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segunda-feira, 3 de abril de 2023

IGREJA SÃO PEDRO DOS CLÉRIGOS

Como conta P. Berger, a Presidente Vargas começa na Doca da Alfândega e termina na Praça da Bandeira. Pelo decreto de incorporação de logradouros 7635, de 10/11/43, foram-lhe incorporados a Av. Lauro Muller, Largo de São Domingos, Praça Lopes Trovão, ruas General Câmara, São Pedro, Senador Eusébio, Visconde de Itaúna e Travessa Bom Jesus. 

Foi na administração do Prefeito Henrique Dodsworth que se iniciou a abertura da Av. Presidente Vargas. Assim, no início de 1941 começaram as derrubadas dos prédios, resultando no desaparecimento de vários logradouros e demolição de quatro igrejas: de São Pedro, do Bom Jesus do Calvário, de São Domingos e de N.S. da Conceição. Ao todo foram demolidos 525 prédios.

O primeiro trecho da nova avenida, entre a Av. do Mangue e a Praça da República foi inaugurado em 1942. No ano seguinte era inaugurado o segundo trecho, entre a Praça da República e a Rua Uruguaiana. Finalmente, em novembro de 1943, foi terminado o último trecho, até a Praça Pio X, que rodeia a igreja da Candelária. A avenida tem 2.040 metros de extensão no trecho realmente aberto (entre a Praça Onze e Rua Visconde de Itaboraí), continuando, porém, pela Av. do Mangue até a Praça da Bandeira, com a extensão total de 4 quilômetros.


A Igreja de São Pedro dos Clérigos, demolida em 1944 para a construção da Avenida Presidente Vargas, em foto de Marc Ferrez, em 1898. 

Era uma das mais importantes igrejas da cidade, sendo a maior joia do Barroco carioca e a única na cidade a externar suas características na sua fachada. Seu interior foi totalmente decorado por Mestre Valentim, apresentando uma talha em estilo Rococó. 

A Igreja de São Pedro, ou Igreja de São Pedro dos Clérigos, ou Igreja do Príncipe dos Apóstolos São Pedro, esquina da Rua São Pedro com a Rua Miguel Couto (antiga dos Ourives), edificada no correr dos anos de 1732 a 1740, pelo bispo D. Fr. Antônio Guadalupe, para firmar a irmandade dos clérigos em casa própria. 

Ornado o interior do templo por três altares, no da parte da Epístola colocou o bispo fundador a imagem de S. Gonçalo de Amarante, pretendendo excitar no povo a devoção e culto do santo. (ornamento e padroeiro da sua pátria). Em 1792, já aparece como Igreja de São Pedro dos Clérigos. Em princípio do século XIX, havia na igreja um coro, onde se recitam diariamente as horas canônicas, segundo o Cau Barata. 

Foto do Correio da Manhã, de 22/5/1942, mostrando a Igreja de São Pedro dos Clérigos.  O carro que aparece à direita parece ser movido a gasogênio, pelos cilindros que leva na traseira. Era a época dos racionamentos devido à 2ª Guerra Mundial.


Mais uma foto da Igreja de São Pedro dos Clérigos.

Segundo a exposição "O Rio jamais visto", acontecida há alguna anos, esta igreja foi uma pedra no sapato dos projetistas da avenida, que buscaram várias formas de salvá-la. Uma delas seria fazer a nova avenida pelo alinhamento da Marechal Floriano - mas aí a vítima seria a igreja de Santa Rita. Finalmente decidiram pela arrojada técnica de "congelamento do solo" que permitiria deslizar a igreja inteira por algumas dezenas de metros.

Seria movida por um sistema de trilhos de roldanas, ao que parece presa por uma estrutura metálica externa, mas veio a guerra, materiais de engenharia começaram a ficar raros, começou-se então uma demolição cuidadosa e lenta, numerando os blocos para eles serem remontados posteriormente, mas o ditador Vargas queria a sua avenida inaugurada completa, em sua aridez, o mais rápido possível. E a igreja foi ao chão sob protestos de muitos. 


Vargas foi implacável e a igreja foi demolida. Tal como outros ditadores fizeram mais adiante, como já vimos em vários exemplos publicados no "Saudades do Rio".


AAvenida Presidente Vargas, conta Donato Melo, com sua largura e galerias sobre as calçadas, obra rival da Avenida Rio Branco que a corta perpendicularmente, uma ideia antiga da época imperial, foi feita pelo prefeito Henrique Dodsworth. 

Já com Mauá (em 1857) havia a ideia de trazer o Canal do Mangue até o Cais dos Mineiros. Agache estabelecera o prolongamento sem canal e, com o abandono do seu plano, a ideia ficara esquecida. O Serviço Técnico do Plano da Cidade retomou a ideia e apresentou-a num "stand" da Feira de Amostras de 1938 e foi aprovada por Getúlio Vargas. 

Para a execução do plano, houve uma vontade férrea, a lembrar a ditadura Passos. Entre as inúmeras "pedras" no caminho da Presidente Vargas estavam a própria Prefeitura, a Escola Benjamin Constant, a Candelária, a igreja de São Pedro dos Clérigos, a de São Domingos e a do Bom Jesus do Calvário, a supressão de uma faixa do Parque Júlio Furtado, a Praça do Comércio de Grandjean. Contornaram-se vários problemas e respeitou-se a Candelária no seu eixo e cerca de prédios menos altos (12 andares). 

A avenida, em sua imensa reta, não respeitou mais nada, adotando o arrasamento dos quarteirões entre as ruas General Câmara e São Pedro, desaparecendo com ele a famosa Praça Onze. Foi inaugurada em 07/09/1944. 



Nesta foto do acervo do A. Silva, enviada para o "Saudades do Rio", vemos o aspecto da demolição ocorrida para a construção da Av. Presidente Vargas.

Cenário de terra arrasada.

Aqui o A. Silva. a quem o "Saudades do Rio" agradece a colaboração, teve a gentileza de mostrar o local onde existia a Igreja de São Pedro dos Clérigos. 

Será que a aglomeração de pessoas, à direita, teria relação com alguma fila para distribuição de alimentos no período do racionamento?

37 comentários:

  1. A igreja ficava, salvo engano, mais ou menos na altura do n° 914 da Presidente Vargas. Era o único exemplar existente no Rio de Janeiro.

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  2. Bom Dia ! Vim só para assinar o ponto. Ainda estou sem tempo.

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  3. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
    Como destruíram coisas bonitas no Rio. A antiga Rio Branco é um dos grandes exemplos.

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  4. A necessidade da demolição dessa igreja causou uma polêmica que se mantém até os dias atuais, mas há vários fatores que devem ser considerados. Getúlio Vargas agiu priorizando a necessidade da abertura de uma grande avenida que pudesse dar modernidade ao trânsito e ao crescimento da mobilidade urbana. Foi uma prioridade que não poderia se postergada a um segundo plano. Por outro lado, as demolições mencionadas "ainda que de forma sutil" pelo Luiz, ocorreram de forma aparentemente arbitrária, já que o primeiro caso se deveu aparentemente por "questões políticas e o segundo por uma "picuinha pessoal".

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    1. Boa tarde Joel, deixei registrado o esclarecimento quanto à questão levantada na postagem de 31/03.

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  5. Já li que Getúlio na ânsia de fazer logo a avenida assinou um decreto de destombamento na calada da noite para demolir a igreja. Era tinha sido tombada em 1937.
    Aproveitando a oportunidade acabaram com a Praça Onze que foi o berço do samba.
    Alguém sabe onde foi parar o que havia dentro desta igreja?

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  6. Bom dia, Dr. D'.

    Como sempre mais uma aula espetacular. O tema é polêmico. Desenvolvimento X Preservação. O senso de preservação só ganhou força nos anos 80, apesar de o IPHAN ser bem mais antigo. Salvo engano da minha parte, da própria época do arrasamento para a abertura da Presidente Vargas, ou um pouco depois.

    O prédio da prefeitura tinha ganho uma reforma menos de dez anos antes da demolição.

    É triste ver o que se perdeu ao longo do século XX mas como estaria a circulação sem as obras?

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  7. Em tempo, o acervo da Revista de Engenharia do Distrito Federal disponibiliza as fotos da Feira de Amostras de 1938, com o projeto da avenida, que, a princípio, levaria como nome a data da instalação do Estado Novo.

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    1. O número de igrejas sempre foi muito grande no Rio. Não tinha cabimento sacrificar o progresso da cidade porque uma igreja estava no caminho da sua expansão. Será que as igrejas fizeram tanta coisas boas para o Rio?

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    2. Primo, a reclamação não é por conta de ser mais uma igreja, mas por ser um prédio valioso do ponto de vista arquitetônico.

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  8. Pelo visto ela estaria de lado em relação a Igreja da Candelária, se estivesse sido poupada pelo Presidente.

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  9. Ao constatar-se o número imenso de igrejas católicas de antigamente, que erguia um templo num raio seguro pra não perder a sua "freguesia", não se vê surpresa com o número de igrejas pentecostais hoje em dia. E olha que eu não estou nem incluindo ermidas, capelas, catedrais, etc...

    Pela descrição geográfica desta igreja de São Pedro ela devia ficar mais ou menos em frente da escola Rivadávia Corrêa, que está lá firme e forte até hoje.

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    1. Wagner, ela ficava no alinhamento da rua Miguel Couto, na atual pista central, sentido Praça da Bandeira.

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    2. Isso, entre a Miguel Couto e a Av. Rio Branco.

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  10. Bom dia Saudosistas. Pergunto será que a Av. Pres. Vargas precisava ser tão larga? Vimos que até o final dos anos 70 algumas pistas da avenida serviam somente para estacionamento. Poderia ter sido preservado boa parte do centro da cidade, se tivesse sido elaborado um planejamento urbano para fazer a expansão da cidade naquela época, tenho certeza que o caos observado hoje com a proliferação de favelas teria sido evitado, e teríamos uma cidade preservada historicamente.

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  11. Por que será que alguns comentaristas só se expressam no futuro do pretérito?

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    1. Porque não te interessa. Não faz gracinha comigo não, para eu não chutar o balde. Se identifique para quando se dirigir a mim.

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  12. Nem precisava ter transferido toda a igreja, bastava a parte que tinha a planta em formato circular com todo seu conteúdo sacro.
    Mais uma vez deixo o registro que a Escola Benjamin Constant já estava condenada à demolição em dezembro de 1937, plano executado nos primeiros dias de janeiro de 1938, portanto antes mesmo da citada Feira de Amostras que lançou a maquete da então futura Avenida Presidente Vargas.
    Por sinal, o Correio da Manhã informou na edição do Natal de 1937, vários planos da administração do Henrique Dodsworth, entre eles a demolição da citada escola, que em outras edições o matutino chamou de "pardieiro". Falaram também em um alargamento da Rua General Câmara entre outras. Era a ideia mais próxima do que seria a grande avenida.
    O Edson Passos era o responsável pelas obras públicas da época.
    Já a Praça XI não morreu fisicamente, só "espiritualmente", Ela foi "laminada" lateralmente pelas movimentas pistas da Av. Pres. Vargas, dificultando as idas e vindas do povo pelo famoso logradouro, sem falar no entorno sem vida após o fim de muitos estabelecimentos comerciais.

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  13. O Lino é uma das poucas pessoas que faz aniversário duas vezes por ano, segundo o Facebook. Por via das dúvidas, se o principal for hoje, aqui vão os parabéns do "Saudades do Rio" para este grande conhecedor do Rio antigo e sofredor torcedor do Botafogo. Hoje ele vai comemorar pedindo uma série de "mofadas" para o Moisés.

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    1. E só "mofada" Original.
      Parabéns! Hoje e em qualquer outro dia que ele fizer o outro aniversário.

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    2. Obrigado mestre Dr. D' pela lembrança, é hoje, no Facebook está errado, só não tive paciência de fazer a alteração.

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    3. Parabéns para o Lino, que ontem sofreu com taquicardia.

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    4. Obrigado mestre Augusto. Eu troquei de estação pouco depois do gol do Audax, só soube do resultado a noite no noticiário esportivo.

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  14. Em tempo: de acordo com o Jornal do Brasil, a Feira Internacional de Amostras de 1938 foi inaugurada no dia 12/10/1938.
    Foi a décima primeira edição do evento.

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  15. Chegando agora do almoço de aniversário, amigos o Gruta de Sto. Antônio é onde se come o melhor bacalhau no Rio de Janeiro. É um manjar dos deuses, recomendo a todos.
    FF. Se não me falha a memória, ontem foi o aniversário do Mestre Candeias. Um grande abraço ao mestre se eu não tiver enganado com a data.

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    1. Parabéns Lino! Aproveitando, concordo que o Gruta de Sto. Antônio é excelente!

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  16. Particularmente, acho as igrejas católicas e bizantinas muito bonitas, enquanto as góticas eu acho feias, apesar de serem mais imponentes e altas do que as demais. Essa impressão vale tanto para o exterior quanto para o interior dessas igrejas.

    As mesquitas também são bonitas externamente, mas internamente não sei como são. Uma vez tentei entrar numa, a Gazi Husrev-beg, situada em Sarajevo, perto do mercado conhecido com Baxtcharxia (grafia latina), mas um sujeito sentado do lado de fora da mesquita só faltou me linchar ao perceber que eu tentava entrar no prédio.

    Também nunca entrei numa sinagoga nem numa católica ortodoxa russa, mas creio que essas sejam parecidas com as bizantinas.

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    1. As mesquitas de Istambul são lindas por fora e por dentro. As igrejas russas são também espetaculares, com muito ouro em suas decorações internas.

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  17. Fora isso, já entrei em centros de umbanda e kardecistas, templos protestantes e da Igreja Messiânica. Nunca em templos asiáticos, embora a Messiânica seja de origem japonesa, mas creio que foge do tradicional daquele país.

    Já entrei em alguns mosteiros e conventos abertos a visitação, como os vários da área de Meteora (Grécia), como o Grande Meteoron, o Varlaam, o da Aghia Tríada (Santíssima Trindade), e infelizmente o Roussanou estava fechado, com acesso por uma pontezinha de madeira totalmente apodrecida.

    Como mosteiro, visitei o da cidade de Melk, na Áustria, o maior mosteiro beneditino acima dos Alpes. Mas não me interessei em visitar o Vaticano.

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    1. O Vaticano é lindo. As obras de Michelangelo são deslumbrantes.

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  18. Na Grécia, cidade de Mistras, arredores de Esparta, há uma série de mosteiros na encosta da montanha. Não me lembro do nome dos que visitei.

    Na antiga Iugoslávia há muitas igrejas bizantinas. Uma das que mais me impressionou, especialmente pela belíssima localização dela, às margens do lago Ohrid, na atual Macedônia do Norte, foi a de Sveti Naum (São Naum), construído em 905. Na verdade, é um mosteiro.

    Teve um outro que eu visitei, também na Macedônia do Norte, cujo interior era uma maravilha de madeira entalhada. Era o de São João Bigorski, no caminho entre as cidades de Debar e Gostivar, muitíssimo próximo à fronteira com a Albânia. Não podia fotografar dentro dele. Havia uma excursão de garotos de escola, e um professor explicava a eles o que estavam vendo. Eu, bancando o esperto, me escondi num canto e acionei o disparador da máquina fotográfica, mas como o ambiente era escuro o diafragma tinha de ficar aberto durante alguns segundos. Mas ele fez barulho, alertou o professor e ganhei um esporro. A foto ficou tremida.

    Outro mosteiro famosíssimo é o de Sveti Stefan (São Estevão), em Montenegro, perto da cidade de Budva, que foi bastante (a cidade) afetada por um terremoto na década de 1980. O mosteiro fica numa ilha e acho que virou hotel. Não o visitei, mas no caminho entre Titograd (na época capital de Montenegro, rebatizada para Podgorica) e Budva passei pela estrada e vi o mosteiro. É belíssimo, pelo menos por fora.

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    1. Com certeza. No caso dos mosteiros gregos, as mulheres não podiam entrar de bermudas. Então, na entrada eles forneciam um pano com tiras, de forma que ele era amarrado na cintura da mulher e ficava parecendo uma saia.

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  19. Não visitei o Vaticano porque nunca tive a intenção de fazer turismo na Itália, país cujo povo é tão corrupto e metido a malandro como o brasileiro. Meu bisavô era calabrês, família Morelli, da qual há mafiosos com esse sobrenome, embora eu não saiba se são do mesmo ramo familiar. Não tenho nenhum motivo para me orgulhar dessa ascendência, independente de haver ou não mafiosos na minha árvore genealógica.

    Fiquei dois dias em Roma por falta de opção, pois meu destino era Atenas mas daqui do Rio não havia vôo direto para lá. Tive de fazer conexão em Roma, e já que estava por lá, resolvi dar um rolé pelos lugares mais famosos: Coliseu, Foros Romano e Trajano, Fontana di Trevi, Termas de Caracala, Via del Corso. Também fui à Via Vêneto, para comprar a passagem para Atenas.

    Em viagem posterior, indo de Chamonix para a Suíça, via túnel do Monte Branco, passei pelo Vale d'Aosta. Nessa mesma viagem acampei às margens do Lago Maggiore, mas não sei dizer exatamente em que posição dele.

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  20. Havia tecnologia na época para removê-la, vemos isso em vários vídeos do YouTube. Deveria ser caro e na época era somente um igreja velha. A própria Candelária sobreviveu por pouco, existia TB um projeto de inverter sua entrada para ficar "olhando" na direção da Getúlio Vargas. Avenida que até hoje não foi concluída havendo vários terrenos vagos. Para finalizar estávamos em uma ditadura, para os que reclamar da democracia, aí não havia voz para ser do contra. Lembrem-se do Palácio Monroe.

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