Nosso grande colaborador
Carlos Paiva nos mandou as fotos e o texto do “post” de hoje, complementando o
de ontem sobre o Cinema Roxy. Nosso muito obrigado.
As fotos referem-se ao
Edifício Roxy, situado na esquina das ruas Bolivar e Copacabana, de propriedade
do Dr. Abel de Rezende Costa. Ocupando quase completamente a área do terreno,
que mede 50m x 50m, ele se destina a apartamentos pequenos, possuindo ainda
lojas e sobrelojas para comércio leve, além de um moderno cinema no pavimento térreo.
O projeto é de autoria
dos arquitetos Ruderico Pimentel, Firmino F. Saldanha e Annibal de Mello Pinto,
do escritório de B. Dutra e Cia. Ltda. A construção iniciada por Kemnitz &
Cia., está sendo concluída pelo proprietário sob orientação dtécnica do
engenheiro Jorge Furquim Werneck e do engenheiro Ruderico Pimentel. A estrutura
em concreto armado foi calculada e executada pelo escritório técnico Emilio H.
Baumgart.
Vemos o espaço que
ocuparia o Edifício Roxy. Os fundos dão para os prédios da Rua Aires Saldanha.
Há, ainda hoje, um grande espaço vazio entre os arranha-céus da Av. N.S. de
Copacabana e os da Aires Saldanha e Bolivar. Um problema do local é, há décadas, as
centenas de pombos que ali vivem.
Nos pavimentos superiores
do edifício há 128 apartamentos de aluguel e um para residência do
proprietário. Foram projetados três tipos diferentes de apartamentos, todos
pequenos, sendo, porém, a maioria composta de quarto, sala, banheiro e cozinha,
além de um pequeno hall de entrada. No último pavimento há dois apartamentos
maiores sendo um para residência do proprietário e outro para aluguel.
O cinema, projetado
inicialmente para comportar cerca de 2000 lugares, com uma disposição aceitável
para permitir boa visão de qualquer uma das localidades (embora não tenha sido
bem estudado o escoamento rápido da sala), foi mais tarde alterado pelo
arquiteto Raphael Galvão, com o intuito de aumentar a capacidade para 2800
lugares, o que prejudicou sensivelmente as condições de início.
Além do mais, para obter este acréscimo de lotação praticamente inútil, foi sacrificada a área destinada à garagem, o que é outro mal que não pode ser deixado de apontado. Em um prédio de 130 apartamentos, situado em um bairro afastado do centro da cidade, não é admissível não haver garagem. Pelo menos 30 moradores terão automóvel e terão que procurar vaga em outro lugar.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirContinuo acompanhando a aula. O olho grande sempre trouxe soluções prejudiciais. Para ser feito alguém aprovou...
FF: no Botafogo, sai Autuori entra Lazaroni (o Bruno).
Por essas e outras Copacabana se tornou uma princesinha largada, acabada e com poucas condições de melhorar a vida.
ResponderExcluirEsse prédio, se internamente continua assim, poderia ser "salvo" transformando cada 2 apartamentos em 1 só e "retomando" a área inicialmente reservada para garagem.
O Roxy é um cinema de rico ou de burguês.Eu não sabia que no projeto tinha estacionamento.Os apartamentos que a planta mostra são bem pequenos.A tendência moderna é de cinemas pequenos,uma frequência bem seleta na opinião dos autores do projeto mas péssima para um povo que não pode pagar e precisa de cultura.Uma ida a um cinema da zona sul não sai por menos de duzentos reais.
ResponderExcluirO estacionamento era para os apartamentos criatura. Leia...
ExcluirLembro-me que até os anos setenta os filmes mais seletos não passavam nos cinemas dos bairros mais distantes quando entravam no circuito de estréia. Ou só passavam depois de semanas ou meses da estréia, ou nem passavam. Por isso às vezes nos despencávamos de Campo Grande para a "cidade" para assistir os filmes badalados.
ResponderExcluirNão sei como vocês conseguem certas fotos que aparecem nos blogs do Rio de antigamente. Por mais que procure muitas são totalmente inéditas para mim. Parabéns ao Carlos Paiva pelo achado. Muito interessantes as informações.
ResponderExcluirComo eu disse ontem, nunca fui a um cinema da zona sul mas existiam bons cinemas no subúrbio. Quase todos não tinham ar refrigerado e eram pequenos. T
ResponderExcluirJá contei algumas vezes que fui uma vez em cinema de Copacabana, mas no Ricamar, em 1986. Mais recentemente ia mais nos de Botafogo, considerando os da zona sul. Até aproveitava o desconto de 50% para assinantes NET nos Estação.
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