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segunda-feira, 17 de outubro de 2022

CAFÉ PERNAMBUCO - ESQUINA DE COPACABANA COM SIQUEIRA CAMPOS


Nesta foto garimpada pelo Nickolas vemos o bonde 21 – Circular, nº de ordem 1742, trafegando pela Av. N.S. Copacabana, quase na esquina da Rua Siqueira Campos, em direção ao Leme.

A linha 21 tinha o seguinte itinerário de 1959 a 1962, época da foto: Praça. Juliano Moreira - General Gois Monteiro - Rua da Passagem – Praia de Botafogo - São Clemente - Humaitá - Jardim Botânico - Bartolomeu Mitre - Dias Ferreira - Ataulfo de Paiva – Visconde de Pirajá – Gomes Carneiro - Francisco Sá - N. S. Copacabana - Princesa Isabel - Túnel Novo - Lauro Sodré - Praça Juliano Moreira.

À esquerda, fora da foto, ficava o Centro Comercial de Copacabana. À direita, onde vemos o anúncio da Cinzano, está o Café Pernambuco, tradicional bar de Copacabana, que existiu do início do século XX até a década de 60.

Outra foto da mesma esquina garimpada pelo Nickolas. Lembro das muitas vezes em que, voltando do colégio, o bonde 14 – General Osório descia a Siqueira Campos e dobrava na contramão na Av. Copacabana como na foto acima e eu me espantava com o número enorme de pessoas tomando café no balcão.



Aqui vemos o aspecto do Centro Comercial de Copacabana na esquina da Av. N.S. de Copacabana com Rua Siqueira Campos, em frente ao Café Pernambuco.

Nesta foto do acervo da tia Milu vemos a própria Milu brincando na Praça Serzedelo Correa tendo ao fundo o Café Pernambuco, onde está o anúncio do Crush.



Esta foto é do acervo da Julinha, guia turística e antiga comentarista do “Saudades do Rio”. Vemos o Café Pernambuco que tinha como endereço Rua Siqueira Campos nº 53.

O Decourt certa vez comentou: “O térreo Café Pernambuco, tinha certa má fama no bairro desde 1909, como podemos ver em textos retirados de jornais da primeira metade do século passado:

1)   Próximo à estação de bondes (local onde em meados do século XX se ergueu o Centro Comercial de Copacabana) existe um botequim, onde se reúnem indivíduos que após se embriagarem, saem às ruas dirigindo às senhoras pesadas e imorais palavras”.

2)   Pede-se a atenção do Sr. Comissário de Polícia ao Café Pernambuco, onde desclassificados ficam bebericando à porta do estabelecimento, exibindo imoralmente os bíceps às senhoras e moças que têm o desprazer de usar aquela calçada”.

Atualmente, onde era o Café Pernambuco, há um arranha-céu com o mesmo endereço de Rua Siqueira Campos nº 53, mas, curiosamente, a loja Boni´s Gourmet existente no térreo tem como endereço Av. N.S. de Copacabana nº 574.

35 comentários:

  1. A linha de bonde 21foi a última a circular na zona sul e circulou pela última vez em 21 de Maio de 1963. Com o início da circulação dos Trolley-buses no início de Setembro de 1962, o trajeto de algumas linhas passou a ser feito pelo Túnel Velho, Siqueira Campos, e viravam à direita na Nossa Senhora de Copacabana. Com a extinção da maioria das linhas da zona sul a partir de 1° de Março de 1963, o trajeto da linha 21 foi drasticamente reduzido até sua erradicação em 21 de Maio de 1963.

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  2. Ótimas fotos dos bondes mas chega ser espantoso lembrar que trafegavam pela contra-mão em muitas ruas.
    Lembro desse restaurante rotativo e de um outro no centro no Castelo. Foi uma moda que não vingou. Nunca fui e não sei direito como funcionavam.

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  3. Olá, Dr. D'.

    Dia de acompanhar os comentários. Hoje propaganda ostensiva de bebida alcoólica é proibida e "Crush" tem outro significado...

    Hoje o comércio em geral, com algumas exceções, está fechado.

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  4. Bom Dia ! Na Tiradentes também teve um restaurante circular.

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  5. Nunca tinha ouvido falar do Café Pernambuco, ótima aula. "...exibindo imoralmente os bíceps às senhoras e moças...". Caramba, exibir os bíceps era imoral?

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    1. Dependendo da época, até mostrar tornozelo era imoral...

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    2. Em tempo, um dos estopins para a Revolta da Vacina foi a alegação de que os aplicadores da vacina olhavam os antebraços desnudos das mulheres (e moças) das casas na ausência do chefe da família.

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  6. Morei em Copacabana entre 1962 (tinha então 9 anos) e 1986; minhas lembranças mais antigas desta esquina, além do "Centro Comercial", são de uma lanchonete que ficava aberta até tarde, não sei se já a Boni's ou uma antecessora.
    Atualmente acho que é um misto de padaria/lanchonete e, apesar de não frequentar, acho que "gourmet" é um pouco demais ...

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  7. Com o fim da circulação de bondes em Copacabana e Ipanema em Março de 1963, o 21 passou a ter seu ponto inicial na Praia de Botafogo e o trajeto até o Leblon via Humaitá era feito pela São Clemente na ida e pela Voluntários da Pátria na volta. Esse detalhe explica a razão da garagem do Largo dos Leões ser utilizada pelos bondes enquanto a garagem do Largo do Machado abrigar os Trolley-buses. Não custa lembrar que a Concessão da Jardim Botânico e da Light expiram em 1960 e 1963 respectivamente e a CTC foi criada em 1° de Janeiro de 1964.

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  8. Bom dia Saudosistas. Hoje é dia de acompanhar os comentários, antigamente era comum em todos os bairros estes bares e botequins populares.

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  9. O Jason observou, na foto da Siqueira Campos, que o sobrado da Panificação Império ainda lá, firme e forte, ainda que bem descaracterizado e com uma fachada falsa. A PANIFICAÇÃO IMPÉRIO era aquela padaria que tinha uns afrescos de deuses greco-romanos… (Siqueira Campos nº 65). O fundo era meio esverdeado e havia um Mercúrio bem no meio...
    O Decourt comentou que ao lado da Império havia um restaurante rotativo, onde funcionou tempos depois o “Crack dos Galetos”.

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    1. O que é um restaurante rotativo?

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    2. Primo, vc senta num banquinho e vai sendo levado num giro de 360º. Vai apreciando o panorama. Deve haver quem goste.

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  10. Na foto que aparece o Centro Comercial no canto direito e encoberta pela árvore está a Kopenhagen. Atualmente é uma loja da Claro. A região da Praça Serzedelo e da Siqueira Campos Corrêa de uns tempos para cá tem sido muito degradada. A Praça nunca foi frequentada pela "elite" de Copacabana, grande dos imóveis da Siqueira Campos até a entrada do túnel é composta de imóveis antigos, maltratados, e a quantidade de oficinas mecânicas é grande. Parte do filme Tropa de Elite I tem aquela região como cenário. Junte-se a favela dos Tabajaras e a estação do Metrô e está completo o quadro de degradação urbana e social. Camelôs e moradores de rua lá "dão as ordens".

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  11. Acompanhei os comentários no grupo. A postagem resgatou várias lembranças.

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  12. Então eu estava enganado achando que o café da esquina é que fosse o rotativo. Pelo descrito era ao lado dele.

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  13. Alguém pode explicar como funcionavam os "Restaurantes rotativos" ???
    Galeterias tinham dezenas até os anos 90. Agora sobram algumas.

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  14. Andei por aquela área, pois minha avó morava na Rua Toneleiros, 330, Ed. Amaryllis. As redondezas me eram familiares, como o posto de vacinação da Figueiredo Magalhaes, hoje BPM. Comércio antigo, moradores idem. Creio que o bairro vai mudando o alvo de comércio, mais moderno a medida que chegam novos moradores de faixa etária mais jovem. Praticamente não existem mais armarinhos, e bares como esses. FF: ontem passei em frente e entrei na Rua General Barbosa Lima, em Copacabana, o morrinho atrás da Pedra do Inhangá.. Ladeira em espiral, para a qual dão os fundos de prédios da Rua Barata Ribeiro e da N. S. Copacabana. Nunca tinha entrado lá. Termina em cul de sac e é bem altinha. Ocuparam cada centímetro do morro, uma Gastão Bahiana mais baixa.

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    1. Corretor Ortográfico17 de outubro de 2022 às 13:15

      GMA, a rua citada por você e que termina na entrada do Túnel Major Rubens Vaz tem o nome de "Tonelero". É uma homenagem à batalha ocorrida em 1851 no "Passo do Tonelero" no Rio Paraná, e não "toneleiros", cujo significado é outro.

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    2. Prezado Corretor, o assunto é polêmico, como se vê em https://www.facebook.com/arquivonacionalbrasil/posts/951327771627768/, mostrando 3 placas de rua com nomes diferentes. Como sou antigo, uso o nome que sempre vi na esquina da Anita Garibaldi, Toneleiros.

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    3. Rua Tonelero não conheço, Toneleiros sim. Outra é a Haddock Lobo, que sempre falei Haddack Lobo.

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  15. Substituindo estes antigos bares há agora lojinhas de café. Para mim são para lavagem de dinheiro, mas uma aqui na Montenegro tem sempre movimento. E imagino que o cafezinho não seja barato.

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    1. Acredito firmemente na hipótese "lavagem de dinheiro", tanto nestas lojinha de rua como nos quiosques dos shoppings.
      Mesmo muito caro, a quantidade de expressos + eventuais acompanhamentos que teria que ser vendida diariamente para pagar só o aluguel + empregados é absurda.
      A conta "não fecha".

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    2. Mário, faz sentido. É como em escala muito maior o funcionamento das grandes redes de farmácias, onde em um quarteirão funcionam cinco ou seis de cada "bandeira". Veja por exemplo a região da Praça Saens Pena: são três grandes redes, cada uma delas com quatro ou cinco filiais. Não há público suficiente para dar conta dos enormes estoques a preços baixos. Além disso há a questão do quadro de funcionários, encargos, etc. Como você afirmou, "a conta não fecha".

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    3. Exato, Joel.
      Não é razoável e acredito que nem possa ser explicado por qualquer teoria econômica séria o fenômeno da multiplicação das farmácias/drogarias que assistimos nas últimas décadas no Rio.
      Nesse mato tem coelho.

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    4. Recentemente tivemos loja de chocolate com movimentação estranha de dinheiro...

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    5. Conheço Farmaceutico que fica responsável por 3 ao mesmo tempo, só na correria.
      Em paises sérios existe uma conta, número de habitantes x Drogarias, assim como Drogarias abertas no domingo. Acredito que no Brasil a lei deve existir mas....
      Sobre lavagem tem coisa melhor que loja de café!!!!

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  16. O endereço original do “Café Pernambuco” era Rua Barroso nº 53 e a Praça Serzedelo Correa se chamava Praça Malvino Reis. O telefone era 7-0507.
    Quanto às reclamações, também “O Beira-Mar” registrava em 1930 que “segundo consta, uma comissão de freguezes do Café Pernambuco iria levar levar ao proprietario desse antigo estabelecimento de Copacabana um abaixo assignado reclamando a apresentação dos garçons ostentando indumentarias compatíveis com a decencia e o luxo do café”.
    Na outra esquina da Siqueira Campos ficava o famosíssimo “Au Bon Marché”, um estabelecimento com muitos artigos finos comestíveis e um excelente bar. O proprietário era o Manoel Nogueira de Sá. Anteriormente se chamava “O grande barateiro de Copacabana”.

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  17. Esta publicação é inédita para mim desde dos tempos do Terra. Agora duvido que o DI LIDO fosse frequentador desses bares. Duvido!

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  18. Há algum tempo o SDR publicou uma foto em p&b de 1960 mostrando a Siqueira Campos quase na esquina de Nossa Senhora de Copacabana, estando o fotógrafo voltado para o Centro Comercial de Copacabana e à direita aparece o Café Pernambuco. Na foto a esquina aparece esburacada e com o calçamento em péssimo estado. O mesmo local aparece no SDR de hoje na foto 2 com o asfalto impecável e com a rua sem vazamento de água. Esse detalhe sugere que a foto onde aparece o bonde "sossega leão" seja posterior a 1960 e provavelmente de 1962.

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  19. O Boni tinha salgadinhos e doces muito bons, quando voltei a uns anos atrás depois da reforma deixei tudo de tão ruim que estava. Por ali só frequento o Carretão, que continua excelente.

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  20. Todo bar e botequim, com alguma peculiaridade, antigamente tinha um apelido dado pelos frequentadores e vizinhos. Acho que esse merecia o apelido de Bar do Borogodó.

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  21. "Desfrute tranquilidade no Cantinho da Saudade com suaves melodias" dizia a placa pendurada na entrada do bar de Madureira. Hoje impensável...

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