Escola Gonçalves Dias -
Campo de São Cristóvão. Uma das “Escolas do Imperador”. Nesta foto, do Acervo
da Biblioteca do Estado do Rio de Janeiro, vemos a Escola Gonçalves Dias, cujo
prédio foi oferecido à municipalidade pelo comércio da Corte do Rio de Janeiro
em 1872. Destaque para arquitetura do frontal, janelas e grades trabalhadas em
ferro - reparar a conformação simétrica em alas e a presença do relógio acima
da ala central. O "site" da FAU-UFRJ nos lembra o emblemático
episódio, ocorrido após a Guerra do Paraguai, no qual D. Pedro II doou o bronze
da estátua equestre que seria erguida em sua homenagem para a construção de
escolas. As escolas então construídas, que ficaram conhecidas como
"Escolas do Imperador", caracterizam-se pela imponência que resulta
da escala e da implantação e pela nobreza em seu acabamento e materiais. Entre
elas estão a Escola Municipal Luiz Delfino, o Colégio Estadual Amaro Cavalcanti,
a Escola Municipal Rivadávia Correa, a Escola Municipal Orsina da Fonseca.
A Escola Deodoro é mais uma das escolas de
"Passos", construídas no mandato do grande prefeito da nossa cidade. A
Escola Deodoro é um dos exemplos da renovação do ensino primário, que teve a sua
pedra assentada por Pedro II, ao construir escolas como as José de Alencar e
Benjamin Constant. Bons e modernos prédios, exclusivamente destinados a
educação primária pelo Estado, com pouca ou nenhuma influência da igreja.
A Deodoro de pé até hoje, na esquina das ruas da Glória
com Conde de Lages, reflete bem o modelo de escolas construídas pelo grande
prefeito, seus materiais e projeto, em muito se parecem com outras escolas
"irmãs" como a Barth e a Prudente de Moraes e as demolidas Rodrigues Alves
e Estácio de Sá. A escola Deodoro é maior do que a Alberto Barth, ainda que no
mesmo estilo ( eclético normando).Podemos observar o chalé geminado, tão comum
na época.
Escola Rodrigues Alves, esquina da Rua do Catete com a
Rua Silveira Martins. O imóvel foi demolido durante as obras do metrô na década
de 1970.
Escola Barth, situada na Av. Oswaldo Cruz nº 124. A história do prédio vem do começo do século XX, quando o comerciante suíço Alberto Barth, morto em 1907, como prova de gratidão ao país que o acolheu, deixou em testamento a doação de 150.00 francos suíços para a construção de uma escola no então Distrito Federal. Ela foi inaugurada na administração do Prefeito Souza Aguiar (1906/1909).
Em 1936, um decreto do Presidente Getúlio Vargas a escola foi transformada em
Tribunal de Segurança Nacional, órgão da Justiça Militar, durante o período de
1937 a 1945, onde eram julgados os opositores do regime. Com o fim da Segunda
Guerra Mundial e a queda da ditadura de Vargas, o prédio voltou a funcionar
como escola. . Esta escola é quase igual à Escola Deodoro, na Av.Augusto
Severo,entre a Lapa e a Glória.Mesmo estilo normando,dentro das normas
ecléticas da época.
Minha mãe lecionou lecionou na Escola Gonçalves Dias nos últimos tempos do Distrito Federal mas por poucos meses. Nota-se que as escolas públicas no passado primavam pela robustez das construções e das instalações, bem diferente da precariedade das atuais, onde o conforto dos alunos e professores é o que menos importa.FF: Ainda sobre o tema de ontem: foi realizada uma grande operação das Polícias e da SEOP visando os ferros-velhos clandestinos que infestam a zona norte. Em um deles na São Francisco Xavier foram apreendidos tampas de bueiro, portões de ferro, fios de cobre, e grande quantidade de material. O dono foi preso e encaminhado ao sistema prisional. A duzentos metros dali o "cidadão" que ficou pendurado na fiação da Light está internado em estado grave e por pouco "não virou churrasquinho". Que sirva como exemplo.
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirEstudei em duas escolas durante o ensino básico (antigos primário e ginásio). Uma delas inaugurada nos anos 60 pelo Lacerda. Da outra não tenho informações.
No (atual) ensino médio estudei em uma (agora) escola centenária. A Visconde de Mauá.
De resto, vou ficar acompanhando os comentários.
Se os governantes não construírem escolas em breve faltará dinheiro para construir presídios, disse Darcy Ribeiro em 1982. Foi premonitório.
ResponderExcluirUma "meia verdade", já que os grandes criminosos possuem boa escolaridade, nível superior, muitos deles "saber jurídico", foro privilegiado, e imunidade parlamentar. "Falta dinheiro" em razão da impunidade institucionalizada e assegurada por elementos devidamente instruídos, "letrados", mas aos quais falta caráter e moral. Darcy Ribeiro infelizmente foi infeliz ao se associar ao indivíduo mais pernicioso que já chafurdou na política fluminense. O resultado está aí...
ExcluirBom dia a todos. O Centro da cidade está cheio de escolas antigas que foram desativadas, entre elas a Rivadavia Correia, Tiradentes, J.I. Campos Sales e outras. Num País onde a população jovem em sua maioria é analfabeta desativar escolas é dar futuro cada vez pior para as futuras gerações.
ResponderExcluirSempre estudei em instituições públicas. Cursei o segundo grau (clássico) no Rivadávia Correa de 1964 a 1966 (1º semestre) quando me transferi para o Colégio Santo Antônio Maria Zacarias, no Catete, em razão de um convênio com o curso vestibular Hélio Alonso. Como curiosidade no Rivadávia tive uma professora de português, baiana de nascimento, que mais tarde se tornaria muito conhecida no meio artístico. Registrei esse fato em outra oportunidade nos antigos fotologs. Trata-se da cantora Cyva do Quarteto em Cy, também responsável por incentivar e ampliar meu interesse no aprendizado de instrumentos musicais, em particular o violão.
ResponderExcluirAinda sobre educandários, tive a oportunidade de um eventual encontro com o intelectual e vice governador do RJ, o professor Darcy Ribeiro, em uma de suas visitas ao Palácio Gustavo Capanema. Na ocasião, em conversa informal, aproveitei para perguntar sua opinião sobre as críticas ao projeto dos denominados CIEP's, relacionadas aos custos de construção, manutenção e a opção de construí-los à beira de estradas, rodovias etc.. Além das críticas pela opção da não adaptação das antigas escolas às novas diretrizes. Com seu característico jeito trêfego (no sentido de agitado) fez a gentileza de responder esclarecendo que o projeto, independente do seu cunho educativo, tinha um forte veio político, que serviria como uma espécie de emblema do governo de então. Além disso reformar/adaptar as antigas escolas traria um custo muito alto, custo que seria melhor aplicado, segundo ele, na manutenção dos novos educandários que funcionariam em tempo integral, inclusive servindo de duas a três refeições aos alunos, além da prática esportiva.
Como se verificou com passar do tempo, e apesar de alguns elogios às qualidades intrínsecas do projeto, as críticas não cessaram. Ao contrário, foram acrescidas de denúncias sobre interesses sub reptícios na construção das unidades.
Vale relembrar que o governo Collor tentou algo semelhante no seu projeto dos CIACs, com uma tentativa de implantação de uma unidade no nordeste.
Salvo engano, cegou a ser construído um CIAC na Maré. Começaram a obra de outro em JPA, foi interrompido com a queda do collorido e depois depenado.
Excluir"chegou"...
ExcluirHoje em dia as construções bem projetadas e com um certo ar de requinte foram substituídas por "caixotões" de concreto.
ResponderExcluirQuanto ao comentário do Joel, lembrando que toda a sucata de ferro para ser aproveitada tem de passar por alguma instalação siderúrgica, impossível de funcionar em algum galpão ou fundo de quintal, pois consumem muita energia térmica . Por isso mesmo não podem ser ocultadas com facilidade. Por que não as encontram, ainda é um mistério...
Cada escola mais bonita do que a outra. E como bem falou o Joel, eram construções robustas, ao contrário das escolas chinfrins construídas atualmente. Tempo em que os alunos tinham adoração e principalmente respeito pelas professoras e Diretora.
ResponderExcluirBom Dia! Estudei primário e parte do ginásio no Colégio Dois de Dezembro.
ResponderExcluirBelos exemplos de escolas antigas.
ResponderExcluirAlém de construir é preciso verba para manter o bom funcionamento das instituições, mas como o interesse maior é só fazer a obra e gastar com propaganda...
Apesar de alguns problemas a ideia dos CIEPs foi a mais próxima do ideal. Os CIACs pode ter sido projeto do Governo Collor, mas na prática o pouco que foi realizado aconteceu no curto período do Itamar Franco.
Sobre o Rio de hoje, no site do Jornal do Brasil tem matéria do Informe JB sobre o fim de várias agências de banco em Ipanema. Embora menos preocupante que fechamento de escolas, essa situação é mais um no quesito aumento no índice de desemprego no Rio, mesmo que indique aumento de empregos no setor de atendimento "on line", essas vagas não devem ser aqui na nossa cidade. E, de qualquer maneira, com média salarial mais baixa e menos benefícios, ou seja, cada vez menor a circulação de dinheiro no comércio e, consequentemente, no setor produtivo, mais lucro para banqueiros e sócios.
A discrepância social no Rio de Janeiro é a maior do mundo, discrepância essa acentuada pelo nível escolar de grande parte das pessoas que é baixíssimo e em contrapartida os salários são aviltantes. Por outro lado é revoltante o "fausto" em que vivem políticos, juízes, e "assemelhados". É inconcebível que juízes com vencimentos de 39 mil reais tenham "auxílio moradia", auxílio educação, e muitos outros mais, que elevam a remuneração mensal para mais de cem mil reais mensais, enquanto "na rabeta" estão promotores, procuradores de justiça, "conselheiros", etc. Mas são essas classes que não movem "uma palha" para mudar esse quadro. O que chama a atenção é a quantidade de "estudantes formais" com uma cultura deplorável em todos os sentidos em uma espiral ascendente impressionante. Já entre os "nem nem" (nem estudam nem trabalham) a situação é "terminal". Semi alfabetizados, são "genitores profícuos", gerando proles generosas que terão o mesmo fim, tudo isso em progressão geométrica.
ExcluirEstudei na Escola Deodoro. Recentemente estive lá para votar e fiquei impressionado com o estado do piso, sem desgaste, apesar dos milhares de sapatos que o pisoteiam por todos esses anos.
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