele se deu muito bem. Assim que terminou a greve ele passou o negócio adiante enquanto estava no lucro. Até morrer ouviu gozação minha perguntando se ele não tinha agradecido ao Lula, ele era de direita e detestava o dito cujo. Ele ria e fazia um brinde.
ResponderExcluirEu tive um sério aborrecimento com o Consórcio União, quando comprei um Voyage em abril de 1986, logo após o Plano Cruzado 1. O caso é que com a parcela de adesão ao consórcio, mas as que dei de lance para pegar o carro, mais as que paguei enquanto o consórcio não me entregava o dito cujo, em novembro eu havia quitado o contrato. Aí veio o Plano Cruzado 2, com aumento de 30 por cento no preço dos carros. O consórcio aumentou as parcelas restantes, porém no meu caso não pode fazer isso porque eu havia justamente quitado tudo, dias antes. De pirraça, eles resolveram não me entregar o carro.
ResponderExcluirO caso deu briga na Justiça e só se resolveu em junho de 1987, um ano e dois meses depois de eu ter entrado no consórcio.
Meu primeiro fusca (presente de meus pais pela aprovação no vestibular para universidade pública) foi comprado na Guanauto do Campo de São Cristóvão.
ResponderExcluirOs demais 03 fuscas, aí já do meu bolso, na Wilson King na rua Bento Lisboa, que virou um grande condomínio residencial.
Meu último carro da Volkswagen, um Passat GTS Pointer - uma beleza - foi comprado em uma concessionária (acho que o nome era Renova) em Realengo.
Depois me casei e só comprei os carros que minha mulher determinava como mais adequados à família que crescia....
Atualmente, tenho um HRV comprado em novembro de 2016, e atualmente com menos de 14.000 km !!!
ExcluirMinha mulher parou de trabalhar no início de 2017 e era quem usava o carro no dia a dia.
As viagens de carro à Cabo Frio e Petrópolis acabaram ainda no início de 2018 porque os amigos que tinham casas nessas cidades venderam .. (aliás, bem a propósito, a melhor casa fora que existe é... a dos outros.)
Aí, pandemia e nada de andar de carro.
Resumindo, em termos de custo × benefício, comprar o Honda foi o pior negócio que fiz na vida !
Com certeza meu último carro; renovei minha carteira de motorista agora e quando ela vencer, adeus direção.
Mário, esta concessionária VW em Realengo tinha o nome de Renove. Agora é uma das filiais da Distac.
ExcluirObrigado pela informação, Wagner.
ExcluirEsta concessionária na época da compra (1984) foi a única que tinha o carro a gasolina, a produção era quase que totalmente de carros a álcool.
Eu, que tinha tido um carro a álcool antes, tinha jurado que nunca mais teria outro (o que cumpri, nos carros "flex" nunca abasteci com álcool).
Meus carros foram comprados:
ResponderExcluir1) Chevette 1974, em abril de 1974, na Chindler Adler da rua General Polidoro 316. Hoje é uma loja da Leauto, revendedora Renault. Vendido em janeiro de 1976 para o amigo de meu irmão.
2) Chevette 1976, em fevereiro de 1976, na Ótima Veículos da avenida Suburbana 9046. Hoje é uma Igreja Mundial do Poder de Deus. Vendido em setembro de 1987 através de anúncio afixado no vidro do carro.
3) Voyage GLS 1987, em junho de 1987, na Auto Modelo da rua Haddock Lobo 40. Hoje uma filial imensa da American Pet. Roubado a mão armada no dia 19/07/1990.
4) Fiat Uno Mille 1990, em novembro de 1990, na Fiat Ducato de Duque de Caxias. Dado na troca pelo carro a seguir.
5) Fiat Uno Mille Electronic 1993, em julho de 1993, na Delsul da rua General Polidoro 81A. Vendido na feira de carros da Esplanada do Castelo.
6) Fiat Uno Mille EP 1996, em maio de 1996, numa concessionária da estrada Intendente Magalhães. Furtado duas vezes: em 29/10/1998, mas recuperado no mesmo dia, e em 06/03/1999, sumido de vez.
Daquela data em diante, resolvi não ter mais carro.
Hélio me fez lembrar do meu finado pai. Como tinha carro roubado.
ExcluirO mais engraçado foi a Brasília.
Logo pela manhã, foi a feira que ficava próximo a praça de Inhaúma. Ao chegar para pegar o carro, a Brasília não estava lá.
Depois de ir a delegacia, estava em casa puto da vida, quando um amigo dele do condomínio onde morávamos, o chamou para jogar sinuca.
Nós morávamos no lado oposto de onde aconteceu o furto, próximo ao cemitério.
Andando pelas ruas internas da região para chegar a sinuca na Álvaro de Miranda, o amigo dele olhou para uma rua sem saída e perguntou ao meu pai: Raimundo, não é seu carro ali?
E meu pai incrédulo, sem acreditar no que via, pediu para o amigo correr até a minha casa e pedir para minha mãe a chave reserva.
Enquanto meu pai, ficava esperando ele voltar, os donos da casa onde estava parado o carro, foram falar com meu ele.
Disseram que dois caras muitos suspeitos haviam deixado o carro ali pela manhã e tinham ido embora.
O amigo do meu pai, com meio metro de língua para fora, voltou com a chave e assim meu pai conseguiu o carro novamente.
Ainda ficou como suspeito na delegacia por achar que ele queria dar um golpe na seguradora.
Minha enteada mais nova, fanática por carros desde criança (usava sapatos à guisa de carrinhos e movia-os pela casa, em fila indiana, estacionando-os ao lado de uma estante de livros na sala, ao fim da brincadeira).
ResponderExcluirEm 2012, com minha ajuda financeira, comprou em consórcio da Bradesco (ela é funcionária do banco) um Sandero 1.0 do ano, na Azzurra da rua Conde de Bonfim. Como nunca se adaptou ao câmbio mecânico, eu é quem dirigia o carro.
Em dezembro de 2014 vendeu o carro para o pai de uma grande amiga e em janeiro de 2015, também com minha ajuda mas agora por financiamento junto ao Bradesco, comprou um Honda Fit na Rio Tókio de Botafogo. Até o início da pandemia, ainda era eu que o dirigia. Depois ela comprou um apartamento, mudou-se para lá e levou o carro.
Hoje só ando de táxi, normalmente da 99, mas também da Táxi Méier ou da Stop Táxi de Vila Isabel.
Meu carro anterior foi um Honda Fit e, considerando tudo, foi provavelmente o melhor carro que tive na relação custo × beneficio; não era um carro barato, mas a ausência de problemas que permitiram fazer somente as revisões normais, o baixo consumo, o excelente espaço interno, a ótima dirigibilidade, etc o tornavam "campeão".
ExcluirAí, a Honda o tira de linha e substitui por um City Hatch ...
Vai entender ....
O comprador do Sandero, pai da grande amiga dela, teve uma história triste: morava em Guadalupe, junto com a família e outros parentes, numa ótima casa, perto da avenida Brasil. Eles tinham vários carros. O tal pai teve o carro roubado a mão armada. Recebeu o seguro, comprou uma Parati incrementada. Roubaram-na novamente, a mão armada, dois ou três meses depois. Recebeu o seguro.
ResponderExcluirComprou o Sandero mas a seguradora não aceitou fazer o seguro. Depois de muito procura, ele encontrou quem aceitasse o risco. Um ou dois meses após a compra, estava indo para São Paulo junto com um parente e numa curva da estrada o carro derrapou, capotou e deu perda total. Ninguém se machucou seriamente.
Já tive muitos carros no decorrer da minha vida, mas os últimos quatro foi foram da Fiat e pretendo manter a preferência. Os motivos são vários, mas os principais são a confiabilidade, a discrição, e o seguro mais em conta. Mas o atual é modelo 2020 e já tem 28.000 rodados. Eu fujo de carros grandes, chamativos, de manutenção elevada, e que atraem a cobiça de criminosos. Nada como um carro comum entre centenas de outros semelhantes para proporcionar uma desejável sensação de segurança. FF: agora virou moda: um médico radiologista foi preso em flagrante pela 12 DP em Copacabana pelo crime de "violação sexual mediante fraude". Ele simulou estar realizando uma "ultrassonografia transvaginal" em uma paciente para praticar o ato. Lamentável.
ExcluirA Fiat - depois de um começo "complicado" no Brasil - a partir do Uno (o Uno Mille era um ótimo carrro) e principalmente da família Palio, firmou-se como concorrente de respeito, com bons carros.
ExcluirSobre a Abolição Veículos, um caso.
ResponderExcluirQuando era jovem tinha um violão dado pelo meu pai. Para tirar um som diferente, comprei uma pequena caixa, que pendurava na cintura, e sempre que a ligava, o som do instrumento ficava mais pesado, no estilo heavy metal.
Pois bem, ligava o violão em um antigo aparelho de som da Sharp que tinha entrada para a função microfone. Naquele tempo, uma caixa amplificadora era caríssima, então esse era o recurso que eu tinha. O aparelho de som era bem antigo, meu pai me deu depois que comprou um com cd etc.
Um belo dia, liguei o aparelho e sempre que ligava a caixinha de distorção para tocar, escutava vozes ao fundo. Pensei até que estava ficando maluco.
Aquilo estava me dando um nervoso!
Em um determinado momento, parei de tocar o violão, deixei a caixinha de distorção ligada e aumentei ainda mais o volume do aparelho de som.
Nao sei porque, na função microfone, conseguia escutar o culto da igreja universal da Abolição. Acho que estava dando alguma interferência.
A voz era de uma mulher e ela falava energicamente, pregando a tal teoria da prosperidade.
E o discurso dela, aos berros foi esse:
"Eu tinha vergonha do meu marido. Ele tinha um carro velho, para falar a verdade, uma carroça. Sempre que ele vinha ao culto, eu pedia para ele me deixar a dois quarteirões da igreja para que ninguém me visse saindo daquela carroça. Eu pedia a Deus todos os dias que ele nos desse um carro novo".
A partir desse momento, a voz dela ficou ainda mais forte, gritava histericamente.
"Mas Deus me deu essa graça, e vc também pode ter" , ao fundo, podia ouvir perfeitamente, vários "aleluia", então ela continuou, "sim, você tb pode ter um carro novo igual ao meu, é só passar aqui ao lado na Abolição Veículos e comprar seu VW em 60 parcelas de duzentos e poucos reais (não lembro o valor exato) , sem burocracia. Toda a linha VW está com facilidade e vc poder ter um carro novo também".
Eu nunca ri tanto na minha vida. Até minha mãe foi ao quarto para ver o estava acontecendo.