O “Saudades
do Rio” agradece a gentileza de Marina Hermanny
Freire, neta do construtor desta casa, por autorizar a publicação
desta e de outras fotografias do acervo dela.
Vemos a Av. Rui
Barbosa, no Morro da Viúva, e nela a residência de Avelino Mesquita. O
projeto dos interiores da casa da Rui Barbosa é atribuído a John Graz.
Construído na
década de 1920, o imóvel foi vendido em leilão em janeiro de 1952 e o
mobiliário em março de 1952. É provável que tenha sido demolida ainda em 1952.
No mais tardar no início de 1953. Em seu lugar está o Edifício Zamudio, que foi
entregue no início de 1957
À esquerda da
foto vemos o Hotel Sete de Setembro/Escola de Enfermagem Ana Nery.
Esse recuado
na pedreira é onde há uma entrada de automóveis para um prédio encostado no
morro.
José Alberto
C. Maia descobriu que o comendador Avelino Mesquita, falecido em 1950, era dono
da Fábrica de Calçados Ferreira Souto, que fabricava os calçados Souto muito
vendido até os anos 60. A fábrica era na Rua Fonseca Teles nº 18 a 30.
O meu muito
obrigado a todos os colegas do FB Rio Antigo pelas informações.
As duas
últimas fotos mostram as obras para a construção da Avenida do Contorno (Av.
Rui Barbosa), com o terreno ganho às custas de parte do Morro da Viúva, em
1921/1922, na administração Carlos Sampaio na Prefeitura Esta zona era um
depósito de lixo. Depois, abrigou o Hotel Sete de Setembro, de padrão internacional,
feito para hospedar visitantes estrangeiros nas comemorações do Centenário da
Independência.
O antigo
Hotel Sete de Setembro teve uma existência efêmera na função de hotel,
praticamente desconhecida. Inaugurado em 15 de julho de 1922, sábado, com um
chá dançante beneficente embalado pelos acordes da Orquestra do Country Club,
foi fechado e teve seus prédios desmembrados em 1924 para que parte deles
passasse a abrigar um hospital infantil denominado Hospital Abrigo Arthur
Bernardes (atual Instituto Fernandes Figueira). Em 1926, outra parte dos prédios
foi cedida e adaptada para abrigar o Internato da Escola de Enfermagem Anna
Nery, que ali permaneceu até 1973.
Esta casa parece com uma outra de Copacabana publicada há muito tempo de um arquiteto famoso. É curioso como elas desapareceram cerca de 30 anos após terem sido construídas com o boom de construção de arranha-céus na orla do Rio nos anos 50 e 60.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirO acervo é realmente impressionante, com fotos inéditas. Algumas sem identificação desafiarão os especialistas.
O lado ruim é que estas fotos em breve estarão espalhadas pela rede sem qualquer referência à sua fonte, a senhora Marina.
Hoje é dia do anunciante.
Bom dia a todos. Teremos boas histórias e uma nova série sobre o local. A construção bastante moderna, muito parecida com as construções atuais.
ResponderExcluirJá a vida breve do Hotel, se fosse nos dias de hoje com certeza seria uma lavagem de dinheiro.
Interessante é que não tinham árvores.Foi uma pena demolir a casa.Quem construiu o edifício Zamudio seria antepassado daquela mulher que foi assassinada pelo goleiro Bruno?
ResponderExcluirImpressionante mesmo. Primeiramente com a destruição de parte dos morros para conseguir espaço. Segundo, com a velocidade das mudanças na paisagem em 100 anos de existência dessas fotos. A casa do Sr.Avelino ao contrario que se fazia na época tem uma arquitetura moderna. E para finalizar, hoje o morro da viúva sumiu.
ResponderExcluirAs fotos dão uma noção interessante dos cortes feitos nas abas do morro "de la veuve".
ResponderExcluirNa década de 1920, um estilo arquitetônico daqueles? Parece algo da década de 1960.
ResponderExcluirNão é nesse morro que existe uma caixa d'agua antiga?
ResponderExcluirSim, foi projetada em 1891 pelos engenheiros Jerônimo Jardim e Luiz Francisco Monteiro de Barros, para abastecer com a água dos mananciais da Tijuca, Santa Teresa, Laranjeiras e Jacarepaguá,os bairros de Botafogo, Praia Vermelha e Leme.
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