COMEDIANTES E PERSONAGENS, por Helio Ribeiro
Ao
longo das décadas, nas rádios e na TV, marcaram época vários comediantes e seus
personagens. Esta postagem recupera alguns deles. Certamente os visitantes se
lembrarão de muitos outros, não constantes aqui por mera falta de espaço, e não
por esquecimento ou desprezo.
Os
textos referentes a cada item estão bem resumidos, eis que contar toda a sua
história ocuparia muito espaço e esgotaria a paciência do leitor.
1)
PRK-30
Programa
humorístico transmitido inicialmente pela Rádio Mayrink Veiga e posteriormente
pela Rádio Nacional. Ficou no ar desde 19 de outubro de 1944 até 07 de junho de
1964.
O
programa se dizia "uma emissora clandestina" e satirizava atrações da
época, como novelas, transmissões esportivas e programas de auditório. Os
locutores foram inicialmente Lauro Borges, no papel de Otelo Trigueiro, e Pinto
Filho, como Chouriço de Moraes. Na 25ª edição do programa Pinto Filho foi
substituído por Castro Barbosa, no papel de Megatério Nababo d'Alicerce.
Abaixo, foto do Lauro Borges e do Castro
Barbosa.
Um
dos personagens do programa era a fadista portuguesa Maria Joaquina Dobradiça
da Porta Baixa, reprisada várias vezes ao longo do tempo.
Abaixo
o link de uma apresentação dela, sacaneando a pronúncia complicada do português
de Portugal, que nos é difícil de entender.
O
programa não fazia troça de homossexuais, não falava palavrões nem contava
piadas de conteúdo sexual. Seria um fracasso atualmente. Em compensação, gozava
muito os portugueses, o que seria proibido hoje em dia.
Considerado um marco do humor brasileiro, o PRK-30
inspirou o escritor Paulo Perdigão a lançar o livro "PRK-30, o mais famoso
programa de humor da era do rádio".
O link abaixo contém uma amostra do programa,
com a transmissão de uma corrida de automóveis. Original só o som; as imagens
foram colocadas por alguém posteriormente.
2)
ZÉ TRINDADE
Baiano,
nascido Milton da Silva Bittencourt, exerceu várias atividades, porém se
destacou como comediante ao ingressar na Rádio Mayrink Veiga, em 1937. Teve
pouca participação na TV, onde compôs em 1982 na Globo o elenco do programa "Balança
Mas Não Cai", por sinal a transposição de famoso programa homônimo da
Rádio Nacional, no ar de 1950 a 1967.
Zé
Trindade era baixinho, estava sempre de terno e com seu indefectível bigodinho
fino. Fazia o papel de conquistador barato.
Seus
jargões eram: "Mulheres, cheguei!", "Meu negócio é mulher!"
e, quando passava em sua frente uma mulher escultural, dizia "O que é a
Natureza!".
No
clip abaixo contracenam Zé Trindade, Chico Anysio e Costinha.
3)
JORGE LOREDO
Criador
do famoso personagem Zé Bonitinho. O nome lhe veio de um cozinheiro de
restaurante de beira de estrada, que por ser muito feio tinha esse apelido.
Quanto à atitude de garanhão do personagem, Loredo se inspirou num colega de
nome Jarbas. O personagem estreou no programa "Noites Cariocas", em
1960, transmitido pela TV-Rio. Usava alguns bordões, como “Garotas do meu Brasil varonil:
vou dar a vocês um tostão da minha voz...!”; “Mulheres, atentem para o tilintar
das minhas sobrancelhas”; “O chato não é ser bonito, o chato é ser gostoso”.
O personagem usava um topete, um pente e um par
de óculos imensos.
Entre outros, participou dos programas
"Escolinha do Professor Raimundo", da TV-Globo, e "A Praça é
Nossa", do SBT, onde encerrou sua carreira em 08 de março de 2012. Faleceu
em 2015.
4)
RONALD GOLIAS
José
Ronald Golias recebeu esse sobrenome por ser seu pai um fã do ator Ronald
Colman. Trabalhou com funileiro, alfaiate e fez parte do grupo de nadadores
denominado "Acqua Loucos".
Em
1957 conheceu Manoel da Nóbrega, que o convidou a fazer parte do programa
"Praça da Alegria", estreado naquele mesmo ano na TV-Paulista.
Criou
vários personagens, entre eles Pacífico, que falava o bordão "Ô Cride,
fala pra mãe....". Cride era o modo como a mãe do seu amigo Euclides Gomes
dos Santos chamava o filho.
Participou
de inúmeros filmes e em junho de 1990 passou a integrar o elenco fixo do
programa "A Praça é Nossa", do SBT, onde interpretava os personagens
O Profeta, Pacífico, Bronco e Professor Bartolomeu Guimarães.
Este
último vivia dormindo no banco da praça e quando era acordado falava coisas
desconexas, como "O peixe" ou "A vaca".
Abaixo,
foto de alguns dos personagens.
5)
CHICO ANYSIO
Francisco
Anysio Oliveira de Paula Filho, nascido em Maranguape (CE), exerceu inúmeras
funções artísticas, mas nesta postagem nos limitaremos ao seu papel como
humorista. Seu currículo é tão extenso que daria para encher várias postagens.
Vou destacar apenas alguns itens.
a)
Aos 17 anos, em 1948, fez um teste para locutor e radioator na Rádio Guanabara.
Saiu-se extraordinariamente bem como locutor, ficando em segundo lugar, tendo o
vencedor sido ninguém menos do que Silvio Santos.
b)
Na TV-Rio estreou em 1957, no programa "Noite de Gala". Em 1959
estreou o programa "Só Tem Tantã", rebatizado posteriormente para
"Chico Total".
c)
Em 1968 entrou para a TV-Globo, onde trabalhou durante mais de quarenta anos.
d)
Criou mais de duzentos personagens cômicos.
e)
Recebeu em 2009 a Ordem do Mérito Cultural, a mais alta honraria da cultura no
Brasil.
Entre
seus programas mais conhecidos, destacam-se "Chico Total",
"Chico Anysio Show", "Chico City", "Zorra Total",
"Escolinha do Professor Raimundo".
Abaixo,
fotos de alguns de seus personagens.
6)
JÔ SOARES
Outro
expoente do humorismo nacional, José Eugênio Soares também exerceu várias
atividades artísticas. Sua ascendência era nobre e desde criança tinha como
objetivo tornar-se diplomata, para o que estudou no Lycée Jaccard, em Lausanne,
na Suíça, onde ganhou o apelido de Joe, mais tarde reduzido para Jô. Com o
passar do tempo, percebeu que seu senso de humor apurado e sua criatividade
inata apontavam para outra direção. Estreou na TV-Record, no elenco da
"Praça da Alegria", em 1956, ali ficando por dez anos.
A
partir daí, participou de inúmeros programas de TV:
a)
em 1971, "Faça Humor, Não Faça Guerra";
b)
em 1973, "Satiricom";
c)
em 1976, "Planeta dos Homens";
d)
em 1981, "Viva o Gordo";
e)
em 1988, "Veja o Gordo".
Daí
em diante, abandonou a carreira de humorista e se dedicou a programas de
entrevista.
Em
04 de agosto de 2016 foi eleito para a Academia Paulista de Letras.
Assim
como Chico Anysio, Jô Soares interpretou dezenas de personagens. Abaixo, fotos
de alguns deles.
Interessante
é que, apesar de eu ser mais fã do Jô do que do Chico e ser mais assíduo em
assistir os programas dele, senti muito mais facilidade de lembrar o nome dos
personagens do Chico.
CONCLUSÃO
Entre
outros comediantes não colocados nesta postagem, relembro Agildo Ribeiro,
Costinha, José Vasconcellos, Ary Toledo, Oscarito, Ankito, Mazzaropi. Também
houve grupos de comediantes com seus programas, como "Os Trapalhões"
e "Casseta e Planeta".
---------------- FIM DA POSTAGEM --------------
Sensacional. Poderia escrever muito sobre cada um.
ResponderExcluirA PRK30 era demais. O Chico Anísio foi o maior dos comediantes. Seus personagens e suas interpretações eram extraordinários.
Curioso notar que todos os citados eram homens. As mulheres não se destacavam antigamente como comediantes. Talvez a Dercy Gonçalves fosse exceção. Consuelo Leandro, Nair Bello, Ema D’Ávila, Nadia Maria, Nancy Wanderley, não estavam à altura dos citados, nem de um Geraldo Alves, de Colé, Tutuca, Walter D’Ávila, Renato Corte Real e tantos outros.
E não posso deixar de lembrar das maravilhosas vedetes que enfeitavam as atuações dos comediantes.
Parabéns para o Helio pela pesquisa. Os videos são ótimos.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirO dia do humorista foi comemorado dia 12, data de nascimento de Chico Anysio.
Programa humorístico no rádio só peguei A Turma da Maré Mansa. O Balança Mas não Cai, só na TV.
Vários humoristas da lista chegaram aos dias atuais ou morreram recentemente.
O Jô Soares estreou no cinema no filme "O Homem do Sputnik" ainda como Joe Soares.
PS: a postagem de hoje está multimídia.
ResponderExcluirO Chico Anysio reuniu vários humoristas "encostados" e os aproveitou na Escolinha da TV. A versão radiofônica não é do meu tempo. A ação deu tão certo que não muito tempo depois o que tinha emissora com a sua "Escolinha"...
Jô Soares e Golias participaram da Família Trapo, na Record, com Renata Fronzi e Cidinha Campos (ela mesma).
ResponderExcluirA falta de mulheres humoristas de destaque pode ser fruto da época, nitidamente machista, quando a mulher servia ou de "escada" ou símbolo sexual. Coisa que durou muito tempo...
Excelente postagem! Esses personagens trazem lembranças inesquecíveis. Só faço uma correção: o Balança mas não cai estreou na Globo em 1968 e não em 1982. O Zé Trindade atuava no no programa de rádio "A turma da Maré mansa em companhia de "Tutuca", e outros.
ResponderExcluirEu gostava muito do Costinha. Assisti a muitos shows dele e tenho todos os seus discos, obviamente convertidos para MP3. Era um humor "sujo" mas que agradava. A maior parte de suas piadas eram de português, de viado, de crioulo, de "anão", de padres, de freiras, etc. Seus shows hoje em dia seriam inviáveis. Quando atuava na Censura Federal, meu pai teve muito trabalho com Costinha, já que volta e meia "cortava falas" e às vezes a peça teatral inteira.
ResponderExcluirBem curioso é o fato de que Costinha não tinha em seu repertório piadas de "lésbicas ou de sapatões".
ExcluirEu gostava da Família Trapo. O Zeloni e a Renata Fronzi eram ótimos, mas o Ricardo Côrte Real não tinha a menor graça.
ResponderExcluirNunca achei a menor graça na Cidinha Campos como comediante e sua carreira jornalística teve destaque por muito provavelmente em razão da tentativa de suicídio (?). Como deputada estadual nunca me convenceu.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirA respeito do Costinha em programas de televisão, uma piada que levou à sua suspensão da tv por algum tempo.
" E aí, seu Fulano, já comeu maracujá?
Resposta do Costinha:
mará ainda não... "
Você nunca assistiu ao Costinha no teatro? Era de matar de rir.
ExcluirNo teatro, ao vivo, nunca, uma pena.
ExcluirTive 02 fitas cassete com uma coletânea de suas piadas em shows, e era mesmo de morrer de rir; fiz uma longa viagem de carro em 1986, (férias, fui até Fortaleza, origem da família de minha mulher) e essas fitas foram a salvação da lavoura nos trechos longos, diversão garantida, não nos cansávamos de ouvir.
Os shows do Costinha eram impagáveis. Certa vez, no teatro João Caetano, entrou no palco só fazendo caretas, sem nada dizer, e a plateia riu por dez minutos.
ResponderExcluirDepois foi fazer um número na plateia e um cara do público quis dar uma de engraçadinho com ele. Para que? Costinha gozou o cara por mais dez minutos. Com a experiência que tinha não seria um amador que o deixaria sem graça.
pode dar mais uma postagem: Costinha entra no palco pulando e Flavio Cavalcanti pergunta o que houve; "Estou brincando de "'bat bag'!" Corta
ExcluirBom dia Saudosistas. Mais uma vez, meus parabéns ao mestre Hélio Ribeiro pela bela pesquisa sobre os principais humoristas do Brasil.
ResponderExcluirPreferencialmente gostava muito do José Vasconcelos um humorista que não usava palavrões nas suas piadas ou histórias. Já o Chico me impressionava sua criação de personagens, todos eles marcaram época na TV e no dia a dia da população, onde muitos indivíduos recebiam apelidos dos seus personagens. Jô eu gostei mais da época em que era entrevistador. No teatro gostava do Colé Filho e do Costinha. Hoje não temos humoristas no nível dos citados acima.
Não tinha idade para posteriormente lembrar do PRK 30, que se apresentava como clandestina e acabou pouco tempo depois do golpe de 31 de março, a revolução de primeiro de abril.
ResponderExcluirGostava muito do Zeloni, inclusive de uma série que teve sobre um padre democrata-cristão sempre discordando de um amigo comunista, com implicâncias mútuas que não afetavam a amizade dos dois. Uma versão brasileira de um seriado italiano.
Jo Soares era um bem acima da média e Costinha a alegria do povo, ídolo da minha avó materna, que o viu até em teatro.
Chico Anísio tinha bons momentos, mas alguns personagens acabaram cansando, talvez por excesso de tempo na TV.
Andei vendo no Youtube algumas chanchadas, inclusive com Zé Trindade. No mínimo são intetessantes para os saudosistas, por algumas imagens do Rio dos anos 50 e início dos 60.
Não tinha idade para assistir ao vivo, mas vi alguns LP's e ouvi pelo menos uma fita K7. Até hoje lembro de uma piada específica que atualmente é considerada misógina e racista. Não irei reproduzir por motivos óbvios.
ResponderExcluir"Motivos óbvios?" A Globo quando exibe novelas antigas põe um adendo informando que "esta obra reproduz costumes da época em que foi produzida", ou seja, está se eximindo de qualquer "patrulhamento ideológico ", mimimi, e outros "blablablas". Afinal estamos vivendo em um "Estado de Direito" ou no contexto de "1984?" Por essa lógica, como se referir ao "Neguinho da Beija Flor ou ao "Nego do Borel?" "Vossa Excelência do Borel e Vossa Excelência da Beija Flor? O racismo existe e deve ser combatido através de leis e "políticas públicas diversas" cujo mote foge ao comentário e cujos objetivos são do conhecimento de todos e fogem ao mote da publicação. Porém há muito vitimismo e exploração político/ideológica desse tipo de situação querendo por qualquer motivo imputar condutas racistas ainda que elas não existam. Chegaram ao extremo de sugerir a proibição da obra de Monteiro Lobato "O sítio do Pica-Pau Amarelo" em razão de conter termos racistas. Como diria o Costinha: "Tais brincando?"
Excluir"Tô não"... Opção minha. Prefiro não reproduzir expressões chulas neste espaço.
ExcluirGrande fundo do baú.
ResponderExcluirO Jorge Loredo era ótimo como Zé Bonitinho e fazia também um “elegante” mendigo muito divertido.
Colé e Costinha eram ótimos no teatro.
Jô tinha um quadro com o Walter D’Ávila em que falavam sobre equipes cirúrgicas que era fantástico. E aquele do “tira o tubo, bota o tubo”.
O Chico era o máximo. Mudava o tipo, a voz, a postura, de forma incrível.
Golias era um humor de palhaço.
Vi dezenas de vezes o Zé Trindade nas chanchadas da Atlântida.
Do "Balança" me lembro do que hoje seria chamado de vinheta:
ResponderExcluirBalança, balança .... mas não cai !!!
E no "Balança" tinha o Paulo Gracindo com o Brandão Filho, no quadro Primo Pobre, Primo Rico, um clássico.
ResponderExcluirEsse quadro marcou época.
ExcluirE do "fundo do baú" de minha memória, me lembro (só do nome) de um comediante chamado Vagareza.
ResponderExcluirVagareza era fraco. Fazia um quadro com a esposa, Siwa, se não me engano.
ExcluirDo Jorge Loredo para baixo, conheci todos.
ResponderExcluirSempre fui fã do Chico e do Jô.
Dessa outra lista: Agildo Ribeiro, Costinha, José Vasconcellos, Ary Toledo, Oscarito, Ankito, Mazzaropi.
Só não vi os três últimos.
Curtia muito os Trapalhões também.
E claro, um pouco mais velho, o Casseta e Planeta.
Faltou ainda a TV Pirata. Esse era maravilhoso também.
ótimo post. Complemento com o coral dos bigodudos. e uma cena ao vivo. no balança mas não cai, creio, um humorista levava torta na cara e voltaria na cena seguinte , após os breves comerciais. voltou, estava de costas, já com a roupa do novo personagem, mas quando se virou a cara ainda cheia de torta. mais risos..
ResponderExcluirBom Dia ! Viajei nas lembranças. Agradeço ao Hélio.
ResponderExcluirO Costinha era indecente até na cara. kkk
ResponderExcluirUma vez ele entrou no palco abotoando a braguilha e cantando uma canção em voga na época, que dizia: "Estou guardando o que há de bom em mim / Para te dar quando você chegar".
Em uma outra piada ele contava que "morreu um cavalo e um gaiato cortou o "negócio" e jogou na frente de um Convento. Uma "Irmã de caridade" viu e gritou: "Nossa! Mataram o padre José!" Essa piada era uma das mais inocentes...
ExcluirNoutra ocasião, ele perguntou se já haviam visto um elefante de tromba vermelha. Diante da resposta negativa, enfiou as mãos nos dois bolsos, puxou o tecido para fora, esticado, e respondeu:
ResponderExcluir- As orelhas estão aqui.
Um quadro humorístico que nunca esqueci era o Café Bola Branca, formado por um conjunto de casais. Lembro nesse quadro da participação do Tião Macalé, da nega Jurema (acho que era esse o nome dela), da Sandra Sandré, do Paulo José. Esqueci o nome dos outros. Cada casal tinha uma música específica. Lembro algumas, porém digitar isso nesse teclado de celular é um saco. Se eu ligar o desktop mais tarde, postarei as letras das músicas.
ResponderExcluirQuem anda produzindo comédia pastelão é a diretoria do CR Flamengo, agora com Sanpaoli como protagonista.
ResponderExcluirAté já estou imaginando um duelo com o outro nervosinho, o Abel Ferreira do Palmeiras. Só não deve ter torta na cara pela falta do produto à beira do campo.
O problema do Fla é que o clube não pode demitir diretores com a mesma facilidade que se dispensa comissão técnica.
Sampaoli chegou de manhã no Galeão e foi para o hotel da concentração. Vai ver o jogo de hoje em algum camarote ou tribuna. O técnico do Palmeiras já conseguiu ser expulso ontem, na estreia.
ExcluirOs três clubes do Rio que jogaram ontem, venceram. Dois deles em MG.
Ficou faltando nesse rol a Dercy Gonçalves.
ResponderExcluirTem quadros que nos marcam para sempre. Um deles tinha uma frase que até hoje costumo falar, em certas ocasiões. Era um quadro com a Nair Bello, Consuelo Leandro, Ary Leite e um outro comediante cujo nome me foge. Formavam dois casais, e um deles estava visitando o outro. Mas os homens começavam a discutir e então aparecia a Consuelo Leandro, com uma bandeja de salgadinhos, e dizia (com erro de português e tudo): "Aceita um crocrete, seu Jacinto?". Aí eles pegavam o croquete e a situação se acalmava. Mas logo a seguir surgia nova discussão, e lá vinha a Consuelo novamente, oferecer o croquete.
ResponderExcluirEssa frase "Aceita um crocrete, seu Jacinto?", eu uso até hoje.
Muito bem lembrado.
ExcluirEssa frase (bordão) é clássica e a Consuelo Leandro era uma comediante de mão cheia.
Aliás a Nair Belo também, numa linha mais contida e meio cínica.
A Nair Belo foi uma vez ao programa do Jô (acho que junto com a Hebe Camargo e mais uma artista que agora não me lembro) e deu um verdadeiro show.
A terceira era a Lolita Rodrigues, muito provavelmente. As três eram as "fundadoras" da TV brasileira, na Tupi. Mas posso estar errado.
ExcluirExato, Augusto, era Lolita Rodrigues mesmo, obrigado.
ExcluirDeram show com o Jô.
Quanto ao quadro Café Bola Branca (o original e não feito pelo Chico Anysio), a música de entrada e de saída era:
ResponderExcluir"Ao Café Bola Branca / Gente branca não vem / Gente branca é um inferno / Gente branca é um inferno / Isso aqui é o céu // Quem é triste também / Ou quem não é de nada / Fica lá na calçada / Fica lá na calçada / Não vê o crioléu."
"Samba de branco tem conta no banco, tem Cadillac mordomo e chofer, samba de branco tem conta no banco, mas também mas também tem mulher".
ExcluirEram quatro casais, se não me engano. Cada um tinha sua música específica, e quando ia entrar o conjunto inteiro cantava "Vem, vem, vem, ôba!".
ResponderExcluirUm dos casais tinha como música: "Qualquer samba sem mulher / Não dá pé, não dá não / Samba assim é ilusão // A mulher o que é que é / É pimenta, é tempero / Para o samba brasileiro."
São fantásticos os bordões criados por esses comediantes. Fizeram história.
ResponderExcluirOutro casal: "Larga tudo e vem em frente / Nesse samba tão gigante / O meu samba é diferente / Porque é samba de gigante // Larga tudo e vem em frente / Nesse samba tão gigante / Nosso samba é diferente / Porque é samba de gigante".
ResponderExcluirMais outro: "Um verão sem se ver sol / Pode ser, pode ser / O Pelé sem futebol / Pode ser, pode ser / Poesia sem rimar / Pode ser, pode ser / Mas crioulo sem sambar / Ô, quero ver, ô quero ver"
ResponderExcluirMário, 10:34h e Anônimo, 13:00h ==> a lembrança de Vagareza e Siwa me fez pesquisar a Wikipedia a respeito de ambos. Para mim foi total surpresa conhecer a trajetória artística da Siwa. É impressionante. Nunca pensei que ela tivesse tido uma atuação tão grande e variada no mundo do teatro de revista, no balé clássico e em menor escala na área de humorista.
ResponderExcluirAgradeço a todos que manifestaram haver gostado da postagem e aos que não o fizeram explicitamente porém relembraram através de seus comentários aqueles tempos mais inocentes em termos humorísticos.
ResponderExcluirBoa noite!
ResponderExcluirÓtimo!!!
Nuns lembrarius de mimsis?
ResponderExcluirO criola difícil!
ResponderExcluirhttps://youtu.be/YbW7Pg8NKoo
ResponderExcluirLink das 18:48, aqui? Talvez seja retirado pelo gerente.
ExcluirParece que o Costinha teve um trágico drama familiar: sua filha morreu imprensada quando tentou atravessar uma rua entre dois ônibus e um deles deu marcha-a-ré.
ResponderExcluirSim, me lembro disso, barra pesada.
ExcluirQuanto à Siwa, fiquei curioso e vou olhar a partir de sua referência.
Boa noite e parabéns pela postagem.
Foi em frente a um cinema na Avenida Copacabana no início dos anos 70.
ExcluirBom Dia ! Muito bom, pelo visto terá continuidade.
ResponderExcluirA filha do Costinha, chamada Neuza, morreu atropelada em 11/07/1971, quase em frente ao cinema Metro-Copacabana, por um ônibus da linha 415, Usina-Copacabana.
ResponderExcluirNaquele momento Costinha ensaiava uma peça no teatro Dulcina.
Nem imagino o que seja um pai receber uma notícia dessas.
Ótima postagem do Helio, como sempre!! Sem trocadilhos!
ResponderExcluirGostava muito de ouvir "A Turma da Maré Mansa" no rádio, antes de dormir.
O Nizo Neto, filho do Chico Anysio, contou semana passada no Programa do Danilo Gentili, que o Costinha fora das câmeras era sério, quieto, às vezes chato e mal humorado. Mas quando subia ao palco era insuperável no quesito fazer rir, seja nas piadas, nas expressões faciais, nos trejeitos. Quando tirava a dentadura era o Costinha. Com a dentadura era apenas o Sr. Lírio Mário da Costa. Tem essa entrevista no YouTube.
Dos Trapalhões, Mussum era "o cara".
Acabei de ver no You Tube o filme "Tocaia no Asfalto", onde o ator principal é o Agildo Ribeiro. Não sabia que ele também atuava fora do papel de comediante.
ResponderExcluirFF: desde 1971, com o campeonato brasileiro neste formato, é a primeira vez que os quatro "grandes" do Rio estreiam com vitória. Faltando um jogo para completar a rodada, até agora a dupla Fla-Flu lidera com saldo de três gols.
ResponderExcluirAcervo PRK-30: https://www.youtube.com/watch?v=ht539gVGS5Y&pp=ygUGcHJrLTNv , https://www.youtube.com/@ktorperoba
ResponderExcluirO segmento artístico dos humoristas não teve renovação a altura e ficamos órfãos destes grandes do passado.
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