Esta fotografia foi assim comentada pelo prezado Maximiliano Zierer: "Praia de Copacabana e Avenida Atlântica, Posto 5, em 1951. Esta era a praia de Copacabana original, antes do seu aterramento para a duplicação das pistas da Av. Atlântica e a construção do interceptor oceânico (este sob o canteiro central das pistas), obras que foram concluídas no início dos anos 70.
As árvores altas são do terreno da casa do Vaticano, onde há atualmente o inacabado Museu de Imagem e do Som, na esquina com a rua Djalma Ulrich. A casa pertencia ao conde e condessa Inodare, e por ser recuada, ficava encoberta pela densa vegetação do seu amplo jardim.
Visível à sua direita está uma casa de dois pavimentos, de proprietários desconhecidos, que logo em seguida foi demolida, dando lugar ao edifício Rio Nobre (onde em 1958 ocorreu uma tragédia: a jovem Aida Curi, de 18 anos, foi atirada da cobertura do edifício após uma tentativa de estupro).
Reparem também no baixo edifício Ferrini, na esquina com a rua Sá Ferreira, e do lado oposto da mesma esquina o hotel Miramar. Foto da revista Brasil Constrói, 1951."
Fui dar uma olhada na revista "Brasil Constrói" e encontrei esta outra foto do mesmo trecho.
Os postos de salvamento mudaram de lugar em algum momento perto da virada do século. Na época da foto, anos 50, o Posto 5 ficava em frente à Rua Bolivar.
Neste trecho, muitas vezes sem areia devido às ressacas, ficava o campo do "Pracinha", time para o qual eu torcia e vi ser campeão por volta de 1960. Se não me falha a memória o time era; Castilho (João Luís), Eurico, Santoro, Brandão e Paulinho. Danilo e Nelito. Paulo Portugal, Ivan Portugal, Áureo e Nando Portugal. Era uma época que o futebol de praia atraía multidões nas tardes de sábado para assistir aos jogos.
Aí também ficava a rede de volei do grupo do Dr. Sanseverino, renomado médico da Cruz Vermelha Brasileira.
Era o tempo em que, apesar das línguas negras, a areia era limpa, não havia ambulantes ocupando grandes espaços, as redes de volei eram armadas perto da calçada e futebol só acontecia na parte da tarde.
A maioria dos homens usava calções "samba-canção", só tiravam a camisa ao pisar na areia, todos se sentavam no chão (na areia mesmo ou sobre toalhas e esteiras de vime), as mulheres usavam maiôs inteiros e muitos levavam suas boias de câmara de ar de pneus.
O Posto 5 talvez fosse o melhor lugar da Praia de Copacabana para pegar onda, fato que mudou depois do aterro dos anos 70.
As bóias "de pneu" eram comuns em Copacabana. A maioria dos homens usava "calções" e por baixo um "suporte". Nos anos 60 as mulheres usavam "maiô de duas peças" e até biquínis "comportados". As Indefectíveis "barracas" eram trazidas de casa enroladas, bem como as esteiras de junco, palha, ou vime.
ResponderExcluirA construção do Museu da Imagem e do Som se arrasta há anos, atravessando várias administrações. Eu particularmente não gosto do seu aspecto.
ResponderExcluirEste trecho abriga ou abrigava até pouco tempo um conjunto horroroso de barraquinhas no canteiro central da Atlântica.
Diferentemente do aspecto mostrado nas fotos é um local perigoso pois há muitos assaltos com os criminosos fugindo pela Sá Ferreira em direção à favela.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirTirando algumas idas ao apartamento de um colega de universidade na Paula Freitas nos anos 90, Copacabana era bairro de passagem quando o 2113 e depois o 332 existiam. Pegava essa linha para voltar de Botafogo e ela passava pela Atlântica. Com direito à vista de boa parte da orla entre Leme e Leblon.
FF: não tive oportunidade de comentar ontem sobre o atropelamento que adiou por um ano o meme preferido das torcidas de clubes brasileiros. Afinal este ano a hora do Real Madrid não vai chegar... Um massacre de 4X0.
Agora, se o City não for campeão da Champions League este ano, dificilmente será...
Esqueci de mencionar as idas ao forte nas exposições de carros antigos.
ExcluirNo prédio da esquina da Miguel Lemos com Atlântica, no terreo, ficava a clínica dos acidentados do dr Herve Machado e Nova Monteiro. Ia a praia aí. Em 1965 creio vi as fundações do Hotel Othon, muita água subterrânea. E via as caixas de uísque do lado de fora da boate Flag. Muito bons tempos
ResponderExcluirEu concordo com o Cesar e vou além: a Sá Ferreira se tornou uma das "cloacas de Copacabana" tal qual a Siqueira Campos, e o motivo é o mesmo: a proximidade com uma favela. "Apesar dos pesares", a proximidade de uma favela forçosamente significa desordem urbana, degradação, social, e a existência de inúmeros ilícitos penais, cuja gravidade se acentuou com a passar dos anos, e a desvalorização dos imóveis no entorno foi inevitável, a ponto delas se tornarem locais dominados pelo crime.
ResponderExcluirFavelas são a destruição de qualquer lugar, não só residencial como principalmente da economia local. Faça uma pesquisa e veja a quantidade de grandes empresas que deixaram o RJ, devido a expansão desordenada das favelas. E ainda teve um político do governo Brizola que dizia que Favela não era problema era solução.
ExcluirDesculpe mas o Brizola - não gosto dele, falou em um contesto muito mais amplo. Era sobre um fato simples, existem favelas pois muita coisa não deu certo, salários, transporte, política habitacional entre outros.
ExcluirO resultado e o que vemos, 1/3 do Rio Favelizado ou talvez até mais.
Quando se dá a sorte da praia estar assim plana junto ao mar é uma maravilha passear à beira-mar. Outro dia estava bastante inclinado e insisti em caminhar. O resultado foi uma dor nas costas que me travou durante dias.
ResponderExcluirEm tempo, a obra do MIS mais parece "obra de igreja", talvez fazendo jus ao local, antes conhecido como "Casa do Vaticano". Toda eleição há a promessa de conclusão da obra. Começou na era Cabral. Segundo algumas fontes seria para guardar o acervo do jornalista pai do então governador.
ResponderExcluirAugusto a obra do Sergio Cabral cabe dentro de uma pasta tipo "L".
ExcluirDo pai? Reconheço que não acompanhei a carreira dele como jornalista mas achava que tinha um acervo razoável.
ExcluirDepois do aterro, Copacabana deixou de ser uma praia com boas ondas para jacaré.
ResponderExcluirA arrebentação ficou muito próxima da areia, ondas curtas e tipo "caixote".
Antes, o trecho em frente ao Coacabana Palace, com um valão profundo que afastava a arrebentação em dias de mar alto, tinha ótimas e longas ondas.
Aprendi a nadar no posto 6 com meu pai e a pegar jacaré também com ele no então posto 2 de Copacabana.
Areia branquinha, lavada toda noite pela maré alta, "cantando" no pé.
Bate uma saudade danada desses tempos ....
Exatamente! Lastimo até hoje a perda das ondas da praia de Copacabana, de vez em quando eu vejo cenas do filme “O Homem do Rio” só pra ver a praia. Durante a obra as ondas perto do pier no posto 4 eram longe e enormes, como adolescente era mais corajoso que hoje e entrei, até hoje lembro do medo que senti quando furei uma onda lá no fundo e tive que nadar ainda mais pro fundo porque vinha outra onda maior ainda. Depois da obra comecei a frequentar a praia do Arpoador ao Castelinho e depois o Pier de Ipanema, época em que algumas mulheres mais atrevidas faziam topless @ @!
ExcluirO mar no Leblon esta de ressaca desde ontem, é um espetáculo muito bonito salve a espuma amarelada enojante.
Ouvi falar muito do caso Aída Curi, mas não sabia do local exato.
ResponderExcluirPelos relatos a repercussão foi muito grande. E existe um site exclusivo só sobre o caso e a biografia da vítima. Nele 2 ou 3 fotos são no estilo do antigo jornal Luta Democrática, ou seja, para os de "estômago forte".
Durante quatro meses, em 1998, morei no edifício de esquina Miguel Lemos x Atlântica. Às quintas-feiras, a partir do final da tarde, havia a feirinha de artesanato na avenida. No trecho entre Miguel Lemos e Djalma Ulrich ficavam as barraquinhas; no trecho entre Miguel Lemos e Xavier da Silveira ficavam quadros, vários deles no estilo naïf.
ResponderExcluirJamais confiei no mar de Copacabana. Quando criança, meu tio nos levava para tomar banho de mar na altura da Princesa Isabel. Décadas depois, quando virei fã de praia, eu preferia o Arpoador e Ipanema, em frente à Farme de Amoedo. Copacabana, jamais. Nem mesmo quando morei na Miguel Lemos, como citei no meu comentário anterior. No máximo, ficava sentado na areia ou andando de bicicleta pelo calçadão, às vezes indo até o aeroporto Santos Dumont. Mas nada de entrar no mar.
ResponderExcluirAprendi desde pequeno que o mar é traiçoeiro, não se pode confiar. A dois dias atras entrei e na hora de sair percebi que estava numa vala, o mar queria me levar lá pro fundo, mas como estava na beirinha consegui logo depois de algumas tentativas.
ExcluirEra criança mas o caso Aida Curi me impressionou muito. Lembro das fotos do Ronaldo, de óculos escuros, sendo preso. Acho que o outro envolvido se chamava Cassio Murilo. Foi um caso escandaloso. Não se sabia se ela se atirou do terraço ou foi atirada. Não sei se os acusados foram acusados ou foram presos. Neste Brasil da impunidade é capaz de não ter dado em nada.
ResponderExcluirDepois vieram muitas mais como a Claudia Lessin, Daniela Peres, Angela Diniz, etc.
País da impunidade.
Triste país.
O texto acima ficou confuso mas a indignação me fez errar.
ResponderExcluirO autor do homicídio de Aída Curi, o Ronaldo, foi condenado por "atentado violento ao pudor", um crime que deixou de existir em 2009 em razão das condutas que o tipificavam integrarem atualmente o rol de condutas que tipificam o crime de estupro (ART. 213 do CP), e também por "tentativa de estupro", uma conduta que atualmente pode ser tipificada no ART. 215-A, importunação sexual ofensiva. Pelo homicídio, "neca de pitibiriba".
ResponderExcluirFF: desabou parcialmente o prédio onde funcionou por alguns anos a rádio Tupi, em São Cristóvão. Estava em andamento uma demolição irregular, sem o conhecimento dos vizinhos. Felizmente, nenhum ferido. Os vizinhos tiveram que ser removidos pelos bombeiros por terem ficado sem acesso.
ResponderExcluirO que foi comentado sobre o mar de Copacabana eu observei desde a primeira vez que fui nesta praia. Há alguns "buracos" imprevistos próximos da arrebentação que assustam.
ResponderExcluirF.F. uma sacanagem o que estão fazendo com o aeroporto Tom Jobim. Muitos vôos foram transferidos para o Santos Dumont, tornando o Galeão sub utilizado. Sei não, cheira a algum lobby "zonasulista". Uma parcela da população desta parte da cidade certamente deve considerar a Ilha do Governador como sendo o Acre, fora do circuito Elizabeth Arden, parodiando, com permissão, o Hélio.
O primeiro passo para revitalizar o Galeão é garantir a segurança da Linha Vermelha.
ExcluirDepois negociar com as companhias aéreas para a retomada de voos internacionais a partir do Rio. Hoje a maioria dos voos sai de São Paulo ou do Nordeste.
Por fim investir no turismo. Mas está difícil pois poucos são os turistas desavisados o suficiente para se arriscarem a vir para o Rio.
Hoje em dia andar pelos terminais desertos do Galeão chega a dar medo.
Verdade. Trafegar pela Linha Vermelha é roleta russa. Obviamente você vai preferir sair do SDU. E as companhias aéreas provavelmente perceberam isso.
ExcluirA Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) abriu um inquérito para apurar a morte de um turista chileno no último domingo (14) e as agressões a um segundo chileno, que está internado no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio.
ResponderExcluirDe acordo com as primeiras informações, Ronald Tejeda Sobarzo, de 29 anos, e Andres Orellana Ruiz, também de 29, foram drogados e roubados. A dupla estava de férias no Rio há alguns dias e não foi a toa que o Rio de Janeiro ficou em último lugar como uma das cidades mais perigosas e inamistosas do mundo...
Segundo investigações preliminares, os chilenos foram se divertir na Lapa, acabaram sendo drogados, foram espancados, e seus corpos jogados de um barranco de uma favela em Santa Teresa.
ExcluirA Lapa (digo R. do Lavradio) só prestou no anos 90, assim que começou uma loja de venda de móveis antigos a realizar show de roda de samba e chorinho as sextas-feiras, onde o pessoal que trabalhava no centro passou a frequentar, depois começaram a abrir outros casas com shows, entre as primeiras Carioca da Gema e o Semente, o Rio Cenário é a expansão desta primeira loja de móveis antigos da R. do Lavradio, a original ficava ao lado do antigo jornal A Tribuna da Imprensa. Toda a geração de novos artistas que surgiram com a ressureição da Lapa, também levou uma juventude a frequentar o local, devido ao Circo Voador e a Fundição Progresso e outras casas de shows que se instalaram no local, logo com estes novos frequentadores o tráfico e ladrões também expandiram sua área de atuação, já que na Lapa já havia boca de fumo na Joaquim Silva desde os primórdios da Lapa.
ExcluirA Linha Vermelha tem somente 22 km de extensão e poucos acessos.
ResponderExcluirSe houvesse um mínimo de vergonha na cara de nossas "autoridades", seria razoavelmente simples manter policiamento permanente na via.
Mas é desses casos, a exemplo das bandalhas de transporte nos aeroportos e rodoviária, que não terão solução, nunca.
É desesperador, dá raiva e vida que segue ...
Nada será feito.
Eu sempre afirmei que a tolerância com a existência das favelas iria destruir o Rio de Janeiro. É exatamente o que está acontecendo e de forma alarmante. Os sinais já eram percebidos há muito tempo, mas muita gente "deu de ombros", seja por fimose intelectual e/ou moral, por fruto de doutrinação, por interesses inconfessáveis, ou até mesmo por "boa fé". Agora e de acordo com o falecido Wagner Montes, "segura essa marimba".
ExcluirO diabo é que agora é feio ser intolerante, mesmo com o intolerável ...
ExcluirAcabamos, como o sapo da história, sendo lentamente cozidos vivos sem perceber.
Mário 18:39 - inteiramente de acordo. Não têm vergonha na cara.
ExcluirFF: semifinal da Liga Europa e o Sevilla é um fenômeno, em busca do seu sétimo título da competição. Depois de eliminar o Manchester United, hoje foi a vez da Juventus, na prorrogação. Na final pegará outra equipe italiana, a Roma do José Mourinho...
ResponderExcluirE o juiz holandês é um soprador de apito como os daqui.
ResponderExcluirE ainda estava cotado para apitar a final da Champions. Vai ficar só na língua de sogra, se é que isso existe na Holanda. O pênalti não dado para o Sevilla no primeiro tempo foi ridículo.
ExcluirA propósito dos comentários das 18:39 e das 19:51, eu não só concordo como aponto a principal causa desse problema: a corrupção endêmica! De nada adiantam leis que combatam a corrupção corrupção endêmica que está entranhada no DNA do povo brasileiro se não houver "vontade política" para que isso ocorra efetivamente. Em 1831por imposição da Inglaterra, foi promulgada a Lei Feijo, que em linhas gerais "proibia o tráfico negreiro em todo o território brasileiro". Entretanto nada mudou a rotina do tráfico de escravos, que continuou ativo como se nada tivesse acontecido. Era uma Lei "para inglês ver". Nos dias atuais a situação é idêntica. Ou seja, o mal está no DNA da "raça brasileira".
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