O 1º GP Brasil de turfe
foi corrido em 1933 no Hipódromo da Gàvea e teve como vencedor o cavalo
brasileiro “Mossoró”. Desde então e até os anos 70 do século passado as
corridas de cavalos atraíam grande público, especialmente na primeira quinzena
de agosto, quando se realizava a maior prova turfística nacional.
Era a ocasião em que as
elegantes da época desfilavam seus vestidos pela “pelouse”.
Hoje em dia tudo mudou.
As corridas de cavalos quase não levam público à Gávea, sendo o movimento de
apostas feito em agentes credenciados externos ou pela internet. Se foi o “glamour”,
acompanhando a tal de modernidade.
Os jornais diários
mantinham páginas inteiras dedicadas ao turfe, as rádios transmitiam as
corridas, jornalistas como Haroldo Barbosa, o “Pangaré”, e Luiz Reis, o “Cabeleira”
(curiosamente ambos eram também compositores de música popular), Heitor Lima e
Silva, o “Bolonha”, Teófilo de Vasconcelos, Ernani Pires Ferreira, Oscar
Vareda, Oscar Griffths, eram conhecidíssimos. Os programas sobre turfe nas rádios JB, Eldorado e uma outra que não lembro, faziam sucesso.
O Jockey Club, que se
fundiria com o Derby Club em 1932, tinha suas atividades no Prado Fluminense no
bairro São Francisco Xavier. Em 1919, começou a estudar a hipótese de construir
um novo hipódromo para substituir o Prado Fluminense. A opção foi um terreno
pantanoso, em frente ao Jardim Botânico, junto à Lagoa Rodrigo de Freitas, que
vinha sendo aterrado com resíduos do desmonte do Morro do Castelo, no centro da
cidade.
O arquiteto francês André
Raimbert, associado a seu colega Louis Lefranc, e por encomenda de Linneo de
Paula Machado, fez o projeto original do Hipódromo da Gávea, depois alterado.
As obras foram concluídas em 1926.
Foto de Kurt Klagsburn, publicada por AJ Caldas, colorização de Christiane Wittel.
Foto de Kurt Klagsburn, publicada por AJ Caldas, colorização de Christiane Wittel.
Foto de Kurt Klagsburn, publicada por AJ Caldas, colorização de Christiane Wittel.
Bom Dia ! Se minha memória não me engana, quando meu Tio ouvindo as corridas pelo rádio, o locutor era Ernani Pires Ferreira e não Freitas
ResponderExcluirMauro, você tem toda razão. Foi um ato falho, pois estava pensando em citar os grandes treinadores e um dos maiores foi Ernani de Freitas, do Haras São José e Expedictus, dos Paula Machado. Vou corrigir.
ExcluirPor falar dos grandes treinadores da época das fotos podemos citar os irmãos Silvio e Alcides Morales, G. Santos, Sabatino D´Amore, Gonçalino Feijó, entre outros.
Entre os jóqueis dos anos 50/60 tivemos o Bequinho, Adalton Santos, Oraci Cardoso, J. Portilho, A. Ricardo, os Paoliello, Julio Reis e por aí vai.
Foi uma boa época do turfe, com cavalos excepcionais.
As tardes de GP eram mesmo muito elegantes, mas as mulheres deixaram de ser dondocas para entrarem com força em posições mais relevantes, o que foi ótimo.
ResponderExcluirUm bom exemplo, entre tantos, é o da atual Ministra da Saúde, que deu uma ótima entrevista na revista de domingo do Globo.
Aliás ela citou elogiosamente a dona Rosiska, da família do gerente.
Hoje em dia há mais mulheres que homens nas faculdades de Medicina.
Entretanto há os que não se confirmam com esta liberdade feminina, haja vista o número de feminicídios.
Em tempo: ótimas fotos.
E não só na medicina, como na maioria dos cursos universitários. Creio que a exceção ainda seja a área de exatas.
ExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirEram outros tempos. Acho que a proibição dos cassinos impulsionou de alguma maneira as apostas em cavalos.
Peguei a época das páginas de turfe nos jornais, especialmente O Globo. Havia "as barbadinhas do Globo Esporte" com o Ernani. A Globo chegava a interromper a programação para transmitir o páreo do GP Brasil.
Não sei desde quando a onda passou, mas corridas continuam com seus apostadores fiéis assistindo em canal específico ou pela internet.
Hoje a concorrência ficou ainda maior com a proliferação dos sites de aposta, tornando ainda mais hipócrita a proibição dos cassinos.
Como fazia frio naquela época. Há mulheres até com casacos de pele.
ResponderExcluirAdoro cavalos e já fui muitas vezes ao Jóquei só para ver as corridas pois não tenho o hábito de apostar.
E o local é lindo. Vale a pena ir num sábado ou domingo. A entrada era grátis.
Em tempo, minha irmã é frequentadora do JCB na época do Rio Open de tênis. Esteve lá no mês passado, na edição mais recente.
ResponderExcluirEssas fotos mostram "a cara do Rio de Janeiro" em uma época que deixou saudades. O Jockey Club era frequentado pela "fina flor da sociedade carioca" e o turfe vivia uma "época de ouro". Em 2023 as "celebridades da sociedade" que aparecem fotos desse tipo mostram a abissal diferença entre "o ontem e o hoje", diferença essa que dispensa maiores comentários" ## Sobre a maior quantidade de mulheres atualmente em cursos de medicina, conforme o comentário das 07:25, eu tenho reservas por vários motivos, bem como sobre a relação do número de feminicidios com a ascenção da mulher. São estatísticas tendenciosas sem uma fundamentação mais sólida que aparentemente buscam acirrar uma disputa entre "gêneros".
ResponderExcluirNão querer enxergar é impressionante. Todo dia tem alguma mulher assassinada por algum ex.
ExcluirQuanto às turmas de Medicina acho que é meio a meio.
Bom dia Saudosistas. Frequentei muito o Jóquei nos anos 70, assisti a vários GP Brasil, o que me impressionava nas dondocas que assistiam o GP, além de não entenderem nada de corridas e de só fazerem posses a procura de um fotógrafo para ser fotografada, para uma revista ou jornal. Para os apostadores assíduos era um dia de muita risada nas arquibancadas.
ResponderExcluirNão sou turfista, mas a primeira gozação com os principiantes que berravam o nome do cavalo na reta de chegada era: "Ele não escuta, berra o nome do jóquei". Ganhei um dinheirinho apostando no Sunset, conduzido pelo Juvenal Machado da Silva, Pelé dos jóqueis, hoje rico mora no NE. Sou sócio do Joquei e não consegui entrar no clube na época do Rio Open, pela lotação. Já tem gente querendo levar o evento para a Barra (grrr!). Quanto ao Rio de antanho, andei pelo Leblon e vi que a estátua do Zózimo, cronista de mão cheia, foi para o estaleiro. Não faltavam notícias e notas ótimas. Hoje a noite do Rio é da Pessoa jurídica e uns influencers idioters e cafoners. Mudou o mundo, educação passa ao longe. É saudosismo sim. Mas modernidade não significa esculhambação. Aliás, deplorável o espetáculo de domingo. É pra desistir de ir ao Maracanã. Programa de altíssimo risco. Vou conhecer Recife esse fim de semana, mas sem ir a praia.
ResponderExcluirO evento vai para o Parque Olímpico. É só acabar o atual contrato. Convenhamos que o local tem mais a ver do que o atual. Não que faça diferença para mim.
ExcluirSenhoras e senhoritas vestindo a moda diretamente de Paris.
ResponderExcluirFui lá no hipódromo no final de agosto passado, estava passando pela Praça Santos Dumont e resolvi atravessar e perguntar ao porteiro se podia conhecer as instalações. Como era um horário sem eventos, infelizmente nem mesmo um cavalo treinando para se ver, ele permitiu um tour na parte social. No miolo das pistas estavam montando instalações para algum grande evento .
Eu diria que as instalações permanentes estão "acanhadas". Não sei se seria o caso de um "retrofit", até porque depende do que os associados pensam.
Imagino que a maior renda deles vem do aluguel de espaços, como restaurante e academia de ginástica, que naquele momento tinha o maior movimento do local.
Na minha família e círculo de amizades no tocante a profissões:
ResponderExcluirMeu pai: engenheiro.
Eu: engenheiro.
Meu filho: advogado.
Minha filha: engenheira.
Minha mulher: engenheira.
Meu sogro: engenheiro
Minha irmã: engenheira.
Meu cunhado: engenheiro
Meus três amigos mais próximos: 02 engenheiros e um médico
09 engenheiros, 01 médico e 01 advogado.
Isso então significa que .....
nada!
Amostras pequenas, com vícios de origem, não permitem qualquer conclusão.
O cavalo Itajara foi um grande fenômeno mas de vida curta. Com a rapidez que chegou ao topo da mesma forma foi ser reprodutor por motivo de ter se lesionado. Um fenômeno mesmo.
ResponderExcluirPois é, depois de retirar-se das pistas de corrida, Itajara passou a ser o reprodutor mais caro do Brasil e incrível que nenhuma de suas crias vingou.
ExcluirPor volta de 1965 a firma onde eu trabalhava pegou uma obra dentro do JCB. Eu fui lá fazer algo e vi uns cavalos andando pela pista com jóquei em cima. Os cavalos tinham uma cinta de couro em volta da barriga e uma peça de couro redonda e cheia de protuberâncias parecidas com pregos na parte de baixo da barriga. Perguntei o que era aquilo. Disseram-me que na época do cio os cavalos tentam montar nas éguas e podem derrubar os jóqueis. Mas antes de fazerem a monta eles ficam com o membro duro e batem com ele na parte de baixo da barriga. Daí aquele círculo de couro com "pregos": ao bater nele com o membro, o cavalo sente dor e desiste da monta.
ResponderExcluirComo é de meu feitio, nunca me interessei por esporte algum, o que inclui corridas de cavalos. Mas meu tio apostava feio nos cavalos e perdia dinheiro, para desespero da minha tia. Com ele aprendi termos como paddock, placé, barbada, pangaré, azarão e outros. Inclusive a frase "não pagou placé", cujo significado ignoro.
ResponderExcluirJogar no “vencedor” paga um prêmio melhor, pois o cavalo no qual vc jogou tem que ganhar
ResponderExcluirJogar no “placé” paga um prêmio menor, pois o cavalo no qual vc jogou pode chegar em primeiro ou em segundo.
A expressão “não pagou nem placé” tem o sentido de “não chegou nem perto”.
Obrigado pelo esclarecimento, Luiz.
ExcluirSíndrome de vira lata, imagina o calor das mulheres usando casaco de pele. Usar terno no Rio já é castigo, imagino esses vestidos pesados.
ResponderExcluirNunca gostei de corrida de cavalo, as vezes que fui ao Jóquei, Hípica e afins foi para festas de casamento, formatura ou restaurantes.
ResponderExcluirTB me vacinei contra o COVID aí, boas lembranças.
Eu tive quatro mulheres como chefes imediatas. Embora eu tenha forte restrição à autoridade, não tenho queixa de nenhuma delas.
ResponderExcluirPois é...
ResponderExcluirO peixe... a vaca...
ExcluirEra legal ouvir a narração do Ernani Pires Ferreira... "E lá vem o Juvenal, vindo por fora, atropelando na reta... cabeça a cabeça... cruzam a faixa final!!!
ResponderExcluirErnani estava no Guinness Book como o que falava mais palavras por minuto. Não sei se ainda é o líder.
Outro que marcou no Hipódromo foi o jóquei Ricardinho.
Por causa de trabalho eu via às vezes as corridas no canal do JCB na NET. Antes, em casa, via na parabólica. Aí me familiarizei com os termos usados nas corridas. Placê, trifeta ou quadrifeta.
ResponderExcluirFF: passou no Jornal da Band uma reportagem com os "novos rostos" de Dom Pedro I e das imperatrizes Leopoldina e Amélia, baseados nas ossadas estudadas por anos pela USP, retratando cada um aproximadamente um ano antes de cada morte. Foram feitas milhares de tomografias para chegar a um resultado mais fiel possível.
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