A história da Av. Niemeyer começou em 1891, quando a Companhia Viação Férrea Sapucaí iniciou a construção de uma estrada de ferro ligando a Zona Sul (então o bairro de Botafogo) com Angra dos Reis.
A obra, após os primeiros metros, não foi adiante, só sendo retomada em 1911, quando ali se instalou o Colégio Anglo-Brasileiro. Para servir ao colégio, seu dono, o inglês Charles Weeksteed Armstrong, abriu o Corte do Leblon, além de construir cerca de 1 quilômetro da futura Av. Niemeyer.
Mais tarde, o coronel Conrad Niemeyer prolongou-a até a Praia da Gávea, baseado em projeto de Paulo de Frontin e, em 1916, doou-a à cidade.
Hoje vamos ver alguns dos usuários desta avenida que, durante muito tempo, era o caminho da Zona Sul para namoros em São Conrado e na Barra da Tijuca.
Este flagrante da equipe de repórteres do "Correio da Manhã", além de processo por invasão de privacidade, poderia ser respondido a bala. Certamente a foto foi feita numa segunda-feira à tarde, com o casal indo para um motel.
Até parece que o Buick está rebocando a "baratinha", mas o mais provável é que algum corredor do circuito "Trampolim do Diabo" estivesse conhecendo o local da prova.
Aqui vemos um casal voltando tranquilamente para a Zona Sul após uma tarde em São Conrado.
Turistas param o Citroen numa avenida quase deserta para apreciar o belo panorama da Pedra da Gávea.
Na foto 1, o Oldsmobile 1960, provavelmente Super 88, leva o provavelmente casal. Uma Veraneio do final da década de 60 abre o caminho.
ResponderExcluirNa foto 2, o Buick é de 1949. Tentei contar os "portholes", mas fiquei na dúvida de começar o dia chutando. Se forem 4 é Roadmaster.
Os sedanetes eram elegantes e requisitados, a linha no Chevrolet chamava-se Fleetline. Esse aí é 1951, talvez o último seja 52. Saiu de moda.
Na foto 4, o Citroën é um 11 Légère, aparentemente com parachoques ondulado, ou seja pré-52. O caminhão tem jeitão de Studebaker.
Atrás da família está um sedã Ford de 46 a 48. O furgãozinho parece ser Renault Juvaquatre, meio raro, mas teve por aqui.
Na última foto, quem ferveu foi o Nash 600, de 1946; a família estava no carro conversível, europeu, ao que me parece um Fiat 1100 de 1950, de fabricante especial (Viotti). Achei um bem parecido, mas não dá para garantir. https://www.imcdb.org/v357314.html
Era um verdadeiro passeio de Domingo. Subir pela Niemeyer, São Conrado, Estrada "das Canoas", Estrada das Furnas, Alto da Boa Vista, e descer a Edson Passos, era uma rotina que durante décadas era utilizada por famílias inteiras como lazer. Parar na Estrada "das Canoas" para apreciar o visual era obrigatório. Naquele trecho as muitas jaqueiras eram uma tentação para os mais afoitos. Meu tio cultivava o hábito de pescar à noite na Gruta da Imprensa, uma atividade na época temerária em razão do risco de ser atingido por uma onda, principalmente em dias de ressaca. O Rio de Janeiro foi agraciado pela natureza com locais belíssimos, mas que hoje são praticamente inacessíveis por diversos motivos.
ResponderExcluirAs fotos confirmam que naquela época a zona sul quase que acabava no Leblon, pois o movimento de carros na Niemeyer era mínimo.
ResponderExcluirO flagra do casal se beijando não deve ter sido publicado. Seria um escândalo.
A baratinha de corrida deve ter chamado muita atenção.
Gosto muito de passar pela Niemeyer. A vista é linda apesar de estragada pelo Paes com aquela ciclovia degradada e uns canos aparentes. Aliás a ciclovia está interditada há anos e ninguém resolve o destino dessa obra milionária.
Os passeios de longa distância em uma época de gasolina barata eram muito comuns. Ir ao Recreio dos Bandeirantes pela deserta Avenida Sernambetiba era uma outra opção de passeio. Quem lembra do Recreio nos anos 60? Nos anos 50 meus tios eram despachantes aduaneiros, e uma vez por semana saiam do escritório na Presidente Vargas e iam jantar em Petrópolis. Voltavam tarde da noite depois de um circuito agradável e prazeroso. Hoje em dia quem em sã consciência faria um programa como esse?
ResponderExcluirFiz na primeira metade da década de 70, geralmente aos sábados, esse programa de subir a serra para jantar na região de Petrópolis com a namorada de então.
ExcluirNenhum problema, o valente Fusca 1300, na horrorosa cor Verde Guarujá passeava tranquilamente pela baixada sem sobressaltos.
O "anônimo" aí de cima (8:33) sou eu.
ExcluirMário, eu fui alguma vezes no Motel Pink na Rio Petrópolis. O curioso é que para sair do Motel tomava-se uma via estreita para sair na Rio Teresópolis. Atualmente nem pensar. Mas fazer o que além de fazer comparações sempre desfavoráveis? E ainda assim sob o assédio da turma do "politicamente correto. ### Com relação ao incêndio criminoso que inutilizou noventa ônibus em Petrópolis, é óbvio "tem caroço nesse angu".
ExcluirTenho um amigo que trabalha no exterior há anos construindo barragens mundo afora. Esta semana me mandou o seguinte email:
ResponderExcluir“ Frequentemente tenho discussões com pessoas que só sabem falar mal do Rio. Digo a eles que voltaria a morar no Rio a qualquer hora!!Estou errado, ou o Rio está lentamente dando a volta por cima e se tornando de novo o lugar que sempre amei?”
Ainda estou fazendo a lista dos prós e contras.
Esse amigo do Anônimo não sabe de nada, coitado. Está tão iludido...
ExcluirEle deve ter bebido todas para dizer isso.
ExcluirNamorar dentro do carro na região de São Conrado devia ser muito bom, mas eu não peguei essa época. Ali certamente dava para fazer "barba, cabelo, e bigode". Eu me lembro da "Diverlândia", o parque de diversões que funcionava lá nos idos de 1969/70, no qual cheguei a ir umas duas ou três vezes.
ResponderExcluirAcho que nesse parque, ou perto dele, existiu por algum tempo uma "pista" de karts, em que se pagava para dar umas voltas.
ExcluirEra nesse parque. Em queimei o braço no motor de um kart.
ExcluirEu sujei de graxa/óleo uma calça novinha, de cor clara, ao andar num deles.
ExcluirMancha indelével, perda total.
Nunca mais cheguei nem perto ...
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirSempre aprendo alguma coisa com as postagens. A Niemeyer sempre foi passagem para mim, exceto uma vez que fui em um evento no Sheraton pela empresa onde trabalhava.
A Niemeyer hoje tem aquele elefante branco da ciclovia interditada em um trecho há sete anos.
A Gruta da Imprensa foi palco para vários ensaios fotográficos do acervo do Última Hora.
De madrugada um incêndio de grandes proporções na garagem da Petro Ita destruiu pelo menos 90 ônibus em Petrópolis. Cidade em caos. Cerca de 40% da frota da cidade foi atingida.
ResponderExcluirUma garagem com carcaças de articulados do BRT também pegou fogo durante a madrugada em Santa Cruz.
ExcluirSobre o incêndio em Petrópolis, há um desencontro de informação. Alguns dizem que afetou 40% da frota e outros dizem que foi 40% das linhas da cidade.
ExcluirA conferir.
"foram 40% das linhas"...
ExcluirBom Dia! Na Avenida João Ribeiro, em um dos muitos galpões que tem nesta via tem ou teve uma baratinha igual a da foto 2. Não sei se ainda está lá porque o portão e muros tem pelo menos 4m de altura e está fechado faz muito tempo.
ResponderExcluirA ideia da ciclovia na Niemayer seria ótimo se tivesse sido feita com alguma noção de beleza. Não quero nem falar da segurança do projeto em si, nem do seus outros defeitos e custo.
ResponderExcluirVez por outra vem algum projeto maluco de duplicação.
Bom dia Saudosistas. Infelizmente a Niemeyer com a ocupação desordenada e obras mal executadas, se tornou um local além de perigoso, muito feio. No sentido Leblon - São Conrado, do lado direito a favela e do lado esquerdo a ciclovia abandonada e a tubulação aparente. Gostaria de ver essa beleza toda, que as pessoas falam existir neste local. Se você olha para os lados vê o que comentei acima.
ResponderExcluirTambém fico com raiva toda vez que passo por ali e ao invés de ver a linda vista panorâmica só vejo o cano de esgoto e a cerca da ciclovia.
ExcluirEm São Conrado frequentei o boliche, o Bar Bem e, já no início dos anos 80, em raríssimas ocasiões - quando estava bem de grana e a acompanhante merecia - um motel que tenho quase certeza se chamava Colonial, bem caro.
ResponderExcluirEsqueci de novo de botar o nome, esse "anônimo" das 11:22 sou eu.
ExcluirFF: morreu, aos 75 anos, Rita Lee.
ResponderExcluirO álbum Fruto Proibido, de meados da década de 70 foi para mim o melhor dela.
Excluir"Agora só falta você", "Esse tal de roque enrow" , "Ovelha negra" são fantásticas.
E a participação nos Mutantes, icônica.
Fez parte de uma geração única da música brasileira, difícil de igualar.
O solo de guitarra do Roberto de Carvalho no final da música "Ovelha Negra" é um dos momentos marcantes da discografia da MPB...
ExcluirA melhor corrida de submarinos dos anos 60 era na praia do Pepino em São Conrado. Pagava-se um trocado para entrar com o carro. Era garantido pela PM.
ResponderExcluirOs carros americanos das décadas de 1950 e 1960 tinham frentes e traseiras que se classificavam como bonitas, muito bonitas ou extremamente bonitas. As exceções eram poucas. O Oldsmobile da primeira foto era uma delas: a frente até que passava, mas a traseira era horrível.
ResponderExcluirO Chevrolet Impala do final da década de 50, início da década de 60, com os faróis redondos duplos na dianteira, um avião estilizado "voando" na lateral e as asas na traseira era um espetáculo a ser apreciado.
ExcluirUm desses, vermelho com estofamento branco, ficava habitualmente estacionado na rua Inhangá e eu não me cansava de parar para ve-lo nos mínimos detalhes.
O Chevrolet Fleetline da foto 3 era muito bonito. Não só esse modelo como o modelo padrão, de quatro portas.
ResponderExcluirEu acho a praia de São Conrado uma das mais belas do Rio. Pena que suas águas sejam poluídas.
ResponderExcluirFF: final do primeiro jogo da semifinal da UCL entre Real Madrid e Manchester City. Cada time dominou um tempo, mas o outro marcava o gol. No final , 1X1. O City chegou a ter mais de 70% de posse de bola no primeiro tempo, mas o Real no primeiro chute a gol, marcou... Amanhã tem "só" Milan X Internazionale.
ResponderExcluirBom jogo. Impressionante como cada time dominou um tempo. Dois grandes goleiros fizeram que só houvesse dois gols na partida.
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