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terça-feira, 14 de dezembro de 2021

PRAIA DE COPACABANA ANTIGAMENTE

Assim era a frequência à Praia de Copacabana nos anos 50. Os homens chegava à praia sempre com camisa vestida e só a tiravam ao pisar na areia. Maiôs inteiros para as mulheres. Todos sentavam-se na areia, às vezes sobre uma esteira. Ambulantes eram muito poucos, somente de sorvetes da Kibon e as casquinhas e pirulitos dos "tringuelingues".

Os jogos de vôlei eram quase que exclusivos para os homens. Muito poucas mulheres participavam. Era o tempo dos arrastões dos pescadores, que contavam com a ajuda dos banhistas. As crianças ganhavam um peixe pequeno e o colocavam em seus baldes. Os salva-vidas patrulhavam, logo após a arrebentação, com suas lanchas. Além disso os postos de salvamento colocavam bandeiras para indicar as condições do mar. As "línguas-negras" eram muitas e havia despejo de óleo dos navios no mar, o que dava um trabalho enorme retirar as manchas de óleo dos pés quando se pisava no óleo. 

Muitas crianças eram acompanhadas por babás uniformizadas. Os bancos espalhados pelas calçadas quase sempre estavam ocupados. Diria que ninguém corria pela estreita calçada, que se enchia quando havia um bom jogo de futebol de praia.


 Esta foto é da passagem da equipe de Walt Disney pelo Rio. A moça agachada era uma das desenhistas da equipe, a bonita Mary Blair.

18 comentários:

  1. Olá, Dr. D'.

    Quando começaram a colocar as redes de vôlei nas praias?

    Ainda se vê babás e empregadas uniformizadas. É um sinal de status para certos patrões. Essa imagem foi potencializada por algumas telenovelas.

    A equipe do Disney deve ter se impressionado com a diversidade e a desigualdade brasileiras. Em vários aspectos.

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  2. Sou testemunha do seguinte: Em termos atuais, a mulher, seja jovem ou não, que mora em Copacabana e frequente regularmente a praia nunca vai ao banho de mar ou tomar sol na areia sem estar devidamente protegida por algum tipo de "saída de praia" ou, eventualmente, um pareô (atualmente um tanto fora de moda). Se alguém observar uma mulher usando algum tipo de vestimenta transparente (algumas parecem bordados) ou circulando nos calçadões de biquini por ter certeza que não mora em Copa. É turista, visitante nacional ou estrangeiro. Pode ser até de outro bairro mas mesmo assim não é comum partindo da carioca. Para não ter dúvidas sempre que possível perguntei a origem da pessoa e constatei que era visitante. O curioso que até mesmo os homens costumam se dirigir à praia de camiseta, salvo raras exceções. Moro no centro nevrálgico do turismo de Copacabana e quem disser o contrário não sabe o que diz.

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  3. Walt Disney esteve aqui em 1941 e visitou muitos locais, inclusive a então selvagem Barra da Tijuca. Não vou comentar sobre as fotos porque seria uma redundância. Em se tratando da Avenida Atlântica e considerando a atual situação, eu só posso dizer: "Requiescat in pacem".

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  4. Bom Dia! Não tenho mais parentes morando em Copa. Hoje alguns mudaram para o S.João Batista ou Inhaúma, e os que sobraram agora estão na Barra.

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  5. O Réveillon de 2021 será do tipo "meia-boca" na orla marítima e na Atlântica não será diferente, inclusive com ocorrências de sempre: muita gente embriaga, "cheirada", "maconhada", muitos roubos, sujeira, e depredações. A novidade é que Policiais Militares e GM usarão pela primeira vez câmaras nos uniformes, com imagens em alta resolução que podem ficar armazenadas por até um ano. Segundo os "especialistas" essa iniciativa vai diminuir a "letalidade" das operações" mas na verdade vai mostrar "quem é quem".

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    1. Câmera no uniforme? Não vai funcionar. Vão logo dar um jeitinho: ou danificar a câmera, ou virá-la para o outro lado na hora da ação, ou tapá-la "inadvertidamente" no momento do vamos-ver. Não que eu seja contra a PM. Nem a favor. Tem muita sujeira ali. Como de resto no país inteiro, em todas as classes sociais, raças, profissões, credos religiosos ou políticos ou ideológicos, altura, tipo e cor de cabelo e dos olhos, peso, time preferido, local de nascimento ou de residência, e que mais atributos existam.

      O país é uma cloaca maxima do Oiapoque ao Chuí, do Cabo Branco à fronteira oeste.

      Mas voltando às câmeras, uma ideia seria colocá-las também nos políticos e nos ministros do STJ e STF. Entre outros. Por que colocá-las apenas em quem combate o crime, e não em quem os comete? Não precisam responder. Todos sabem a resposta.

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    2. Hélio, nessa questão de câmeras eu vou discordar de você. O sistema é sofisticado, existe uma central de monitoramento que armazena imagens em alta resolução que podem ser armazenadas por até um ano. O controle é rígido e elas são à prova de fraudes. O custo mensal de cada câmera incluindo o suporte e a manutenção fica em torno de trezentos reais mensais por cada equipamento, menos da metade do custo em São Paulo. Diga-se de passagem que essa iniciativa tem reduzido sensivelmente a existência de "óbitos em ocorrências policiais", já que muitas dessas mortes "são imputadas indevidamente aos policiais" tendo em vista o envolvimento e a leniência da mídia, da sociedade, e de "algumas instituições de Estado" com o crime organizado e o tráfico de drogas. Esse sistema há anos funciona em países desenvolvidos com ótimos resultados. Além disso deve-se reconhecer o investimento e o prestígio que o atual Governador tem dispensados às forças de segurança, onde as Polícias estão dispondo de recursos e equipamentos sofisticados para exercer a sua "atividade fim". A Perícia Criminal é tida como a melhor do Brasil e onde uma Perita é referência nacional em "cena de local de crime", onde consegue determinar toda a dinâmica do fato através dos "respingos de sangue existentes. Por conta disso a Polícia Civil só em 2021 prendeu mais de 1200 milicianos e um grande número de traficantes. Há ainda muito o que fazer, principalmente no campo moral e político. Em tudo tem que haver um começo...

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    3. Joel, até concordo que devem diminuir as mortes atribuídas correta ou incorretamente a policiais. Mas imagino.que as câmeras não sejam olho de peixe. Se o policial der um tiro merecido num bandido, a uns 120 graus da frente (posição de 4 horas no relógio), a cámera não deve captar.

      Lembra aquela piada do inferno brasileiro, que era o preferido porque o diabo era funcionário público e um dia ele faltava, noutro estava de licença, um dia faltava merda, noutro o balde estava quebrado? Pois é. Vai acontecer o mesmo com as câmeras: com o tempo muitas quebrarão, não haverá suficiente para todos, o carregador estará defeituoso, vão faltar pilhas ou baterias. O tempo me dará razão.

      Aproveito para corrigir uma injustiça: ao citar o STJ e o STF no meu comentário anterior, esqueci de citar os TJ's, TRF's, TCE's e TCM's. Injustiça corrigida.

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    4. Nos EUA a câmera pode ser desligada por motivos de privacidade (no banheiro por exemplo), acredito que seja o caso aqui também.

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    5. Em um primeiro momento não serão usadas em operações policiais. Por enquanto vão poder continuar a alterar o local do crime, como fizeram no Lins... Só não contavam com morador abelhudo filmando.

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    6. Os desvios de conduta de Policiais, principalmente militares, são um grave problema a ser resolvido, mas o problema maior é a corrupção generalizada em "todos os segmentos do Estado Brasileiro sem exceção. Pior do que isso é o sentimento alimentado por alguns setores da sociedade que "odeiam as forças de segurança" de forma generalizada, principalmente quando possuem interesses escusos ou comuns com o crime, residem em áreas ou "comunidades" controladas por criminosos, ou até por "razões ideológicas". Mas de qualquer forma as forças de segurança são o anteparo entre a sociedade e a barbárie. Mas esse tipo de sentimento é característico de sociedades atrasadas, selvagens, e corruptas, tal qual a que vivemos. FF: O STF afinal "deu uma dentro": cassou o habeas corpus preventivo que impedia a prisão dos quatro condenados pelas mortes ocorridas na Boite Kiss em 2013 no RS. Podem ser presos a qualquer momento.

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    7. STF repassou para a justiça estadual vários processos envolvendo Cabral e a máfia da Fetranspor, entre eles o Barata Filho que teve como padrinho de casamento o ministro relator. Em lugar sério, já se declarava suspeito e impedido.

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  6. Nessa época a sombra dos prédios já falava o sol. Existiu o plano Agache mas não durou muito.

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  7. Que rede de vôlei mal armada! a dupla que não trabalha a bola estava "colada" na rede e era fácil matar uma bola no fundo. Marcação na areia não tinha. Mas tudo indica que eram leigos ou iniciantes no esporte ou mesmo turistas, vez que nos anos 50 já existiam ótimos jogadores ao longo da orla.

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  8. Nota geográfica: o extremo leste do Brasil e das Américas, desde as mensurações da Marinha em 1941, é a Ponta do Seixas (PB) e não o cabo Branco, situado um pouco mais ao norte e mais alto. A falésia em que o cabo se situa vem sendo erodida aos poucos pelas marés, ameaçando o farol lá situado desde 1972. Em tempo: faltou nominar o extremo ocidental do Brasil: a nascente do rio Moa (AC).

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  9. Aquele treco que havia no teto das viaturas da PM não durou muito.

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    1. Aquilo era um GPS, quem vendeu isso era o Nelson Piquet, motorista do presidente agora.

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