Postal colorizado, de uma foto de Malta, da Coleção de Klerman W. Lopes. Nesta região, em 1905, começou a funcionar o Colégio Sacré-Coeur de Jésus.
A Praça Cabral, na Glória, com a estátua de Pedro Álvares Cabral, obra de Rodolfo Bernardelli, no seu primitivo local. Ao fundo, o Hotel Suíço, originariamente residência familiar, na esquina da Rua Cândido Mendes, ex-Dona Luísa. Na casa anexa funcionou, no final do século XIX, o Clube Beethoven, do qual fez parte Machado de Assis, em que tinham lugar concertos de música erudita e também reuniões sociais, casa essa transformada em pensão antes de ser incorporada pelo Hotel Suíço, como anexo.
Não há mais vestígio de nada disso, inclusive do prédio que, pouco à esquerda, abrigou o externato Sacré-Coeur de Jésus, 1905 até a década de 30.
O Colégio Sacré-Coeur de Jésus no Rio de Janeiro teve sua origem no colégio criado no início do século XIX em Amiens, na França.
O objetivo do colégio era "transformar meninas em damas com forte capacidade reflexiva", baseado nos princípios da religião católica e com grande influência francesa (praticamente todas que ali fizeram todo o curso saíam falando fluentemente o francês).
Nesta foto de
1968, de Lygya Giordano, vemos o aspecto do Morro da Graça, com o colégio
Sacré-Coeur de Jésus. Ali funcionou o externato deste colégio, de 1935 a 1969,
quando o prédio foi vendido para uma firma de engenharia. Atualmente há um condomínio de prédios no local.
O Morro da
Graça, no bairro de Laranjeiras, é limitado pelas ruas Pinheiro Machado,
Laranjeiras, Soares Cabral e Moura Brasil.
O local foi adquirido em 1878 pelo comerciante Manoel F. C. Graça, que deu o nome ao morro. No final do século XIX foi comprado pelo senador Pinheiro Machado.
A partir de 1935 o colégio começou a funcionar no Morro da Graça, ao lado do palacete de Pinheiro Machado, cuja lateral vemos nesta foto.
Nesta foto,
colorizada pelo Nickolas Nogueira, vemos uma festividade no Colégio Sacré-Coeur
de Jésus.
Foto, como as duas anteriores, enviadas pela tia Nalu. Outra característica marcante das "Enfants du Sacré-Coeur" era a caligrafia. Por ser exigido, com rigor, que todas usassem a caligrafia ensinada no colégio, sempre foi fácil identificar quem estudou no colégio desde o Jardim de Infância.
Quase não se veem alunos uniformizados pelas ruas. A maioria das escolas aboliu os uniformes, o que era uma tradição.
ResponderExcluirTodos uniformizados evitava haver desfiles de roupas de grife ou roupas informais demais.
E as inúmeras escolas religiosas estão sem religiosos, principalmente as católicas, pela queda do números de vocações.
Será que vão acabar?
Algumas instituições de ensino ainda obrigam o uso do uniforme, como o Pedro II. Minha filha estuda lá.
ExcluirQuanto a caligrafia, realmente não se preza mais pelo capricho da escrita à mão.
Hoje (na verdade, já há um bom tempo) o "uniforme" da escola pública se traduz a uma blusa com o logo da escola, do município ou do estado, muitas vezes "customizadas". Calça jeans e tênis viraram acompanhamento. Escolas particulares têm seus uniformes, mas algumas são mais flexíveis.
ExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirDia de acompanhar os comentários. Com certeza serão interessantes.
Enquanto a cidade e o país tinham influência francesa, os tempos eram mesmo outros. Aí começou o domínio americano depois da II Guerra.
Tive alguns meses de aulas de francês na então oitava série. Guardei pouca coisa na memória.
Ótima postagem.
ResponderExcluirNão gosto dessa história de todas as alunas serem obrigadas a ter a mesma caligrafia.
Mas hoje em dia muitas escolas nem têm aulas de caligrafia, além de se escrever pouco nesses tempos de só digitar.
Como era bonito ver a letra bonita de algumas pessoas.
Parabéns ao Nickolas pelo aniversário!
ResponderExcluirE que voltem as colorizações.
Abraços
Em tempo, parabéns ao aniversariante ilustre e que nós recebamos mais presentes na forma de colorizações.
ResponderExcluirSobre caligrafia, tive meus cadernos na época da então terceira série. Talvez por tentarem me forçar a escrever com a mão direita. Mas não tenho uma memória muito forte dessa época.
Em primeiro plano na última foto estou com minha querida babá Antonieta numa quermesse do colégio.
ResponderExcluirViva! Tia Nalu apareceu.
ExcluirNo passado os colégios administrados por "Irmãs de caridade" eram o destino das jovens das classes mais abastadas. O custo era elevado mas compensava. Infelizmente "a coisa desandou" e a quantidade da educação caiu a "níveis subterrâneos". Os colégios de orientação católica são instituições por excelência, mas o custo é proibitivo. O segmento evangélico ainda não descobriu esse "filão". Quando descobrir será "um Deus nos acuda".
ResponderExcluirqualidade
ExcluirPor dificuldade de pronúncia de Sacre-Coeur, as pessoas falavam "sacrécré". Eu acho o francês a língua mais eufônica.
ResponderExcluirPor outro lado, e surpreendentemente, já li incontáveis vezes, num site que visito, pessoas não falantes de português dizerem que nosso idioma (pelo menos como falado em Portugal) soa muito semelhante ao russo.
O casarão foi da Construtora Carioca, em meados da década de 70 passou a ser o edifício sede da IESA (Internacional de Engenharia, "braço da Morrison Knudsen Engenharia e depois da Montreal Engenharia).
ResponderExcluirEstive algumas vezes lá na década de 80, lugar muito agradável.
Aí, acho que já no novo século, construiram um condomínio residencial.
Agradeço ao gerente e aos comentaristas pelas felicitações. Em breve devem vir mais colorizações. Algumas já estão no forno.
ResponderExcluirÓtima notícia.
ExcluirBoa noite Saudosistas. Acompanhei os comentários, ainda existem muitos colégios religiosos no Rio de Janeiro, muito embora já não tenham o mesmo rigor quanto a uniformes e outras regras e normas de antigamente. Parabéns ao mestre Nickolas pelo seu aniversário na data de hoje.
ResponderExcluirEm tempos de empoderamento feminino, algumas disciplinas desse tipo de colégio soam anacrônicas.
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