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segunda-feira, 26 de julho de 2021

OS PESCADORES DO POSTO 6

Na extremidade da Praia de Copacabana, no Posto 6, desde o século XIX havia uma colônia de pesca. Nesta foto de Marc Ferrez, de 1895, vemos alguns barcos na areia. Ali na esquina da Rua Francisco Otaviano haveria a famosa casa de Mère Louise, depois Cassino Atlântico, mais tarde a TV Rio, até que se construísse um hotel no local.

Nesta foto de 1939 vemos quatro grandes amigas, todas alunas do Colégio Sacré-Coeur de Jesus, num dos barcos da Colônia de Pesca do Posto 6, a atual Z-13. Hoje em dia só está entre nós uma delas, minha mãe. Ao fundo o prédio do Cassino Atlântico construído em 1934.

Os  pescadores recolhem suas redes após mais um dia de pesca em Copacabana. Ao fundo vemos o simpático Posto Texaco que ficava na esquina da Rua Sá Ferreira, ao lado do Edifício Ferrini e vizinho do Hotel Miramar.


Foto de um arrastão em Copacabana. Os pescadores puxavam suas redes com o auxílio das pessoas que estavam na praia. As crianças adoravam ajudar, mas pouco contribuíam, pois não tinham força capaz de fazer diferença. Mas eram aceitas pelos pescadores e sempre ganhavam um pequeno peixe que era posto em seus baldes para levar para casa. Poucos sobreviviam para isto.
 

Junto da Colônia dos Pescadores do Posto 6 ficava também a sede deo Salvamar. Ao lado das redes de pesca vemos os banhistas fazendo ginástica enquanto as redes estavam secando ao sol.

Na

Em tempos mais modernos os barcos tinham motor de popa, quando muito antigamente eram movidos a remo.

As duas fotos coloridas foram garimpadas pelo Cleydson Garcia e são de Richard G., já dos anos 70. Com a ajuda de banhistas o barco "Flor de Copacabana" era lançado ao mar. 

Quando era criança sempre me admirava de como os pescadores amarravam uma corda que envolvia a cintura na rede de pesca para puxá-la. Cada um começava a puxar da beira da água e após recuar alguns metros pela areia, soltavam a corda e voltavam para a beira-mar para amarrá-la novamente e continuar a puxar a rede.

 

11 comentários:

  1. Eu observava essa rotina diariamente da janela na época que morava no Edifício Egalité. A afluência de fregueses era certa. Naquele tempo eu acordava às 6:30 mas a faina dos pescadores começava ainda no escuro. Eram "arrastões do bem".

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  2. Bom Dia! No meu tempo de taxista assisti várias vezes o arrastão da rede .

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  3. Olá, Dr. D'.

    Bom retorno. Estávamos alguns em crise de abstinência. Voltamos ao tema do Rio e, eventualmente, outros fora do foco (especialmente em tempos olímpicos).

    Acompanharei os comentários porque não tenho muito a acrescentar ao tema de hoje. Só minhas parcas idas ao forte, ali nas redondezas.

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  4. Bom retorno! Ótima postagem ! Só quem viu os peixes prateados brilhando, vibrando e fazendo barulho quando a rede chegava e ia sendo dobrada pra manter o cardume . As vezes um peixe diferente causava espanto. Ainda pescam hoje? Vou madrugar dia desses pra ver. E ainda encontrávamos notívagos no calçadão , saindo dos bares e boates. Queria ter conhecido o Flash, mas fechou bem antes dos meus 18 anis, em 1976.

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  5. Bom dia a todos. Bom regresso ao mestre Dr. Luiz D'.
    A colônia de pescadores de Copacabana pode não ser hoje em dia a mais ativa, mas ainda é a mais famosa colônia de pescadores do RJ. Uma vida sofrida e perigosa destes bravos batalhadores.

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  6. Por incrível que parece, ou talvez graças ao covid a água do posto seis em geral está limpa. Diminuiu muito também o lixo plástico, as pessoas estão menos porcas. Existe alguma luz no fim do túnel.

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  7. Bom ver o nosso "bar" favorito aberto outra vez.
    Esse é o trecho de praia que mais frequentei na infância. Não sei dizer porque meus pais gostavam do Posto 6.
    De arrastões lembro da liberação uma vez de peixes menores, sem muito interesse comercial para os pescadores.

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  8. A região do Posto Seis já era "antiga" há 50 anos e já carecia de melhoras. A diferença é que o poder público atuava para manter as instalações urbanas e os serviços públicos em ordem. Os vazamentos de água e esgoto eram prontamente resolvidos e a "ordem pública" era mantida. Hoje em dia a Avenida Atlântica e toda a região de Copacabana está "largada à própria sorte". Não se via no passado moradores de rua, crackudos, vândalos, e desocupados, ocupando calçadas, portarias de prédios, de bancos, e do comércio em geral. A sujeira é uma regra e o direito de ir e vir das pessoas que pagam seus impostos fica seriamente comprometido. Um "footing vespertino" pode ter consequências desagradáveis.

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  9. Bom dia , itaipávico guru!!!! sentimos muito a sua falta! Sensacional a 1a foto que aparece a Maison de Mère Louise D'Darcy, frequentada por eminentes políticos da época como Quintino Bocaiúva , Aristides Lobo ,Silva Jardim e Lopes Trovão. Belas épocas. Sinto falta desses rendezvous nos dias de hoje. Seria uma festa para as câmeras de vigilância!!!!

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  10. Infelizmente o ataque de hackers tirou do ar o site da Hemeroteca digital da Biblioteca Nacional. Uma busca por "Mére Louise" na década de 20/30 aponta inúmeras ocorrências policiais. Espero que consigam recuperar o site, mas a demora está preocupante....

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