Conforme
nos conta o Professor Mario Henrique Glicério Torres em seu livro "Palácio
das Laranjeiras", o requerimento foi como se segue:
"Armando Carlos da Silva Telles, architecto constructor, tendo sido
incumbido pelo Dr. Eduardo Guinle para construir um prédio no terreno onde se
acha actualmente a casa nº 36 da Rua Carvalho de Sá (atual Rua Gago Coutinho)
vem apresentar a V. Excia. 6 plantas, a fim de serem devidamente aprovadas e
concedida a respectiva licença para o início das obras que serão terminadas no
prazo de oito meses.
O prédio será construído no centro do terreno e a 25m acima do nível da rua.
P. deferimento,
Rio de Janeiro 22 de dezembro de 1909
Armando Carlos da Silva Telles.”
Estiveram envolvidos na construção Joseph Gire, Armando Carlos da Silva Teles, E.F. Cochet (paisagista), Georges Gardet (escultor), Émile Guilhaume (escultor), A. P. Nardarc (pintor), Georges Picard (pintor), Covaillé Coll (pintor), Louix Bettenfeld (decorador), Schwartz Meurer (serralheria), Freihoffer (esucador) Charles Champigneule (vitrais).
Em 1940 foi vendido para o Governo Federal, tendo sido residência do Presidente Juscelino Kubitscheck.
Em 1968 foi no Palácio Laranjeiras que foi assinado o nefasto AI-5.
Em 1974 foi doado pela União ao Estado do Rio de Janeiro.
No Governo Chagas Freitas, iniciado em 1979, com a liderança de sua esposa, D. Zoé Noronha Chagas Freitas, uma grande reforma foi realizada para restauração do palácio.
Segundo ela, “O tempo, em sua obra destruidora, havia se tornado dono inconteste do palácio. Móveis belíssimos, tapetes Aubusson, Savonerie, quadros de pintores famosos como Reynolds, Rigaud, Franz Post, Moretto da Brescia, parquets franceses, a própria estrutura do prédio haviam sido feridos em sua integridade e beleza.
Cadeiras de fórmica ladeando móveis de estilo, carpetes puídos
recobrindo os parquets franceses. Os belíssimos mosaicos dos pisos das varandas
também não haviam sido poupados. O banheiro de mosaico colorido e mármore
branco tinha uma banheira moderna, destoando do décor da época. Tudo havia que
ser recuperado”.
Abaixo vemos fotos de Pedro Osvaldo Cruz, retratando o Palácio Laranjeiras após a restauração.
É a residência oficial do Governador do Estado do Rio de Janeiro. Os últimos, pelo que é noticiado, não merecem morar num palácio assim.
PS: O palácio é tombado e há visitação pública.
Concordo plenamente com o último parágrafo, já que a lista de governadores envolvidos em falcatruas não para de aumentar, tendo em vista as últimas denúncias de malversação de recursos públicos e de improbidade administrativa.
ResponderExcluirE continuando o comentário, o Tribunal de Contas do R.J divulgou ontem um relatório que aponta inúmeras irregularidades no programa Supera Rio onde até presos, defuntos, e até donos de aeronave, recebem o benefício. O fausto, o luxo, e o requinte da decoração do Palácio Laranjeiras escondem coisas surpreendentes.
ExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirAula interessante. Aprendi mais hoje. Acompanharei os comentários.
Há possibilidade de chuva em algumas regiões no dia de hoje.
Parabéns à dona Zoé pelo trabalho de restauração. O palácio merece uma visita.
ResponderExcluirÉ impressionante a riqueza dos Guinle no século passado. Tinham a concessão das Docas de Santos, um banco, hotéis, dezenas de mansões no Rio, entre outros negócios. O Boechat escreveu um livro sobre eles.
Quanto às residências dos governadores do Rio faltou falar das de Benfica e Bangu, onde andam passando bom tempo ultimamente.
O Palácio Laranjeiras deveria ser rebatizado para Palácio dos Ladrões.
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Embora passe constantemente em frente ao Palácio Laranjeiras, jamais entrei para visita-lo. Olhando por fora vemos uma belíssima construção. Antes da pandemia, havia um Passaport Rio, com diversas atrações as quais as pessoas podiam agendar visitas para conhece-las, cheguei a visitar algumas entre elas o sítio do Arquiteto Burle Max.
ResponderExcluirA gente zomba dos portugueses, mas eles tinham um enorme espírito de premonição quando construíam num mesmo prédio a Câmara e a cadeia, como se vê em cidades históricas no Brasil. Nos dias de hoje, isso permitiria a Suas Excrescências o home office.
ResponderExcluirA câmara de deputados e a cadeia velha chegaram a coexistir? Não foi o caso de só aproveitar o espaço físico?
ExcluirHoje é dia de faxina aqui em casa. Não vou ter tempo para comentar, pelo menos até meados da tarde.
ResponderExcluirJurisdição das sumidas comentaristas Nalu e Evelyn.
ResponderExcluirUma boa postagem para lembrar de construções do Rio que deveriam ter mais valor o circuito turístico carioca.
Naquele início de século 20 a família Guinle tinha uma visão empresarial bem mais avançada que muitos outros da época do país da monocultura.
O Brasil (e os Guinle também, na exportação pelo porto), ganhou muito com o café, mas depois ficou refém de seus "barões". Foi preciso uma revolução, ou golpe, ou talvez melhor, um contra-golpe, para se livrar do atraso da república caquética e avançar para industrialização em larga escala.
Contra-golpe porque, para a eleição de 1930, os "Barões do Café" golpearam primeiro
os mineiros quando cortaram o "leite" da política do "Café com Leite", ao indicar um paulista como candidato, quando a vez seria de Minas.
Fora os golpes em muitas seções eleitorais para impor o candidato da situação.
O povo ainda não tem amadurecimento para compreender que o Brasil está passando por uma transformação social que no futuro irá colher seus frutos e vai levar uma melhoria na renda do trabalhador e prosperidade para as comunidades.
ExcluirElvis não morreu.
ExcluirAh, e Papai Noel existe e mora no Polo Norte.
Fala sério....
Ainda acreditam em personagens fakes criados para galhofa. Normal...
ExcluirE alguns, meu caro Augusto, galhofeiros ou não, "fakes or not fakes" são chatos de galocha ...; normal também.
ExcluirCaro Mario, em alguns casos, menos pior ser chato do que ter outros defeitos muito mais graves, como visto frequentemente.
ExcluirCaro Augusto, chatisse não é defeito, o chato já nasce chato, vive chato e morre chatissimo.
ExcluirÉ genético.
A respeito dos "outros" defeitos mencionados por você, não posso emitir opinião, já que apesar de aponta-los frequentes, não os nomeia.
E fico por aqui, para que essa nossa troca de ideias não fique mais chata do que já está.
Será que vai brigar comigo também? Magoou! Sniff.
Excluiracho que chegamos à altura da não admitir mais que déspotas eleitos ocupem esses espaços históricos. São prédios que deveriam ser do domínio público, transformados em museus, ao alcance da população que merece conhecer esses prédios fabulosos.
ResponderExcluirMacron não mora no Louvre. Kurz não mora em Schöbrunn. Monarquias como a inglesa, a espanhola, ainda se compreende, uma vez que as propriedades são herança familiar há séculos.
Não é o caso de atuais democracias, exceto a Casa Branca, por motivos históricos.
Os atuais mandatários democráticos pelo mundo, vivem em suas próprias casas ou em imóveis funcionais. Além disso, não têm mordomias como carros e outros benefícios aqui vistos.
Com sinceridade, os últimos Governadores do RJ mereciam morar em palácios como esse?
Assim como o Gov. de Minas Gerais - Romeu Zema, mora na sua própria casa, e o palácio moradia do governo foi transformado parte em centro cultural e museu aberto a visitação pública, assim como deveria fazer todos os governadores e prefeitos de todos os Estados.
ExcluirGovernadores e Prefeitos deveriam morar em suas próprias residências, pagar por sua própria alimentação, exceto quando estiver em serviço durante o dia e a noite em evento oficial.
Uma vez eleitos (e a maioria fica anos e anos com mandato) o verbo pagar não é mais conjugado na primeira pessoa, no presente e no futuro, por nossos representantes.
ExcluirJá nas segunda e terceira pessoas .... é uma festa!
perfeito! Um absurdo o que acontece no Brasil. Falta vergonha na cara dos políticos. Só pensam em cargos e se cagam para os interesses da população.
ExcluirConde, há anos eu venho comentando sobre a escalada da corrupção, da violência, da insegurança, e principalmente do caos vivido pelo país, mas não faltaram comentários "anônimos", e outros nem tanto, me taxando de "fascista", de "homofóbico", e de fazer apologia ao Governo Militar, mas entretanto os últimos 90 dias não deixam dúvida do que nos espera no futuro caso algo interrompa essa espiral de turbulência. Alguma dúvida ir é preciso "esmiuçar"?
Excluirnão interrompa
ExcluirFetiche de palacio e tal. Nem abrem os jardins para a população. Pq temos que manter palácios, deveriam morar em lugares normais.
ResponderExcluirA Alerj agora mudou no que era o Banerjão, custo da palhaçada 300 milhões de reais. Agora o palácio Tiradentes vai ser mais um centro cultural no centro vazio do Rio.
Temos que cobrar, parar de pagar impostos, exigir transparência, exigir eleição direta para cargos de nomeação tipo procurador do estado, membros dos tribunais de contas e muito mais.
Rio corte de Dom Pedro falida.
Voltei, após anos retirado, mas a mensagem é a mesma.
ResponderExcluirACAUTELAI-VOS!!!
O FIM ESTÁ PRÓXIMO!!!
Tem também a residência oficial para veraneio na Ilha de Brocoió. Mais custo ou abandono.
ResponderExcluirEsse tal de Zema não é o que está pedindo 300% de aumento no próprio salário?
Antes de ser governador já era um empresário muito bem sucedido.
Paulo, está aí uma medida que TODOS os políticos tomam no dia seguinte à assunção do seu mandato: aumentar seu próprio salário (ou que outro nome tenha esse butim).
ExcluirSim, esse mesmo. E o Zema, do Partido Novo, que tem ideais no Liberalismo, no limite de gastos públicos. E esse aumento repercute no salário do vice e do secretariado em geral. Na teoria a prática é outra.
ExcluirSalário atual do Governador de Minas Gerais R$ 10.500,00 (Dez Mil e Quinhentos Reais), eu me aposentei a 10 anos e na época meu salário já era mais do dobro que isso.
ExcluirAcho muito justo um salário de R$ 42.000,00 para um governador, na verdade acho até pouco, pois a maioria dos diretores de empresas multi nacionais ganham muito mais do que isso. Quem é melhor, quem dá mais resultados para empresa deve ganhar mais, seja homem ou mulher. Vamos acabar com essa demagogia esquerdista de salários iguais.
Augusto, 16:11h ==> peguei o trecho a seguir no site Riomemorias.com.br: "O prédio era mais conhecido como Cadeia Velha, já que, além de servir de espaço para deliberações da Câmara Municipal, ali era a cadeia da cidade desde 1672."
ResponderExcluirComo se vê, naquela época todos eram iguais, ao contrário de hoje.
Hélio, obrigado.
ExcluirA verdade pode tardar, mas sempre aparece. Quando o SDR teve início se não me falha a memória em 2005, seu objetivo era o de preservar a memória do passado do Rio. Eram tempos de redes sociais "tímidas, não havia Whatsapp, e principalmente a realidade brasileira era outra. Pouquíssimos comentaristas abordavam assuntos políticos, e quando isso acontecia o "Xerife e todo poderoso Docastelo" logo bradava que "este sítio" se destinava apenas para assuntos referentes à memória do Rio, além do costumeiro "blablabla". Mas os tempos "de calmaria" acabaram, muitos comentaristas sumiram, ou morreram, ou mudaram de nome, "entraram e sairam do armário", e novos comentaristas passaram a comentar no Blog: os Anônimos. Além disso "muita água rolou"e o "Céu de Brigadeiro" foi tomado por nuvens cada vez mais espessas, dando margem à incertezas. Acho que todos, inclusive o "Gerente", perceberam que "os tempos são outros", e em razão disso mudou a forma de gerir o Blog. Os resultado dessa mudança se fizeram sentir na quantidade de comentários e na profundidade deles, dando um cunho de modernidade e de abrangência. Em razão disso, qualquer tentativa anônima ou não, para desqualificar temas, comentários, e comentaristas, torna-se absolutamente inadequada e por que não dizer, chega às raias da imoralidade.
ResponderExcluirPrezado Lino, 19:08h ==> ao que eu saiba, ninguém aqui falou em salários iguais. O problema é que quando o governador (ou o Presidente, ou o prefeito) aumenta seu salário, é gerado um efeito cascata para vice, secretários, sub-secretários, assistentes, assessores, ascensoristas, moças do café, motoboys, motoristas, porteiros, seguranças, o raio que os parta. Se ficasse apenas no governador e vice, ainda engoliríamos esse sapo. Digo sapo porque esses sacripantas não recebem apenas salário, também recebem auxílio moradia, auxílio terno, auxílio clips, auxílio selos, passagens de avião grátis, carro blindado, seguranças, vale refeição, vale alimentação, seguro de vida, plano de saúde top e vitalício para todos os familiares até a quinta geração. Sem falar no foro privilegiado, no direito a mamatas, na influência sobre magistrados, etc, etc. Estou exagerando um pouco, mas você é inteligente o suficiente para entender onde quero chegar.
ResponderExcluirO executivo de uma empresa, ao aumentar seu salário, não gera todo esse efeito cascata e nem tem todos os direitos que os sacripantas possuem. Sem falar que, se pensarmos bem, o custo desses malandros é maior do que o benefício que geram.
Para completar: se esse salário dos sacripantas fosse pequeno, não teríamos tanta briga de foice para ocupação dos cargos. É sinal de que ou eles são masoquistas ou que vão lucrar MUITÍSSIMO ao assumir o cargo.
E o pior é que são "funcionários comissionados" (leia-se parasitas e/ fantasmas que nunca prestaram concurso). Policiais, Professores, Médicos, Auditores, e demais funcionários do Executivo, não tem essas facilidades. A vantagem é que os funcionários concursados de carreira tem estabilidade, segurança jurídica, e aposentadorias com paridade e integralidade, sem qualquer vínculo com os parâmetros do INSS.
ExcluirComplementando: Lino, garanto que se o salário do sacripanta for apenas 5 mil reais, haverá briga de foice para concorrer ao cargo. Porque o boi é o que vem junto, e não o salário.
ResponderExcluirHelio, você foi certeiro no seu comentário das 20h13min. O efeito dominó que um aumento dessa monta (300%) causa nos cofres públicos é de espantar, além de deixar outras categorias indignadas, pois essas têm, quando muito, reajustes inflacionários, 3 a 5%.
ExcluirLino, não é questão de esquerda ou direita, ainda mais quando se fala em cargos públicos. Na iniciativa privada, ok, paga-se de acordo com o retorno que o profissional traz à empresa, mas mesmo assim existe concorrência e incentivos para que o profissional se aprimore, coisa que não acontece ao governador, prefeito, etc.
Mestre Hélio entendo o seu ponto de vista e o acho correto pelos fatos que vemos no governo, conforme ocorreu no RJ nos últimos governos eleitos, porém um salário de 10.500,00 é o primeiro passo para levar o executivo a ser corrupto, com a participação de tribunais de contas e do judiciário.
ExcluirUma tempestade caiu das 18h as 20h em várias regiões. Aqui na Vila da Penha não foi diferente. Agora está sem chover. Amanhã veremos os estragos.
ResponderExcluirMetrô linha 2 e ramal Japeri da SuperVia com interrupções parciais. Não sei a situação atual.
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