Na postagem de hoje abordaremos o Hotel Londres, cujo endereço era Av. Atlântica nº 668 (depois, com a nova numeração, passou a ser nº 2740), entre as ruas Constante Ramos e Santa Clara. Para isto contamos com a colaboração de vários estudiosos do Rio Antigo, como o Andre Decourt e o Maximiliano Zierer.
Como não se hospedar no Hotel Londres com todas essas qualidades?
Um dos primeiros cartões de propaganda do Hotel Londres. Os telefones, à época, tinha só 5 números. O proprietário era o Sr. Luiz Alves Rolim.
Cartão de propaganda do Londres Balneário Hotel Ltda., conhecido como Hotel Londres. À época a estação de telefones em Copacabana era a 27.
Edifício Duque de
Edimburg, Av. Atlântica número 2736. (ex Hotel Londres, na Av. Atlântica antigo
número 668)
Edifício Duque de Epson, Av. Atlântica número 2740. (ex-terreno vazio do Hotel Londres)
Edifício Machado de Assis, Av. Atlântica número 2768. (ex palacete do Barão Jayme Smith Vasconcellos, na Av. Atlântica antigo número 680)
Edifício Cairo, Av. Atlântica número 2788.
Edifício Albion, Av.
Atlântica número 2806.
Edifício Soberbo, Av. Atlântica número 2826.
Edifício Palácio Champs Elysees, Av. Atlântica número 2856. (ex casa de Odete e Júlio Monteiro, na Av. Atlântica antigo número 700)
Ed Marulhos, Av. Atlântica número 2888.
Cartão-postal do acervo do Marcos C. Silva. A Av. Atlântica antes de 1938, pois os postes do canteiro central ainda estavam lá.
Esta foto foi enviada pelo prezado A. Silva. O Hotel Londres foi
inaugurado em 1918 e demolido em 1952 pela Construtora Corcovado. A seu lado
vemos a casa do Barão Smith de Vasconcelos. Segundo o Decourt, tinha 30 metros de altura total e foi projetada por Virzi, em cores entre o ocre e o azul.
Vemos uma parte de um postal, colorizado pelo M. Zierer. Bem à direita está o casarão de três pavimentos de James Darcy e, assinalado pela seta, o Hotel Londres.
Esta foto já mostra o Hotel Londres semi-emparedado pelos arranha-céus. Deve ser por volta de 1950. O vendedor de "casquinhas" e pirulitos, com seu tradicional tabuleiro, caminha pela estreita calçada de Copacabana.
Anúncio publicado no "Correio da Manhã" quando do lançamento do Edifício Duque de Epson. Segundo o Decourt, a "Predial Corcovado", para a construção desses edifícios, fez a transação imobiliária mais cara até então da Av. Atlântica.
Anúncio do encerramento das atividades do Hotel Londres em 19/03/1952.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirMais um dia para acompanhar os comentários.
Hoje a Rádio Nacional completa 87 anos.
Mais para a noite teremos um bom remédio para insônia, depois das 23 horas.
Quanta informação sobre Copacabana. Parabéns aos envolvidos.
ResponderExcluirRealmente é curioso isso dos jornais informarem os nomes dos hóspedes dos hotéis e as listas dos passageiros de aviões.
Quanto às estações de telefone nos anos 60 as dezenas 57 e 37 eram de Copacabana.
As 27 e 47 eram mais de Ipanema.
Em Botafogo lembro das 26 e 46.
Flamengo lembro da 25.
Sobre prefixos de telefones, ainda nos anos 60 apareceram os telefones de 7 dígitos, enquanto que em muitos locais os telefones de 6 dígitos resistiram até os anos 90. Petrópolis, salvo engano, entre eles. Mas com outro DDD.
ResponderExcluirNo começo dos anos 60, notadamente na região que seria "atendida" pela CETEL, ainda havia auxílio da telefonista. O bar, apesar de ficar em Madureira, usava uma central de Marechal Hermes com três dígitos.
ResponderExcluirAté 1972 muitos telefones em Jacarepaguá ainda necessitavam de manivela para acionar a telefonista. A partr do ano seguinte a Cetel passou a instalar linhas de prefixo 392.
ResponderExcluirNormalmente os prefixos de JPA eram 342 e 392. Não lembro de outro(s). Na Barra havia o 325. Quando instituíram a centena 4XX, virou festa...
ExcluirPS: algumas regiões da Barra também eram atendidas pelo prefixo 399.
ExcluirNa Freguesia nessa época residia um funcionário público de certa idade que era supostamente homossexual, cujo telefone tinha o prefixo 392 e que era alvo de trotes e de brincadeiras inconvenientes.
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Hoje é dia de acompanhar os comentários, realmente era muito estranho informar o nome dos hóspedes que estavam hospedados nos Hotéis em Copacabana, a não ser que fosse feita uma boa triagem dos nomes das hospedes, antes da publicação, mas mesmo assim, poderia ocorrer grandes enganos.
ResponderExcluirNos anos 60, minha família consegui a instalação de uma extensão da linha (prefixo 57) de minha tia materna solteirona; ela morava na Barata Ribeiro entre Barão de Ipanema e Bolívar e nós na Avenida Copacabana entre Inhangá e Rodolfo Dantas.
ResponderExcluirA combinação era que nós atendíamos primeiro e, se fosse para ela, desligávamos de imediato após avisar a pessoa, que então tornava a ligar para a tia atender.
Funcionava direitinho ... .
Também tivemos uma extensão telefônica da casa de um amigo quando nos mudamos para a Lagoa. Custou a ter linha disponível.
ExcluirCom certeza o período de sua existência fez desse hotel testemunha da melhor época de Copacabana.
ResponderExcluirSobre tornar público listagem de hóspedes era coisa de um tempo de pessoas que gostavam de ver seus nomes nos jornais.
ResponderExcluirAs colunas sociais são cheias de exemplos, bem mais amplos.
Os que queriam privacidade davam um jeito de não serem identificados.
Antigamente era comum se morar em hotéis/pensões. Alguns de luxo, outros nem tanto. Será que na época havia caixeiros-viajantes, gente de outros estados vindo para o Rio, para estudar ou trabalhar? Hoje em dia, com algumas exceções, não vejo mais isso. Pelo menos na zona sul.
ResponderExcluirContinuam a existir as pensões na zona norte?
Meu avô paterno e toda a família (minha avó, meu pai, um tio e uma tia), nos tempos de vacas gordas (ele possuiu alguns negócios muito bem sucedidos nos anos 40, depois sofreu um derrame cerebral, ficou incapacitado e a coisa desandou na mão do meu tio mais velho) moraram durante alguns anos da década em um pequeno hotel, de nome Suisso, que existiu na Rua da Glória.
ExcluirMuita gente adepta do dito: "Falem mal, mas falem de mim...". Até hoje...
ResponderExcluirNaquele tempo tinha água quente na pia e no chuveiro?
ResponderExcluirO banheiro era individual ou coletivo? As pensões que existiam na Glória e no Catete eram bem modestas e o banheiro era coletivo. Em Botafogo eram um pouco melhores. No Centro e na zona norte eram cortiços um pouco melhorados.
ResponderExcluirSoube que o Oscarito morou no Hotel Londres. Também os nomes dos passageiros de trem e navio, e depois avião , eram publicados. Acho que já saiu posto aqui sobre o Hotel Allan , no Largo dos Leoes.
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