O foco hoje é a Rua Francisco Otaviano entre a Av. N.S. de Copacabana e a Av. Atlântica, no início do século passado.
Numa Copacabana que, segundo
o censo municipal de 1906, tinha 297 moradores, Edmundo Bittencourt comprou
toda a quadra da Francisco Otaviano entre as avenidas N.S. de Copacabana e
Atlântica como investimento.
Na esquina da N.S. de
Copacabana ficava a casa que vemos na primeira foto (garimpada pelo prezado M.
Zierer) e na esquina da Atlântica ficava a casa da francesa Mère Louise, que se
tornou um dos cabarés mais famosos do país.
Em 1902, o jornalista
Edmundo Bittencourt, proprietário do Correio da Manhã e morador de Copacabana, adquiriu
a casa e alugou-a para a francesa Mme. Louise Chabas (ou Louise Beroit
Dubilffe), que chegou ao Rio em 1875, e que instalou um restaurante no local.
A casa começou a
funcionar em 1907, com o objetivo de ser um "café-dançante", no
estilo dos cabarés parisienses e organizava festivais (como vemos abaixo).
Após Mme. Chabas ter
vendido seu estabelecimento em 1910, o Mère Louise sobreviveu algum tempo, mas
a casa se transformou num hotel suspeitoso, sendo fechado pela polícia em 1931.
Em 1934, neste local se
construiu o Cassino Atlântico. Depois, com a proibição do jogo no Brasil, o
prédio do Cassino foi ocupado pela TV Rio até a década de 1960 e há décadas
abriga um hotel de luxo.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirMais uma aula sobre Copacabana. Muito interessantes as atrações do festival promovido por Mme. Chabat. Algumas remetem a festas juninas, como o "páo" de sebo e as corridas em "saccos".
Uma atração noturna era "fogos do ar".
Hoje é o dia da secretária.
O Edmundo era um homem de visão. Quantos perderam a oportunidade de comprar terrenos em zonas hoje valorizadíssimas com medo de permanecerem desertas. Deve ter corrido muita grana no negócio de abrir os túneis para Copacabana e implantar o sistema de bondes até aqueles então confins do inferno.
ResponderExcluirE a ordem natural das coisas.Copacabana era os confins do inferno,que hoje em dia mudaram de lugar.E onde ficam agora?
ExcluirOs confins do inferno agora são a cidade toda. Sendo otimista.
ExcluirA especulação imobiliária foi responsável pela falta de moradias no Brasil.Todos deveriam ter condições de morar dignamente.Se existisse um governo democrático todos os imóveis com mais de 80 metros quadrados deveriam ser divididos para que trabalhadores com menor condição pudessem morar decentemente.Assim não existiriam favelas e todos ganhariam.Na Europa muitos apartamentos tem pouca metragem e nunca ninguém reclamou.Duas famílias morando em um mesmo imóvel não seria nada demais.
ResponderExcluirAnônimo isso não é democracia, é comunismo cubano e soviético. A falta de imóveis residenciais para as classes D e E, é proposital, os governos e políticos não tem interesse de dar condições a esta parte da população, pois as favelas se tornaram seus currais eleitorais. Quando os sindicatos não eram poleiros de politicos, estes financiavam conjuntos residenciais de boa qualidade, para que os seus associados. Os preços eram de acordo com a renda média salarial da classe profissional, as construções eram de boa qualidade. A sua sugestão levaria a cidade a ser 100% uma favela assim como é em Cuba.
ExcluirBoa tarde a todos. A foto 3 é qualquer coisa de maravilhosa, sim esta é uma visão de uma Cidade Maravilhosa.
ExcluirNão é só especulação imobiliária, é também a migração do campo para a cidade. E a falta de transporte público, obrigando as pessoas a quererem morar perto do centro. E a..... E o.... São muitos fatores, de difícil solução.
ExcluirVárias famílias num mesmo imóvel é a antiga cabeça-de-porco, também chamada de casa de cômodos. Nasci numa, na rua Pinheiro Machado, 75. Minha família morou em várias, na área do Catete e Laranjeiras, de 1929 a 1950. Acho que não gostavam muito.
Garanto que todos os comentaristas aqui moram em imóveis de mais de 80 metros quadrados e duvido que algum se disporia a dividi-lo com outra família.
Mas em breve o comunismo chinês dominará o mundo, e talvez isso ocorra compulsoriamente.
Lino Coelho,não é comunismo,é bom senso.Não existe comunismo no Brasil, só alarmismo de um segmento reacionário.Existe sim desperdício de dinheiro.É inaceitável que casais morem em imóveis de grandes dimensões enquanto famílias de trabalhadores residam em favelas distantes de seus locais de trabalho.Com salários melhores as pessoas não precisariam morar em favelas.Desculpe,é apenas uma opinião.
ExcluirFiquei alguns minutos apreciando essa foto 3. Onde foi que erramos? Imaginem se essa cidade tivesse se mantido assim. Com certeza eu não estaria aqui (nem teria nascido).
ExcluirEntão essa esquina sempre teve sua missão para entretenimento.
ResponderExcluirO hotel, se não tem, deveria ter um auditório para shows, além de outros eventos.
Que idéia brilhante !! Nesse caso, quem comprasse ou construísse um imóvel com mais de 80 m devia perder ele todo para deixar de ser burro .
ResponderExcluiresse sair logo do lado do canto comentários é um problema. vc pensa que está publicando e deleta tudo. dizia que um projeto arquitetonico previa gabarito crescente dos prédios em direção ao morro, paralelo a atlântica, de modo que todos os andares altos tivessem vista do mar e não existisse muralha da atlântica, mas morro de cimento crescente. O fato é que os prefeitos do passado ganhavam nos gabaritos e zoneamento. Os atuais em serviços (saúde, limpeza, cabeamento). Tinha que haver intervenção na politica do Rio. Mas quem ia intervir? O fato é que o contorno da Av Atlantica é uma beleza , e a vista do bar do Hotel Fairmont um charme. Reveillon silencioso, sem fogos, pobre 2020!A foto 3 colorizada deve ser um escândalo de bonita. Sonho com tucanos e araras voando sobre a lagoa. índios indo a praia de canoa desde a praia da Piaçava.Fim do delírio!
ResponderExcluirA foto 4 traz um grande clarão na região entre a Rainha Elizabeth e Gomes Carneiro, bem como num dos extremos da "quase-quase"...teria havido ali um corte das abas do morro para abrir espaço ao atual arruamento?
ResponderExcluirNão, não houve corte do morro do Pavão. O que vemos é uma enorme duna que existia no local e que se estendia até praticamente o Arpoador, na Rua Francisco Otaviano. Há muitos vestígios que podem ser notados até num grande condomínio na esquina das Ruas Bulhões de Carvalho e Francisco Otaviano, pois o conjunto foi construído numa das partes finais da duna e é significativamente mais alto que a pista e a calçada da rua.
ExcluirA grande duna retardou a urbanização de boa parte do Posto 6 e acredito ser a responsável pela volta que o ramal de bondes de Ipanema dava, pois o ramal contornava a duna, pelo Arpoador e orla de Ipanema, sendo mais barato ir pela Rua Francisco Sá, como aliás ocorreu a partir de 1934.
Nosso prezado Decourt fez um "post" sobre este assunto há anos.
https://rioquepassou.com.br/2007/01/12/aerea-posto-vi-anos-20/
ExcluirQue aula...
Alguma notícia do mestre Belletti? Acho que dependendo do resultado do jogo de hoje, ele pode retornar amanhã. Porém no caso de se repetir o desastre do jogo anterior, ficará mais uma semana afastado. Um espanto esse problema de COVID no Flamengo.
ResponderExcluirBelleti e Mauroxará andam sumidos. Aquele mais que este. Que tudo esteja bem com os dois.
ResponderExcluirO Pastor e o Tio Mé sumidos juntos seria um "espanto" tempos atrás, mas na atual conjuntura é de se ficar no aguardo de notícias.
ExcluirHoje morreu Silva, o principal ídolo da torcida rubro-negra de 1965 até 1968 ou mais. Tinha o apelido de Batuta. Aliás os campeões do Quarto-Centenário me fizeram escolher aos 7 anos o Fla como o time do coração.
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