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sábado, 22 de julho de 2023

AUTOMÓVEIS DOS ANOS 60

Nos anos 60 a indústria automobilística nacional se desenvolvia e minha geração contava os dias para tirar carteira de motorista. Hoje já não vejo o mesmo desejo por parte da geração do século XXI, talvez por conta das facilidades de transporte (como o Uber e afins) e das restrições da Lei Seca.

Naquela época era possível aprender a dirigir com um "papagaio", documento provisório do Depto. de Trânsito, que permitia conduzir o carro com qualquer pessoa que tivesse a Carteira de Habilitação.

No meu caso, fui quase um autodidata. Com algumas instruções de fim de semana com meu pai, aprendi a dirigir acompanhado de minha mãe, que havia tirado carteira 20 anos antes e nunca dirigira... Fiz duas ou três aulas numa auto-escola, pois a inscrição no exame dependia disto.

O exame de direção começou na Praça N.S. Auxiliadora, em frente ao campo do Flamengo, onde era realizada a prova de "baliza" e, a seguir, ía-se para a prova de "ladeira" na região do hoje bloqueado Jardim Pernambuco.

Abaixo, alguns modelos dos carros da época. Embora eu sonhasse com um Interlagos, a duras penas consegui comprar um fusquinha usado, com uns seis anos de uso.















41 comentários:

  1. Os anos 60 foram dominados pelos fuscas. Eram práticos, confiáveis e relativamente os mais baratos.
    Mas, na verdade, os carros mostrados eram muito ruins.
    Vou aguardar os comentários dos que entendem de carros.

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  2. Bom dia, Dr. D'.

    Houve uma era de quase onipresença não só de fuscas mas da VW como um todo. Kombi, Brasília, Variant, TL e, um pouco depois, o Gol.

    Outros modelos tentavam uma "rebarba" no mercado, como a Fiat (147 e depois o Uno) ou Chevrolet (Chevette). Antes dessa época deixo para os especialistas.

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  3. Em tempo, comentei sobre a época que eu peguei, a partir dos anos 70, antes que venham falar "que é sobre anos 60...".

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  4. PS: por "papagaio" eu tinha um outro entendimento. Não a ave, que fique claro...

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  5. Meu primeiro carro foi um Chevette, em 1974. Depois se seguiram outro Chevette, um Voyage e três Fiat Uno Mille. Gostei de todos, mas o segundo Fiat me deu problema com rompimento da correia dentada e consequente dano nas válvulas. O segundo Chevette, já Chevelho, não era mais confiável após 11 anos de uso.

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  6. Meu primeiro carro foi um Volkswagen 1500 73, comprado em 1977, e esde então tive inúmeros carros. Nunca gostei de carros grandes, o maior que tive foi um Monza.

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  7. Tirei a habilitação em 1975, aos 18 anos. Meu pai não me ensinou a dirigir e então tive que me matricular na Auto Escola e começar do zero. Não me lembro quantas aulas eu tive naquele fusquinha cor de vinho. Meu exame de baliza foi na praça Santos Dumont, na Gávea, e saí com os examinadores em direção ao Leblon. Fiz o temido teste da ladeira no último quarteirão da Rua Rainha Guilhermina que tinha mão invertida a de hoje, ou seja, ia do canal até a Rua Dias Ferreira.
    A etapa final, ainda na rua do canal, a Visconde de Albuquerque, o examinador falou: "pára agora, rápido!" e respondi dizendo que não poderia parar, vez que estávamos em frente a uma saída de garagem. O examinador em altos brados falou: "pode sair do carro que você foi reprovado!". Saí do carro p..da vida e quando já ia me afastando ele me chamou: "garoto, você foi esperto, não caiu na minha armadilha, você foi aprovado!". Saí correndo na maior felicidade e ainda por cima estava a 50 metros de minha casa. Os exames eram cheios de pegadinha prá ferrar os examinados.

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  8. Lá em casa quando tirei a habilitação, tinham 3 carros, o Maverick 1975 do meu pai e mais dois carros, uma Brasilia azul 1975 e um Chevette 1974, também preto. O velho nunca foi muquirana, quando os dois carros não estavam disponíveis, ele emprestava o Maverick dele sem problemas, o que me salvava para sair com alguma namorada quando minhas irmãs me deixavam na mão.

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  9. Minhas primeiras aulas teóricas foram com os motoristas de ônibus, no caminho da escola, no início dos anos 1980, como debrear, trocar as marchas, manter a aceleração. Eu e outros colegas nos amontoavam naquele capô ao lado do motorista. Depois, aos 16, meu pai me ensinou na prática, no fusca 0km (1975/1976) tirado na Real Veículos.

    Meu primeiro carro foi um Voyage preto 84, depois vieram 2 Fiat Prêmio, 1 Siena e o atual, outro Voyage.

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    1. Corretor Ortográfico.22 de julho de 2023 às 10:08

      Guilherme, você quis dizer que eu e meus colegas nos amontoávamos naquele capô ao lado do motorista, e não "nos amontoavam". É apenas uma pequena contribuição para a correção da língua portuguesa.

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    2. Verdade! Não reparei no erro. Grato pela correção!

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  10. Bom dia.
    Minhas lembranças são dos anos 70.
    A respeito do exame de motorista, também tive que aprender a dirigir na Auto Escola, chamava-se - tenho quase certeza - Auto Escola Duarte.
    Foi em 1972, tinha completado 18 anos no ano anterior, 71, mas era ano de vestibular e daí ficou para o ano seguinte.
    Fazia-se, antes da prova de direção, um teste psicotécnico.
    Pois bem, fui reprovado no primeiro, tive que repetir ! Bom, "passei" no segundo, fiz a prova prática na praça Santos Dumont e fui aprovado sem problemas.
    Ganhei de presente de meu pai, por ter passado para a engenharia do Fundão (gratuita sem mensalidades), um fusca 1300 "zero bala" com se dizia na época, na horrorosa cor "verde Guarujá", nunca entendi porque o velho escolheu esra cor, enfim ...
    Meu sonho (pelo preço, mais para delirio do que para sonho) de consumo era o Puma.
    Meu primeiro carro "decente", comprado com meu dinheiro, foi um Passat 76, com 2 anos de uso.
    O último, com certeza será o que tenho agora, com pouquíssimo uso.


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  11. O Puma foi por muitos anos o sonho de consumo de muitos jovens, já que os esportivos importados da época eram para milionários, quando conseguiam.

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  12. Entre as fotos acima só acrescentaria o Galaxie. Só lembro de ter entrado nele uma vez só. Nunca tinha visto tanto espaço dentro de uma carro.
    O Esplanada também foi da década de 60, substituto do Simca, se não me engano. Durou tão pouco que mal merece essa citação.
    Fissore idem.

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    1. Se não me engano, o Esplanada era um modelo mais sofisticado do Simca, do qual havia o Chambord e o Tufão.

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  13. desta lista tive 3. um interlagos (não este mostrado, mas uma berlineta), o Fusca e o DKW. O DKW foi o mais divertido. Até hoje procuro um para comprar. Estão muito caros.

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    1. DI LIDO, vc.está ficando um pouquinho esquecido. Mas o teu Chevrolet Bellair 58? Onde fica, na garagem. Ah...já entendi, o cheiro de Lancaster ainda não saiu e portanto sair e correr perigo já que velhas paixões podem ser despertadas pelas admiradoras desamparadas.

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    2. macho, vc é um pândego!!! O Bellair vendi para o JBAN...

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  14. A Renault tinha o Dauphine e o Gordini. Eram conhecidos como "leite Glória", por causa da propaganda desse leite, que dizia "desmancha sem bater". Uma vez um Packard de uma vizinha derrapou na lama pós-enchente na minha rua e bateu na lateral de um Dauphine estacionado. Este ficou todo amassado e foi jogado em cima da calçada; o Packard rachou o farol.

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  15. Minha tia comprou um fuscão 1974, rosa. Eu tinha o Chevette. Quando precisava dirigir o fuscão, achava horrível.

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  16. E foi com esse fuscão que atropelei uma mulher na São Luiz Gonzaga. Estava levando-o para a vistoria e emplacamento anual. A placa era GB ED-6254, depois RJ QP-6254.

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  17. Esqueci o Karmann Ghia. tb deixou saudades.

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  18. As placas dos meus carros foram: Chevette 1974 placa GB LB-7713; Chevette 1976 placa WQ-4404; Voyage 1987 placa XF-9237; Fiat Uno 1990 placa LT-3074; Uno 1993 placa UL-6702 e Uno 1996 placa LBF-6316. Depois que este foi roubado pela segunda vez na Tijuca, em 06/03/1999, desisti de ter carro. Meu Voyage já tinha sido roubado em 19/07/1990, a mão armada, no Méier.

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  19. A foto 5 mostra um Fusca "bananinha", uma raridade. Quem tem um desses é um felizardo. Os colecionadores disputam um desses. Meu tio teve um Karmann-Guia branco com o teto preto. Isso foi em 1965, mas acho que ele era 62 ou 63.

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  20. Conde, não era difícil sair do Karmann Ghia? É um carro muito baixo.

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    1. na época eu tinha menos de 80 k . sem problemas para entrar e sair. Hoje, com 120k seria um problema. Antes da bariátrica eu tinha mais de 160k. Imagina...

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  21. O DKW e o Citroën faziam a alegria da rapaziada quando uma mulher saía deles.

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    1. Verdade, Helio.
      Nos anos 60 a maioria das mulheres usavam vestidos.

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    2. corretor ortográfico22 de julho de 2023 às 12:32

      a maioria USAVA...

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  22. Boa tarde Luiz, também usei o papagaio para aprender com meu pai mas, se a memória não me falha, não podia ser usado com "qualquer pessoa que tivesse habilitação " como dito, precisava ser habilitação profissional que hoje seria categoria C ou superior. A conferir com o decano Mauro Xará.

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  23. O Chevette não aparece nas fotos, provavelmente por ser dos anos 70, se não me engano. Tive 2. Para a época era um bom carro..

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  24. Corretor ortográfico, 12:17h ==> o Luiz não estava errado. A frase dele se enquadra na categoria de "Coletivos ou partitivos especificados". O verbo pode concordar com "a maioria" ou com "mulheres". É facultativo. Tanto "usava" quanto "usavam" estão corretos.

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    1. corretor ortográfico22 de julho de 2023 às 20:14

      Sei disso, porém raramente é usada a forma apresentada. Na maioria das vezes, na literatura, a concordância é feita com "a maioria". Conheço bem a capacidade vernacular do Luiz. Foi apenas uma "cutucada".

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  25. O DKW Fissore era um carro bastante bonito e distinto para a época (anos 60).
    Durou pouco, a produção foi pequena, era raro ver algum na rua, chamava a atenção.

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  26. Muito bons os comentários. Quando à polêmica sobre a concordância verbal, embora o facultativo seja válido, opto sempre pelo sentido, quem usa vestido é uma mulher e não uma maioria.
    Não achei muito pertinente a seleção de fotos, mas descobri um critério entre elas. Embora o Interlagos e o Dauphine/Gordini sejam projetos dos anos 50 e o VW 1600, já dos anos 60, eles se encaixam na categoria de carros detestáveis, os primeiros pela qualidade, o último pela bola fora de seu estilo e projeto. Tinha o espaço de um Fusca, a dirigibilidade de um Fusca, no mundo do Corcel. Só mesmo a arrogância da VW para achar que podia ir a algum lugar.
    Para quem gosta das setas (bananinhas), ambos o Fusca e a Kombi retratados têm o diminuto sinalizador. No meu passado tive Fusca 59 e dirigi uma Kombi 57, achava as bananinhas o máximo, mas ...
    A Kombi com parachoque de fundo verde era a nacional. As alemãs eram cinza, ou da cor da lataria.
    O Puma e a Romisetta estão no meio, mas por justiça, devem ser agrupados ao Dauphine, Interlagos e 1600 4 portas, bem como o FNM 2000, aqui um modelo 68, com o friso reto que desfigurou seu estilo, que era outro projeto anacrônico e deu no que deu.

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  27. A tendência é cada vez maior em "aposentar" o carro. Muitos "contra" e poucos "prós". A despesa anual é alta e a comodidade de pegar um aplicativo vão, aos poucos, reduzir a quantidade dos autos nas garagens.

    Ouvia mais falar em "papagaio" nas agências bancárias.

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  28. O gerente usou a concordância siléptica ou lógica.
    Nada a corrigir.

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  29. Helio além das aulas sobre bondes é especialista em placas.

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  30. suicídio no "corretor ortográfico". Fácil de sacar.

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  31. Gente, jurava que tinha feito alguns comentários ontem de noite...

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