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segunda-feira, 17 de julho de 2023

INCÊNDIOS


Vemos o antigo prédio da Camisaria Progresso, construído nas reformas urbanas de Passos quando do alargamento da Rua da Carioca, na Praça Tiradentes.

Por volta de 18h30min de 31/12/1957, Geisa Martins Rocha e Laurênio Fontes, que se encontravam na Praça Tiradentes, alertaram um funcionário da Camisaria Progresso sobre fogo no prédio. Foi acionado o Corpo de Bombeiros, que prontamente acudiu. Mas houve problemas com a falta de água para o combate: era como um exército preparado para a guerra, mas sem munição, disse o proprietário da Camisaria Progresso.

O fogo, iniciado com a casa já fechada, começou pelos andares mais altos e, por conta da mercadoria extremamente inflamável e da estrutura interna em madeira, rapidamente se alastrou e colapsou a estrutura interna, causando o desabamento do prédio.

O incêndio da Camisaria Progresso, na Praça Tiradentes, foi de uma violência incrível, atingindo a altura de 50 metros, enquanto grossos rolos de fumaça acompanhados de fagulhas que se elevavam ao céu. Segundo o "Correio da Manhã", não obstante a pronta e verdadeiramente titânica intervenção dos bombeiros para impedir que o fogo se alastrasse, este atingiu prédios vizinhos como os das firmas “A Escolar”, “Casa Oliveira”, “Bombonière Gaby”, “Centro Paulista”, “Casa Barbosa” e “Lojas Americanas”.



Em novembro de 1952 outro incêndio aconteceu no Edifício Delamare, situado na Av. Presidente Vargas nº 446, no Centro.

Oito pessoas ameaçadas de perder a vida por asfixia foram salvas pelos bombeiros. O fato se verificou no 6º andar. Às 8 horas da manhã um funcionário da firma Otto Marinetti, depósito de materiais plásticos, notou fios de fumaça dentro de um armário. O incêndio e a fumaça se propagaram rapidamente e muitos conseguiram fugir pelas escadas e pelos elevadores.

Outros, mais lentos, ficaram retidos, pois logo os elevadores foram interditados. O fogo teve origem na sala 603, propagando-se às salas 604, da Organização Joaquim Figueiredo, Representações, Loteamento e Depósito da “Globo Filme” e 605, da Impex, Importação e Exportação Ltda., enquanto a fumaça enchia todas as salas do 6º andar.

A atuação dos bombeiros do quartel central, sob o comando do Capitão Abel, permitiu salvar todos os envolvidos. Compareceram ao local guarnições do Serviço de Rádio-Patrulha, autoridades do 8º Distrito Policial e uma equipe do Gabinete de Exames Periciais.

A jovem de 20 anos, Carmem Lima Dias, que trabalhava na sala 605, foi impedida de se jogar ao solo por um dos bombeiros. O bombeiro Oswaldo Batista da Silva, nº 1109, foi retirado por um colega, já sufocado, apesar de ter utilizado a máscara contra gases.

O Sr. Militão dos Santos foi o último a ser retirado, pela escada Magyrus, e retornou à sua residência, na Rua Visconde de Pirajá nº 153, em Ipanema, são e salvo.




15 comentários:

  1. Esses incêndios são terríveis. O calor e a fumaça são tão desesperadores que muitos se jogam para terminar o sofrimento.
    Lembro dos incêndios do edifício Astória e da boate Vogue que já foram tema do SDR. As fotos eram terríveis.
    Será que é feita manutenção dos hidrantes no Rio? Aqui perto de casa vejo alguns com péssima aparência, tortos, faltando peças.
    E as mangueiras dos prédios passam por alguma inspeção?
    Quando trabalhei no Centro, num andar alto, vivia preocupado. Certa vez um aparelho de ar condicionado pegou fogo mas foi logo controlado, felizmente.

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  2. Por coincidência, logo após ler o comentário do Cesar, leio no jornal que está para ser inaugurado um arranha-céu na Malásia com 670 metros de altura (com o nome de Merdeka 118). Só ficará atrás do Burj Khalifa que tem 828 metros.

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  3. Bom dia, Dr. D'.

    Tema incômodo. Instalações elétricas de prédios mais antigos e alguns recentes geralmente deixam a desejar no quesito manutenção. Fora as instalações hidráulicas. Extintores fora da norma técnica e etc.

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  4. Bom dia.
    Na última foto tenho a impressão de ver pessoas nas janelas de andares inferiores à esquerda.
    Se for isso mesmo, porque já não teriam evacuado o prédio pelas escadas?

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  5. Bom dia Saudosistas. O tema de hoje é bastante triste, não só pela perda de vidas, mas também pelas perdas materiais e financeiras.
    No RJ tivemos outros incêndios pavorosos, porém um que me deixou muito impressionado, foi no início dos anos 60 uma loja de venda de fogões na R. do Lavradio, cujas chamas chegavam a uma altura 4 a 5 vezes a altura do imóvel, que era um prédio de 3 andares que também desabou internamente.

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  6. Mário, algumas já estavam na escada descendo. As outras foram retiradas a seguir.

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  7. No passado o nível de exigência para a obtenção de alvarás era mínimo e não havia vistorias periódicas do CB como nos dias atuais. Atualmente o nível de profissionalismo do CBERJ é alto, e se existem "lacunas" elas podem ser atribuídas à "falha$ humana$".

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  8. Bom Dia ! Assisti a vários incêndios em lotações e ônibus. É muito triste ver o patrimônio das pessoas virando cinza, e depois a luta para receber o seguro.

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  9. O capitão Abel, citado no texto, no futuro, já como coronel, assumiria o comando da corporação em 1963.

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  10. FF: durante a madrugada morreu João Donato.

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  11. Nunca vi acontecerem essas vistorias periódicas do Corpo de Bombeiros conforme citadas acima pelo Joel. São realizadas nos prédios do Centro do Rio? E nas casas e prédios residenciais dos bairros? Nunca ouvi falar delas.

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  12. Só presenciei um incêndio de maiores proporções uma única vez. Uma loja de baterias para autos, num domingo nos anos 1980. As chamas atingiram o prédio acima e o do lado da loja. A loja ficou toda destruída e os bombeiros conseguiram controlar o incêndio e evitaram maiores danos nos apartamentos atingidos.

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  13. O incêndio do Museu na Quinta e o do alojamento dos jovens jogadores do Flamengo são os que me recordo recentemente, com vítimas fatais, além da destruição do patrimônio do Museu.

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  14. FF2: também morreu hoje o ex-jogador Palhinha, o dos anos 70 e 80, do CAM, Cruzeiro e Corinthians, entre outros clubes.

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