Na foto podemos ver um oficial acendedor de lampiões, em sua função, em fins do século XIX. Devia existir um esquadrão bastante numeroso para dar conta de , diariamente, acender os lampiões do Rio.
Felizmente nunca vi um vendedor de galinhas com seus engradados. Já bastava o trauma de ter assistido à degola de galinhas compradas na feira e que chegavam embrulhadas no jornal.
Título da foto de Genevieve Naylor: "Um garoto descalço engraxa um sapato em uma oficinica de sapateiro."
Notar as ferramentas, máquina de costura, os alvarás e a onipresente foto de Getúlio Vargas na parede.
Ainda hoje se pode encontrar aqui e acolá as tradicionais oficinas de sapateiro, que tão bons serviços prestam à população. Se mantém com dificuldade na era do fugaz e descartável.
Artistas de rua fazem a sua performance no centro do Rio de Janeiro em 1941, cercados por uma interessada e divertida audiência. Foto de Genevieve Naylor.
Impressiona a elegência geral da plateia e do próprio dançarino, vestindo camisa branca, calça com suspensórios e sapatos pretos. Certamente outros tempos.
Alguns espectadores estão de chapéu e outros colocam seus lenços na cabeça para se protegerem do sol. Um deles faz uma espécie de touca com o lenço, amarrando suas pontas, algo comum na época.
O sempre lembrado vendedor de "casquinhas" na praia. Também vendia uns pirulitos de açúcar queimado, embrulhado num papel difícílimo de ser descolado. O "tlec-tlec" da matraca era inconfundível.
Entregador de tinturaria. Era enorme o número de tinturarias, numa época em que havia poucas máquinas de lavar nas casas e um número também grande de homens usava terno.
Vemos que o mau hábito de ciclistas nas calçadas vem de longe. E hoje é agravado por motos, bicicletas elétricas, patinetes (foram proibidas em Paris a partir desta semana), e afins, que infernizam e machucam os pedestres.
Os "Tintureiros" ainda estão em atividade. Existem roupas que não podem ser lavadas em lavadoras caseiras, como ternos e vestidos femininos, cuja lavagem precisa de "expertise". Volta e meia minha mãe se vale de uma lavanderia do Grajaú cujo "funcionário" faz o serviço de entrega em domicílio.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirAlgumas "classes" só vi por fotos. Vendedor de galinhas é um exemplo. Em Madureira, ao lado do bar, durante algum tempo da minha infância, havia um aviário que vendia galinhas vivas e abatidas. Muitas vezes ouvi o barulho das galinhas sendo mortas.
Hoje vejo vendedor de camarão passando em carros e vendedores de caranguejos ou siris vivos andando pelas ruas.
Como dito ontem, sapateiro é um ofício em extinção.
Gostei de rever o vendedor de casquinhas na praia. Era aguardado com ansiedade pois tinha que passar antes de irmos embora da praia. Na minha infância meu pai não nos deixava ficar na praia após dez horas da manhã. Eu e meus irmãos reclamávamos, mas não tinha jeito.
ResponderExcluirEm tempo, nos últimos anos, houve uma explosão no número de entregadores de refeições usando bicicletas.
ResponderExcluirEm tempo 2: difícil não notar o péssimo estado da calçada na última foto, diminuindo ainda mais o espaço para o pedestre. Também não é de hoje.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirEm Botafogo, na rua Dona Mariana, existia - até a última vez que passei por lá, pré pandemia - um aviário aonde as galinhas vivas ficavam expostas em gaiolas bem na porta de entrada.
Quem aqui já mandou tingir alguma coisa em uma Tinturaria?
A segunda foto, a do vendedor de galinhas, dá para um "Onde é":
Santa Teresa ?
A foto do menino-sapateiro é fabulosa.
ResponderExcluirA foto do engradado de galinhas é em Santa Teresa, na Rua Almirante Alexandrino, logo depois do Hotel Santa Teresa. Existe outro local - logo após o Curvelo _ com vista semelhante, mas a proximidade do trilho à calçada me confirma a escolha.
A foto é esplêndida mesmo.
ExcluirO ângulo escolhido, o contraste insuperável do P&B, a riqueza de detalhes na composição e a expressão do menino garantem a qualidade.
FF: relatos de incêndio em um dos prédios da UFRJ, no Fundão. Seria da Engenharia Elétrica.
ResponderExcluirPela foto que vi parece ser em salas do terceiro andar do Bloco H do Centro de Tecnologia.
ExcluirÉ o prédio da Engenharia Elétrica (2° andar) e Eletrônica (3° andar).
Bom dia Saudosistas. Sou mais um a elogiar a foto do menino sapateiro. Vendedor de Galinhas eu nunca vi, ainda mais em Santa Teresa, hoje nas linhas de transmissão aérea, a Light ainda tem eletricistas especializados de fazerem a armação da chave de energização da linha, normalmente ficam próximas a um transformador. Já os artistas de rua eu tenho visto muito poucos no centro da cidade no Largo da Carioca, a alguns anos ´passados chegava a ter até 3 deles se apresentando ao mesmo tempo.
ResponderExcluirAinda tinha outras atividades que não foram mostradas até agora, que hoje são raras de serem vistas, o tripeiro com seu carrinho, que vendia figado e rabada, o leiteiro, o peixeiro com cestos iguais aos vistos na foto de ontem, os carrinhos de frutas, a vendedora de acarajé, o vendedor de quinquilharias, como carteiras, lenços, cortadores de unha, etc. E todas essas pessoas trabalhavam dignamente e mantinham suas famílias, bem diferente de hoje em dia, em que preferem pedir esmolas nas ruas e viver de auxílio de bolsas governamentais, mas ralarem nas ostras não querem. Hoje pela manhã vi no RJTV fila de recadastramento do bolsa família, pessoas na faixa dos 20, 30 e 40 anos, sem qualquer defeito físico, em plena idade produtiva se recadastrando para ganhar o benefício.
Até o início do Século XX aplicava-se a pena para a "vadiagem" prevista no artigo 59 da Lei das Contravenções Penais. Hoje em dia a "vadiagem" é oficial e ainda "remunera quem se entregar à ela".
ExcluirSéculo XXI
ExcluirSim era pra prender preto e pobre, hoje existem outros instrumentos mais eficazes.
ExcluirMinha madrinha quando morava em Oswaldo Cruz costumava comprar galinhas vivas quando queria fazer "ao molho pardo", já que precisava abater o animal na hora para retirar o sangue e deixá-lo misturado com vinagre para depois ser adicionado ao prato. Eu adorava, e gosto até hoje.
ResponderExcluirMuita gente equivocadamente associa este prato aos escravos negros, mas na verdade esta esta iguaria tem origem do norte de Portugal.
Onde é chamada de galinha "a cabidela".
ResponderExcluirAinda alcancei os Tripeiros no Rio nos idos de 57 quando cheguei do Ceará.
ResponderExcluirNão é difícil encontrar "Tripeiro". Um deles "faz ponto" na esquina da rua Barão do Bom Retiro com José Vicente no "Largo do Verdun" no Grajaú. Mas existe um em cada uma das Feiras-Livres" espalhadas pela cidade.
ExcluirQue mundo é este em que vivemos? Que horror a matança de crianças em creche de Blumenau.
ResponderExcluirIsso é um dos muitos efeitos da impunidade que assola o Brasil. Criminoso deve ser tratado como criminoso e "ponto" ! Mas não é isso que acontece, e a política de tolerância para com criminosos tem objetivos específicos, entre os quais está a inversão de valores morais e legais.
ExcluirQuanto à matança em Blumenau, só tenho a comentar que, além da barbárie, a midea não deveria propagar essas coisas. Só serve para dar ideia a outros de fazerem a mesma coisa. Acho que a divulgação desse tipo de notícia é um desserviço.
ResponderExcluirQuanto às fotos, fiz uma colorização da foto número 3, que considero uma das melhores que já fiz. Se o Luiz ainda tiver essa foto, peço para postá-la.
Concordo, Conde.
ExcluirConde, esta foto colorizada não foi postada no SDR. Talvez tenha sido no seu próprio fotolog.
ExcluirA divulgação pela mídia deste acontecimento é ruim, mas rende $$$$, vende jornal, dá espaço na TV, pode virar série de sucesso, livro, atrai multidões. O "mercado" não vai perder uma oportunidade dessas para faturar. E dane-se o resto.
O Balanço Geral da TV Record divulgou vídeo de ontem, de uma câmera interna de um elevador, com o assassino se exibindo para o espelho.
ExcluirEsse tem que ser bem vigiado para não aparecer "suicidado" antes de revelar a motivação do crime (se é que um absurdo desse pode ter motivação...).
Pois é, as TVs não mostram quando algum torcedor invade o campo motivado por alguma coisa, dizem que não é para consagrar o infrator, mas exploram estas barbáries não só na ocorrência, como durante vários dias seguidos.
ExcluirEu discordo frontalmente dessas opiniões de que a polícia só prende pretos e pobres, e só eles vão para a cadeia, como se isso constituísse preconceito. A verdade é bem outra: as leis foram feitas por legisladores brancos, e cuidadosamente elaboradas para propiciar impunidade às elites política, econômica e social. Quem então fica sujeito às penas da lei são justamente os pobres e pretos. Eis aí o real motivo de as penitenciárias estarem cheias deles.
ResponderExcluirE vamos e venhamos: todos nós, ou pelo menos a maioria de nós que comentamos aqui no SDR, fazemos parte daquela elite beneficiada com a impunidade. Ou você, que me lê, acha que sevocê cometer um crime vai acabar numa penitenciária? Mas não vai, mesmo. Para isso você tem dinheiro e/ou conhecimento suficientes para se livrar da punição. Falei mentira?
Tem mais: a realidade mostra que a maioria dos crimes que realmente resultam em cadeia são cometidos por pardos e pretos. Logo...
ResponderExcluirJá os cometidos pelas elites dão em nada. Os exemplos dessa impunidade encheriam o espaço do SDR. Mas qualquer um de vocês deve se lembrar de algumas dúzias deles.
Tendo em vista tudo o que escrevi neste e no meu comentário anterior, dizer que é preconceito só prender pretos e pobres é o mesmo que afirmar serem os russos preconceituosos contra louros de olhos azuis, porque na II Guerra a maioria dos soldados alemães mortos pelos russos se enquadravam nisso. O que era de se esperar?
Quanto à postagem de hoje, nenhum de nós chegou a ver o acendedor de lampião. Quanto ao vendedor de galinhas, talvez alguém tenha visto. Eu, não.
ResponderExcluirOs demais eram fáceis de ver. No caso do tintureiro, aqui no bairro a coleta e entrega são feitas numa Fiat Fiorino.
Sapateiros há dois, porém ambos trabalham muito mal.
Tripeiro, há um na feira-livre, com produtos de muito boa qualidade.
Quando eu era criança, minha família tinha um mini-zoológico em casa: galinhas, papagaio, cágado (a Cocó), cães (Nero, Miti e Boneca), passarinhos e até os indesejáveis ratos e baratas, inclusive as cascudas. Durante pouco tempo também houve um gato, o Kalu.
ResponderExcluirMinha tia era a matadora de galinha, cortando o pescoço delas e colhendo o sangue. Eu não gostava de ver. Minha mãe, idem.
Eu não gosto de matar animais. As exceções são: moscas, mosquitos, baratas e aranhas (exceto papa-mosca). Não mato mariposas, lagartixas, esperanças, libélulas.
ResponderExcluirAnimais com sangue, não mato nenhum, exceto ratos, mesmo assim se puder evitar eu evito. Outro dia descobrimos um rato dentro da máquina de lavar. Como tirá-lo de lá de dentro? Por mim, eu encheria a máquina e o mataria afogado. Meu genro estava aqui e não concordou. Deu um trabalhão para tirar o bicho. Meu genro teve a idéia de abrir um furo num pote tipo Tupperware e colocar um pedaço de queijo lá dentro. Aí colocou o pote na máquina. Mas o rato não queria entrar. Com muito custo e mais de uma hora de luta, o rato entrou no furo. Aí meu genro tapou o furo e levou o rato dentro do pote lá para o meio da rua.
Hélio, depois que a minha filha "adotou" um gato sumiram várias pragas daqui de casa, como pombos e ratos; estes apareciam sempre depois de qualquer chuvarada, parece que saíam dos bueiros da rua. Não imaginava que um bichano em casa era tão útil...kkk
ResponderExcluirA casa onde morei na Tijuca era geminada com outra, ambas com porões não habitáveis mas que se comunicavam. Eram casas de frente de rua e havia dois bueiros justamente em frente à minha casa (um de cada lado da rua). Talvez os ratos viessem de lá e passassem a morar no porão. O fato é que na época os latões de lixo eram de zinco, com tampa. Pois os danados derrubavam a tampa para comer o lixo. Pra você ver como eram bem nutridos.
ExcluirQuando ouvíamos a tampa cair no chão, abríamos a porta e soltávamos os cachorros. Mas os ratos eram espertos e se escondiam numa passagem em forma de túnel que havia debaixo da escada de acesso à cozinha (a casa era cerca de 1 metro acima do solo). Aí abríamos a torneira do tanque, a água corria pela canaleta que passava pelo túnel, e o rato tentava sair do outro lado. Mas o cachorro estava ali esperando. Normalmente o rato era morto por ele, mas algumas vezes feria o nariz do cão.
Boa decisão: “A respeito do ataque ocorrido hoje a uma creche em Blumenau (SC), na qual quatro crianças foram mortas e outras cinco, feridas, o Grupo Globo divulgou nota sobre as diretrizes que orientam a cobertura de casos de ataques e massacres de seus veículos de imprensa: "Os veículos do Grupo Globo tinham há anos como política publicar apenas uma única vez o nome e a foto de autores de massacres como o ocorrido em Blumenau. O objetivo sempre foi o de evitar dar fama aos assassinos inspirando autores de novos massacres. Essa política muda hoje e será ainda mais restritiva: a identidade ou foto de autores dos ataques jamais serão publicadas, assim como vídeos das ações. A decisão segue as recomendações mais recentes dos mais prestigiados especialistas no tema, para quem a visibilidade a agressores pode servir como um estímulo a novos ataques. Estudos mostram que os autores buscam justamente esta "notoriedade" por pequena que seja. Também não noticiamos ataques frustrados subsequentes, justamente para conter o chamado "efeito contágio".
ResponderExcluirÉ uma boa medida, que deveria ser seguida por outras emissoras. A outra seria a polícia investigar rapidamente e a justiça punir drasticamente e cortar qualquer tipo de regalia para quem pratica este tipo de crime, deve ficar na solitária durante a pena. Eu daria uma pena bem mais dura.
ExcluirLino, o problema está justamente aí: nos Poderes Legislativo e Judiciário. Por razões bem conhecidas, percebe-se que não há interesse do Legislativo para que sejam aprovados inúmeros projetos que aumentam as penas, restrinja ao máximo os benefícios absurdos vigentes na Lei de Execuções Penais, e principalmente para extinguir o "foro privilegiado". Por outro lado o problema se agrava em razão da insegurança jurídica promovida por um Judiciário que ignora "a coisa julgada" e aplica as leis segundo o "entendimento de Cortes superiores". Como se pode ver, a coisa não é tão simples.
Excluir.
A CNN Brasil também decidiu, agora no início da noite, que não irá noticiar e repercutir como estavam fazendo sobre o massacre de Blumenau. Aliás, logo que o crime ocorreu, a CNN priorizou o assunto e ficou horas ao vivo noticiando. Boa medida essa de não dar tanto ibope aos assassinos e psicopatas.
ExcluirBoa tarde/noite ! Só agora deu para dar um "rolé" aqui.
ResponderExcluirQuanto a postagem de hoje, havia um aviário aqui no bairro, nos anos 70/80, que entregava a galinha já "morta e preparada" para alguns de seus clientes das redondezas.
ResponderExcluirOutro tipo que sumiu era o fotógrafo lambe-lambe, que quebrava um galho para as fotos 3x4 para algum documento.
Muito bem lembrado o lambe-lambe, nas praças sempre havia um.
ExcluirAo autor da barbaridade na creche, qualquer que tenham sido sua motivação e estado mental, deveria ser oferecido o mesmo rápido tratamento dispensado a um animal raivoso.
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