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domingo, 4 de dezembro de 2022

DO FUNDO DO BAÚ - AMOLADOR DE GILLETTES


Mencionado ontem, eis o amolador de lâminas de barbear que, muito provavelmente, poucos que passam por aqui usaram. Até meados do século passado usava-se, na maioria das vezes, navalhas (da marca Solingen) para fazer a barba, o que requeria muita atenção para evitar ferimentos.

Os aparelhos com lâminas de barbear, que se popularizaram com o fabricante Gillette, tornaram mais fácil o barbear. Nos anos 50 do século passado, as lâminas eram montadas em aparelhos em forma de "T", inicialmente com vários componentes. Depois, estes aparelhos se transformaram em peça única, com o local para colocação da lâmina sendo aberto girando-se a extremidade do cabo oposta ao compartimento das lâminas (como o Gillette MonoTECH).



As lâminas que vinham em pacotinhos de papel também passaram a vir em dispositivos de plástico ("munidor"). Hoje em dia é muito difícil conseguir uma gilete.



Mais adiante surgiram os aparelhos descartáveis e outros com várias lâminas em conjunto, facilitando o barbear. Parte dos usuários aderiu, em meados do século passado, aos barbeadores elétricos.

Certa vez o prezado Eraldo contou que o pai dele teve um desses: 

"Um belo dia, no começo dos anos 60, chegou em casa com a novidade.

Prendia-se a cordinha em algum lugar (gancho, cabide da toalha etc.), punha-se a gilete cega no aparelhinho, encaixando as duas partes circulares daquele rasgo todo recortado que havia no meio da lâmina nos dois pinos, fechava-se a maquineta. Então, com a cordinha esticada, fazia-se um movimento de vai-e-vem no aparelho. A cordinha fazia girar os dois cilindros e dava um movimento orbital à lâmina, atritando-a contra os afiadores. Não sei se realmente afiava, era muito novo para responder por experiência própria."


28 comentários:

  1. Boa! Hoje nem sei onde comprar uma caixinha de gillettes.
    Elas serviam também para apontar lápis.
    Fazer a barba lembra a Acqua Velva.

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    1. meu pai usava o "óleo de ovo glostora", pra wvitar a queda de cabelo. fedia como o cão e minha mãe odiava. qusndo ele passava, ela dormia em outro quarto. kkkkkkk

      http://3.bp.blogspot.com/-KEZhqOwBRhE/UbhnkjyMumI/AAAAAAAABO4/oAJVzY6g_vs/s1600/Glostora+2.jpg

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  2. Não seria mais fácil descartar a gilete usada do que ter todo esse trabalho de amolar?

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    1. Bom dia.
      O conceito do descartável, do "jogar fora depois de usar", surgiu prá valer no final da década de 60, inicio de 70.
      Canetas, isqueiros, aparelhos de barba ...
      Nos anos 50 e inicio dos 60, com uma geração com memória de tempos difíceis, de guerra, de racionamento, e dinheiro curto, o "disperdício" de jogar fora sem reutilizar não era aceitável.

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    2. Hoje vivemos a era do descartável, incluindo eletrodomésticos. São "programados" em boa maioria para dar algum problema após a garantia expirar. Outra expressão comum hoje também é obsolescência tecnológica.

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  3. Postagem sensacional, túnel do tempo.
    O estado de novo do amolador é impressionante.

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  4. O custo de uma "Gillette" ( havia também as "Futebol" e as "Wilkinson") era relativamente elevado, o que levava aos usuários a várias tentativas para afiar os laminas usadas, valendo-se de tudo, até passar a Gilette no interior de um copo de vidro molhado...

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  5. Esse tipo de gillete é o mais eficaz. O corte é rente à pele. Mas prefiro o Prestobarba. É mais leve. Mas muita gente prefere a Gillette. Cada um com as suas preferências...

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  6. Prazer em conhecer esse amolador. Nem de nome tomaria conhecimento, se não fosse o SDR e seus colaboradores.
    Os produtos do reclame da Gillette eu conheci porque meu pai usava (cheguei a experimentar), assim como todos da mesma marca na última foto, mas os das embalagens amarelas e a vermelha eu não lembro.
    Wilkinson, citada pelo Prof. Jaime, também lembro e diziam que era um produto "del Paraguay". Intriga da concorrência?
    Hoje já usei a de 3 lâminas, Mach, com descarta só do refil, acho que dura mais.

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  7. Meu avô morreu em 1985 e até seus últimos dias se barbeava com navalha comprada na Visconde do Rio Branco na Praça Tiradentes.

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  8. Grande resgate! Nasci em 1947 e, até precisar fazer a barba, passaram-se muitos anos. Não lembro de ter um amolador de gilletes . No início, ainda usava os aparelhos que usavam a gillete comum com 2 lâminas cortantes na mesma peça. Logo vieram os aparelhos de uma só lâmina que eram trocadas por um carregador. Esse era o aparelho em T. Nunca me adaptei aos barbeadores elétricos. Acho que o primeiro era Remington. Arrancava os pelos pelo método da tortura. Depois vieram os Philips , rotativos com 2 ou 3 cortadores redondos. O resultado tb não era bom. Como tenho barba encravada, a cada escanhoada, saía tanto sangue que quase precisaria de uma tranfusão. Optei, como o titular deste blog, por deixar a barba crescer e hoje raspo o necessário com uma navalha que utiliza a metade da velha gilette. Vende na Farmácia do Leme.

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    1. Corretor Ortográfico4 de dezembro de 2022 às 12:05

      Conde Bertoni, a correção de seu texto hoje é "Dez, nota Dez"! Mas continuo de olho...

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  9. Discordo, Corretor.
    Daria 9,5.
    “Este” estaria mais bem colocado que “Esse”.

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  10. No jogo das 4 da tarde vou torcer pela zebra, se é que Senegal pode ser considerada como tal. Nunca simpatizei com o futebol da seleção inglesa e acho que pelo menos uma da África merece ir mais à frente.

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  11. Esse corretor é muito incoveniente mas tem seu valor. A escrita do conde do Lido é muito ruim.

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  12. Boa tarde a todos!
    Nos anos 60 nem as canetas Bic eram descartáveis. As papelarias vendiam cargas avulsas, e o cidadão reaproveitava o corpo sextavado de plástico (e a tampa, se não tivesse perdido).

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  13. E mais: as lâminas de barbear eram usadas também para raspar (corrigindo eventuais erros) o nanquim do papel vegetal. As melhores, segundo um desenhista amigo, eram as mais duras (Gillette Azul). Quase não se notava na cópia heliográfica
    (êta nostalgia!).

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    1. Exatamente, usei muito pouco o nanquim, mas fiz isso também.

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  14. Meu avô usou um aparelho desse 'monotech' até seus últimos dias em 2013.
    Ele sempre o batia na pia para tirar os fios de barba que ficavam presos nele.
    Grandes lembranças...

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    1. Meu pai fazia muito isso de bater na borda da pia ou em uma lata com água morna.

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  15. Olá, Dr. D'.

    Só agora vi que teve postagem hoje, mesmo que "continuação" de ontem.

    Nunca tinha visto, até agora, esse amolador de giletes.

    Mas o barbeador manual já é outra história. Meu pai, meu irmão e eu usamos muito. Hoje uso mais o barbeador elétrico. Mas ainda guardo em casa pelo menos dois exemplares.

    Volto mais tarde.

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  16. hehehe. meu pai usava muito a lamina gilette azul blue blade, da foto do artigo: https://ae01.alicdn.com/kf/HTB1BnbZeGSs3KVjSZPiq6AsiVXas/L-mina-de-barbear-gillette-super-blue-para-homens-a-o-inoxid-vel-5-l-minas.jpg_Q90.jpg_.webp

    eu sempre tive a curiosidade de saber de quem era a imagem da caixinha, mas não tinha como saber lá nos anos 70. é de king camp gilette: https://recreio.uol.com.br/media/uploads/legacy/2020/10/01/king-camp-gillette-1224576.jpg

    lembranças de meu velho pai, que já partiu há muito...

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  17. Hoje deu a lógica e teremos Inglaterra X França nas quartas. Rivalidade histórica, deixada de lado nas guerras desde Napoleão. Dois confrontos anteriores em fases de grupo. Em fases avançadas, primeira vez. Não será fácil para qualquer um deles.

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  18. O Mbappé é uma força da natureza e sabe jogar bola. Imagine se tivesse ao lado os machucados Benzema, Pogba, Kanté, além de outros menos conhecidos que também não puderam ser convocados.
    A Inglaterra me parece mais fraca que a França, mas está arrumadinha, com ótimas opções no ataque.
    Portugal tem vários craques, mas ainda falta alguma coisa. Espanha precisa de um centro-avante.
    Argentina tem o Messi, a garra e uns carregadores de piano. A Croácia não é de se jogar fora, com Modric. A Holanda é razoavelmente sólida, mas falta alguma coisa.
    A Coreia do Sul, bem, a Coreia do Sul pode se aproveitar daquele jantar com os jogadores brasileiros jogando ouro em pó sobre a carne, às gargalhadas. Espetáculo totalmente dispensável de novos ricos, deslumbrados e não profissionais. Isto para não falar de outros aspectos mais sérios dessa atitude.

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    1. Observador Esportivo, concordo em muitas coisas com você, mas faltou dizer que Tite "não convence". Algo me diz que sua tibieza e sua incompetência custarão caro ao claudicante "ufanismo esportivo" do público brasileiro. Com relação ao bizarro evento das iguarias douradas, muita coisa poderia ser dita, mas só me lembro do comentário que fiz há bastante tempo aqui "neste sítio" comparando jogadores de futebol de um passado distante com os atuais, os quais deixam muito a desejar em talento, valores, e caráter, se comparados com os primeiros. Vivemos uma total inversão de valores em todos os sentidos, onde "o lugar de cada um na sociedade se perdeu na órbita do surreal". Quem sabe tudo possa voltar ao normal quando "cada um voltar a ocupar o seu lugar.

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    2. E concluindo o comentário, "Stanislaw tinha razão".

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  19. Boa noite Saudosistas. Chegando de viagem e vejo a novidade de uma postagem dia de domingo. Cheguei a usar o modelo que girava e abria o local de colocação da lâmina. O aparelho de afiação de lâminas vim descobrir da sua existência hoje, graças ao SDR. Quanto a Copa vi hoje o primeiro jogo completo, Inglaterra x Senegal.
    A derrota do Brasil no jogo passado, mostrou a incapacidade do nosso técnico, pra não dizer burrice, ao colocar o time reserva, sem treinamento para jogar aquele jogo.
    O certo teria sido poupar os jogadores com cartão amarelo, algum jogador com problema físico, ter colocado em campo os jogadores que ele precisava testar e caso esses jogadores não atendessem a expectativa, ainda teria 5 substituições para fazer durante o jogo e fazer avaliação. Agora não testou ninguém, não tirou suas dúvidas e ainda por cima tirou a confiança destes jogadores. Caso venha a ter necessidade de contar com algum deles poderá ter problemas.

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  20. Quando surgiram os primeiros aparelhos de barba começou o fim das chamadas barbearias, que, com o passar do tempo, só cortam cabelo.

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