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segunda-feira, 4 de setembro de 2023

SEGUNDA-FEIRA

Segunda-feira é dia de voltar a trabalhar e ir para a "cidade". A fotografia, garimpada e costumizada pelo Nickolas, mostra um aspecto da Praça Marechal Floriano, no Centro, com destaque para o Teatro Municipal.


A foto mostra, como conta o Jason, o padrão amarelo-vermelho de pintura dos ônibus urbanos do Rio nos anos 50 e está cheia de carros sensacionais: Skodinha conversível maltratada, Chevrolet 52 sedã novinho, preto, Hudson cupê, Packard 51. 

Lá na esquina da 13 de Maio tem ainda mais um Skoda (só que sedã) e um Frango Assado! 

Certamente a lupa de obiscoitomolhado encontrará outros detalhes.

Ao escrever "ir para a cidade" me lembrei de uma boa história.

O "velho" morava nesta casa (onde também morei) na Barata Ribeiro e, na época da primeira foto, não tinha carro. Saía diariamente por volta das 6 horas da manhã, passava pela Raimundo Correia e se dirigia ao ponto de ônibus entre o Cinema Metro e a Rua Santa Clara.

Lá, naquela Copacabana deserta, sempre se encontrava com outro madrugador. Durante muito tempo somente se davam um "bom-dia" e se sentavam separadamente no ônibus quase vazio. E assim foi durante muito tempo.

Quando o "velho" conseguiu comprar o primeiro carro, saiu da garagem, dobrou à esquerda na Dias da Rocha, foi até o ponto de ônibus e lá parou o carro e perguntou ao outro madrugador se queria uma carona até a cidade.

Pois não é que com o bate-papo diário se tornaram grandes amigos? Coincidentemente ambos flamenguistas fanáticos, passaram a ir a todos os jogos juntos, se tornaram compadres. Tudo por uma carona.

Anos mais tarde, quando cresci, passei a ir com o Jarbas Barbosa, Delegado de Polícia, aos jogos também.

Tinha quase dois metros de altura e embora fosse extremamente gentil, era bom de briga. Outro dia conto uma grande confusão na arquibancada do Maracanã no dia da final do campeonato de 1960, entre Fluminense e América, que fomos assistir. 

PS: a colorização da casa é de autoria do Conde di Lido.


… 

38 comentários:

  1. Bom dia ! Bela história! Para os que ainda não conhecem, a visita guiada ao Teatro Municipal é um programa obrigatório! Bate longe o de SP. Na rua, o carrinho conversível um sucesso!! Semana curta! Hoje, em 1969 era sequestrado o Embaixador americano Charles B. Elbrick. O Cadillac fechado na Rua Marques, ao lado da COBAL de Botafogo, foi abandonado atrás da rua onde moro, no Jardim Botânico. Dali uma Kombi o levou para o cativeiro. O Brasil era governado pela Junta Militar que assumiu o Governo em 31.8.

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  2. Bom dia, Dr. D'.

    A primeira vez que me lembro "indo à cidade" foi na missa de formatura no CPII da minha irmã, na catedral, em 1984. Passei a ir mais frequentemente a partir do ano seguinte, quando entrei no atual ensino médio, com 13 anos. A partir de 1990 era passagem obrigatória para pegar a barca para Niterói.

    Os ônibus vindos da zona sul com destino à Central tinham a vista "Estrada de Ferro". Por muito tempo.

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  3. Bela foto. A região da Cinelândia nunca mais voltará a ser a mesma. Nem a sensação de modernidade que a circulação do VLT trouxe para a região suaviza a sensação de abandono. ### A data mencionada pelo GMA faz lembrar que, apesar de opiniões divergentes, vivemos dias mais seguros "em todos os sentidos".

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  4. Duas lindas fotos de coisas que não existem mais. Uma cidade limpa e organizada e uma simpática casa na Barata Ribeiro com muro baixo e um portãozinho.
    A história da amizade também é bonita. Às vezes o acaso e um simples gesto de gentileza transformam o futuro. Seu pai e o Jarbas Barbosa foram uns felizardos em terem tido uma amizade assim.

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  5. Vivi os anos de Juscelino, Jânio e Jango no poder e não havia a menor diferença com os anos de Castelo, Costa e Silva e dos “Três Patetas” em termos de segurança. A coisa piorou, com o aumento das drogas e seus efeitos colaterais nos anos seguintes e foram piorando progressivamente, assim como a corrupção de empresários, políticos, policiais, etc. A isto se acrescente a explosão populacional, a desigualdade social, a brutal inflação deixada pelos militares, a piora da educação e temos isso que vivemos hoje.
    E como dizia o Ulisses Guimarães: só vai piorar.

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  6. Bom dia Saudosistas. A primeira foto muito bem colorizada pelo mestre Nickolas, mostra a Cinelândia nos seus melhores dias. Nesta época os cinemas fervilhavam em suas seções das 14 16 18 20 e 22 horas, a praça e o comércio ao redor também ficavam lotados, uma época em que se podia fazer programas noturnos pela cidade, hoje programas noturnos somente nos shoppings. Hoje vivemos numa cidade sitiada pelo medo. A foto 2 já é velha conhecida no SDR, vale lembrar a bela colorização do mestre Conde Di Lido.
    FF. Mesmo o Botafogo perdendo, foi uma boa rodada para o Botafogo.

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  7. Quem curte variedade cromática nos ônibus deve ter sentido ânsia durante a fase "caixa de remédio" da frota carioca, que ainda resiste em uma boa quantidade.

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  8. Pegando carona no texto do gerente sobre ida ao Maracanã, nos anos 70 fui várias vezes ao Maracanã com um Delegado de Polícia amigo "de praia" de meu pai, o Delegado Demétrio Farah ( acho que acertei a grafia do nome) nas ocasiões em que ele era o delegado da polícia civil no jogo .
    Iamos no banco único do "camburão", uma (acho) C14 preto e branca, o motorista, eu espremido no meio e ele na janela.
    Ele ia comigo até o hall dos elevadores que davam acesso à Tribuna e pronunciava as palavras mágicas ao funcionário que controlava o acesso: "o garoto está comigo".
    Aí, era subir e, me maravilhar (sempre) com o espetáculo que era a porta do elevador abrir e dar de cara com o espetáculo das cores, sons e cheiros de um Maracanã cheio, achar um lugar vago na tribuna e assistir ao jogo do glorioso. (aliás, ainda de cabeça inchada de sábado ..)

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    1. Esta abertura de porta do elevador no 6º andar do Maraca é uma das mais emocionantes vistas do Rio, em dia de jogo.
      Outra que acho linda é, voltando de viagem, sair do Rebouças na Lagoa.

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    2. continuando ... Lagoa também é uma beleza; temos o privilégio de várias vistas lindas, que às vezes, no dia a dia, não valorizamos.
      Tenho um amigo que se refere a isso como o "olhar banal" do carioca sobre a cidade.

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  9. Meu pai não teve trabalho constante na Cidade, uma ou outra visita à agência do Banco de Crédito Territorial. A que ele trabalhava era em Olaria.
    E eu nem visitinha à serviço.
    Já para compras, desde que a memória começou a gravar, puxado pela mão da minha mãe. Quando a loja era de roupas e calçados, com poucos minutos era eu que queria sair puxando minha mãe.
    Lojas de brinquedos e papelaria me interessavam mais.
    Lembro também de irmos à Light na Floriano Peixoto, e atravessar a Pres. Vargas era assustador, já que minha mãe considerava a galeria subterrânea um "horror". Também aconteciam visitas a uma ou outra repartição pública.

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  10. Há cerca de um ano a Cinelândia estava tranquila com patrulha extra da PM de plantão no meio da praça. Pelo menos pela manhã,
    Inclusive vi grupo de crianças uniformizadas indo em direção ao Teatro Municipal em visita guiada.
    Agora estou interessado naquele carro cor de creme atrás do Chevrolet preto, identificado como sendo um Hudson. qual seria o ano e o valor?

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  11. Falava-se, no passado recente, que a autoria das belas colorizações não eram feitas pelo DI LIDO, mas sim por um auxiliar extraordinário que pensava, calculava e executava o trabalho e o Di Lido ficava sentado na cadeira de balanço cochilando e colhia os louros do "Vitório" . Portanto os "antigos" frequentadores do SDR podem confirmar ou não.

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    1. Nenhuma dúvida disso. O "Vittorio" era um mago das cores.

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  12. Sobre clássicos cariocas no Maracanã, decisão ou não, tá difícil porque os gangues marginais disfarçadas de torcida organizada estão complicando a vida do verdadeiro torcedor de futebol.
    Mas nos anos 60 também assisti alguns jogos em que eu era "neutro" ou seja, não tinham nem o Flamengo e nem a Seleção Brasileira em campo. Um deles uma vitória de virada do Vasco sobre o Botafogo, depois do alvi-negro abrir 2 x 0 em 1967 se não me engano. Auge do alvi-negro de Jairzinho e Gérson com Zagalo como técnico.

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    1. Sábado aconteceu um clássico no Nilton Santos, novamente com cenas de vandalismo explícito comemoradas pelos de sempre nas redes (antis)sociais. Está fácil identificar, mas deixaram passar o flagrante e é um crime de "baixa ofensividade".

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  13. Falando de Maraca, inesquecível, entre muitíssimas outras recordações, foi a semana de meados de novembro de 1963, quando fui 4 dias seguidos ao Maraca.
    14/11 = Santos 4x2 no Milan, de virada.
    15/11 = Flamengo 4x3 no Vasco, também de virada.
    16/11 = Santos 1x0
    17/11 = Bangu 2x1 no Botafogo.

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    1. O jogo de 17/11 Bangu 2x1 Botafogo, foi o último jogo do Nilton Santos pelo Botafogo.

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  14. 16/11 = Santos 1x0 no Milan, gol de penalty.

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  15. Não vi mais Skoda na foto,só a conversível ....vejo um Austin A70 e um Kaiser Manhattan tmb

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  16. Paulo Roberto, 09:48h ==> o Hudson me parece um 1946, mas pode ser um 1945 ou 1947.

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  17. Na última Sexta-feira eu fui ao TJ e em seguida aproveitei para circular na região. Após sair do TJ fui até às Barcas para pegar o VLT da linha 3. A região além de estar "deserta de pessoas ocupadas", é possível notar a quantidade de moradores de rua, pois inclusive na entrada do prédio da antiga Alerj "residem famílias inteiras". Saltei do VLT na Sete de Setembro quase em frente à antiga Feira de Leipzig, onde funciona uma famosa loja de sapatos. Após almoçar em um excelente restaurante na Rua do Ouvidor, pensei em retornar à Sete de Setembro para tomar o VLT em direção à Central, mas a região era um "praça de guerra" devido a um conflito entre camelôs e guardas municipais com direito a balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Voltei no mesmo pé e acabei indo até à Rio Branco para pegar VLT. Apesar dos lacradores e progressistas de plantão, não há como não preferir uma época em que "todos conheciam seus lugares", em face de uma atual cidade "mais do que decadente"

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  18. Este "todos conheciam seus lugares" é patético. Remete a Plinio Salgado e seu corporativismo.

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    1. Nada é mais patético do que indivíduos que se escondem atrás de um "anonimato". Esse tipo de conduta esconde frustrações diversas, as quais prefere não revelar, pois na maioria das vezes a saída para elas pode ser "a porta do armário". De qualquer forma, não costumo debater com "Anônimos".

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  19. Uma cidade "principado", isolada do restante do país como uma gota de azeite no vinagre, começou a ver a realidade nua e crua a partir do descaso dos governantes em promover a inclusão harmoniosa, reduzir a desigualdade e fazer uma reforma agrária de verdade para evitar o êxodo rural. Deu no que deu.

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    1. Wagner acho muito simplório atribuir o problema de decadência do nosso estado e do País aos políticos, nenhum deles ocuparam o poder sem o nosso voto, logo devemos fazer uma reflexão, ver o candidato que votamos e elegemos desde que começamos a votar, e assim podemos ver o quando cada um de nós somos culpados
      por esta situação atual.

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    2. Lino, discursos do tipo "governar para os pobres". "reduzir a desigualdade", "eliminar a pobreza", e outros do tipo, são usados com frequência e com sucesso diante de uma população cada vez mais idiotizada. Em verdade não há interesse em eliminar ou mesmo diminuir a pobreza, já que a miséria, a ignorância, e o analfabetismo endêmico, são o principal alimento da classe política. Aliado a isso um conjunto de fatores contribuiu para alimentar a insolúvel "tragédia carioca", entre os quais eu destaco a "diáspora nordestina" cujo resultado foi determinante para promover o descontrole urbano, a favelização, a desordem pública, e o aumento da criminalidade no Rio de Janeiro.

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  20. Trabalhei na cidade, em um prédio pequeno na Gonçalves Dias entre Rosário e Ouvidor, de 1978 a 1990.
    Recentemente, numa das raras idas ao centro, atravessei toda a Gonçalves Dias e quase deu vontade de chorar ... que decadência.
    (o prédio, em frente ao Bar Opus - que tinha o melhor sanduíche de pernil do mundo - estava fechado, integralmente desocupado; o bar, esse resiste.)

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    1. Infelizmente não querem admitir as razões dessa decadência óbvia. A "culpa" certamente é de quem trabalha, prospera, e cria empregos. Os mesmos que propagam esse tipo de idéia são aqueles que idealizaram um país de acéfalos idiotizados e imbecilizados, onde o Estado decide o que é melhor para comer, ler, ou vestir.

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  21. https://globoplay.globo.com/v/11916293/?fbclid=IwAR1tKg89Gy4JqS2gl0FuPV1grbUk6wRynBknc8laPgcAn4Md0-zJMVghY2w

    Link para ver o Jaguar de obiscoitomolhado

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    1. Eu assisti ontem no auto esporte, antes do início da corrida de F1.

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    2. Eu tinha visto a chamada durante a semana e me programei para ver antes da F1.

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  22. Não consegui abrir pelo link. Será que é só para assinantes do Globoplay?

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  23. Ontem de noite torcedores do Vasco lotaram o entorno do estádio enquanto o time jogava em Salvador, contra o Bahia, em represália à decisão descabida da justiça em proibir jogos com torcida (nem mulheres e crianças até 12 anos) alegando "falta de segurança". Em tempos de brigas marcadas pela internet, como as que aconteceram no sábado, a decisão só pode ser chamada de preconceituosa.

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  24. E o acesso da Lusa para a série C bateu de novo na trave, depois da derrota em casa por 1X0 para o Caxias/RS.

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