Teatrinho Jardel, onde antes funcionou, em 1948, o Cineminha Cineac Infantil. Localizado na então tranquila Av. N.S. de Copacabana nº 921, entre as ruas Barão de Ipanema e Bolivar. Era tipo um teatro de bolso criado por Geysa Boscoli, tio de Jardel Filho e Ronaldo Boscoli. Não era pequeno. Tinha 180 lugares.
No canto esquerdo,
estacionada, uma Dodge Perua Kingsway 1950 ou 1951.
No local hoje existe um
prédio com uma agência do Banco Itáu, mas, surpreendentemente, numa Copacabana
que colocou quase tudo abaixo, os imóveis à esquerda ainda existem, muito
alterados é verdade, mas são os mesmos até hoje.
A Agacê, era uma loja de
modas cujo dono era o cearense Hugo de Castro, daí o nome da loja.
A peça em cartaz era “Si
quer...diz logo”, com Agildo Ribeiro.
Foi inaugurado com um espetáculo da Companhia Vienense de Espetáculos para Crianças. Na década de 1950 e início da de 1960, os atores principais destas peças infantis eram Norma Blum, Roberto de Cleto, Fabio Sabag, Zilka Salaberry, todos oriundos do Teatrinho Trol, grande sucesso da TV Tupi, canal 6 (no Rio).
Este Teatrinho Trol, todos os domingos às 14 horas, era programa obrigatório da criançada, com uma peça por domingo. Logo após, iniciava-se a transmissão esportiva, com o jogo do Maracanã que, na época, tinha o horário de 15h15min.
Mais adiante, já nos anos 60, Geysa Boscoli mudou o teatrinho para a Av. Atlântica, ao lado do Hotel Miramar.
Quem se apresentou logo após a inauguração, apenas nas segundas-feiras, foi Procopio Ferreira com a peça “Ciúme”, de
Louix Verneuil.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirVou acompanhar os comentários, mas, aproveitando parte do texto que cita alguns atores famosos, soube agora há pouco que morreu a atriz Eva Wilma, aos 87 anos.
Bom Dia! Época boa que deixou saudades.
ResponderExcluirO teatro no passado atraía um público bastante significativo, muito mais do que atualmente. Teatro é cultura, palavra que parece estar em desacordo com uma realidade em que Anitta é considerada uma "pensadora", Fábio Porchat um "talento", e Paulo Gustavo "um grande humorista". Sheakspeare, Sófocles, e Ibsen, devem ser nomes totalmente desconhecidos para um público acostumado com "espetáculos" do tipo Festival do MAM de São Paulo. Mas fazer o que? Os grandes teatros do Rio não existem mais e mesmo que existissem a grande maioria da população não dispõe de dinheiro e "estofo cultural". Mas há quem aplauda esses "novos tempos" onde a cultura, a educação, e a boa formação cultural, são substituídas pelo "brilho e uma boa fumaça".
ResponderExcluirEngraçado que lembro bem deste teatrinho na Copacabana mas não faço ideia dele na avenida Atlântica. Durante algum tempo fui muito a teatros pois me associe a um clube de teatro em que você pagava uma mensalidade e recebia pares de entradas para dois ou três espetáculos por mês. Depois os teatros ficaram muito caros.
ResponderExcluirNaquela época Copacabana era chique e tinha muitas lojas como a Agacê. Lembro da Herminia, Étoile, Celeste, Mademoiselle, onde ia levado muito a contragosto pela minha mãe.
Aí em frente ficava o famoso Curso Vetor de pré-vestibular e na outra esquina ficava o Roxy.
Ai de ti, Copacabana ... Bairro onde morei entre 1962 e 1986, na Av. Nossa Senhora de Copacabana 312, estudando nos (desaparecidos) Colégios Cirandinha e Guido Fontgalland, frequentando os cinemas, a praia pré e pós aterro, o Bob's, o Gordon, comprando ingressos para o Maracanã no Mercadinho Azul.
ResponderExcluirCopacabana era um universo completo, o meu mundo de então, não precisava sair do bairro para nada.
Saudades.
Em 1965 minha mãe ia ao apartamento de uma modista, D. Carmem, cujo prédio ainda existe, na esquina de Bolívar com N.Sa de Copacabana e do lado esquerdo. O prédio é dos anos 30 mas nos anos 60 já estava "meio caído". Me lembro também de um pequeno comércio, uma espécie de "Mercadinho Azul", só que menor. Ficava na N.Sa de Copacabana em frente ao Caruso no Posto Seis. Já não existe mais. Também o prédio do Gaio Marti da esquina de Bulhões de Carvalho com Rainha Elizabeth ainda está de pé e virou "Zona Sul", bem como o da Visconde de Pirajá na General Osório. Aliás dos três prédios do Gaio Marti na Tijuca dois ainda estão de pé: um na esquina de Marquês de Valença com Conde de Bonfim e o outro na esquina na Afonso Pena com Haddock Lobo em frente ao Club Municipal. O terceiro ficava na rua Conde de Bonfim na altura do 685 onde funciona uma galeria comercial e foi demolido no final dos anos 60.
ResponderExcluirSalvo engano, os prédios da antiga Gaio Marti pertencem a Fundação Marieta Gaio, com sede em Bonsucesso. Era o local onde se hospedava Chico Xavier quando vinha ao Rio de Janeiro.
ExcluirEu não deixava de assistir ao Teatrinho Trol. Zilka Salaberry sempre fazia papel de bruxa ou de pessoa má. Se não me engano, a apresentadora era a Neide Aparecida.
ResponderExcluirEsta ficou famosa como garota-propaganda das Lojas Tonelux. Ao fim dos comerciais da loja, na TV, ela falava "Tooo-neee-luux" e estalava os dedos da mão direita.
Já na década de 1970, passou a fazer os comerciais das Perucas Lady, e aí os encerrava com sua voz fininha falando "Perucas Lady, tá?"
Quanto a teatros, minha então namorada e noiva era sócia daquele grupo que recebia entradas para teatro, citado em comentário do César, acima. Foi uma época em que frequentei muitos teatros, algo que nunca havia feito antes. Nem depois, por causa dos preços.
ResponderExcluirGrande Jardel, artilheiro do Vasco....Sempre achei que o horário das 17:00 do futebol fosse mais antigo.
ResponderExcluirBoa tarde. Não conheci o referido teatro, fora da minha jurisdição, vou ler e acompanhar os comentários. Morreu o Prefeito Bruno Covas, bem jovem de câncer assim como o seu avô, Mario Covas.
ResponderExcluirApesar de muito velho, eu não me lembro desses teatros. O mercadinho do joel seria o Amarelo? o Roberto de Cleto era genro da minha professora particular que dava aulas na casa dela na Mascarenhas de Moraes. Ficou meu amigo e corria a história que ele seria amante do Sergio Brito. Eu tinha aulas junto com a Marcia Rodrigues, que fez o filma Garota de Ipanema. Ela tb era minha colega do Andrews. Rolou um namoro rápido que eu terminei ois a achava feia... Era irmã da Claudia Rodrigues, do caso do Michel Frank.
ResponderExcluirCreio que estás enganado Conde,conheci o Roberto de Cleto e seus pais,o Sr. Francisco e a Dona Zenaide. Roberto era solteiro e não era casado.
Excluirtem razão. procurei nos meus alfarrábios e errei o nome. Me referia ao Aldo de Maio. Desculpa.
ExcluirCultura é o que realmente caracteriza uma Nação (propositalmente com "n" maiúsculo).
ResponderExcluirOuvi dizer que a Neide Aparecida era um pitéu e fazia o estilo "voluptuosa".
FF. Rapaz, eu fico estupefato como o Joel propõe-se a politizar e polemizar as coisas mais simples e prosaicas, como um simples tema como esse de hoje. É um espanto!
Quem se propõe a progredir como ser humano nesta efêmera passagem pela vida terrena não conseguirá evoluir "um côvado sequer" caso não se atenha a um fator importantíssimo: o progresso moral, material, e espiritual, do mundo em que vive, tanto absoluta com relativamente. Isso só é possível comparando o passado e analisando o presente para ter uma idéia do que terá pela frente. Todos tem um sendo crítico e um livre arbítrio para seguir o caminho que lhe aprouver. "Temas simples podem gerar grandes reflexões". "A semeadura é livre mas a colheita é obrigatória", mesmo para quem não crê.
ResponderExcluirBoa tarde a todos!
ResponderExcluirSe não me engano, o Teatrinho Trol (na verdade, Vesperal Trol) era apresentado pela Nair Amorim, também dubladora. E a princesa costumava ser a Norma Blum, (que sabia inglês e traduzia eventuais entrevistas).
Na Internet consta a Neide Aparecida como apresentadora do Teatrinho (ou Vesperal) Trol.
ExcluirNair Amorim agora, entre outras coisas, dá a simpatia do dia no programa Antônio Carlos na rádio Tupi... Ficou muitos anos dublando Lisa Simpson.
ExcluirSobre o prefeito da ""estranha cidade"", que sina a da família. Acho que estaria sendo moldado pelo partido para ser uma opção a médio prazo se não fosse a doença.
A Nair encerrava o comercial com a frase: Tê, Erre, Ó, Éle! Trol!
ResponderExcluirE a Neide arrematava com: "A loja mais bonita do Brasil!"
ResponderExcluirO teatro Brigitte Blair, na Travessa Cristiano Lacorte, slavo engano encenava peças infantis. Tenho vaga lembrança dos meus 5/6 anos em 1964. O humor hoje está diferente e as gerações mais novas são atraídas pelo audiovisual, ainda mais facilitado pelo streaming. Meus amigos donos de editoras e livrarias falam da concorrência desleal entre o lazer fácil do cinema em casa nas plataformas que cobram R$ 20,00 por mês e passam filmes até 24 horas por dia, e os livros, que um só custa R$ 60,00 para cima. Hoje a cultura entra na sua casa, com acervo digital de museus e todos os LPs do mundo no You Tube e Spotify. O teatro vai se adaptar, encenando on line. Os intérpretes e compositores penam, pois não há mais Vivo Rio, Metropolitan, muito menos Canecão (um crimde da UFRJ, e ninguém é responsabilizado!). Já falei mil vezes; no Big Brother deveria ter uma prova de leitura. Os integrantes deveriam ler um.... conto, nem um livro, e responder a perguntas que dariam um premio. Só pra ver o cara segurando um livro.. mas .. Similia similibus curantur!
ResponderExcluirLuís, me permita duas perguntas. Você que conhece o Conde há muito tempo tem como garantir que as histórias dele são verdadeiras? O cara namorou tudo que é mulher interessante, foi amigo de personagens famosas, conhece todos os donos da noite carioca.
ResponderExcluirUma outra dúvida que tenho sobre o comentário do Wagner Bahia das 14 horas é quantos comentários você nem publica em média por dia? Dá a impressão que politizar e polemizar é coisa constante aqui no blog.
O Conde é muito imaginativo, mas é ótima pessoa.
ResponderExcluirNão publico, em média, um comentário por dia.
Epa! Helio, não quis, de forma alguma, confrontar ou desmerecer seu comentário. Já uso o "se não me engano" (que você usou antes) há algum tempo, desde a época dos fotologs. Isto porque escrevo de memória, nem sempre muito boa. E "vesperal" porque era o nome (e eu lembrei na hora) do programa. Se fui mal interpretado, desculpe.
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