Em 2013 o prezado amigo Rouen fez uma série no seu "Arqueologia do Rio" sobre as tampas de ferro fundido existentes no Rio.
Hoje em dia elas são objeto de interesse de ladrões, que as vendem para ferros-velhos.
Apresentamos algumas tampas fotografadas pelo Roeun e outras por mim. Duas ou três vi na Internet.
Solicito a colaboração dos comentaristas para identificar e/ou corrigir alguma identificação. O desafio é não consultar o Google.
Homenagem ao Maracanã
Águas do Imperador
C.Waller&Co. London - Aguas Pluviaes
Força e Luz
Homenagem à Prefeitura do Rio
Esgoto Sanitário
L&P - Light and Power, provavelmente
CTB - falta de capricho de quem recolocou no lugar.
Curiosamente esta tampa de bueiro está na ciclovia da Lagoa, do lado de Ipanema.
Estado Guanabara - Fund. Ibero-Brasileira
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirSemana passada no RJTV passou uma reportagem sobre este tema. Algumas destas tampas apareceram nela. Incluindo a R.I.C.
PS: sobre a Global Crossing, salvo engano, é uma empresa que presta serviços corporativos de telecomunicações.
ResponderExcluirInteressante esta postagem. Vou passar a prestar atenção e descobrir alguma antiga como essa da C. Waller.
ResponderExcluirIsto se ainda sobrar alguma, tal a quantidade de furtos.
Eu não creio que ainda exista alguma em seus locais origem. Há tempo elas são "um filé" para crackudos, desocupados, e moradores de rua em geral, já que são (ou eram) comercializadas em incontáveis ferros-velhos clandestinos existentes na região metropolitana do Rio que Secretária de Ordem Pública "insiste em não enxergar". Dizem as más línguas que esses estabelecimentos clandestinos possuem "fortes vínculos" com políticos.
ResponderExcluirPolíticos não sei mas polícia com certeza.
ExcluirEssas tampas tem sido substituídas por similares de concreto, já que não tem nenhum valor.
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Também assisti a reportagem comentada pelo Augusto, logo me lembrei das postagens do mestre Rouen naquele momento. Infelizmente hoje no RJ e talvez pelo País afora, não se vejam mais tantas tampas pelas calçadas, devido aos fatos já comentados e que hoje se tornaram fonte de renda de cracudos. Estes furtos além de causaram prejuízos as companhias e as Prefeituras, podem causar graves acidentes principalmente em dias de chuva com as ruas cheias.
ResponderExcluirNo Brasil eu não sei como resolver este problema, mas na Tailândia eu sei como eles resolvem.
Interessante esse assunto, vou tentar descobrir algo sobre as fundições que deixaram seus nomes nos tampões e bocas de lobo.
ResponderExcluirOs mais novos, do Maracanã e da prefeitura, têm o símbolo da Saint Gobain grupo francês que dizem ser do tempo da construção do Palácio de Versalhes. Eles assumiram a famosa Barbará de Barra Mansa, mas é difícil saber se os tampões vieram de lá.
Esse RIC eu só chuto o "R" de Rio e o "C" fe company, o "I" deve ser alguma outra palavra em inglês, do tempo que os ingleses dominavam a produção de ferro fundido e aço.
CME pode ser de esgoto, do então Distrito Federal e CEE, também esgoto, estadual, antes da criação da CEDAG e RGT, Rede Guanabara de Telefone (chutaço), anterior à Cetel.
RIC é da Rio de Janeiro City Improvements (1862-1947). DAE é Departamento de Águas e Esgotos (1947-1957).
ResponderExcluirAqui na área da minha casa tem uma da DAE. Na vila, essa e mais uma da CTB.
ResponderExcluirNa minha época de topógrafo, cansei de abrir tampões da RIC e do DAE nas ruas de Botafogo.
ResponderExcluirPara medir a cota da linha d'água da tubulação de esgoto ou águas pluviais.
ResponderExcluirSensacional! Quem caminha pela cidade observa os bueiros. História dos bronzes pisados do chão. Mas queria saber das vias subterrâneas. As vezes as escavações mostram verdadeiras catacumbas de fios. O problema principal, aqui no Jardim Botânico, são as ruas internas de paralelepípedos, que afundam com os criminosos caminhões caçamba, com 4,5, 6 caçambas de lixo. Não há piso que aguente. Quebra a manilha, dá vazamento e transbordamento com a chuva, um inferno. Hoje andei por dentro de Botafogo, e vi vários terrenos que vão virar prédios em ruas mínimas, perto da Band. Havia, na Lei Orgânica do Município obrigação de submeter a obra ao controle municipal para avaliar o impacto no entorno. Pelo jeito, engavetaram a norma... Triste. Ainda vou fazer um mapa de prédios apontando em cada um o prefeito que mudou o gabarito da região.
ResponderExcluirgmmaa = GMA.
ResponderExcluirAchei. Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro:
Art. 408 - O licenciamento de obras ou de funcionamento depende de parecer prévio sobre o impacto no volume e no fluxo de tráfego, nas áreas do entorno.
E quem irá emitir esse parecer? Seria um servidor de carreira da Prefeitura, um "comissionado", e/ou um "interessado nos projetos em tela"? Em se tratando da Prefeitura do Rio e de seus administradores, pode-se avaliar o resultado...
ResponderExcluirEm atenção ao comentário das 08:58 do Lino, no que diz respeito à aplicação das leis com punição proporcional à gravidade do crime na Tailândia, seria urgente e necessário que seguissemos o mesmo caminho no Brasil, a exemplo aliás do que é praticado em boa parte dos países mais desenvolvidos.
ResponderExcluirAgora, com nossas leis, políticos, juízes e imprensa, é impossível.
Furta-se - impunemente, à luz do dia - trechos inteiros de viadutos, imagine tampas de bueiros.
É só mais uma pequena face da "banalidade do mal" que se instalou já há algum tempo em nosso(?) país.
Mário, quando o criminoso não teme a pena é um sinal de que o crime compensa. É assim que as coisas funcionam a contento até mesmo em nações medíocres. No Brasil criou-se um inacreditável clima de impunidade graças principalmente à uma sociedade que se deixou iludir por um discurso que se mostrou totalmente falacioso. Resumindo: vive-se talvez no país mais corrupto e mais violento do planeta, onde as leis são completamente ineficazes, não há punição para criminosos e "rouba-se às escâncaras em todos os segmentos da sociedade com a certeza de que o sucesso é garantido. E ai de quem se insurgir contra esse inacreditável estado de coisas: pode ser taxado de "fascista, nazista, autoritário", ou algo do gênero.
ExcluirJoek, concordo plenamente com seu comentário, exceto quanto ao último período. Essas pessoas a que você se refere nele também não são flor que se cheire. Aos poucos o mau cheiro delas têm vindo à tona. E como eu já falei várias vezes com você: se essas pessoas são assim tão contra as leis atuais, por que não as mudaram quando estavam no poder?
ExcluirHélio, não falo de um período recente, mas de várias décadas atrás. Apesar de inflação alta e de "crise de petróleo", vivia-se melhor, embora alguns não concordem. Pelo menos era possível ir ao Maracanã ou à praia sem ser assaltado ou assassinado. Além disso a miséria espalhou-se por todos os lados nos últimos e o tráfico de drogas se tornou "o maior empregador". De 1985 "a coisa desandou ladeira abaixo". Não há como negar isso.
ExcluirE aínda respondendo ao comentário do Mário das 18:26, digo que não só a Tailândia como também outros países asiáticos adotaram penas severas para a maioria dos crimes, inclusive o tráfico de drogas, que é punido com a morte. Em países islâmicos jóias e adornos cravejados de ouro e brilhantes são vendidos nas feiras em barracas de lona sem que haja qualquer preocupação com furtos e roubos por uma simples razão: são punidos com amputações e até com a morte. A embriaguez em público e a prática de atos homossexuais também geram penas pesadas. No Brasil as penas são ridículas porque os grandes criminosos se organizaram em "instituições de Estado" onde seus membros se protegem mutuamente. Como consequência disso o poder legislativo em seus três níveis aprova diuturnamente leis que fragilizam direitos de terceiros e relativiza direitos mundialmente consagrados, principalmente direito à autodefesa, leis essas que um judiciário "afinado com esses propósitos trata de legitimar". Enquanto isso uma maioria de acéfalos aplaude esse "status quo" e se insurge contra aqueles que o contesta.
ExcluirQuem diria que até nas tampas de bueiros há história. Não fazia ideia de que esses "R.I.C." e "D.A.E." fossem tão antigos.
ResponderExcluirQuanto aos de "força e luz", costumo brincar dizendo que são os bueiros motivacionais. Para que seriam os de "óleo"?
CME - Comissão Municipal de Energia. Mudou para Rio Luz
ResponderExcluirA sensação de impunidade é tão grande que um presidente e sua esposa recebem um presente de valor vultuoso em jóias de um chefe estrangeiro, que deveria ser destinado como um patrimônio da União mas que sorrateiramente tentou dar um "drible" na PF para se apossar do dito cujo.
ResponderExcluirO interessante é que o ex-presidente e seus fiéis seguidores têm como uma de suas táticas atacar a chamada "grande mídia", porém não vi ela divulgando até agora sobre a parte que pode ser à mais profunda lama fétida desse processo, a tremenda coincidência de uma privatização em favor dos sauditas, ocorrida pouco tempo depois da entrega do mimo de R$ 16 milhões.
ExcluirJá a ex-primeira dama diz que não sabe de joias das Noites das Arábias. Qualquer vizinha faladeira já estaria espalhando que não é à toa que dizem que brilhantes é coisa de amantes e que, mais uma vez, cônjuge é o último a saber.
Uma vez conheci um Sr. Já velho que falou que roubava bueiros nós anos 90. Era bem mais profissional do que podemos acreditar , era uma equipe de três, usavam uma Kombi com um furo no assoalho. Mesmo assim o peço do kg do ferro fundido não valia a pena, segundo ele.
ResponderExcluirDos nomes de fundições gravados nas tampas e na boca de lobo de ferro fundido, descobri através da hemeroteca da Biblioteca Nacional:
ResponderExcluir- Íbero Brasileira era na antiga Praia de São Cristóvão, 276 A (Jornal do Brasil - anos 1950). Provavelmente quase "esquina" com a Av. Brasil, limite com o Caju;
- Americana na desaparecida Rua General Pedra, 149. (Correio da Manhã - anos 1950); Consta uma em Três Rios, mas não deve ter a ver;
- Fuminas em Cotia, SP. Não é à toa que a tampa é da Telefonica.
- F R Moreira não achei. E existem muitas Moreira & Cia.