Há um Facebook chamado "Rio das Antigas", com milhares de seguidores. Curiosamente os comentários contêm "pérolas" como "Esquina da Rua Montenegro com Av. N.S. de Copacabana", "Não havia prédios altos na Av. Atlântica antes da década de 50", além de muitos erros de identificação das fotos.
Alguns dos antigos comentaristas do "Saudades do Rio" tentaram corrigir estes absurdos, mas boa parte dos de lá diziam "ter certeza" do que haviam escrito.
Eu já desisti de corrigir, o Decourt passou a fazer comentários irônicos junto com o Zierer e a Conceição Araujo, mas o Tumminelli, numa tarefa de Sísifo, continua a tentar corrigir e provar o que é o certo. Mas não tem tido sucesso.
Entretanto, vez por outra, aparecem boas fotos inéditas por lá, como estas que Martinho Martins publicou e reproduzo aqui.
Caberá ao obiscoitomolhado corrigir eventuais erros de identificação.
Haidée Salles Lemos, conhecida com Aimée, vedete, provavelmente do alto da Rua Marechal Mascarenhas de Morais, com um Hudson.
Laura Suarez, atriz, compositora e cantora, foi eleita "Miss Ipanema 1929", atuou no teatro e na televisão (no Grande Teatro Tupi, entre outras atrações), com seu Packard conversível na Estrada do Joá.
Tamara Capeller, também primeira bailarina do Municipal, junto ao Austin A40, em frente a sede do Jockey Clube Brasileiro, no Jardim Botânico.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirEstou solidário com o biscoito em relação ao bolo.
Dia de acompanhar os comentários. A semana será quente, ao que parece.
A quantidade de curiosos e de palpiteiros que publicam irresponsavelmente informações erradas e inexatas é impressionante. Essas informações inexatas e muitas vezes disparatadas devem ser coibidas com veemência, sob pena de que tais informações acabem se incorporando à uma "memória popular" desprovida de veracidade. ### O apelido do carro de Maria Della Costa era "Renault rabo quente".
ResponderExcluirDe carros nada entendo. Mas achei as fotos classudas, tanto pelos automóveis quanto pelas modelos. Parece alguma reportagem de revista semanal.
ResponderExcluirPor que “rabo quente”? O motor era na traseira?
O Renault 4 CV começou a produção em 1947,ou seja,antes do Fusca desembarcar por aqui,por isso seu apelido, tinha motor traseiro,de refrigeração líquida...
ExcluirTodas as fotos - com exceção da em que aparece a Maria Della Costa - trazem acrescentadas em um retângulo a inscrição " Dezembro 1948".
ResponderExcluirComo o filme em cartaz foi lançado nos Estados Unidos em março de 1948, todo o conjunto de fotografias é possivelmente de uma mesma reportagem.
ExcluirBom dia Saudosistas. Assim como Cesar também não entendo nada de carros. Os carros vistos nas fotos pertenciam as respectivas artistas que estão ao seu lado, ou as fotos são propagandas de lançamento destes automóveis?
ResponderExcluirAlguns modelos mostrados tinham a chamada "porta suicida" ou "deixa vê", dependendo da marca...
ResponderExcluirPS: aproveitando as postagens do fim de semana, o AFC completa hoje 119 anos.
Há apenas um erro grosseiro, que faço questão de anotar em separado. Na última foto, o Austin é um A-70 Hampshire, de 1948. O mencionado A-40 lembra muito o A-70, mas há diferenças estupendas, como a saia traseira, os parachoques reforçados e o porte. Tudo exclusivo do 70.
ResponderExcluirAs demais fotografias estão identificadas corretamente, mas vou procurar encontrar o modelo. A seguir.
Todos os carros são de 1948.
ResponderExcluirNa foto 1, é um Hudson Commodore, de 1948.
Na 2, o Rover. Muita coisa boa na wikipedia. É um modelo 4 janelas, que podia ser 4 cilindros, o chamado 60, ou o 75, aí com seis cilindros. Pela produção super pequena (360) do 4 cilindros, este da foto deve ser um 75, com produção de 2600 carros. Uma gracinha esse Rover, nos anos 70 vi um à venda, imaculado, mas era muita farinha para um biscoito só.
Na foto 3, o Packard Super Eight. Todos os Packard de 1948 tinham motor de oito cilindros em linha. Nunca tive a intenção de ter um, eram chamados de elefantes grávidos, uma aberração zoológica que em inglês não dá problema.
Na foto 4, o rabo-quente, do Renault 4CV e não da Maria, é o que acredito. Em Portugal o chamavam de joaninha. Foi um carro revolucionário, embora frágil. Virou em 56 o Dauphine, mais "reforçado", imagine-se como era antes....
Na foto 5, o Morris Oxford. O Hotel Glória ainda está sem a marquise, cheguei a achar que fosse o de Blumenau.
Finalmente, o Austin A-70. Um vizinho meu teve um cor de areia; eu achava o máximo, mas a produção não foi muito grande. Não deu pra ter um.
Obiscoitomolhado, mais uma vez, com uma colaboração estupenda.
ResponderExcluirEu peguei estas fotos na Revista "Rio" de 1949 e coloquei as datas de dezembro de 1948 pois a foto da Maria Della Costa com o cine metro atrás dava pra identificar a semana de exibição do filme que foi em dezembro de 1948 .
ResponderExcluirO "Rio das antigas" não é tão ruim assim tem muitos comentários bons e muita matéria é copiada de voces do "Saudades do RIo".
abs.
Martinho Martins
Valeu, Martinho Martins. Suas fotos são muito boas.
ExcluirPor incrível que pareça, o modelo que acho mais bonitinho é o Renault.
ResponderExcluirO Renault, por trás, é pavoroso. Mas, de frente, concordo com você. Dessa lista, o carro mais harmonioso comigo é o Austin.
ExcluirA foto mostra uma Maria Della Costa bem jovem. Em quando atuou em Beto Rockfeller ela já em "coroa bem apanhada" Que idade teria atualmente? Em um show em um teatro, Dercy Gonçalves disse uma vez que "não era tão velha a ponto de ter presenciado o "Dilúvio". Um gaiato na platéia respondeu: "Não está no Dilúvio mas pisou na lama". A resposta rápida de Dercy eu não repetir aqui, mas seria Maria Della Costa um "diluviana ou pós diluviana?"
ResponderExcluirNasceu em 1926, faleceu em 2015.
ExcluirSe viva, estaria com 96/97 anos.
Bom Dia ! Na minha adolescência vi esses e outros carros rodando normalmente. Quando eu ia para escola e no caminho ficava olhando os automóveis, minha Mãe sempre dizia : - automóvel de pobre é bonde.
ResponderExcluirMaria Della Costa passou seus últimos anos como proprietária de uma pousada em Paraty, onde era tratada quase como uma rainha. Consta que faleceu há 8 anos.
ResponderExcluirO belo sorriso dela quase me convenceu a comprar o Renault, mas vou preferir o simpático Morris.
Já a modelo favorita, olhando daqui, seria a Aimée.
Acho que a Packard teve modelos muito bons, mas esse aí me pareceu excessivo nas dimensões.
A Tônia Carrero e o Rover são classe A. Chique mesmo.
Esse Renault tinha a famosa porta para pegar as desavisadas moças de saias.
ResponderExcluirA Internet virou terra de ninguém, depois que vi "terra plana" e "o nazismo era de esquerda" nada mais me surpreende...
Essa galeria de fotos levanta uma questão polêmica: Por que não havia nesses ensaios fotográficos nenhuma mulher negra?
ResponderExcluirRuth de Souza, talvez?
ExcluirSe apenas como modelo para posar era apenas discriminação de quem escolhia.
Agora, se foi ensaio só com proprietárias de veículos, aí o debate é bem mais extenso.
Coisas da época. Até recentemente negro na TV era escravo ou bandido. Quando escalaram uma família negra de classe média na "Próxima Vítima" pensaram que era uma revolução, até que no final descobriram que o Antônio Pitanga era bandido...
ExcluirAtualmente a Globo tenta colocar atores e atrizes negros em papéis de protagonismo, mas é tachada de "lacradora". Se tem talento, por que não? Se for só para "cumprir cota" aí não...
Falando nisso, hoje é comemorado no Brasil o dia da TV, por causa da primeira transmissão oficial em 1950.
ExcluirCompete ao DI LIDO maiores esclarecimentos dessa época de glamour. Será que ele namorou algumas dessas beldades, apesar de balzaquianas comparadas aos dias de hoje?
ResponderExcluirSeria o Bertoni o "Conde de Guinle" ou apenas um acólito? Será que tantas lebres, brotos, e balzaquianas abatidas, não seriam fake news, ou o homem estava com a bola toda?
ExcluirMeu sonho de consumo era um Land Rover Discovery, aquele modelo quadradinho da década de 1990.
ResponderExcluirE pensar que um dia tive a intenção de comprar um Lada!! Só não o fiz porque eles demoraram muito a chegar aqui no Brasil. Aí optei pelo Uno Mille, recém-lançado na época (1990). Escapei de boa.
ResponderExcluirOlha que o Lada Niva faria sucesso naquela época em alguns pontos da cidade durante as enchentes...
ExcluirA origem do nome NIVA é incerta: uns dizem que é um vento das estepes russas; outros, que é o nome das ondas provocadas pelo vento na vegetação; e outros ainda, que são as iniciais dos nomes dos filhos dos dois engenheiros que o projetaram, a saber: Nathalia, Irina, Vadim e Andrei.
ExcluirComo eu sou meio quadrado (fisicamente sou arredondado, graças à pança) eu sempre preferi carros também quadrados.
ResponderExcluirPor volta de 1976 eu tinha três amigas cujo pai delas era extremamente antiquado, a começar pelo carro, um Standard Vanguard preto 48 ou 49 em estado impecável. O homem que já estava próximo dos 70 anos só faltava lamber o carro, pois só o tirava da garagem raríssimas vezes. Além disso ele não permitia que nenhum rapaz se apaixonasse das filhas. Nunca soube o destino do carro ,pois atualmente teria um altíssimo valor, mas o velho era uma dessas figuras anacrônicas que às vezes cruzam nossos caminhos.
ResponderExcluirO Anônimo acima sou eu.
Excluir