Em
11/12/1958, com o início de funcionamento da máquina “limpa-praia”, a
Prefeitura informou que o problema da sujeira na praia estaria resolvido: importada dos Estados Unidos por doze milhões
de cruzeiros, esta máquina
"limpa-praia" (Barber Greene), apesar da propaganda não deu certo.
A
primeira foto, do Acervo da Última Hora, mostra a tal máquina em frente aos
hotéis Lancaster e Ouro Verde (que tinha um ótimo restaurante), na Avenida
Atlântica perto da Rua Duvivier.
Na
parte inferior da máquina o aspecto é de trator, mas enquanto caminha pelo
terreno arenoso espirais metálicas colocadas à frente reúnem areia que é
recolhida por caçambas giratórias até o alto de um tubo. Aí, então, a areia é
lançada para a parte posterior da máquina caindo sobre uma peneira vibrante que
deixa passar o material silicoso retendo os detritos, finalmente recolhidos em
um depósito.
O
primeiro a conduzir a máquina foi o Prefeito Sá Freire Alvim e o primeiro “lixo”
colhido foi uma moeda de 50 centavos.
Os
cariocas logo deram apelidos à máquina, tais como “Maysa”, "Engole
Tudo", "Deixa que eu levo" e "Dengosa", em razão de
sua lentidão operacional, além de “Pavão”, este em homenagem ao famoso beque
central do Flamengo que “limpava a área”.
Lembro
dela trabalhando perto da Constante Ramos, em frente ao edifício Guarujá e ao
Rian, peneirando a areia. Pouco tempo depois estava enferrujada e, sem
conservação, foi abandonada.
Em
março de 1960 a vereadora Ligia Lessa Bastos já cobrava explicações da
Prefeitura sobre a máquina que fora removida para a oficina da Secretaria de
Viação e Obras, na Rua Marquês de Sapucaí nº 87. Apesar das promessas, não
voltou a funcionar.
Voltou-se,
então, para o peneiramento manual, até que poucos anos mais tarde compraram uma
outra máquina, como vemos na segunda foto, de 1967 e do Acervo do Correio da Manhã, desta vez empurrada por um
tratorzinho. Com modernizações, ela é usada até hoje pela Comlurb.
Em
conversas sobre o assunto, o Decourt sugere que “deveria haver algum tipo de
bomba para jogar água salgada nas praias com grande extensão de areia, como
Copacabana, pois a água do mar mata quase todos os fungos e vermes da areia,
principalmente aqueles que vivem junto com os cocôs de pombo, outra praga
urbana do Rio, como os camelôs e os flanelinhas...”.
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Lembro dessas máquinas, principalmente da primeira que teve muita propaganda. Há vários problemas nesta questão de limpeza das praias. Um é a falta de educação do povo que joga lixo em qualquer lugar e não tem o menor sentimento cívico. Outro é o usual desperdício de dinheiro público com compras estranhas e sem suporte técnico. Há muita maracutaia com o dinheiro da "viúva".
ResponderExcluirO rapaz na calçada devia ser um fiscal de ares marinhos e também o pessoal na sacada dos prédios. Ao fundo parece ser um furgão daqueles que o Toalheiro Brasil tinha. Nunca mais vi os furgões desta empresa.
Muita gente não me tem em boa conta porque costumo expressar minhas opiniões e meus conceitos sem qualquer melindre. E isso se aplica aos comentários que faço "neste sítio" e certamente hoje não será diferente. Em países civilizados, o plano espiritual atua para que haja progressos nas vidas dos lá encarnados. Assim, no decorrer dos séculos, é possível perceber como a espiritualidade atuou no decorrer dos séculos em locais como a Escandinávia por exemplo, onde em alguns séculos passaram de Vikings à indivíduos altamente desenvolvidos. Em países como o Brasil entretanto, a vida das pessoas é dura devido ao "caráter punitivo" de suas existências, cuja vida é repleta de incertezas e mazelas de todos os tipos. É o chamado "karma pesado". Isso explica o porque das cousas aqui quase nunca dão certo, e se dão certo é em benefício de muito poucos, enquanto uma minoria ínfima as usufrui. Isso explica porque tantas iniciativas e funcionalidades como essa máquina não dão certo, já que são prematuras para serem usufruídas por aquela população. Essa explicação se aplica à "qualidade existencial" e a precariedade da existência do brasileiro. Isso também explica a existência de flanelinhas, favelados, miseráveis, bandidos, homicidas, etc. O Mauroxará como bom espírita, sabe bem do que expliquei. Enquanto os indivíduos aqui encarnados forem portadores de "karmas pesados", poucas vantagens usufruirão dos benefícios espirituais ou materiais advindos da espiritualidade. Nunca o dito popular "pérolas ao porcos" foi tão apropriado.
ResponderExcluirNaõ ha razão para não tê-lo em boa conta caro Joel.
ExcluirO plano espiritual da população dos países escandinavos evoluiu tanto que hoje são os países com maior percentual de ateus, com exceção dos (ex) países comunistas que têm mais ateus, por outras razões que conhecemos bem.
ExcluirDeus é supremo e isso é inquestionável. Mas as religiões como a católica e a evangélica servem apenas para submeter(e lucrar) às custas do homem ignorante. Jesus Cristo já dizia: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará".
ExcluirO gasto do dinheiro público é irresponsável de longa data. FF-a respeito dos comentários do Corneteiro e do Joel ontem, não estou vendo nenhuma animação para a copa. Não vi uma, umazinha sequer, rua enfeitada, seja em qualquer parte da cidade.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirLembro de já ter visto foto(s) da primeira máquina. Como sempre, a propaganda é maior que a eficiência.
Terceiro dia do protesto dos caminhoneiros e a situação do transporte de ônibus em especial cada vez mais crítica, com diminuição da frota. Desta vez, a Rio Ônibus não pode botar a culpa no prefeito... Há muitos anos, o governo do estado começou um projeto de ônibus híbridos com gás natural na frota da CTC. Para variar, mudou o governo e acabaram com o projeto.
Acrescento ao comentário do Plinio os quiosques que também contribuem para aumentar a sujeira.
ResponderExcluirQuase que o Biscoito passa batido, mas era impossível: a presença de um Oldsmobile 1957 sempre foi colírio para os olhos farináceos, desde que aos 8 anos, na porta de casa viu o primeiro. No caso, era verão, devia ser o verão de 1958, o carro estava estalando de novo - como se falava - e, para piorar as coisas, o dono exibia o ventinho gelado que saía pelas frestas do painel. O primeiro ar refrigerado ninguém esquece.
ResponderExcluirOs anos 55-56 e 57 são celebrados universalmente como os anos de ouro dos automóveis americanos. Não há modelo feio, principalmente, se houver comparação com 58-59-60. Alguns modelos se eternizaram como a trinca de Chevrolet, o duo 55-56 Ford. Mas o 57 da Oldsmobile, com sua janela tripartida foi o ápice, reforçado com 300 HP debaixo do capô.
O modelo da foto é um 88 Holiday, que tem o símbolo na mala, enquanto o 98 tem o nome assinado.
Completando a foto, seria o furgão de entrega de doces, ou seria o tintureiro pegando roupa suja no Ouro Verde? O modelo é do início dos anos 30 (rodas de aço estampado e não mais aros de madeira) e lembro bem da longevidade deles, tanto com doce, quanto com roupas.
Com relação ao comentário das 8:47, ele corrobora o que foi mencionado em meu comentário anterior. A gasolina é vendida nas refinarias por R$1,31, sai nos postos por R$4,89, e o custo Brasil faz a diferença. Esse "assalto tributário" ocorre em parte em razão da tibieza e da inexpressividade do povo brasileiro que está mais preocupado com a Copa, com Marielle, com Lula, etc...
ResponderExcluirCom certeza falta de um estudo sobre a eficiência do equipamento. Muita coisa pode influenciar na produtividade de uma máquina e, no caso, a maresia, a granulação da areia, nem sempre igual entre as várias praias e o tipo de lixo existente naquela área.
ResponderExcluirE olha que era um tempo de pouco material plástico.
Mas governantes geralmente são políticos e nada técnicos.
Definitivamente estas máquinas estavam fora do lugar.Brasilia é o melhor destino,para pegar os três poderes de uma só vez.Não salva ninguém. Os governantes são políticos e goela de ouro e estamoa vendo agora o problema com os combustíveis.Mais um espanto.
ResponderExcluirO Biscoito mandou ver em relação ao carrão,que mesmo fatiado é um estouro...
Aqui em Vix não vi nada referente a Copa até agora.Será que vai animar até o inicio?Ainda em relação a Copa,uma filha que está morando na Europa e esteve na Russia,disse que os estádios em geral ainda contam com pendências...
Enquanto o brasileiro alfabetizado e esclarecido continuar a endossar o vitimismo, o politicamente correto, os direitos humanos, e não pratficar a "tolerância zero" incondicionalmente, as coisas só tendem a piorar. Mas principalmente procurem raciocinar e analisar comparativamente os fatos graves que nos assolam e perceber que soluções "propostas" pela mídia e principalmente pelos políticos, só agravaram a situação, já que são os principais interessados nesse caos. 1968 foi um ano emblemático. Hoje, 50 anos depois, o momento é de reflexão...
ResponderExcluirA sujeira não é ou era exclusividade das praias, ela se espalha, pelas ruas, praças e avenidas. Hoje principalmente os nossos rios e lagoas são os principais pontos onde são escoados lixo, entulho e principalmente esgoto. Só existe duas maneiras eficientes para eliminar o lixo, a educação e a reciclagem, em ambas para que dê resultado só depende da população, portanto na minha visão não adianta aparelhar ou aumentar o número de lixeiros, pois sem educação, nunca existirá limpeza.
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