O cinema RoxY fica na Av.
N.S. de Copacabana nº 945 e foi inaugurado em 1938, com cerca de 1800 lugares.
Em 1991 foi dividido em três. Grande cinema lançador de sucessos, ficou na
memória a abertura das cortinas e a apresentação da Rank Filmes, com a cena de
um gongo sendo tocado.
Foto de 1971, uma das
estupendas do Giorgy Szendrodi. À esquerda, fora da foto, logo depois da loja
de roupas, ficava o teatro Jardel Filho. Era minúsculo e funcionava no sobrado
de nº 921 da Av. N.S. de Copacabana.
Nesta foto vemos a bela escadaria "art déco" do Roxy. José Carlos Avellar nos conta que Hollywood desde sempre, e não apenas Hollywood, procurou encaixar na sala de espera dos cinemas uma série de elementos que faziam parte do espetáculo que seria visto em seguida. Não que o espaço da sala de espera, com seus espelhos, tapetes, lustres, tivesse a ver necessariamente com o mundo de ficção em que iria se passar o filme. Era como se o espectador, estimulado por tudo o que decorava o espaço antes do filme, fosse aquecendo o olhar para a projeção. A ante-sala para mergulhar no cinema foi durante longo tempo um espaço arquitetônico "art déco". Hoje o espectador não vai mais ao cinema como quem vai a um templo, nem mais existem tantos templos como os de outrora. Hoje os templos se reduziram a uma espécie de loja, dentro de shoppings. Nada a ver com a experiência de décadas passadas, quando subíamos escadas como a do cinema Roxy.
Uma enorme fila se
estende pela Rua Bolívar, em Copacabana, para comprar ingressos para o cinema
Roxy. Nosso prezado e sumido “obiscoitomolhado”
em outra ocasião falou sobre os automóveis. Do lado do cinema: Vauxhall Velox
1948, Skoda 1102 barata, Dodge 1953. Do lado de cá, Armstrong Siddeley
Lancaster, 1946, Morris Ten series M 1947, Cadillac 1950 (as garras do
parachoques verticais são só do 50) e o Ford.
Nesta foto do acervo do Francisco Patricio podemos ver a movimentada esquina da N.S. de Copacabana com Bolivar. Após o cinema, era programa obrigatório fazer um lanche no Bob´s da Rua Domingos Ferreira ou ir comer uma pizza no Caravelle, na mesma rua.
Neste quarteirão da Av.
N.S. de Copacabana ficava a Papelaria Iracema, referência na época, e, no
próprio edifício do Roxy, alguns estúdios onde os copacabanenses posavam para
fotos (coisa comum até meados dos anos 60). Ali faziam aquelas fotos com 7 carinhas das crianças, além de outras posadas.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirMais uma aula. Hoje está marcado o retorno das atividades nos cinemas da cidade, seguindo as "regras de ouro", porém sem grandes estreias, que ficarão para quando houver a reabertura na estranha cidade...
Hoje quase não há mais cinemas de rua. Em um primeiro momento, Odeon e os de Botafogo.
Hoje é o dia do vendedor, do idoso, do vereador e da música. Um dia bem eclético...
Eu acho uma perda de tempo essa designação de dia do ano para profissão, comida ou algo semelhante. Daqui a pouco inventarâo o dia do corrupto, da maconha, do sanduíche de queijo quente, da cama queen, etc.
ExcluirAliás, criar essas inutilidades é a grande obra de muitos vereadores e deputados. O curriculo (ou melhor, a ficha corrida) deles apresenta 20 projetos aprovados: 15 de mudança de nome de rua e 5 de criação desses dias inúteis.
Mudar nome de rua é outra palhaçada. Só complica a vida de todos. Para quê mudar o nome da avenida Suburbana, da Sernambetiba, da Automóvel Clube. Por que não manter nomes históricos de ruas como a Direita, do Piolho, da Cadeia Velha, do Hospício, dos Ourives, do Fogo, da Prainha, da Vala, do Cano, etc.
ExcluirLembro de ter assistido ali a 2 filmes da técnica chamada na época de Cimerama. Parece que eram 3 projetores simultâneos que davam uma idéia bem distante de 3 Deus. Os filmes foram: "Uma batalha no inferno" e "Grande Prix". Lembro que nesse último sai completamente tonto.
ResponderExcluirTambém vi Grand Prix. A sensação foi esta mesma.
ExcluirBom dia a todos. Fui algumas vezes a este cinema, porém era fora da minha jurisdição. O Roxy era um dos cinemas do Rio mais imponente antes do seu desmembramento, já não vou a este cinema a algumas décadas. Para mim a melhor coisa dos cinemas de shoppings é o estacionamento, coisa que sempre me irritou quando ia aos cinemas de rua, ou não se encontrava vaga ou se era achacado por um flanelinha. A tecnologia digital também facilitou muito a compra de ingressos, hoje se pode comprar o ingresso com lugar marcado escolhido pela pessoa, antes de se sair de casa. Antigamente era o perrengue na fila, e as vezes quando chegava próximo de você comprar, os ingressos tinham encerrados para aquela seção. Outro problema que acabou nas salas de projeção de hoje, é a inclinação das poltronas, muito mais acentuadas hoje devido o menor tamanho das mesmas. Hoje (antes da pandemia) vou muito ao cinema no shopping da Gávea, por todas as facilidades que o local dispõe.
ResponderExcluirobiscoitomolhado, Belletti, Mauroxará, apareçam.Todos estamos preocupados.
ResponderExcluirMais comentaristas em debandada.
ResponderExcluirFoi o único que sobreviveu em copa, junto como Jóia. Ao menos não virou franquia religiosa.
ResponderExcluirInteressante a explicação sobre as salas de espera.
ResponderExcluirSe não me falha a memória José Carlos Avellar foi crítico de filmes no Jornal do Brasil, certo?
FF1. Placar Agregado Suco Del Vale 5 x 4 Flamengo. Ainda ficou faltando devolver uma caixinha. Pensei do mestre Belletti aparecer no Bar hoje.
ResponderExcluirFF2. Como não acompanho essas peladas ridículas jogadas na América do Sul, só ontem fiquei sabendo que o Suco Del Vale é um time do Equador, pensava que fosse da Colombia ou Chile, isso só me reforça a ideia de que já não se joga futebol de verdade na América do Sul.
FF.3 E o Botafogo, segue determinado a sua caminhada para o rebaixamento, perdeu ontem no Engenhão do time do Bahia, ainda bem que o estádio estava vazio, para ninguém ver a vergonha de perto.
FF.4 Que saudades de ver e jogar minhas peladas no Aterro, com mais torcida do que os atuais estádios do Brasil, jogos com o Embalo, Ordem e Progresso, Capri, Xavier, Pedra Negra, Madeiras Frei Caneca ou Cruzada, Veneza, Milionários, Dá Dois e tantos outros bons times com grandes peladeiros.
Quando o filme Terremoto estreou, eu tive de entrar na sessão de meia-noite do Roxy, pois as demais estavam lotadas. Eles colocaram umas caixas de som poderosas, de forma que quando o tremor de terra acontecia elas emitiam sons de baixa frequência que faziam tudo tremer.
ResponderExcluirTambém foi lá que assisti ao até hoje fantástico 2001 -Uma Odisseia no Espaço.
ResponderExcluirMinha última ida ao Roxy foi em 1998. Não lembro qual filme.
Caramba, teatro Jardel. Há décadas que não ouço falar dele em lugar nenhum. Fui a muitas matinês lá nos sábados à tarde e depois ia lanchar no Bob´s. Havia também aí perto do Roxy uma loja de discos famosa cujo nome não lembro com certeza. Poderia ser Copadisco?
ResponderExcluirSim, o nome da loja era Copadisco. Eu ainda adolescente, saía do Leblon, onde não tinha nenhuma loja de disco, para comprar meus LP's e compactos simples ou duplos na Copadisco. Tempos depois, a loja inovou ao instalar pequenas cabines com headfones para o cliente ouvir o disco e confirmar ou não a compra.
ExcluirNão conheci o Roxy.Era longe e o gasto em passagens seria grande.Meus pais preferiam ir a cinemas que o preço da entrada fosse mais barato.Entravamos de graça no cine Roma e no cine Santo Afonso que eram em igrejas.Mas cinema na zona sul era difícil.
ResponderExcluirEu fui muitas vezes, ainda criança, ao cinema existente na igreja de São Cosme e Damião, na rua Leopoldo, bairro do Andaraí. Lá assisti aos seriados "Flash Gordon no Planeta Marte" e "Flash Gordon no Planeta Mongo". E também vi o famoso filme classe B de nome "O Monstro da Lagoa Negra". Fiquei tão assustado que não dormi a noite inteira. rsrsrs
ExcluirO biscoito desapareceu devido à discordância com a linha editorial do blog. Ou todos os comentários políticos são suprimidos - o que apoio - ou todos são permitidos; o que este biscoito conservador não aprecia é ver a preponderância dos argumentos de esquerda, sem contrapartida. Sem subterfúgios, este é o motivo e aí me afastei.
ResponderExcluirNão deixei nenhum dia de observar o blog, mas me esquivei de classificar o Vauxhall publicado no Dia do Bulevar, por achar que todos já sabem o suficiente sobre essa afamada marca inglesa.
E hoje nada diria se não fosse o texto oficial ter sido adaptado sem o devido cuidado, juntando a análise de duas fotografias como se fosse uma só - a parte a seguir é descabida: "Em primeiro plano Jaguar MK IV, sem muita convicção, já que o bocal do tanque não ficava bem ali. Depois um Ford Prefect e um Cadillac 50/52.escrevi num comentário antes: na linha da calçada do cinema estão Vauxhall Velox 1948, Skoda 1102 1950, o carro encoberto que eu chutei Morris Oxford, justamente pelo para-brisa (poderia ser um Vanguard, é um carro pequeno e redondo) e finalizando a linha, a caminhonete Dodge 53." Cortando essa parte, o comentário fica correto.
Caro obiscoitomolhado, falha indesculpável em não conferir os automóveis. Às vezes mais de uma fotografia no mesmo dia gera estas falhas de arquivo. Falha nossa.
ExcluirQuanto aos comentários suprimidos, como já explicado, considero-me uma pessoa de "centro", moderado. Acho que é fundamental para a democracia haver uma direita e uma esquerda responsáveis, bem como todo o espectro entre as duas posições. Extremismos não são minha praia. Conhecido comentarista teve textos não publicados por conteúdo racista e de defesa de ditaduras. Aparentemente retirou-se do blog por conta desta minha atitude.
Qualquer argumento razoável de esquerda, se tiver uma contrapartida de direita razoável, este será publicado sem nenhum problema.
Respeito a sua posição e lamento sua ausência. Não me lembro de nenhum comentário seu que não foi publicado. Fico contente que tudo está bem com você. Torço o mesmo para o Belletti e o Mauroxará.
Muitas vezes é difícil classificar um comentário como político ou não. A interpretação é subjetiva. Se formos rigorosos, muitos deles serão considerados políticos. Não tenho inveja do Luiz, nesse aspecto.
ExcluirUma vez, na primeira metade da década de 1970, assisti a uma cena insólita após sair de uma sessão de cinema em Copacabana, numa tarde ensolarada de domingo. Eu andava em direção ao Posto 6, quando na esquina da Nossa Senhora de Copacabana com Siqueira Campos o motorista de um Mustang vermelho, conversível, com placa de Recife, começou a buzinar com insistência diante de um sinal fechado para ele. Na época, havia as placas de Zona de Silêncio na área. Um PM de trânsito foi até o carro, pediu os documentos do motorista e se postou na frente do veículo, preenchendo o talão de multa. O motorista do Mustang começou a acelerar o carro, em ponto morto. Previ que ia dar merda. E deu. Quando o sinal abriu, ele partiu com o carro para cima do PM, que pulou de lado, sacou o .38 e deu dois tiros em direção ao carro, que seguia em direção à avenida Atlântica. Por sorte, ninguém foi atingido pelos disparos.
ExcluirO PM saiu correndo atrás do Mustang, que parou no sinal da Atlântica. O motorista de um fusquinha que presenciara tudo se adiantou, parou ao lado do PM e deu-lhe carona, em perseguição ao Mustang. Este dobrou na Atlântica, em direção ao Leme, mas no sinal seguinte teve de parar, e ali havia uma joaninha da PM. Confusão armada. O fusquinha parou também , o PM saltou e começou uma discussão entre o motorista e os PM's. O fulano disse que era oficial da Marinha (era a época do regime militar) e começou a botar banca com os PM's, inclusive retirando bruscamente da mão de um deles os seus documentos.
Enquanto isso, uma periguete de biquini, dentro do Mustang, chamava a atenção dos homens, que a rodeavam.
Depois de muito falatório, o valentão foi colocado na joaninha, um PM assumiu o volante do Mustang, e lá foram os dois carros e mais o fusquinha, em caravana em direção à 12a. DP, na rua Hilário de Gouveia. E eu fui atrás, a pé. Na Praça Serzedelo Corrêa, um PM falou algo com o motorista do fusquinha, que foi embora. Aí saltaram todos (menos a periguete) e entraram numa pizzaria que havia na praça. Depois de algum tempo, saíram. O valentão assumiu o Mustang, os PM's voltaram para a joaninha, cada um seguiu seu caminho e tudo deu em nada.
Eu voltei a pé para a esquina onde tudo havia começado, e lá estava novamente o PM atirador, cumprindo sua função no trânsito, como se nada houvesse acontecido.
Concordo totalmente com o Hélio sobre essa palhaçada dos vereadores em mudar nomes de ruas; mais ridículo ainda em retirar nomes consagrados, como Av Alvorada, Suburbana, etc.
ResponderExcluirNeste cinema eu vi "Muito Além do Jardim", um filme sensacional com Peter Sellers que foi esquecido pela mídia.
Poseidon, Terremoto, Inferno na Torre, o Jaws não vi pois as filas eram kilometricas. Na Bolivar sempre comprava um frango assado na brasa na tardes de domingo. Tinha também um restaurante japonês muito bom num sobrado do outro lado da Av. Copacabana. A Adonis, Confeitaria Colombo, Bob’s, acabou tudo...
ResponderExcluirTempo de glória de Copacabana, agora só camelo e lojas de 1,99.
Concordo com o Dieckmann no sentido de respeitar contrapartidas. Opiniões diferentes todos tem e devem ser respeitadas ainda que não se concorde com elas, pois é a essência de qualquer democracia. Nunca ofendi pessoalmente ninguém, embora tenha recebido diversas ofensas por comentaristas "supostamente anônimos". Sei que alguns aqui no passado tiveram problemas com o regime militar no seu tempo de estudante mas paciência, vida que segue. Alguns não sabem discernir sobre racismo, discriminação, e coisas do gênero, e se escondem atrás de alcunhas para acusar terceiros com a "aquiescência da gerência". Vi que estava em um "salão onde as cartas são marcadas e muitos "anônimos" são bem conhecidos. Em razão fiquem à vontade para continuarem com esse jogo...
ResponderExcluirNa Copacabana havia a loja 5ª Avenida, onde comprava roupas modernas. Também era ali o ponto do 434 e 154 para ir para o Colégio Santo Inácio. Cortei cabelo no Salão Roxy, na Galeria do mesmo nome, e na Xavier da Silveira tinha a Superball, para materiais de esportes. Destaque para o ar condicionado gélido do Roxy nos dias de verão. Passava-se em frente e sentia-se a brisa gelada da rua. Sessão da meia noite era no Cinema Leblon. Já no Super Bruni 7o a meia noite vi Mutantes!Voltando ao Roxy, o hot fudge marshmallow e castanha era imbatível. Ah! E o petit fours da Veronese (?). Por último a lembrança do Gaio Marti e Peixaria Bolívar! Vi no Roxy Grand Prix, 2001 e Dona Flor!
ResponderExcluirOntem foi lembrado o passamento do ex-jogador Silva, o Batuta, de Flamengo, Vasco e outros clubes, além da seleção. Ontem também morreu o criador da Mafalda, Quino, aos 88 anos.
ResponderExcluirOs filmes mais marcantes que assisti no velho Roxy foram: Grand Prix, 2001 Uma Odisséia no Espaço, Terremoto, o Mistério do Poseidon e O Exorcista, noite essa que praticamente não dormi.
ResponderExcluirHahahahahahah exorcista é muito sinistro
ExcluirImpressionante o arquivos de fotos que vc tem. Deve ser dos maiores sobre o Rio Antigo. Na galeria do Roxy tinha uma loja de instrumentos musicais que coincidiu com o meu auge no violão. A gente se reunia lá para tocar por horas. Companhias ilustres como Baden, Mão de vaca, Paulinho Nogueira, etc.... eles seguiram.... eu não .... que pena!
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