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quarta-feira, 13 de setembro de 2023

HOSPITAIS


A fotografia, do Acervo Casa de Oswaldo Cruz, Coleção Porto d´Ave, mostra perspectiva (em 1927) do projeto do Hospital e Instituto do Câncer da Mangueira.

As obras deste conjunto, financiadas pela família Guinle,  iniciaram-se em 1927 e foram abandonadas em 1936, quando as instalações foram doadas à Prefeitura, que lá estabeleceu o Hospital Barata Ribeiro.

Conforme contava meu grande amigo Almir Pereira, ilustre ortopedista carioca, a cessão destinava-se à criação de instituição dedicada ao tratamento de crianças "anormaes", a escolares portadores de defeitos físicos passíveis de correção pela "gymnastica e pela orthopedia" e a um Centro de Diagnóstico para a pesquisa da incidência de tuberculose no meio escolar. 

No ano de 1938 foi criado, pela Prefeitura do Distrito Federal, o Instituto Médico Pedagógico Oswaldo Cruz. Em 1940, foi autorizada a construção do Pavilhão Ortopédico Barata Ribeiro, atual Hospital Municipal Barata Ribeiro, na Rua Visconde de Niterói, na Mangueira.

O antigo hospital já não existe mais, substituído pelo atual que sofreu obras de modernização e adaptação à atual prática médico-cirúrgica.  O antigo prédio tinha três andares, com alto pé direito, grandes enfermarias com amplas varandas, voltadas para o nascente, com enormes janelas envidraçadas que permitiam a penetração dos raios solares que, nas primeiras horas do dia, alcançavam a parede oposta, iluminando todos os leitos.

No andar térreo ficavam os ambulatórios, ampla sala de gesso, laboratório, radiologia, enorme espaço para fisioterapia, inclusive com piscina coberta para tratamento de sequelas de poliomielite (frequente na época) e de paralisia cerebral. Separando os dois blocos do edifício havia imponente corredor, largo e longo, coberto por bela claraboia.

A inauguração do Pavilhão Barata Ribeiro ocorreu em 28/02/1948, sendo o primeiro chefe o renomado cirurgião Dr. Luthero Sarmanho Vargas, filho de Getúlio. Luthero, extremamente dedicado ao hospital, praticamente morava ali, onde tinha um apartamento.

O Hospital Barata Ribeiro, através dos tempos, sempre teve um alto conceito na prática da Ortopedia no Rio de Janeiro. Grandes nomes ali trabalharam, tais como Jorge Faria, Walter Barbosa, Mauricio Menandro e Almir Pereira. O Hospital Municipal Barata Ribeiro, hoje em dia, além do atendimento em Ortopedia também tem uma unidade de Cirurgia Plástica Reparadora. É um dos bons hospitais da rede municipal de Saúde.

Talvez os comentaristas conhecedores da região possam acrescentar informações.

A maquete acima mostra o projeto do "Hospital Koch", feito pelo arquiteto João Khair. Não consegui descobrir com certeza onde funcionaria este hospital. 

Poderia ser na Av. Barão de Petrópolis?

Poderia ter relação com o Hospital Pedro II em Santa Cruz?

Edificação do estilo Modernista, sobre pilotis, telhado jardim, muito similar ao Edifício Gustavo Capanema (Le Corbusier, Lúcio Costa, Afonso Reidy, Niemeyer, outros) localizado no Centro do Rio e ao Pedregulho (Afonso Reidy) em São Cristóvão.

Assim como os dois exemplos citados, provavelmente a maquete em questão foi feita para um concurso público federal, que na época era muito comum.


48 comentários:

  1. No passado a preocupação com a saúde pública era uma realidade bem diferente da atual. A "saúde pública" nos dias de hoje é uma grande "galinha dos ovos de ouro", que ao lado de outras duas, o "Poder Legislativo" e o Poder Judiciário, fazem com que a população brasileira viva em uma eterna penúria, já que recursos que poderiam ser empregados para melhoria da vida da população e dos serviços públicos são "desviados para fins nada republicanos"...

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  2. Quanto ao Hospital Koch coloquei a pergunta citando a Av. Barão de Petrópolis, pois quando publiquei esta foto no “Saudades do Rio”, do Terra, em 2009, não se chegou a uma conclusão, mas o M. Lobo comentou na ocasião:
    “Em 25/06/2009, às 21:11:38, M.Lobo disse: Se é este hospital não sei, mas a topografia da maquete é bem parecida com a da região da Barão de Petrópolis.”

    Ontem, propus a pergunta para o pessoal do FB Rio Antigo e o JBAN encontrou a resposta em pesquisa na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional: “Antes de examinar os projetos é importante mencionar a recusa do Hospital da Penha, de Francisco Victor Palma, e o aceite de outras proposições hospitalares entre os projetos expostos na I EIA. São eles o Hospital na Lagoa (1945), de Ary Garcia Roza, a Maternidade e Hospital Infantil (1950-1951), de Francisco Bolonha, o Hospital na Avenida Barão de Petrópolis (1945), de João Khair, e o Hospital Presídio de Delinqüentes (1947), desenvolvido por Jorge Ferreira, Renato Mesquita, Renato Soeiro e Thomaz Estrella. Nenhum deles ajusta-se para a análise comparativa, porquanto não foram localizados registros suficientes ou simplesmente porque determinados conjuntos não desempenham um papel equivalente ao exercido pelos conjuntos implantados na capital pernambucana.”

    Também descobriu uma outra notícia comentando que este projeto foi apresentado num Congresso de Arquitetura em Havana, junto com outros representantes da arquitetura brasileira.

    O Mauro Almada também ajudou a esclarecer o assunto com citação do “Diário da Noite”: “Sanatório Koch, na Rua Barão de Petrópolis 361; projeto (1946) não executado do arquiteto João Khair, que também projetou o Tijuca Tenis Clube e o Monte Líbano.”

    Há, no Facebook, dois grupos chamados "Rio Antigo". Um deles tem cerca de 500 membros e é uma fonte confiável e com muita coisa interessante. O outro, tem milhares de membros, mas o conteúdo, principalmente dos textos, contém muitos erros.

    E salve a Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional!

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  3. Bom dia.
    A respeito da poliomielite, na primeira metade dos anos 60 ainda era possível cruzar nas ruas com vítimas da doença e lembro que em meus anos de curso ginasial (65 a 68) cheguei a conviver com um colega de classe que sofria com as sequelas.
    (nasci em 53 e a vacina - ainda a Salk, injetável- surgiu em meados da década de 50 e foi a primeira usada na minha geração; alguns anos depois veio a Sabin, via oral)
    A erradicação da doença foi sem dúvida uma das grandes vitórias da medicina.

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    1. Quando comecei minha residência médica mais de 50% dos internados na enfermaria ortopédica eram sequelados de pólio. Os médicos deste século não conhecem a doença.
      E mesmo assim há muita gente no movimento anti-vacina. Vá entender.
      PS: parece que a Sabin vai voltar a ser injetável, pois teria mais vantagens que a oral. A ver.

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    2. Sim, ouvi sobre a mudança da aplicação. Dizem que a injetável tem ação mais imediata do que a oral. Mas o berreiro das crianças vai aumentar. Deveriam ter as duas opções, principalmente para os mais novos.

      Quem diria que iriam aposentar o Zé Gotinha...

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    3. Quem comemora é fabricante de seringas e agulhas.

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    4. Augusto, o motivo é a composição da vacina.

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    5. Bom, não vou discutir com alguém do ramo. Mas foi o que foi divulgado, acho que no JN, sobre a ação mais rápida da versão injetável.

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    6. Vacina são a maior revolução na medicina moderna. Pena que alguns idiotas sejam contra e dizem que vc vai virar comunista, instalam um chip. Pessoal terraplanista da ciência.

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    7. A susbtituição, recomendada pela OMS, é porque ela contém o vírus inativado e é conhecida como Vacina Inativa contra a Poliomilite (VIP).
      Já o imunizante líquido carrega o microrganismo atenuado e é chamado de Vacina Oral contra Poliomielite (VOP).
      As duas substâncias têm riscos baixíssimos, mas a VIP está ainda mais à frente nesse quesito.
      Novas evidências científicas justificam esta alteração.

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  4. Excelente postagem e grandes colaborações para esclarecer o assunto do Hospital Koch.
    Fiquei impressionado com o M. Lobo ter identificado a região da Barão de Petrópolis pela maquete.
    Também me impressionou a dedicação do Dr. Luthero, filho do presidente, ao hospital. Não se fazem mais filhos de presidente assim.
    Por fim um elogio ao Saudades do Rio por nos ensinar tanto sobre o Rio.

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    1. Realmente, Cesar: "Não se fazem mais filhos de presidente assim."

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  5. Bom dia, Dr. D'.

    Hospital é um local que, se possível, passo longe. Mas, por questão de saúde, sou obrigado a ir pelo menos uma vez ao mês para pegar remédio.

    Estive em alguns, na maioria das vezes acompanhando alguém, mas estive internado uma vez no Lourenço Jorge em 2011. Estive em clínicas para alguns atendimentos e cirurgias.

    Na próxima semana irei novamente para colocar em dia a carteira de vacinação.

    O primeiro de que me lembro é o de Piedade, na época da UGF, para consultas e exames no oftalmologista no final dos anos 70.

    Hoje é dia da cachaça e do agrônomo.

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  6. A maioria dos nosocômios foi construída em um passado onde havia um real interêsse em prestar um serviço médico de qualidade. Não há um único hospital público que não apresente sérios problemas, sejam eles por falta e insumos e/ou de profissionais, e onde as filas são imensas e muitas vezes quando há atendimento o mesmo é tardio ou ineficiente, apesar do orçamento bilionário. Por outrio lado o dinheiro jorra em profusão em tribunais de todas as instâncias, pois aproximadamente 3% do PIB é destinado ao Poder Judiciário. Ironicamente a justiça brasileira é uma das mais ineficazes do mundo, já que é "caríssima" e poucos possuem condições para utilizar seus préstimos, sem contar que suas decisões muitas vezes são "polêmicas" e seus membros não são sujeitos a qualquer controle. Já o Poder Legislativo é que praticamente controla as finanças da União. É preciso dizer mais?

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  7. Bom dia Saudosistas. O Hospital de Oncologia de Mangueira não cheguei a conhecer, pois não pertencia a rede do INAMPS na época em que trabalhei nesta instituição. Já quanto ao Hospital Koch poderia afirmar com toda a certeza que o seu projeto jamais foi construído na Barão de Petrópolis, pois conheço bem esta avenida.
    Já quanto a vacinação, o problema na minha opinião começou bem antes da radicalização política estúpida do governo anterior. Ela começa com postagens de pessoas falando sobre familiares terem sofrido efeitos colaterais após terem se vacinado, principalmente vacinação infantil, porém nem o fabricante da vacina ou as autoridades de saúde do governo, vieram a público esclarecer, que qualquer tipo de medicação, inclusive vacinas, podem causar efeitos colaterais a algumas pessoas, e que normalmente essa ocorrência é inferior a 1pessoa/milhão, que vacinas são medicamentos elaborados a partir de pesquisas e testes que geralmente levam anos para sua elaboração, que mesmo vacinas já consagradas no mercado, continuam suas pesquisas para sua evolução. Porém a radicalização política estúpida que se instalou no País, levou a grande parte da população não esclarecida, informações que vem a prejudicar as próprias pessoas. Já quanto a situação da saúde pública no País, é razão direta da ação predatória dos partidos políticos, agora mesmo visto ser este Ministério o que maior verba pública e de maior facilidade de desvio de verbas, agora mesmo vimos o Centrão, que para apoiar o gov. Lula, pediu a saída da atual Ministra e a indicação de um novo Ministro pertencente ao Centrão.
    Cheguei a seguinte conclusão, que o Brasil seria melhor gerido se não houvesse governo e partidos políticos.

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  8. No curso primário uma das minhas colegas de turma tinha sido vítima da poliomielite. E o pediatra que atendeu a minha prima, meu irmão e a mim também apresentava a sequela da doença. Chamava-se Rômulo Ramos Ribeiro, atendia em casa num pequeno aposento, no seu apartamento na rua Carolina Reidner, no Catumbi.

    Mas fora isso há muitas décadas não sei de ninguém que sofreu dessa doença.

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  9. Quanto à qualidade dos hospitais públicos, não posso opinar porque nunca fui atendido em nenhum. Mas minha avó, em 1977, meu tio em 1992 e meu padrasto em 1996 morreram no Hospital do Andaraí.

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  10. Como bom terraplanista que sou, não acredito em vacina porque elas são uma imposição dos grandes laboratórios. Eu prefiro a "garrafada" do Pai Joaquim misturada com aguardente benzida por seu Zé Pelintra.

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    1. Vou lhe dar uma receita supimpa: misture numa garrafa de cerveja de 600 ml o Biotônico Fontoura, três colheres de mel, uma raspa de breu, uma porção de marmelada e duas gemas cruas de ovo. Bata no liquidificador e tome uma colher de sopa, duas vezes por dia. Tiro e queda.

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    2. Mais queda que tiro.

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  11. Mas meu sogro morreu em fevereiro de 1999 no Salgado Filho, em circunstâncias estranhas, na época em que ali agia aquele enfermeiro assassino.

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    1. Esse enfermeiro era o encarregado da distribuição do "Chá da Meia-Noite"?

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  12. Boa postagem e parabéns para a equipe de pesquisa.
    Não tenho nada a reclamar do sistema de saúde, mas ouço bastante reclamações em geral.
    Todo hospital tem histórias de erros e negligências. Inclusive os particulares.

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    1. Vou repetir algo que já contei há muito tempo aqui mesmo no SDR. E não tenho papas na língua.

      Em fevereiro de 2008 minha esposa se submeteu a uma cirurgia de extração de tumor benigno na supra-renal esquerda. Minha esposa não deseja que eu escreva o nome do cirurgião, e eu não o conheci pessoalmente. Era o doutor Gastão de tal, na época chefe do CTI do Hospital Pan-Americano, na Tijuca.

      Feita a cirurgia naquele hospital, dias depois ela começou a definhar, com dores nas costas. No dia da retirada dos pontos, ela se queixou disso e o tal Gastão disse que era frescura dela. Como o estado continuou a piorar, ela foi ao Quinta d'Or, onde tiraram uma tomografia de abdômen (tomografia de abdômen para quem estava com dificuldade de respirar) mas não chegaram a nenhuma conclusão.

      Na mesma noite ela não dormiu, com falta de ar. Na manhã seguinte levei-a à clínica Santa Terezinha, ligada ao Pan-Americano. O pneumologista de plantão pediu radiografia dos pulmões e me falou que ela estava com sérios problemas nos pulmões. Pediu também uma tomografia de abdômen, já que ela havia feito a cirurgia antes. Ela passou o dia tomando soro, sentada numa cadeira, com a pele cinza, enquanto aguardava autorização de internação do plano Bradesco Saúde. A médica de plantão cismou que era problema de vesícula e queria porque queria mandá-la para extração desse órgão. O pneumologista e ela bateram boca várias vezes. Encerrado o plantão desse médico, ele disse que não iria embora porque não iria permitir que fosse feita a extração da vesícula da minha esposa, porque o problema era nos pulmões. Bateu pé o tempo todo e finalmente, no início da noite, ela foi encaminhada ao CTI, pois já estava em estado séptico, quase sem respirar e com a pele cinza e sem cor nos lábios.

      Durante a madrugada, sofreu uma parada respiratória. Pela manhã, minha sogra entrou em contato com o doutor Renato Calil, pneumologista (não confundir com Roberto Kalil), que havia salvado o patrão dela da morte, tempos antes.

      O doutor Calil prontamente foi à clínica Santa Terezinha (apesar de ser um sábado de manhã) e voltou com a notícia de que minha esposa estava com infecção hospitalar. A bactéria havia tomado um pulmão inteiro, um terço do outro e já estava atacando o coração. Ele disse que não sabia se ela iria sobreviver. Ela já estava em coma desde a noite anterior.

      O doutor Calil e um outro médico, ainda iniciante, o doutor Fábio Aguiar, se revezaram no atendimento a ela, comparecendo ao hospital duas vezes por dia e tomando a frente de todas as indicações de exames e medicamentos. Ao longo desses dias de luta entre vida e morte, o doutor Gastão não fez uma visita sequer a ela, pelo que soubemos.

      Minha esposa ficou em coma no CTI durante seis dias, e mais quatro no quarto. Quando ela já estava para sair, o tal de Gastão apareceu para vê-la. Minha sogra estava presente e expulsou-o a toque de caixa do quarto, só faltando dar-lhe um chute na bunda.

      Quando ela narra isso para outros médicos, ninguém acredita, porque esse tal de Gastão é bem conceituado na praça.

      Por coincidência, anos depois minha sogra estava num ônibus e ouviu a conversa de duas passageiras do banco da frente, que estavam justamente falando que uma delas iria se operar com o tal Gastão. Minha sogra abriu o verbo, contou o que se passara, e elas disseram que iriam desistir de operar com ele.

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    2. Meu pai faleceu em 1989 na Santa Therezinha (leia-se Panamericano) dez minutos depois de "dar entrada" na emergência às 13:00 em razão de hemorragia digestiva. O médico por razões não explicadas se recusou a fornecer atestado de óbito, tendo solicitado à 19 DP remoção do corpo de meu pai por achar suspeita a "causa mortis". Só fui encontrado às 18:00, tendo tempo suficiente para sustar a remoção após meu primo fornecer o competente atestado de óbito. Poucos meses depois ele foi nomeado Diretor do Hospital Carlos Chagas. ## Em 2003 minha avó paterna também faleceu na Santa Therezinha. A "causa mortis" que constou no atestado de óbito foi infecção urinária, mas ela não teve um atendimento adequado. Esse hospital, "em tese", é bem conceituado na mídia, mas não o recomendo para ninguém. O fato é que se de um lado o Estado condena "aos piores suplícios" aqueles que dependem da saude pública, por outro lado os hospitais particulares usam de todos expedientes para "faturar mais algum:...

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  13. Sobre o Centrão, assim que ficam definidas no primeiro turno as bancadas do Congresso, já sabemos quem realmente vai mandar no governo, através da chantagem.
    O voto para presidente é para saber quem será o chantageado.

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  14. Trabalhei 25 anos no Souza Aguiar e 30 anos no Hospital de Bonsucesso.
    Quanto a emergências prefiro ser levado para o Souza Aguiar ou para o Miguel Couto do que para outros lugares. Após o primeiro atendimento quero ser removido para um hospital particular. A experiência em emergência nestes locais é inigualável em caso de politraumatizados.
    Quanto aos hospitais federais, minha experiência é que o acesso é ruim, com muita procura, mas para os pacientes internados se faz um atendimento de ponta, na maioria das vezes.
    Como em todo lugar há maus profissionais, mas, por outro lado, há os que se dedicam exemplarmente, muitos arriscando a própria saúde. Um grande amigo, pediatra, morreu de leucemia de tanto que segurava bebês para RX de tórax.
    Por exemplo, a carga de RX que tomei durante as cirurgias de colo de femur no século XX certamente me fizeram muito mal. Não havia protetores de chumbo e numa única cirurgia eram várias cargas, pois em determinada posição cabia ao médico segurar a placa do filme do RX.
    Como sempre as generalizações são imperfeitas.
    Concordo que a roubalheira é imensa. Certa vez, exercendo cargo de chefia, fui ameaçado pela diretoria de um hospital por não assinar que concordava com uma determinada compra de material super-faturada.
    Enfim...

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    1. Minha vida foi salva no Souza Aguiar pelo Dr. José Fernando Guedes, chefe do setor de Neurocirurgia.

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    2. Segundo informações da própria prefeitura o segundo maior setor de emergência da cidade depois do Souza Aguiar e do hospital Albert Schweitzer, em Realengo.

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  15. Houve uma época em que existiram pequenas clínicas no centro da cidade e também em bairros que faziam exames de RX, inclusive como parte de exames admissionais para emprego, como eu mesmo fiz.
    Espero que as salas contíguas àquelas de exame estivessem adequadamente protegidas e que as pessoas, fossem funcionários da clínica, fossem de outros negócios do prédio não recebessem doses constantes de radiação.

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  16. Esta última foto parece muito com o hospital Pedro II, em Santa Cruz.
    ---
    Acredito que o meu pai também foi vítima da "injeção da meia noite", no Hospital do Andaraí em 1988. Num dia à noite estava dando sinais de recuperação e no dia seguinte pela manhã recebi informação do seu falecimento. Informação essa dada, vejam vocês, por um funcionário de uma funerária!!!

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  17. O atendimento de emergência de (alguns) hospitais públicos é de excelência, visto casos recentes. Fora isso, meu pai faleceu de DPOC em um hospital pequeno da prefeitura na Colônia, meu irmão, de sepse urinária, no Hospital de Bonsucesso e minha mãe, no Lourenço Jorge com uma infecção não muito explicada. Minha madrinha tinha morrido anos atrás também no Lourenço Jorge e uma outra tia em um hospital particular na Taquara. Só minhas avós morreram em casa. Uma dormindo (AVC) e a outra tomando café da manhã...

    Nos anos 80 o sistema de saúde era tão confiável que presidente ia se tratar em Cleveland...

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  18. Infelizmente ainda existem pessoas que por interesses ocultos continuam a se valer de narrativas "descaradas" como "o SUS é de primeiro mundo" ou "a saúde pública no Brasil é de qualidade". Grande parte é de "papagaios de pirata" que repetem qualquer coisa que lhes é apresentada e que se acotovelam nas filas do SUS, mas uma parte considerável é composta de "comunistas de carteirinha" bem situados na vida, dirigindo carros de luxo, dispondo de excelentes moradias, recebendo ótimos salários, e pagam planos de saúde com valores elevadíssimos. No último caso são "doutrinados de segunda geração" ou velhos esquerdistas encanecidos e que tiveram "o lombo" açoitado por borrachadas como alguns "velhos conhecidos" e guardam ressentimento até hoje. Essa turma é descrita no livro "A esquerda caviar", de Rodrigo Constantino.

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    1. É bem verdade que manter com qualidade um sistema de saúde nacional gratuito para todos os habitantes é coisa impossível, ao menos num país do Terceiro Mundo e onde impera a corrupção. Mas daí a achar que o SUS é ótimo é negar a realidade. Haja vista as demoras para exames e cirurgias, mesmo os mais simples. A faxineira daqui de casa luta com esses problemas de agendamento de exames e consultas no SUS.

      Se o SUS fosse tão bom assim, ninguém pagaria fortunas por planos de saúde particulares, alguns dos quais são também uma boa bosta. E os políticos não procurariam hospitais particulares de altíssimo nível quando têm algum problema de saúde.

      A saúde, assim como a educação, foi terceirizada para grupos empresariais particulares, cujo objetivo é lucro e não a qualidade dos serviços. E cada vez mais excluem os menos ricos e se concentram em quem podem pagar fortunas para eles.

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    2. Já comentei aqui "trocentas mil vezes": o sucateamento do sistema de saúde pública foi uma ação coordenada com a entrada no mercado dos planos de saúde internacionais e foi empreendida por políticos na década de 80 após o fim do governo militar. Até hospitais que atendiam a servidores públicos como o IASERJ e o Hospital dos Servidores foram totalmente destruídos.

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    3. Verdade verdadeira. Todos os grandes problemas nacionais de saúde e educação, entre outros, são resultado de excelentes planejamentos de longo prazo, feitos por quem lucra com a terceirização deles para a iniciativa privada. A ideia é sucatear tudo que é público, bagunçar geral, roubar a torto e a direito, para forçar quem tem condições financeiras (e até quem não as têm) a migrar para os serviços privados. E la nave va.

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  19. Rodrigo Constantino...putz...

    Um amigo meu quebrou a perna nos EUA há cinco anos atrás e está pagando até hoje. Consertaram a perna, mas arrancaram-lhe a pele.

    Vários países tem um sistema semelhante ao SUS, sejam de primeiro ou terceiro mundo (Índia), e estão muito bem.

    Enfim, mais ou menos com o SUS, pior sem ele...

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    1. Incomparavelmente melhor do que Antônio Gramsci ou Karl Marx...

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    2. O SUS funciona muitíssimo bem em muitas pequenas cidades brasileiras e mal nas grandes cidades.
      A distribuição de remédios para hipertensão e diabetes gratuitamente é de grande ajuda.
      As vacinas são outro ponto alto do SUS.
      As Clínicas de Família são outra coisa boa.
      Mas não há dúvida que a corrupção está por todo lado.

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    3. É claro que somente de forma anônima você publicaria esse comentário. Duvido que o fizesse se fosse obrigado a se identificar.

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  20. Vou contar um caso ocorrido com um colega de serviço, na década de 1990. Ele, a esposa e o casal de filhos (ela com cerca de 18 anos, ele com uns 14 anos) foram a Atlanta. A garota era extremamente alérgica. Eles se hospedaram num hotel, mas em andares diferentes.
    Uma noite a garota teve uma crise muito forte de alergia e necessitava de atendimento urgente. O colega desceu à portaria e perguntou como proceder. O funcionário disse para ele ligar para o 911 e narrar o fato. Ele assim o fez e subiu ao seu apartamento para pegar documentos que talvez fossem necessários.

    Ao voltar para o apartamento dos filhos, entrou e se deparou com o garoto de mãos ao alto, gritando apavorado: "Eu não fiz nada, eu não fiz nada!". Policiais estavam apontando revólveres para ele.

    E por que tudo isso? Quando ele ligou para o 911, sem ter certeza do que estava acontecendo foram mandadas três equipes: paramédicos, bombeiros e polícia. A primeira a entrar no apartamento foi a polícia, para se inteirar do fato e por segurança de todos.

    Final da história: a garota foi internada durante quatro dias. Por sorte a esposa desse colega era funcionária da UNESCO e tinha um plano de saúde internacional, que cobriu tudo.

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  21. Gestão de Saúde é bastante crítica, visto ser uma atividade bastante complexa, que necessita de estar atualizada diariamente com as novas tecnologias e equipamentos que chegam ao mercado, a atualização constante do corpo clínico, com a participação em Congressos, Especializações Profissionais em novos procedimentos, custos de novos remédios, insumos básicos para aplicação de medicamentos e curativos, e um dos principais itens que todos os hospitais precisam estar sempre atentos, que é materiais para limpeza e higienização, para evitar contaminação hospitalar.
    Estes custos estão sempre muito acima da inflação, fato que na rede privada obriga o repasse para o paciente, fazendo que os custos dos planos de saúde particulares sofram aumentos bem acima da inflação.
    Já na rede pública um orçamento de despesas bem elaborado, com a isenção de impostos, bem como uma gestão (sem roubo), poderia reduzir estes custos, bem como melhorar o atendimento da população, principalmente com uma gestão compartilhada entre todas as unidades, e um centro de estocagem comum.

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    1. Lino, seu último parágrafo é tudo o que os políticos e grandes empresários do setor não querem. Na verdade, têm ojeriza a isso. O Centrão está de boca arreganhada para pegar o Ministério da Saúde. Você acha que é por estar muito interessado em prestar um serviço de qualidade à população?

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    2. É verdade Hélio, como já havia comentado acima, o Centrão tenta abocanhar o Min. da Saúde, desde os primeiros dias do gov. Lula. Porém num País sério, é isso que se faz para que a Saúde Publica funcione bem, mesmo enfrentando as adversidades que citei, vide a Saúde na Inglaterra que é integralmente Pública. Sempre digo que o Brasil seria muito melhor gerido, se não houvesse governo e políticos.

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  22. Tem certos assuntos que me dão tanto ódio que me arrisco até a passar mal. Porque não vejo nenhuma perspectiva de melhora. Nem sequer de ser mantido o péssimo status quo. A perspectiva é sempre de muita piora. Não é a toa que odeio com todas as minhas forças essa canalhada de políticos e magistrados, independente da ideologia bandida que defendam. Esquerda, centro e direita, são todos membros de ORCRIM's muito bem organizadas. Não defendo o Fidel Castro, mas bem que um paredón cairia bem a esses patifes ordinários.

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  23. Será que o Bukele seria a solução?

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  24. Ainda sobre a vacina da polio, a gotinha oral apresentava uma característica que era desejada para os objetivos na época. Se recordarem todos os anos havia campanha para vacinação, inclusive para as crianças já vacinadas. A explicação para isso era disseminar ao máximo o vírus atenuado por todo o meio ambiente, incluindo a rede de esgoto sanitário, e, com isso atingindo de forma indireta até quem não tivesse recebido a vacina.

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