Alguns postos de gasolina
que desapareceram deixaram saudades.
A primeira foto mostra o
Posto Ipiranga, na esquina do Corte do Cantagalo com a Avenida Epitácio Pessoa,
em 1959. Este posto era o único estabelecimento comercial além do Bar Lagoa, em
todo o trecho entre o Jardim de Alá e o Corte do Cantagalo.
No final da década de
1960, aí abastecia de gasolina e tratava com carinho o meu primeiro fusca.
Nesta época, nem todos tínhamos telefone, dada a dificuldade de se obter uma
linha. Nem lembro de quantas vezes fui usar o telefone público do posto,
daqueles antigos, com ficha telefônica comprada no balcão. Durante muito tempo
este posto Ipiranga distribuiu um exemplar do JB para seus fregueses, uma
novidade na época. O posto sobreviveu até os anos 90, quando foi demolido para
dar lugar a um arranha-céu. O automóvel parece ser um Skoda 1951 modelo 1101.
Na segunda foto vemos o
famoso “Postinho”. A foto serve para lembrar do início dos anos 60 no trecho
final da Avenida Vieira Souto, quase chegando ao Jardim de Alá. À esquerda
vemos as dragas que há décadas trabalham para manter desobstruída a comunicação
entre o mar e a lagoa. À direita vemos o Posto Esso, o famoso
"Postinho" (vou ver se acho a descrição que o Conde di Lido fez de
suas aventuras por aí e, se achar, coloco nos comentários). Na Epitácio Pessoa,
logo após o “Postinho”, ficava o Bar e Restaurante Alpino e do Bar e, mais
adiante, na esquina da Visconde de Pirajá ainda permanece o Restaurante Garden.
A terceira foto mostra
uma propaganda do Posto Vila Isabel, do acervo do Rouen, também desaparecido.
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Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirConfesso que a maioria das vezes que parei em um posto de gasolina estava de carona. Uma vez ou outra passava para usar a bomba de ar para dar pressão em bola de futebol.
Abastecer o carro na zona sul é proibitivo atualmente, mas no passado a gasolina era tabelada e por isso a concorrência era de somenos importância. Nunca abasteci nesses postos da Lagoa, mas no de Vila Isabel algumas vezes. Fica na 28 de Setembro esquina com Justiniano da Rocha e em frente à Escola Argentina. No passado a "lubrificação" era item obrigatório, mas atualmente são pouquíssimos os postos que realizam esse serviço. Apenas em bairros onde é grande a incidência de veículos bem antigos como fuscas, Tls, Brasílias, Variants, e até o famoso "Zé do Caixão". Mas ainda é possível ver esses veículos em locais da baixada fluminense, e subúrbios de Niterói ou na "região da Transolimpica". FF: A prisão de Ronaldinho Gaúcho no Paraguai pelo crime de falsificação de documento mostra o tamanho da decadência do Brasil.
ResponderExcluirAqui em Vix o predomínio era das bandeiras Esso e Shell com Texaco mais eventual.Ipiranga veio depois.Hoje sinceramente nem olho mais a "marca",mas parece que o BR predomina,ou não?Penso que com a evolução automotiva a "importancia" dos postos diminuiu muito,pois antes sempre quebravam galho com aqueles carburadores falhando e o carro "rateando">Mas este parece ser assunto para o Biscoito.....
ResponderExcluirArtigo do Jason n´O Globo: "O Postinho, na esquina de Vieira Souto com Jardim de Alah, começou a se tornar ponto de encontro da turma que gostava de carros no começo dos 50. Na época, o Circuito da Gávea (corrida pelas ruas do Leblon e da Rocinha) ainda era uma prova do automobilismo internacional e a área era muito menos movimentada do que hoje. Pois uma turma se reunia no posto – que sempre teve bandeira da Esso – e daí saía pra medir forças. Muitas vezes, usavam o próprio percurso do Circuito da Gávea para avaliar a preparação dos motores ou apenas correr por um pouco de adrenalina.
ResponderExcluirO Circuito da Gávea acabou em 54, mas o postinho continuou a atrair cada vez mais aficionados por velocidade. Mecânicos, apaixonados por carros, gente que ia trocar uma idéia sobre preparação ou apenas bater papo. Vieram a indústria nacional, os anos 60, e cada vez mais gente tinha carro: Simca, Gordini, Karmann-Ghia, DKW e Fusca roncavam envenenados pela área, antes de partirem para pegas e disputas de arrancada na deserta Barra da Tijuca.
No finalzinho dos anos 60, houve uma transformação: com a chegada das motocicletas japonesas ao Brasil, a turma das quatro rodas deu lugar aos apaixonados por máquinas como Kawasaki 900, Honda 750 Four, Suzuki 380 ou Yamaha RD350, a “fazedora de viúvas”… O pessoal se reunia no canteiro do Jardim de Alah, bem na frente do Posto – não era raro juntar cem motos no local."
"Guardo na lembrança momentos incríveis vividos no Postinho no início da década de 60. Ficávamos horas fazendo ou vendo os amigos fazerem a “curva do postinho” que era entrar no Jardim de Alá vindo da Vieira Souto. Era um tempo de fartura e, não raro, a gente gastava um jogo de Pirelli Cinturatto por mês nos nossos Fuscas , DKW, Karmann Ghias etc… Êta saudade braba!!!
ResponderExcluirOnde andarão os meus amigos daquela época? Será que algum deles visita este flog? Marcio Cambalhota, Tartaruga, Hélio e Décio Mazza, Paulo Cesar Simas, Mariozinho Kroeff, Dadinho Marcondes Ferraz, Caio Mauro, Emanuel da Auto Eletro, Norman Casari, Márcio Braga, Fidelis Amaral,Claudio Lins, Arditti , Theodoro Duvivier… Sei que alguns morreram porém nem todos conseguiram.Um grande abraço com muitas saudades de vocês e do meu querido Postinho."
Além da Esso e Shell, tínhamos a Texaco e a Gulf. Na Ilha do Governador as bombas de enchimento manual perduraram até a década de 1940.
ResponderExcluirPostagem referente a postos de gasolina e a turma da brilhantina vem logo falando daquelas fubicas da industria nacional que encheram o bolso das multinacionais e deixaram carecas os seus proprietários.Uma grande lixeira infestada de porcarias que muitos ficam aqui relembrando.É só verificar as maquinas de hoje com todo conforto e segurança para saber do que falo.Sou Do Contra.
ResponderExcluirBom Dia ! No meu tempo de taxista,gostava de abastecer meu DKW no posto Amendoeira, que naquele tempo se dizia era na Esplanada do Castelo.
ResponderExcluirO posto Amendoeira não era aquele entre a Rui Barbosa e a Oswaldo Cruz?
ExcluirO seu O BISCOITO MOLHADO adiciona água à gasolina, para retirar uma parte do álcool. A gasolina restante é tão boa que nem mancha a pintura, caso uma gota mal direcionada caia fora do buraco. O álcool que é retirado, mais ou menos o triplo do volume da água adicionada, serve para acender churrasqueira.
ResponderExcluirO Skoda da fotografia parece ser 1102. As diferenças externas são sutis, pois a grade não é determinante. O parachoques do 1102 é parte pintado na cor do carro, parte cromado, e é o caso deste carro. Por dentro, a coisa é bem diferente, o 1101 tem alavanca no chão e instrumentos em um conjunto único, horizontal O 1102 tem 3 mostradores circulares e a alavanca de mudanças é no volante. Uma graça!
O Skoda é aparentado com as Mercedes, tem chassis de tubos ovais, lubrificação dos pinos por pedal (não funcionava nem na Mercedes e nem no Skoda, além de sujar o caminho) e o tanque de gasolina vai no capô, alimentando o motor por gravidade.
Meu pai teve um 1102 entre 1958 e 63 e aprendi a dirigir nele; depois as peças foram sumindo e tudo acabou em DKW.
Na foto 2, um Oldsmobile 46-48 4 um Citroën 11, ao que parece Légère, aparecem de frente. Na outra pista, um volumoso Oldsmobile 58 se afasta, fazendo marola.
Era o dia dos Oldsmobile, mas hoje é aniversário do WHM, menos sumido que o Rouen, mas figurinha igualmente carimbada.
Parabéns ao WHM!!!
As bandeiras do Brasil no posto da primeira foto faz lembrar que era Semana da Pátria. Tem até brasão da República, coisa rara. Poderia ser o dia da Proclamação da Re
ResponderExcluirEnviei sem querer um comentário pela metade.
ResponderExcluirTempos depois o casal de gotinhas perderia a vaga na Esso para um tigre.
A Texaco foi adquirida pela Chevron nos EUA. Aqui no Brasil os braços da distribuição e lubrificantes foram para a Ipiranga.
ResponderExcluirNão tem como não concordar com o "Do Contra", os carros até o início dos anos 90 eram verdadeiras carroças disfarçadas. Um carro com 50 mil km já estava todo "sambado", com diversos pontos de ferrugem - lembro-me que algumas pessoas colocavam óleo "queimado" no fundo do carro e "anti rust" nas caixas de ar assim que retiravam o carro da concessionária.
Se hoje o povo reclama dos preços dos automóveis, se fizer uma conversão de valores de moeda se surpreenderá. Um Opala Diplomata, por exemplo, hoje custaria algo em torno de 180 k, equivalente a um Cruze LTZ, só pra ficar na mesma marca. Ou seja, engolimos sapo durante muito tempo.
Pois é Wagner, mas só que desconfio que Chevrolet e Ford faziam a mesma coisa fora de qualquer uma de suas fábricas fora dos EUA e VW e FIAT até mesmo na Alemanha e Itália, respectivamente.
ExcluirComo modelos mais simples não eram importados entre os anos 60 início dos 90 (mesmo os melhores eram raríssimos), fica difícil saber sobre a qualidade dos carros estrangeiros menos caros do período.
Em 1966 eu ia à um Posto Shell nas imediações do Flamengo para conseguir para meu sobrinho uma miniatura de papelão de um posto para montar e colar. Não existiam lojas de conveniência para oferecer bolos e doces para vender.Um pecado.
ResponderExcluirBoa tarde. Só hoje percebi o retorno SDR. Bom retorno ao mestre Luiz D'.
ResponderExcluirPelo que vejo todos os mestres comentaristas e o Sr. Do Contra permanecem prestigiando o SDR. Como hoje o tema é posto de gasolina, o posto em que colocava gasolina a mais de 25 anos fechou e em poucos meses já foi construído um edifício no local, era na esquina de Av. Maracanã com R. Uruguai. Agora fui para o posto tb da Petrobras na esquina de Cde de Bonfim com a R. Dr. Otávio Kelli, devido ao frentista que me atendia já alguns anos estar trabalhando lá. Qualquer dia não haverá mais postos de abastecimento de combustível, mas acredito que não farão falta, pois os automóveis elétricos já estarão ocupando o mercado.
O posto da Maracanã com a Uruguai era de um português que não abria a mão nem para segurar papel higiênico. O "Sheik das cocadas" fazia ponto naquela esquina já anos e graças ao português perdeu "o ponto".
ExcluirJoel pelo que soube, ele morreu e os filhos logo venderam o terreno para uma empreiteira.
ExcluirLino de volta? E o grande O.O.onde andará?
ResponderExcluirMestre Belletti, o O.O. pelo que sei anda em casa vendo jogos de futebol, mas acho que não aprende nada.
ExcluirFF: acabei de ver os telejornais italiano e espanhol. Situação preocupante.
ResponderExcluirEstamos vivendo tempos difíceis e que irão piorar. Vós sois católico e não levais em conta a existência de prenuncios da evidência do que chamamos de juízo final. As forças espirituais do bem tem laborado em prol do equilíbrio do planeta e muitos percalços irão se interpor no caminho das almas de bem até que este planeta ingresse na fase de regeneração. Uma aura negra envolve a crosta terrestre e somente as orações irão dissipa-la.
ExcluirA sequência foi de Hubei (China) para a Lombardia (Itália) e daí para o resto do mundo?
ExcluirExceto, claro, alguns casos mais isolados, mas parece que o "cochilo" maior foi justamente na rica região do norte da Itália.
Sim, inicialmente as autoridades de Saúde da Itália achavam ser um resfriado comum da estação de inverno, que normalmente causa pneumonia nas pessoas mais idosas. Meu filho, minha nora e meu neto estariam embarcando para Itália hoje, para a minha Nora concluir o seu doutorado, mas graças a Deus a semana passada a Universidade enviou um e-mail remarcando a conclusão da tese para o mês de Agosto. Foi um alívio total para mim e minha esposa, pois essa garotada se acham imunes a tudo.
ExcluirA propagação se deu para os Países onde os Chineses, recebem mais turistas e para onde eles fazem mais turismo. Japão, Coréia, e muitos Países Europeus.
ExcluirComo dizia o Josafá Pederneiras: "ACAUTELAI-VOS, O FIM ESTÁ PRÓXIMO!!!"
ResponderExcluirEngraçado. Já vi os modelos descritos no comentário de 08:22 em vários locais do centro, sona sul e muquifos de Vila Isabel e Engenho Novo...
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